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Conheça o projeto apoiado pelo COMPETE “Living in Portugal”

25.03.2014
  • Pólos e Clusters
  • Acções Colectivas

Promovido pela Associação Portuguesa de Resorts, este projeto tem por missão reforçar a notoriedade internacional de Portugal como destino de turismo residencial fortemente competitivo.

Projeto Living in Portugal
Projeto Living in Portugal

1. Apoio do COMPETE

Financiamento
O projeto “Living in Portugal” envolveu um investimento elegível de cerca de 1.090 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 872 mil euros.

Enquadramento
Promovido pela Associação Portuguesa de Resorts e apoiado pelo COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade o projeto insere-se no Sistema de Apoio a Acções Colectivas (SIAC) e no Polo de Competitividade e Tecnologia PCT Turismo 2015.

Testemunho do promotor
Segundo Pedro Fontainhas, Diretor Executivo da APR, “este projeto é um excelente exemplo de como os empresários do sector metem mãos à obra para resolver os seus próprios desafios.

Juntam-se aqui solidariamente na promoção da sua oferta conjunta no palco da concorrência internacional com benefícios evidentes para todos os envolvidos, para as regiões em que operam e, em última análise, para todo o nosso País. Esta iniciativa não teria sido possível sem o apoio do COMPETE, no âmbito do SIAC. A motivação, competência e energia mobilizadora de toda uma fileira empresarial aliou-se à criteriosa disponibilização de recursos financeiros que alavancou esta realização. Até Dezembro de 2014, a Associação Portuguesa de Resorts, na qualidade de entidade promotora do projeto, estará totalmente dedicada à execução deste programa”.

2. Âmbito

O projeto “Living in Portugal” consiste num conjunto de ações que tem por missão promover a imagem, empresas e recursos de Portugal, ao nível nacional e internacional, no sector turístico e turístico-imobiliário.

Como tal, o projeto vai apoiar os empresários do sector na internacionalização dos seus negócios e contribuir para ultrapassar dificuldades conjunturais atuais de quebra de procura de turismo residencial, através de ações de prospeção comercial, marketing e comunicação em mercados externos.

3. Objetivos

Objetivos Estratégicos:

  • Criar um conjunto de ações e dinâmicas ao nível das regiões abrangidas, que pela sua natureza e grau de notoriedade, permitam reforçar as ações de prospeção comercial, marketing e comunicação em mercados externos, criando condições favoráveis para o aumento da notoriedade da oferta turística geral nestas regiões, e do turismo residencial em particular, que permita ultrapassar as dificuldades conjunturais que se prendem com a quebra acentuada na procura.
  • Apoiar os empresários no seu esforço de internacionalização de negócios, no quadro de uma ação coletiva e integrada, criadora de valor comum e conhecimento partilhado.
  • Produzir conteúdos adequados a uma comunicação e marketing internacional da oferta das empresas da fileira, que prime pela excelência e qualidade, alavancando a notoriedade externa da oferta turística promovida por estas empresas, e de Portugal em geral.
  • Adquirir maior conhecimento sobre os mercados e boas práticas na comunicação e marketing internacionais, e disseminá-los pelas empresas desta fileira, reforçando a sua capacidade competitiva.
  • Contribuir para ultrapassar dificuldades conjunturais atuais de quebra de procura de Turismo Residencial, através de ações de prospeção comercial, marketing e comunicação em mercados externos.

Estes objetivos estratégicos consubstanciam um interesse comum da Associação Portuguesa de Resorts (APR) e empresários que representa, e a sua prossecução visa, de forma clara e inequívoca, suprir as insuficiências sentidas por estas empresas e previamente identificadas.

Objetivos Operacionais:

  • Reforçar a notoriedade de Portugal enquanto destino de turismo de excelência, sobretudo no domínio do turismo residencial, junto de consumidores, investidores, operadores turísticos e medias internacionais.
  • Promover ações de prospeção comercial integrada em mercados internacionais, através da presença em eventos públicos, e organização de apresentações institucionais da oferta de turismo residencial.
  • Divulgar os conteúdos através de campanhas internacionais orientadas para os públicos-alvo, que permitam gerar um maior impacto e notoriedade às ações de prospeção e contacto com a procura internacional.
  • Ganhar maior conhecimento sobre o modo de funcionamento de mercados internacionais no que respeita os comportamentos do consumidor e fatores que influenciam a procura, canais de distribuição, comunicação e vendas.
  • Fomentar a partilha de informação e disseminação de conhecimento e boas práticas de gestão sobre internacionalização, entre as empresas do sector de turismo no geral, e turismo residencial em particular.

4. Destinatários

Dirige-se às empresas do sector turístico e hoteleiro e, em particular, às vocacionadas para o Turismo Residencial nas regiões de convergência NUT II: Norte, Centro e Alentejo.

