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Valorização da Casca de Arroz Português

31.10.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

A valorização plena da casca de arroz pode oferecer soluções alternativas para vários setores nomeadamente pode ser uma fonte renovável biológica apropriada para a indústria.

Atlantic Meals

Entidade promotora
A Atlantic Meals é detida por acionistas portugueses. A empresa dedica-se à secagem, armazenamento, processamento e comercialização de arroz e milho de qualidade superior. Sendo também um dos maiores produtores europeus de farinhas alimentícias destinadas a Baby-food.
A Atlantic Meals é o promotor líder do projeto de aproveitamento da casca de arroz que conta com a colaboração do Instituto Superior Técnico (IST) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Apoio
O projecto Valorização da Casca de Arroz Português enquadra-se no sistema de incentivos à investigação e desenvolvimento tecnológico (SI I&DT) na vertente de projetos em co-promoção apoiado pelo COMPETE com um Investimento elegível de 680 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 322 mil euros.

Arroz
O arroz é o 3º cereal mais cultivado no mundo, sendo também dos mais consumidos. Para mais de metade da população revela-se como o alimento principal. No entanto, o processo de transformação do arroz, desde a colheita do cereal até à obtenção do produto acabado, origina sub-produtos de valor económico reduzido.

Ao contrário de outros sub-produtos, a casca de arroz destaca-se não só pelo seu abundante volume de produção mas também por representar um resíduo agrícola subvalorizado indigerível, sendo usada em várias aplicações não-alimentares de baixo valor, nomeadamente para o revestimento de pisos de locais de permanência de animais, condicionamento de solos ou o simples despejo em aterros e queima em céu aberto. No entanto, estas abordagens, para além de não constituírem fonte de rendimento, acarretam sérios problemas ambientais.

A casca de arroz possui uma superfície dura que demora aproximadamente 5 anos a decompor-se. Representando um resíduo que ocupa muito espaço sendo necessárias áreas de despejo de tamanho considerável. Assim, este resíduo torna-se nocivo, quando na realidade pode ser aproveitado de forma sustentável quer ecologicamente quer financeiramente.

Projeto
Neste âmbito, o objetivo principal do projeto consiste na valorização da casca de arroz Português, através do desenvolvimento de uma linha de processos e transformações deste resíduo. Pretende-se o aproveitamento total do potencial químico-energético da casca de arroz, de forma a representar uma fonte renovável biológica apropriada para outras indústrias.

O projeto pretende valorizar a casca de arroz de forma a permitir:

  1. o desenvolvimento de produtos biológicos para os mercados dos aditivos alimentares e dos pesticidas.
  2. a gestão económico-ambiental das necessidades energéticas da fábrica.
  3. o desenvolvimento de produtos de sílica amorfa para carga de polímeros/plásticos e ligantes em cimentos, argamassas e betão.

O projeto não se prende numa única visão de valorização, oferecendo soluções alternativas para vários sectores constituindo-se ainda como um projeto ecologicamente e energeticamente benéfico e ainda um projeto criador de postos de trabalho.

Este projeto permitirá que, pela primeira vez em Portugal, se valorize a casca de arroz na unidade produtora, alterando o estatuto de resíduo para matéria-prima.