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Indústria Cerâmica cria selo que garante que “Portugal does it better”

05.06.2013
  • Acções Colectivas

O Museu de Cerâmica (Caldas da Rainha) foi o local escolhido para a cerimónia de entrega das insígnias às empresas distinguidas no âmbito da campanha “Ceramics - Portugal Does it Better”, que decorreu no passado 24, com a presença do Secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo, Franquelim Alves.

APICER
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Os produtos portugueses do setor cerâmico já têm um selo de certificação de qualidade, especialmente destinado a enfrentar a concorrência a nível internacional.

A qualidade de fabrico de produtos cerâmicos portugueses vai ser reconhecida através do selo de certificação “Ceramics – Portugal Does It Better”.

A iniciativa é da APICER, que criou o selo com o objetivo de prestigiar e valorizar a produção de cerâmica em Portugal, conferindo  um reconhecimento à excelência das empresas em diversos níveis, reforçando a sua notoriedade e promovendo a imagem do setor em contextos internacionais.
O selo foi criado em 2012 através da elaboração do respetivo regulamento e da subsequente constituição do Comité de Avaliação.

Seguiu-se um prazo de apresentação das candidaturas  elaboradas pelas empresas do setor que, depois de devidamente analisadas e classificadas, deram origem à lista das primeiras 14 empresas dos mais variados subsetores da Cerâmica que podem, a partir de agora, ostentar o selo.
O comité de Avaliação atribuiu as seguintes empresas com o Selo “Ceramics-Portugal Does it Better”: Cinca, Cliper, Cobert, Coelho da Silva, Costa Verde, Matcerâmica, Porcel, Recer; Roca, Sanitana, São Bernardo, Umbelino Monteiro e Vista Alegre.

A partir de agora, as empresas distinguidas poderão utilizar em todas as suas iniciativas comerciais e comunicacionais a imagem do selo.

Ainda em 2013, a APICER vai organizar duas Semanas da Cerâmica Portuguesa, na Suécia (junho) e em Marrocos (setembro) para dar continuidade a este projeto e contribuir para que a nova imagem de marca do setor se afirme desde já e cada vez mais.

Esta iniciativa integra-se num projeto de promoção internacional da cerâmica promovido pela APICER, com o apoio do COMPETE, enquadrado no Sistema de Apoio às Ações Coletivas, em parceria com a CH Business Consulting.

“Não temos que ter uma atitude que no estrangeiro é que se faz bem”. Para o secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo, a criação deste selo é uma “aproximação feliz”, porque “procura combinar uma exigência de qualidade com uma nova imagem”. A designação “Ceramics - Portugal Does it Better”, para este responsável “não é mentira porque Portugal em muitos setores pode fazer pouco mas faz bem”.

“Não temos que ter uma atitude que no estrangeiro é que é bom”, disse, Franquelim Alves, adiantando que “a afirmação é muito importante porque é uma combinação entre a iniciativa privada que tem que ser o motor da economia”.

Segundo o membro do Governo, a certificação de qualidade é importante porque “estamos a falar de um setor tradicional português, que passou por períodos complexos com crises profundas”. “É uma indústria que ao longo do tempo foi passando por diversas vicissitudes mas que foi capaz de ressuscitar dessa crises e encontrar formas novas de estar no setor inventando novos produtos novos conceitos, e novas imagens”, apontou o secretário de Estado.

Franquelim Alves revelou que a nível financeiro o Ministério da Economia tem procurado mitigar dificuldades existentes nas empresas com diversos mecanismos de apoio. O secretário de Estado referiu ainda que "o Governo está a fazer tudo o que pode para tornar as empresas mais competitivas" e que por isso está atento aos elevados custos da energia.

“Este projeto do Selo da cerâmica desenvolvido no âmbito do QREN, fez o seu percurso para crescer e justificar a adesão das empresas, como instrumento privilegiado de comunicação do setor de cerâmica português com o mercado, nomeadamente o mercado internacional”, disse o presidente da APICER, Duarte Garcia.

Para os representantes das empresas do setor que têm o Selo e que estavam presentes na cerimónia, Duarte Garcia sublinhou que “esta marca é nossa e será tanto mais rica e mobilizadora quanto mais atenção lhe dermos e quanto mais conteúdo lhe proporcionarmos valorizando-a junto dos clientes e divulgando-a para os consumidores”.

Segundo o presidente da APICER, a indústria de cerâmica portuguesa representa um volume de negócios de 972 milhões de euros e emprega 17.305 trabalhadores.

“Em 2012 exportou 600 milhões de euros para 151  mercados e contribuiu positivamente para abalança comercial portuguesa com mãos de 470 milhões de euros”, divulgou, este responsável, acrescentando que “Portugal é o segundo exportador mundial de louça de uso doméstico em faiança e grés e barro comum e o quinto exportador mundial de pavimentos e revestimentos não vidrados ou esmaltados”.

Augusto Vaz Serra, que presidiu o comité de avaliação das candidaturas, é da mesma opinião do secretário de Estado no que diz respeito  à designação marca “Ceramics  Portugal does it better”. “Aqui está uma mensagem que redime algum desconforto que tem sido transmitido por anos de instabilidade política e económica e ausência clara de política industrial com consequências na marca Portugal”, afirmou Augusto Vaz Serra, que deixou uma mensagem de incentivo para que mais “empresas adiram a esta iniciativa que é um fator de distinção”.

“Foi com muita satisfação que o Museu da Cerâmica se viu escolhido pela APICER para acolher esta cerimónia pública de entrega de insígnias”, declarou a diretora do Museu, Matilde Tomaz do Couto, que abriu a sessão. Para esta responsável, que falou do acervo cerâmico do Museu da Cerâmica, a iniciativa “é elemento de prestígio e de valorização, e reconhece o esforço das empresas para o alcance de níveis de excelência do produto cerâmico”.

In Jornal das Caldas