5. Principais Ações

Em face dos objetivos apresentados, a APR irá desenvolver, durante o período de vigência do projeto “Living in Portugal”, um conjunto de atividades que se elencam de seguida:

  1. Plano de marketing operacional, concebido com o objetivo de pretende organizar, sistematizar e planear de forma integrada todas as atividades que serão desenvolvidas no âmbito do projeto.
  2. Realização de um seminário de apresentação do projeto.
  3. Conceção de stand promocional institucional da associação (para presença nas apresentações comerciais e ações de relações públicas em mercados internacionais).
  4. Realização de apresentações comerciais em capitais europeias nos mercados do Reino Unido, Alemanha, França, Holanda, Suécia e Rússia.
  5. Realização de ações de relações públicas no âmbito de eventos desportivos, de moda nos mercados do Reino Unido, Alemanha, França, Holanda, Suécia e Rússia.
  6. Implementar campanha de meios e ações de divulgação destes conteúdos e consequente valorização da oferta, através de campanha de meios em médias internacionais.
  7. Realização de convenção internacional para apresentação e disseminação de casos de boas práticas de internacionalização das empresas, e promoção de rede internacional de contactos entre intervenientes na promoção turística internacional (jornalistas, profissionais do sector, empresários, investidores).
  8. Realização de um seminário final de apresentação das conclusões do projeto.
    Ação: Plano de Marketing Operacional

6. Resultados esperados

A implementação do projeto pretende reforçar a notoriedade de Portugal enquanto destino turístico de excelência, e como referência nos domínios do Turismo Residencial, privilegiando os atrativos turísticos das regiões de convergência, designadamente Norte, Centro e Alentejo.

Tendo presente que este será um esforço sobretudo institucional empreendido pela APR, os resultados do projeto irão materializar-se num aumento da procura turística por estes produtos, com reflexo positivo no aumento das vendas das empresas de turismo residencial, e devido aos efeitos indutores que este acréscimo de procura terá, beneficiará igualmente as empresas da cadeia de valor do turismo nas regiões abrangidas.

As atividades empreendidas visam assim reforçar o posicionamento das regiões de convergência de Portugal como destinos turísticos de excelência, contribuindo para diminuir as assimetrias na promoção externa do país, a qual valoriza de forma substancial Lisboa e Algarve, localizações privilegiadas pela sua natureza e historial no que respeita a capacidade de atração turística.

Importa portanto reposicionar a oferta nacional das regiões de convergência e contribuir para uma reafirmação das zonas interiores e menos beneficiadas do ponto de vista de comunicação e imagem internacional. Neste sentido, o projeto trará resultados benéficos muito para além dos indicadores propostos, sendo o início de um processo que terá como consequências uma valorização da oferta de turismo nas regiões de convergência, aumento da procura, e maior competitividade das empresas resultando no reforço da sua sustentabilidade económica e financeira.

Indicadores
Os indicadores que serão determinantes para avaliar o grau de eficácia na concretização dos objetivos propostos constam do quadro seguinte. Conforme se denota estes indicadores de resultado são o somatório dos indicadores de cada atividade individual, contribuindo para perspetivar o impacto que o projeto terá na alavancagem da estratégia de internacionalização.

Estudos/Pesquisas/Diagnósticos associados à competitividade e espírito empresarial regional/sectorial   1  
Plano de marketing operacional para o projeto 1
Nº de ações de sensibilização para fatores críticos de competitividade e para o espírito empresarial
2
Nº de iniciativas de comunicação e imagem internacional 104
Nº de ações de marketing e internacionalização
19
Nº conteúdos para divulgação 1
Nº de potenciais clientes contactados 880
Nº de potenciais prescritores (profissionais de turismo) contactados 170
Nº órgãos de média internacional contactados
90
Nº de ações de animação
10
Nº empresas e empreendedores na área do turismo envolvidas 460


7. Saiba Mais

Turismo residencial | Mercado e tendências

O turismo tem uma importância verdadeiramente estratégica para a economia portuguesa em virtude da sua capacidade em criar riqueza e emprego.

O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) define 10 produtos como estratégicos para a economia nacional, sendo o Turismo Residencial reconhecido como um deles.

Neste contexto, pode definir-se o (alojamento de) Turismo Residencial como um imóvel utilizado como segunda habitação ou para fins turísticos, associado a atividades de lazer, num sistema de propriedade plena ou parcial e dotado de serviços e infraestruturas complementares.

Normalmente estes imóveis estão localizados no que se designa por Resorts Integrados, os quais possuem valências diversas reunindo num espaço geográfico infraestruturas de lazer e desportivas, unidades hoteleiras de diferentes tipologias, unidades de restauração, etc.

