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Investigação portuguesa desenvolve embalagem inovadora

01.07.2014
  • Ciência e Conhecimento , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Com o apoio do programa COMPETE, o projeto “Rose4Pack” cria embalagem biodegradável ativa com extrato de alecrim para incrementar a vida útil dos alimentos.

Projeto | Rose4Pack
Projeto | Rose4Pack

Síntese

Este projeto de investigação aborda questões pendentes sobre a nova geração de embalagens alimentares, tais como:

> As embalagens podem interagir positivamente com os alimentos embalados?

> Uma embalagem ativa pode ser eficaz e segura simultaneamente?

> Uma embalagem ativa pode ajudar a promover a qualidade dos alimentos e indiretamente a saúde do consumidor?

O projeto “Rose4Pack” visa desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorpora extrato de uma planta com propriedades antioxidantes. Aliás, o fator crítico de sucesso deste projeto é o uso de extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), o qual foi muito recentemente aprovado como aditivo alimentar (Diretivas 2010/67/EU e 2010/69/EU). 

Assim, tenciona-se que a nova embalagem tenha uma atividade antioxidante que permita conservar a qualidade dos alimentos e aumentar o seu prazo de validade, garantindo simultaneamente a sua segurança alimentar. A nova embalagem ativa com propriedades antioxidantes será também usada para minimizar o uso direto deste aditivo alimentar, uma vez que esta será usada para libertar o aditivo da embalagem para o alimento durante o armazenamento.

É neste contexto que surge, no âmbito do projeto “Rose4Pack”, a descoberta de uma embalagem biodegradável alimentar ativa com etracto de alecrim pois contém propriedades antioxidantes.

 

 

Desafio do projeto “Rose4Pack”:

Desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorpora extrato de alecrim com propriedades antioxidantes.

Alecrim 


Enquadramento no COMPETE


> Apoio

O projeto “Rose4Pack” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade. Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolve um investimento elegível de cerca de 165 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 140 mil euros. 


> Testemunho

 “O apoio COMPETE é imprescindível no Projeto Rose4Pack, possibilitando a criação de uma nova embalagem que se prevê vantajosa na preservação da qualidade dos alimentos sem detrimento da segurança dos mesmos.” Ana Sanches Silva, investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e responsável pelo projeto Rose4Pack.


> Fases

O projeto “Rose4Pack” está organizado da seguinte forma:

1 - Coordenação e Progressão do Projeto.

2 - Caracterização de extratos de alecrim


- Determinação da atividade antioxidante de extratos naturais de alecrim e dos compostos antioxidantes puros isolados.

- Otimização e validação de um método de Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência para determinar a composição em compostos antioxidantes dos extratos de alecrim de diferentes origens.

3 - Produção da nova embalagem ativa e caracterização da mesma


- Incorporação do extrato de alecrim no polímero biodegradável.

- Avaliação e caracterização do protótipo da nova embalagem alimentar.

4 - A avaliação da eficácia e segurança da nova embalagem ativa


- Estudos de migração dos antioxidantes naturais da embalagem para os produtos alimentares.

- Avaliação do estado de oxidação dos alimentos embalados com a nova embalagem ativa.


> Parceiros

O Rose4Pack é um projeto de colaboração entre 5 instituições: 

1. Centro de Estudos de Ciência Animal (CECA), Universidade do Porto, Porto; 

2. Unidade de Investigação e Desenvolvimento, Departamento de Alimentação e Nutrição, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P., Lisboa; 

3. Centro de Estudos Farmacêuticos, Campus das Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), Coimbra, Portugal; 

4. IPC - Instituto de Polímeros e Compósitos/I3N, Departamento de Engenharia de Polímeros, Universidade do Minho (UM), Guimarães, Portugal; 

5. PlastEuropa Embalagens, S.A..


> Duração do projeto

O projeto Rose4Pack teve início em Abril de 2013 e tem a duração de 24 meses.

> Equipa

Investigador responsável pelo projeto: Doutora Ana Sanches Silva 

- Doutora Helena Soares Costa (INSA)
- Prof. Doutor Fernando Ramos (UC)
- Prof. Doutora Maria Conceição Castilho (UC)
- Prof. Doutora Ana Vera Machado (UM)
- Prof. Doutor João Miguel Nóbrega (UM)
- Prof. Doutora Olga de Sousa Carneiro (UM)
- Mestre Tânia G. Albuquerque (INSA)
- Dra. Ermelinda Cunha (PlastEuropa Emb., SA)


> Resultados Esperados

Desenvolver o protótipo de uma nova embalagem ativa com eficiência comprovada contra fenómenos de oxidação lipídica e segura para os consumidores.

A eficiência da nova embalagem vai ser avaliada através de ensaios de avaliação do grau de oxidação dos alimentos embalados submetidos a diferentes condições de tempo e temperatura de armazenamento.
A segurança será avaliada por meio de ensaios de migração.
Trazer grandes vantagens para a indústria alimentar e das embalagens, tais como prolongamento da vida útil (prazo de validade) dos alimentos e consequentemente, melhoria da qualidade dos mesmos e possibilidade de promover indiretamente a saúde dos consumidores.

Verificar que algumas plantas aromáticas tradicionalmente utilizadas na alimentação, como o alecrim, contêm compostos antioxidantes que lhes atribuem um valor acrescentado, que pode beneficiar consideravelmente a indústria alimentar e das embalagens.

Ter impacto a nível territorial, uma vez que o uso do extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) estimula o uso de solos com baixa aptidão agrícola porque é uma planta rústica, da família das Lamiáceas bem distribuída por todo o território nacional e pouco exigente sob o ponto de vista de cultivo. Portanto, a sua utilização como alimento ou pela indústria de embalagens pode incentivar o uso de solos empobrecidos ou desertificados, os quais são inadequados para as culturas tradicionais.

Ter um impacto social e a nível das populações uma vez que o uso de solos pobres para cultivar plantas de valor acrescentado poderia permitir a fixação de população, invertendo a desertificação.


> Links

Viste o site do INSA, em www.insa.pt, para aceder a mais informação.

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.