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Nautilus: uma empresa que investe em I&D

19.08.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

De uma micro-indústria de mobiliário doméstico, há 15 anos, nasceu a líder nacional em mobiliário com tecnologia integrada que já exporta 50% da produção. É o Investimento em I&D que permite à empresa crescer 20% ao ano.

 

Logo | Nautilus Ainda não tinha nascido o famoso "Plano Tecnológico da Educação", lançado em pleno verão de 2008, e já a Nautilus produzia quadros e secretárias interativos, que viriam a equipar 10 mil escolas em todo o país. Foi a forte aposta em Investigação e Desenvolvimento (I&D), orçada anualmente em 200 mil euros, que permitiu à empresa de Foz do Sousa, em Gondomar, ser líder nacional naquele tipo de produto e, cada vez mais, um forte competidor à escala mundial.


"Em alguns mercados, se for necessário, conseguimos competir pelo preço", adiantou o administrador Vítor Barbosa, referindo-se a mercados em países emergentes. "Mas é na gama alta, onde competimos pelo design e pela inovação, que tem estado o aumento das vendas, sobretudo para a Europa", explicou.

Há dez anos que o volume de negócios do Grupo Nautilus cresce a um ritmo de 20% ao ano, tendo somado sete milhões de euros em 2013. Foi também no ano passado que as vendas aceleraram nos mercados externos, passando de apenas 14% dos negócios, em 2012, para 51% em 2013. E, este ano, a meta no horizonte aponta para 60% da produção exportada.

"Se a crise foi positiva para as empresas, em algum aspeto, foi no de obrigá-las a procurar novos mercados e, assim, potenciar o crescimento das mais resilientes", comentou Vítor Barbosa.

No caso da Nautilus, o crescimento passa não só pelas parcerias com universidades e centros de conhecimento, como o INESC ou a Universidade de Aveiro, que desenvolveram o software original do quadro interativo, mas também pelo investimento em produção. Além da unidade original de Jovim (Gondomar), onde são fabricadas as peças de madeira, a empresa possui ainda uma fábrica e sede em Foz do Sousa, onde é feita a montagem e fabricados os tubos de aço, e outra, maior e mais recente, em Castelo de Paiva, também já em vias de concluir uma ampliação, para tratamento de chapas de aço, injeção de epoxy e acabamentos. Ao todo, 80 pessoas trabalham na Nautilus.

Desde o original quadro interativo, o produto evoluiu para o atual Netpower - com ecrã táctil, pode ser usado no chão, na parede ou na mesa, pode ter motor para ajustar regular altura através de comando. As secretárias também evoluiram, desde a Uni_Net com computador incorporado no tampo e numa gaveta para teclado, para as atuais mesas interativas Netpower - em que todo o tampo da mesa é um ecrã táctil ligado ao quadro. "A tecnologia tem evoluído muito depressa e é nossa obrigação estarmos preparados para colocar o que há de mais recente ao alcance da escola e das crianças, cujo futuro dependerá também de saberem trabalhar nestes ambientes", considerou Vítor Barbosa.

É por isso que a aposta na tecnologia na educação não é, afinal, um luxo de países ricos. "Mesmo em alguns países, onde ainda há problemas com a internet ou com a eletricidade, este tipo de tecnologia tem procura, pois tentam cobrir rapidamente o lapso que houve na educação nesses países com tecnologia de ponta", explicou o administrador da Nautilus. A segunda "batalha" passa pela formação de professores para trabalhar com essas tecnologias, área onde a empresa tem investido de mote próprio porque acredita que "a tecnologia contribui, também, para melhorar a produtividade dos alunos e dos professores, motivando-os e impulsionando o próprio ensino".

O crescimento nas exportações para Angola permitirá, ainda, aumentar o volume de negócios da Nautilus em cerca de 30% no próximo ano. Os produtos mais vendidos destinam-se ao ensino privado e ao ensino superior, como as sete centenas de poltronas de auditório que, já este ano, rumaram àquele destino.

Fonte: Dinheiro Vivo