Num estudo de mercado realizado pela 2009 (ILM/THR), foram identificados os seguintes países com sendo concorrentes diretos de Portugal no produto turístico Turismo Residencial (por ordem decrescente): Espanha, França, Turquia, Chipre, EUA e Caraíbas, Dubai, países do Magrebe, Bulgária e Malta, e PALOP (incluindo Brasil).

No que respeita o interesse de mercados emissores perante a nossa oferta no Turismo Residencial, há perspetiva do interesse do Reino Unido diminuir, mantendo-se o dos países nórdicos, Irlanda e Benelux, e possibilidade de aumento de interesse pela Alemanha.

O mercado de oferta de turismo residencial não se limita à tipologia de Resorts, mas inclui todo o tipo de alojamento temporário, adquirido por residentes ou não residentes, o qual pode estar integrado num empreendimento hoteleiro da tipologia Resort ou outro, ou tratar-se de uma casa de campo, apartamento urbano, ou outra tipologia de habitação. Nesta ótica, todo o sector imobiliário nacional deve ser considerado como uma oferta potencial neste domínio.

De realçar a existência de um crescente interesse por parte de investidores e promotores de projetos de turismo e de turismo residencial, bem como de aumento de procura, em regiões do território nacional que se revelam diferenciadoras ao nível de recursos endógenos e outros fatores de atratividade como as regiões NUT II Norte, Centro e Alentejo; e que até recentemente não tinham nenhuma oferta estruturada neste sentido, começando agora a afirmar-se no território nacional e internacional, mesmo comparativamente às regiões com maior concentração desta oferta, designadamente Lisboa e Algarve.

Destaque-se neste contexto que, apesar das orientações designadas no PENT, o mercado está a criar oferta em zonas que recentemente não eram consideradas prioridades no desenvolvimento este produto turístico, reforçando o contributo que o turismo residencial pode ter no sentido de alavancar a recuperação económica de regiões do interior e menos desenvolvidas neste ponto de vista.

Desta forma e em face do exposto, compreende-se que uma estratégia de sucesso no desenvolvimento de um produto turístico, tem efeitos multiplicadores nas economias locais, regionais e nacional, pelo efeito indutor na cadeia de valor, e estes ganhos resultam em externalidades que superam as meras economias de aglomeração.

No que respeita à forma como a procura se informa sobre os produtos disponíveis, não existem ainda estudos conclusivos no que respeita ao mercado de Portugal. Contudo, estudos anuais realizados em Espanha apontam os consumidores oriundos dos mercados britânicos e alemão como principais clientes de casas de férias. Os principais resultados indicam que os meios de informação mais utilizados pelos estrangeiros interessados em adquirir uma casa de férias no estrangeiro são a Internet (64%), revistas especializadas (42%) e as feiras sectoriais (36%) (Turismo de Portugal, 2007).

Perante o quadro apresentado, é inegável o caminho que importa ainda percorrer, no sentido de sensibilizar, capacitar e disseminar a visão estratégica que a generalidade das empresas (na sua maioria PME) do sector de hotelaria e em particular as do turismo residencial devem ter, no sentido de incorporarem práticas de maior competitividade e inovação nos serviços que prestam, e sobretudo na comunicação, marketing e promoção internacional, como forma de estimularem a procura.

Por um lado é importante dar resposta à necessidade sentida pelo tecido empresarial das regiões abrangidas, no sentido de se reforçarem ações de prospeção, marketing e comunicação em mercados internacionais.

É também essencial que este esforço seja efetuado de forma concertada com os interesses destas empresas, neste caso sob a coordenação de uma entidade associativa em que estes se revêm, a APR. Neste plano assume particular importância o trabalho que é também necessário fazer para reduzir as assimetrias entre os empresários do sector que estão localizados em regiões de convergência, comparativamente aos que não estão. Pese embora as ações virem a beneficiar ao sector como um todo, o seu feito será muito forte nas zonas de convergência, pois partem de uma assimetria competitiva e notoriedade externa muito mais fraca do que os congéneres de Lisboa e Algarve.

O contributo do projeto irá ser muito forte no efeito de arrastamento dos agregados económicos das regiões em que localizam as empresas beneficiárias deste processo, e na economia nacional como um todo, minimizando os riscos comuns de perda de competitividade e consequentes resultados económicos em baixa ou mesmo negativos, que inclusivamente podem colocar em causa a sustentabilidade económica e financeira desses empreendimentos.

Torna-se assim evidente o benefício que o projeto “Living in Portugal” poderá trazer para a economia nacional, com efeitos positivos de arrastamento dos agregados económicos das regiões em que o projeto será implementado, e como demonstrado, contribuir para a criação de riqueza e consequente criação e fixação de postos de trabalho.

8. Link

http://www.livinginportugal.com/en/
http://www.livinginportugal.com/pt/


Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SIAC, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/SIAC/Projetos que Apostamos".
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.