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Castros – Iluminações Festivas | Quando a confiança necessária para arriscar fora do território nacional resulta num caminho de sucesso

14.04.2014
  • Incentivos às Empresas
  • Qualificação|Internacionalização PME

A aposta constante nas mais recentes tecnologias, desenvolvendo decoração iluminativa de topo e diferenciadora tem permitido à Castros marcar, cada vez mais, presença além-fronteiras, nomeadamente em Inglaterra, França, Espanha, Chipre e Itália.

Projeto: Criação de laboratório de I&D. Registo de propriedade industrial, certificação da qualidade e marcação CE de produtos

Logo Castros

1.    Enquadramento no COMPETE  

- Financiamento

Trata-se de um projeto com o apoio do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade - desenvolvido no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, com um investimento elegível de 56.484 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 27.395 mil euros.


- Testemunho do promotor

Segundo José Soares, Gestor da Qualidade, “hoje podemos afirmar que o projeto de investimentos, no âmbito do SI Qualificação PME, foi crítico para a Castros, representando a base para o futuro, para outros investimentos em curso que visam um constante ajustamento aos desafios que nos surgem pela frente”.

2.    Síntese


No sentido de se manter na linha da frente, a Castros – Iluminações Festivas, S.A. avançou com um conjunto de investimentos para melhorar a sua capacidade inovadora e produtiva.
Para tal, avançaram com uma linha de ação alargada, abrangendo várias tipologias de investimento.

- Tipologias de investimento

 

  • Propriedade Industrial: O projeto previu o registo das criações da empresa junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o que foi integralmente cumprido.
  • Desenvolvimento e engenharia de produtos, serviços e processos: A criação de um laboratório destinado à investigação e desenvolvimento permitiu a criação de novos produtos e a implementação de novos processos. Procedeu-se a uma reestruturação num dos espaços existentes, tendo os investimentos no âmbito deste projeto incidido sobretudo no reequipamento do mesmo, com tecnologias que nos permitirão testar novas soluções em termos iluminativos e decorativos, garantindo o seu sucesso, bem como a segurança dos mesmos.
  • Organização e gestão e tecnologias de informação e comunicação: Previa-se a realização de um investimento ao nível da organização e gestão da produção e da logística, ligado à utilização das novas tecnologias. As melhorias introduzidas pela nova solução são já significativas, quer em termos de planeamento como da gestão da produção e toda a sua logística associada. Este investimento acaba por ser apenas o início, pois agora que as novas ferramentas estão em funcionamento, ansiamos por mais, no sentido de uma maior sofisticação ao nível da organização e gestão.
  • Qualidade: A nível da qualidade, estava prevista a implementação de um sistema de gestão da qualidade com base na norma NP EN ISO 9001:2008. O processo foi desencadeado e concluído com sucesso. Os ganhos de eficiência na organização são evidentes, quer em termos de custos, quer em termos da organização de todos processos internos.
  • Responsabilidade social e segurança e saúde no trabalho: O investimento incluiu a realização de formação para os colaboradores de modo a potenciar a qualificação dos recursos humanos na organização. O resultado das ações de formação levadas a cabo foi visível no terreno, e revelaram-se também na satisfação dos colaboradores, que a empresa mede anualmente.


3.    Descrição


A Castros – Iluminações Festivas, SA é uma empresa de cariz familiar com mais de 90 anos de existência, cuja atividade passa pela criação, conceção, produção, montagem, assistência técnica e desmontagem de iluminações festivas.


Em finais de 2007, a Castros apresentava-se como líder no mercado nacional das iluminações festivas. Tem procurado inovar sistematicamente nas suas criações e realizações no entanto, sentia que o seu mercado interno se encontrava relativamente estável, pelo que o caminho natural seria a internacionalização. Os primeiros passos estavam dados com algumas experiências pontuais no estrangeiro, mas ainda não era algo que estivesse consolidado.

Os pontos fortes e fracos eram bem conhecidos.
Do lado dos pontos fracos, destacavam-se as dificuldades ao nível da:

 

  • gestão da produção, nomeadamente no que ao controlo de produtos acabados dizia respeito devido à complexidade da sua gestão operacional e à multiplicidade de matérias-primas utilizadas. Na altura a empresa ainda não dispunha de um sistema de gestão da qualidade certificado (ISO 9001).
  • investigação e inovação, apesar dos bons resultados obtidos verificava-se que a mesma se encontrava dispersa em três áreas distintas da empresa, sem geração de sinergias, e ao mesmo tempo, as criações eram rapidamente copiadas pela concorrência.

Quanto aos pontos fortes, destacava-se:

 

  • a capacidade instalada de que a empresa dispunha.
  • O facto de possuírem um gabinete de design próprio, com recursos humanos qualificados, orientados para a utilização de tecnologias e matérias-primas inovadoras, permitia oferecer aos  clientes um produto/ serviço desenvolvido à medida.
  • A visita regular a feiras internacionais da especialidade mantinha a empresa atualizada quanto às tendências e novidades nesta área. Desde sempre houve a preocupação em transferir essas novidades sobre a forma de mais-valias para os clientes, nomeadamente pela aposta em materiais de baixo consumo energético e, ainda assim, com maior impacto em termos de brilho e luminosidade.

