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NFCE – Novas Funcionalidades para Cápsulas Endoscópicas

03.11.2011
  • I&DT

Um projecto de I&DT para desenvolver um conjunto de módulos para incorporação num sistema de diagnóstico do aparelho digestivo baseado em cápsulas endoscópicas.

 

Logótipo do projecto NFCE A Cápsula Endoscópica examina o revestimento da parte média do trato gastrointestinal, o qual inclui as três porções do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

Um projecto de I&DT para desenvolver um conjunto de módulos para incorporação num sistema de diagnóstico do aparelho digestivo baseado em cápsulas endoscópicas, que possibilitem um diagnóstico melhorado, activo e automático.

Pode também ser útil para detectar pólipos, doença inflamatória do intestino (doença de Crohn), úlceras e tumores no intestino delgado.

O interesse nas cápsulas endoscópicas tem aumentado desde o seu lançamento comercial pois permitirem efectuar diagnósticos menos invasivos face aos exames tradicionais de gastroscopia e colonoscopia. Além disso, é possível aceder a novos locais do trato gastrointestinal (GI).
 
O projecto NFCE visa desenvolver um conjunto de módulos para incorporação num sistema de diagnóstico do aparelho digestivo baseado em cápsulas endoscópica, que possibilitem um diagnóstico melhorado, activo e automático. Os principais objectivos do projecto NFCE são o desenvolvimento dos seguintes módulos:

  • Módulo de controlo de locomoção que permitirá um diagnóstico activo baseado no controlo de movimentos da cápsula endoscópica.
  • Módulo automático de diagnóstico activo que permitirá controlar o módulo de locomoção de modo a enfatizar o diagnóstico em zonas onde são automaticamente detectadas anomalias.
  • Módulo de diagnóstico complementar que permitirá a análise de tecidos baseada em autofluorescência.
  • Módulo de simulação da vídeo-cápsula que apoiará a execução de todos os módulos acima descritos e permitirá futuros desenvolvimentos do dispositivo, dentro e fora do consórcio.

Estes módulos são independentes uns dos outros pelo que o conjunto poderá ser parcial ou totalmente incluído em diversos modelos do dispositivo. A ideia é aumentar a diversidade de oferta no mercado e flexibilizar o dispositivo ao tipo de exame.

O projecto é apoiado pelo COMPETE, no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, envolvendo um total de investimento de 865.121 €, correspondendo a um incentivo FEDER de 637.708 €.
O projecto é liderado pela empresa Emílio de Azevedo Campos (www.eacampos.pt) em co-promoção com a Universidade do Minho (www.uminho.pt), designadamente pelo Departamento de Electrónica Industrial (www.dei.uminho.pt/), e com a INOVA+ (www.inovamais.eu).

O promotor líder é uma empresa que desenvolve a sua actividade em diferentes áreas de negócio, como a química e o ambiente, diagnóstico laboratorial/hospitalar, vídeo profissional, metrologia industrial e topografia, com equipamentos de elevada qualidade e soluções de acordo com as necessidades de cada cliente. Com forte presença no mercado hospitalar, a Emílio de Azevedo Campos, S.A tornou-se membro associado do Pólo de Competitividade da Saúde -Health Cluster Portugal, em 2008.

Neste projecto está a desenvolver-se uma plataforma activa para controlar a locomoção de cápsulas endoscópicas (CE) no interior do corpo humano. O sistema é composto por dois ímanes em neodímio NdFeB. Dentro da cápsula endoscópica está incorporado um pequeno íman (IPM), ver Figura 1.

 
Figura 1 – Controlo magnético remoto de cápsulas endoscópicas (contendo íman interno – IPM) por manipulação de um íman externo (EPM)

Controlo de cápsulas endoscópicas

 
O íman externo (EPM) está colocado num braço articulado para guiar a cápsula por acção do campo magnético. O EPM utilizado nos testes laboratoriais apresenta uma forma cilíndrica com 80 mm de comprimento e 90 mm de diâmetro, um alto nível de remanescência magnética (N48) e um máximo campo de magnético medido de 1,5 T; os pólos magnéticos estão orientados segundo a direcção diametral. Usaram-se IPMs com remanescência magnética de N48 e forma cilíndrica com diâmetros e comprimentos situados nas gamas [3,6] mm e [5,10] mm, respectivamente. Em paralelo aos testes laboratoriais realizaram-se simulações por métodos de elementos finitos (FEM) para obter a distância óptima entre o EPM e o IPM (resultando em aproximadamente 12 cm), ver Figura 2.

 
Figura 2 – Simulação por FEM para estudo do campo magnético e para obter a distância óptima entre EPM e IPM

Simulação

A esta distância foi possível obter um controlo mais preciso da CE, e melhorando a margem de espaço para manipulação do EPM sobre o paciente. O potencial de utilização de CE dentro do corpo humano é elevado pois, estas podem incorporar novas funções tanto para diagnóstico como para terapia.

Visite o micro-site do projecto em www.projecto-nfce.eu