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Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos

13.01.2015
  • Ciência e Conhecimento

Apoiado pelo COMPETE e dirigido ao público em geral o projeto visa, através de várias plataformas media, informar e sensibilizar sobre as interações que ocorrem aquando da administração conjunta entre os medicamentos e os extratos de plantas.

1. Síntese

O projeto “Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos” destina-se à produção de conteúdos para difusão através da comunicação social e da imprensa de modo a sensibilizar a população para as interações que ocorrem aquando da administração conjunta entre os medicamentos e os extratos de plantas, quer sob a forma de chás, quer outro tipo de extratos adquiridos muitas vezes sem qualquer tipo de controlo de qualidade.

Os acidentes que ocorrem muitas vezes destas misturas e que levam as pessoas a ser socorridas nas urgências para além de as colocarem muitas vezes em risco de vida, em especial as que estão a fazer terapêutica oncológica, consomem uma fatia do orçamento destinado à saúde que seria eliminado acaso houvesse informação às populações para o consumo racional deste tipo de associações.

Com os spots televisivos acompanhados com pequenos textos informativos na imprensa diária pretende-se criar, nas populações, uma cultura de sobre a saúde que lhes permita uma análise objetiva e simples do que podem e do que não podem tomar em conjunto, para além de desmistificar a ideia de que "o que é natural não faz mal", uma vez que os maiores venenos são de origem natural.

Foi editado um livro de histórias científicas de descobertas de medicamentos em que a sua origem é de produtos naturais e de outros que ainda hoje se produzem da mesma forma. Interligada está informação sobre os riscos do que se adquire na internet relativamente a todos estes produtos, para além das potenciais interações “planta-medicamento”.

Dirigido ao público em geral e de natureza não comercial, visa a cultura das populações para a saúde e a proteção do que lhes pode ser vendido sem informação suficiente que os proteja dos riscos que daí podem advir.

Alvo populacional

1º - Geriatria

2º - Adolescentes

3º - Adultos

Meios

Do projeto resultaram conteúdos para:

a) Difusão televisiva, incluindo, preferencialmente, capacidade de transmissão através de plataformas móveis e na Internet;

b) Radiodifusão;

c) Imprensa escrita, diária ou periódica, incluindo meios online, dirigida ao público em geral.

 

 

2. Apoio do COMPETE

> SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional

O projeto “Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional), que envolveu um investimento elegível de cerca de 136.608 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 116.116 euros.

> Testemunho de Maria da Graça Campos | Professora da Faculdade de Farmácia - Universidade de Coimbra - Diretora do OIPM/FFUC

“Este projeto foi para nós muito importante porque nos permitiu fazer o que achámos de crucial importância que é divulgar a ciência que construímos e revertê-la cada vez mais para o bem-estar da nossa sociedade, muito em especial a comunidade do nosso país. É evidente que há relevância na publicação científica aceite pelos nossos pares em outros países, mas para nós o que melhor serve é que tanto a população como os profissionais de saúde fiquem a saber de que maneira podem salvaguardar a saúde nesta área das interações entre as plantas (medicinais ou alimentos) e os medicamentos.

A população, os profissionais de saúde e os Media aderiram muito bem ao projeto e foi fantástica a convivência entre todos, o que ainda se mantêm. Foi realmente gratificante perceber que podíamos, de um a forma simples, ajudar a perceber e a racionalizar o consumo de vários produtos naturais e medicamentos que podiam contribuir para complicar vários estados de doença.

O projeto "Aprender saúde entre as Plantas e Medicamentos" esteve muito para além do que podíamos prever no que diz respeito a todos os intervenientes. Obrigada por isso, e também por toda a disponibilidade da equipa "Ciência Viva".”

 

3. Descrição do Projeto: “Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos”

Para dar luz ao projeto foi criada uma marca (Observatório de Interações Planta - Medicamento- OIPM) que pudesse funcionar como âncora centralizadora de todas as atividades. À marca foi associado um logotipo e uma mascote de modo a criar urna imagem única, facilmente reconhecível como entidade idónea da divulgação científica que pretendíamos transmitir aos cidadãos.

Os conhecimentos científicos e técnicos foram triados por uma jornalista, de modo a serem entendíveis pelo população em geral, sempre com o objetivo de capacitar cada pessoa para o tema e essencialmente permitir-lhes uma opção consciente quando faziam esse tipo de misturas.

Criou-se o website www.oipm.uc.pt para veicular toda a informação possível e também para alojar as reportagens e atividades que foram desenvolvidas durante o projeto. Em paralelo, foi criado o facebook/oipm de modo a interagir com a população. Criou-se tambérn o email oipm@ff.uc.pt.

A divulgação dos conteúdos gerados foi feita pelos Media Partners Nacionais já previstos no projeto e outros que a ele se associaram. Destaque para a Agência LUSA, RTP, SIC, TVl, RDP, TSF, Jornais Nacionais (Expresso, Diário de Noticias, Jornal de Noticias, Publico, etc) e Locais (Diário de Coimbra, Diário de Viseu, Portimão, etc), Imprensa Regional e várias reportagens com ou sem fórum de discussão, em vários jornais on-line.

Nessas deslocações foram distribuídos posters, panfletos e marcadores de livros, tal como previsto no projeto aquando da sua submissão.

Os diferentes tipos de Media foram selecionados consoante os conteúdos a ser divulgados. Foram feitos vídeos (tipo publicidade) que foram passados na RTP e na SIC como publicidade institucional, em simultâneo com as várias reportagens que fizeram e a que se associou a TVI e a UCV.

A calendarização das divulgações teve que ser reajustada par inerência das exigências de ter um calendário que pudesse ser simultâneo em todos os Media e só foi possível entre Maio e Julho de 2013 e depois em Setembro.

