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NanoPackSafer | Um novo sistema de embalagem de alimentos

19.02.2012
  • Ciência e Conhecimento

Investigadores portugueses em colaboração com Universidades espanholas desenvolveram nano películas para embalagens de alimentos mais seguras e comestíveis.

Uma película comestível, invisível e que permite embalar os alimentos, preservando a sua conservação, promete revolucionar a indústria alimentar. Esta recente inovação do Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia (IBB) da Universidade do Minho(UM), foi um projecto apoiado pelo COMPETE através do Sistema de Apoio às Entidades do SCT, envolveu um investimento total elegível de 106 mil euros, correspondendo a incentivo FEDER de 74 mil euros.

Desenvolvido em estreita colaboração entre as universidades do Minho (IBB/CEB e Centro de Física), de Aveiro, de Vigo, do País Basco, a Universidade Complutense de Madrid e Centro de Investigação Valenciano IATA-CSIC, o projecto resultou na criação de embalagens alimentares com melhores propriedades antimicrobianas, mecânicas e térmicas, através de nano-revestimentos edíveis (protecção comestível), filmes não-edíveis e nano-partículas.

Neste projecto a nanotecnologia revolucionou  os métodos de controlo de qualidade desde o campo até à mesa ao criar uma uma solução líquida que cobre os alimentos. A película contém uma nanopartícula que, depois de seca, cria um revestimento protetor, impedindo que microrganismos contaminem os alimentos.

Pelicula protetora

A principal matéria-prima que está na origem da película tem base biológica, sendo extraída da biomassa: polissacarídeos, tais como galactomananos extraídos de sementes de leguminosas (ex: semente de alfarroba), carragenanas, agaranas extraídas de algas, e também quitosano obtido da carapaça dos crustáceos.

De acordo com o investigador responsável pelo projecto José Teixeira estas embalagens inteligentes funcionais aumentam a protecção da comida e prolongam seu ciclo de vida. Será ainda possível adicionar moléculas (nanoaditivos bioactivos) com actividade antimicrobiana, antioxidante ou de captura de oxigénio, bem como o uso de nano-hidrogeis poliméricos que libertam determinados ingredientes em resposta às condições ambientais.

Ainda de acordo com José Teixeira esta inovação, que aplica a nanotecnologia às embalagens chegará ao mercado a médio prazo através das empresas interessadas.

José Teixeira foi distinguido com o “Seeds of Science 2012", atribuídos pelo jornal Ciência Hoje, que venceu na categoria Engenharias e Tecnologias, por desenvolver embalagens alimentares inteligentes.