À data identificaram-se algumas ameaças, como as crescentes restrições orçamentais das entidades públicas, que tinham um peso muito elevado na carteira de clientes e o forte cariz sazonal desta atividade em Portugal.

Por outro lado, as oportunidades passavam pela internacionalização, pela inovação (novos materiais, desenvolvimentos na área da mecânica ou na automação aplicada às instalações elétricas).

A internacionalização era um dos principais objetivos estratégicos no sentido de reduzir o risco de exposição ao mercado interno, bem como permitir que a empresa crescesse sustentadamente.

Havia, portanto, uma necessidade clara de abraçar um projeto integrado que promovesse a competitividade da empresa, tornando-a mais eficiente, mais produtiva, mais flexível e com maior capacidade de resposta. Em suma, dotar a empresa de ferramentas para melhor encarar os desafios com que se deparava e prepará-la para o futuro.

Eis as principais áreas de atuação identificadas:

•    Investimento na formulação de novos registos de propriedade intelectual relativamente aos desenhos e modelos desenvolvidos pela área criativa da empresa;
•    Criação de um laboratório para o desenvolvimento dos modelos e para a realização de ensaios;
•    Introdução de novos modelos ao nível da gestão da produção, organização e logística, nomeadamente na organização e gestão de stocks de produtos acabados, com recurso às novas tecnologias, permitindo organizar a produção, gerir tempos, reduzir custos e diminuir erros;
•    Implementação de um sistema de gestão da qualidade (ISO 9001);
•    Formação dos colaboradores em áreas essenciais, quer do ponto de vista da implementação do sistema de gestão da qualidade, quer da adaptação desses mesmo trabalhadores aos novos mecanismos.



4.    Resultados

À medida que a execução do projeto foi avançando, houve necessidade de alguns ajustamentos em parte devido ao impacto da violenta contração do mercado nacional, que seria compensada pelo forte crescimento das exportações.

Durante bastante tempo a estratégia da Castros passava por consolidar o seu mercado nacional, o qual funcionaria como alavanca para o crescimento sustentado dos negócios no estrangeiro. Mas como a crise também estava a afetar a Europa, a estratégia de internacionalização também sofreu alguns ajustes. Os mercados alvo inicialmente identificados centravam-se na Europa, nomeadamente Inglaterra e França.

Assumiu-se que se tinha de diversificar o risco e procurar novos mercados geográficos alternativos. Em resultado disso, em 2010 e 2011 a Castros acabou a exportar bens e serviços para 4 continentes diferentes, com estratégias de entrada diferentes consoante cada mercado, nomeadamente em países como Espanha, Inglaterra, França, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Senegal, Costa do Marfim e Gâmbia, entre outros.

Este plano de investimentos revelou-se portanto crítico, não como plataforma de crescimento sustentado, tal como planeado, mas sobretudo como plataforma de sobrevivência, tornando a empresa mais forte e mais eficiente.

O principal resultado disso, surpreendentemente, quando nem as melhores projeções o fariam prever em face da conjuntura económica, em 2011 a Castros ultrapassa a fasquia dos 5M € de volume de negócios, pela primeira vez na sua história. A acompanhar esta evolução positiva no volume de negócios, também se registou um aumento médio dos postos de trabalho, bem como o número de quadros com qualificação superior.

Em 2007 a empresa contava com uma média de 104 colaboradores, dos quais, 11 com qualificação igual ou superior a licenciatura.

Em 2011 ambos os registos registaram um aumento: o número médio de colaboradores atingiu os 115 e os quadros com qualificação igual ou superior a licenciatura chegaram aos 20.
A aposta nas tecnologias de informação na área da gestão da produção permanece como orientação para os próximos anos  e a filosofia da melhoria contínua subjacente à certificação do sistema de gestão da qualidade tem conduzido a revisões sucessivas dos processos de conceção, de produção, compras, logística, entre outros, sempre com vista a obter ganhos de eficiência.

O laboratório é hoje um dos pilares da inovação da Castros. No sentido de se potenciar a inovação, implementaram o sistema de gestão da investigação, desenvolvimento e inovação, de acordo com o normativo NP 4457, obtendo a certificação em 2013.

Anualmente submetem-se novos desenhos/modelos para registo de propriedade intelectual a nível europeu para tentar reduzir as cópias pela concorrência.

Em 2010, a Castros fechava o pódio das empresas portuguesas com maior número de registos de desenhos ou modelos no organismo europeu de proteção da propriedade intelectual (IHMI) – 115 registos na altura.

5.    Links


  • Site: www.castros.com.pt
  • Facebook: https://www.facebook.com/pages/Castros-Ilumina%C3%A7%C3%B5es-Festivas-SA/103465549736658
  • Youtube: https://www.youtube.com/user/castrosilumsa

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação | Internacionalização de PME, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/QPME/Projetos que Apoiamos".