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+INOV-custos - Novos produtos inovadores e competitivos para a fileira automóvel

20.01.2015
  • I&DT

A introdução de componentes plásticos no automóvel com paredes finas permite aumentar a capacidade de conceber e produzir produtos diferenciadores mais leves e a um custo mais baixo.

Logo | Plasfil
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Entidade promotora                

A Plasfil - Plásticos da Figueira, SA foi fundada em 24 de Março de 1956, na Figueira da Foz, tendo por objeto a indústria de fabrico de plásticos.

O ano de 1991 foi marcado pelo início do fabrico de produtos para a indústria automóvel. Esta atividade foi consolidada em 1993, ano em que a Plasfil foi certificada pela Ford de acordo com a norma Q101. Esta certificação permitiu o fornecimento direto à AutoEuropa, e às unidades europeias da Ford.

Os compromissos assumidos, no ano de 1992, com a AutoEuropa implicaram um forte investimento em equipamento produtivo e auxiliar e um salto qualitativo no desempenho produtivo e logístico. Assim nasceu o projeto de novas instalações fabris, dedicadas exclusivamente à indústria automóvel.

Deste modo a Plasfil passou de fabricante de grades de plástico para transporte de garrafas para uma das principais empresas nacionais de conceção e fabrico de peças em plástico para a indústria automóvel.

O ano de 2002 representou o início de um novo ciclo na vida da Plasfil. Com a aquisição da maioria das ações da Plasfil pelo grupo Espanhol CIE Automotive em Abril de 2002 e a totalidade em Dezembro de 2003, a empresa vocacionou a sua estrutura em exclusivo para o fornecimento da indústria automóvel.

A CIE Automotive, grupo empresarial especializado em gestão de processos de elevado valor acrescentado, é hoje reconhecida globalmente como fornecedor de referência de serviços integrais, de componentes e de subconjuntos para o mercado automóvel.

A CIE Plasfil conta com uma equipe de IDI que serve de polo de Investigação, desenvolvimento e inovação para as diferentes fábricas da divisão de Plástico Europa do Grupo CIE Automotive.


 
Descrição do projeto

A redução de espessuras sempre foi um passo lógico na redução de custos. Muitos exemplos podem ser vistos nas embalagens e produtos eletrônicos de consumo do mercado. No entanto, na indústria automóvel muito poucos exemplos podem ser encontrados.

Espessuras tão baixas quanto 0,8 mm podem ser encontrados em computadores e telemóveis. Os componentes padrão para o setor automóvel estão situados entre 2 e 4 mm de espessura, sendo 2,5 a 3 mais comum.

As poupanças potenciais são muito claras, não só ao nivel de peso mas também no tempo de produção. Como consequência direta, há um ganho ecológico óbvio: menos matéria prima e menos consumo de energia.

A CIE Plasfil testou dois moldes protótipo neste projecto para estudar a implementação desta tecnologia. Um dos objetivos foi determinar a espessura que pode ser alcançada com materiais e equipamentos produtivos padrão.

A introdução de componentes plásticos no automóvel com paredes finas permite aumentar a capacidade de conceber e produzir produtos diferenciadores mais leves e a um custo mais baixo, ou seja, produtos com um maior valor acrescentado. Potencia-se e aumenta-se a competitividade face a empresas concorrentes, alargam-se mercados e aumentam-se as respetivas taxas de penetração. Este projeto configurou assim a aposta estratégica na inovação como ferramenta chave para o aumento da competitividade da empresa através:

- da endogeneização da capacidade de desenvolvimento e produção de produtos plásticos de paredes fina para interiores do habitáculo de automóveis;
- da redução de custos de produção dos mesmos, através da geração e aplicação de conhecimentos e das novas tecnologias produtivas;
- do desenvolvimento e produção de componentes injetados diferenciadores a um custo mais reduzido, logo de elevado valor acrescentado.


Apoio do COMPETE

O projeto +INOV-custos, que finalizou em Novembro de 2012, foi cofinanciado pelo COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT.

Envolveu um investimento elegível de 519 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 190 mil euros.


Objetivos do projeto

Constituíram objetivos do projeto:

-    Desenvolvimento de produtos inovadores para interiores de automóveis de paredes finas, mantendo os elevados padrões e especificações exigidos, e reduzindo o peso dos componentes;
-    Adoção e/ integração de tecnologias não-convencionais para a produção de componentes para interiores de automóveis de paredes finas;
-    Redução dos custos produtivos através da otimização da geometria do componente (redução de espessuras);
-    Otimização dos processos de produção de componentes de paredes finas, através do uso de técnicas estruturadas de planeamento de experiências (p.e., Métodos de Taguchi);
-    Estabelecimento de relações entre o processamento, a morfologia e as propriedades de componentes de paredes finas moldados por injeção.

 


Principais tarefas desenvolvidas no âmbito do projeto

O projeto +INOV-custos foi estruturado em 5 fases:

  1. Estudos e investigação preliminar das tecnologias
  2. Desenvolvimento de produtos (CAD /CAE)
  3. Desenvolvimento das ferramentas produtivas e produção de protótipos
  4. Validação e otimização do processo
  5. Promoção e divulgação dos resultados

Esquema


No desenvolvimento do projeto +INOV-custos, a CIE Plasfil contou com a colaboração do PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, entidade de referência no âmbito de I&D com empresas do setor da transformação de materiais plásticos.


 
Resultados do projeto

Como resultados do projeto foram conseguidos ganhos potenciais ao nível de poupança de material até 30%, uma redução potencial no tempo de ciclo produtivo até 20%, o que se traduz num potencial aumento de produtividade e na obtenção de um produto mais ecológico.

Por outro lado, a complexidade do desenho de peça aumenta e, consequentemente, a ferramenta produtiva.

Este projeto demonstrou que a indústria automóvel, à semelhança de outras indústrias, têm potencial para introduzir paredes finas em alguns dos seus componentes. Para tal será necessário um estudo de cada caso aplicando o conhecimento adquirido neste projeto.


Testemunho


Segundo Pedro Silva, Responsavel de IDI, «O apoio do COMPETE revela-se um instrumento fundamental no desenvolvimento desta tipologia de projetos, pois permite amortecer o esforço e o risco suportados pelas empresas, permitindo maior robustez e ambição nos objetivos a alcançar».