• A primeira fase teve como objetivo iniciar o debate sabre a temática e os conteúdos eram essencialmente generalistas.

• Na segunda fase foram selecionadas pelos Media 5 semanas consecutivas em que todas as semanas foram abordadas interações planta-medicamento dirigidas à população alva escolhida, com a nuance que a primeira noticia saia sempre a segunda-feira na LUSA para que se desse o "mote da Semana":

  • 1.ª Semana (13 a 19 de maio 2013) - Explicação do programa que se ia seguir e dos objetivos que se propuseram a alcançar com este género de sensibilização e de transmissão de conhecimentos científicos importantes para o racional consumo de plantas e de medicamentos.
  • 2.ª Semana (20 a 26 de maio 2013) - teve como população alvo as pessoas mais idosas. As informações mais relevantes foram em programas da manha e em jornais e rádios locais. Os medicamentos usados como exemplo foram determinados no levantamento que foi feito junto da população polimedicada e que também recorre com frequência a remédios caseiros, como chás e outros produtos acessíveis em hipermercados, ervanárias, na internet e mesmo em vendas pela TV.
  • 3.ª Semana (27 de maio a 2 de junho 2013) - foram abrangidos os adolescentes. Esta semana, bem próxima das "Queimas das Fitas", teve um enfoque maior em medicamentos, tais como, anticoncetivos, ansiolíticos e antidepressivos. Para além dos riscos de interações planta - medicamento foram ainda abordados conteúdos relacionados com o consumo de álcool, anfetaminas e outros estimulantes, incluindo ainda as "smartdrugs". Sendo que muitos deles são de origem direta nas plantas era fundamental concentrar a informação na mesma altura.
  • 4.ª Semana (3 a 9 de junho 2013) - nesta semana foram focadas situações de consumo pontual de medicamentos como e o caso de antibióticos, anti-inflamatórios, etc. Também houve um enfoque nas interações com vários produtos para emagrecer uma vez que o consumo mais alargado e intensivo ocorre nesta época do ano.
  • 5.ª Semana (10 a 16 de junho 2013)- grupo alvo foram, o grupo mais problemático de todos, os doentes oncológicos, onde os riscos são maiores e onde o desespero os leva a consumir tudo o que encontram na tentativa de conseguirem a cura. Programas de informação: TV e Jornais Nacionais de grande tiragem com conteúdos mais elaborados aderiram ainda mais à divulgação. Apesar de ter sido guardado para o fim este tema, o grupo alvo a que se dirigia foi o primeiro a entrar em contacto desde a primeira noticia da divulgação do projeto. Além de extremamente carentes de informação credível foi possível abrir uma porta entre eles e os médicos que os seguiam para beneficia de todos. Uma das reportagens foi realizada no Instituto Português de Oncologia com os médicos com quem temos um projeto de Investigação Houve contacto direto com o público em que nos davam o feedback dos conteúdos que iam sendo divulgados e que inclua pedidos de esclarecimento, ou de ajuda em casas clínicos específicos. Também fomos contactados por mais profissionais de saúde (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) incluindo pessoas ligadas a medicinas complementares, do que até aí ocorria. O que demonstrou claramente o interesse do tema para todos os atores envolvidos doentes e cuidadores.

Foi feita uma base de dados com a informação recolhida durante o projeto e que está disponível no sítio do OIPM com vários níveis de acesso consoante se trata de população em geral ou profissionais de saúde. Para o grupo do OIPM ainda existe um outro nível de acesso onde constam os .pdf dos artigos que foram consultados e que por quest6es legais de direitos de autor não podem estar abertos ao público.

Foi ainda acrescida mais uma 6.ª semana (1 a 7 de Setembro2013) de modo a divulgar a legislação que saiu no dia 1 de Setembro de 2013 sabre a exigência de que os profissionais de medicina alternativa e complementar devem "obrigatoriamente" pedir a lista de medicamentos que os seus doentes estão a tomar e determinar as interações com qualquer produto natural que pretendam prescrever-lhes.

 

4. Conclusão

A equipa do projeto está certa de que com o projeto "Aprender saúde entre as Plantas e os medicamentos" conseguiu-se colocar o país a falar sobre o tema e a interessar-se por estas questões, adquirindo simultaneamente conhecimento sobre as mesmas para poder usá-lo no seu dia-a-dia lhe permitiu falar com os profissionais de saúde a um nível que facilita o bom funcionamento dos vários canais de saúde e certamente ajuda a prevenir situação de acidentes que daí pudessem vir a ocorrer.

O feedback obtido nas linhas telefónicas de atendimento público para esclarecimento foi muito positivo mesmo quando, em alguns casos, telefonavam "aborrecidos" porque "estávamos contra as plantas". Depois de ser explicado que claramente não era esse o objetivo mas sim a aprendizagem do consumo em conjunto, ficavam gratos pelo trabalho desenvolvido.

Todos os jornalistas que trabalharam no projeto, além de terem "apreendido" muito bem o conceito e o objetivo, foram de uma competência extrema. capacidade de concentrar em pouco tempo, ou espaço, tudo o que se pretendia foi louvável, para além da precisão com que o fizeram.

A ajuda neste projeto, integrado com outros que foi possível desenvolver em paralelo, visou ainda a segurança no consumo de Medicamentos alopáticos e de Plantas Medicinais, permitindo no futuro contribuir para a Sustentabilidade do Sistema de Saúde em benefício de todos os cidadãos.

 

5. Links

> Site: www.oipm.uc.pt

> Facebook: https://www.facebook.com/oipm.ffuc

 

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

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