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SINTTRA, um simulador de tráfego urbano inovador

04.03.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

COMPETE apoia projeto, no âmbito da Investigação & Desenvolvimento Tecnológico, de sistema de informação sobre tráfego em tempo real com restrições para a circulação de viaturas com dimensões e prioridades na mobilidade especiais.

1. Ficha Resumo

Acrónimo: SINTTRA
Designação: Sistema de Informação sobre Tráfego em Tempo Real
Principais Estratégias:
• Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado
• Alargamento da gama de bens ou serviços
• Maior flexibilidade de produção ou de fornecimento de serviços
Áreas Tecnológicas:
• Engenharia de Computadores
• Engenharia Informática
• Engenharia Geográfica

2. Síntese

Serviço de informação de trânsito da InfoPortugal  

O projeto SINTTRA teve como objectivo o desenvolvimento de um simulador de tráfego com restrições específicas, tecnologicamente avançadas, capaz de, por exemplo, gerir congestionamentos de forma eficiente, disponibilizar rotas de menor tempo de viagem, apoiar a simulação de situações de bloqueios preditivos e imprevistos das redes rodoviárias e desenvolver estratégias e planos de resposta mais realistas e de maior eficiência por parte das Forças de Segurança e Salvamento.

Esta solução disponibilizaria, através da actividade de I&DT, uma vantagem competitiva estrategicamente forte para a InfoPortugal.

Para o desenvolvimento deste projeto, a InfoPortugal envolveu duas entidades externas, a Direcção Geral da Administração Interna e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.  

 

Fontes de informação

A plataforma de simulação de trânsito foi criada com base em três diferentes fontes de informação:

  1. a base de dados de eixos de via da InfoPortugal, que contém as regras de trânsito e velocidades médias em condições normais;
  2. o serviço de informação de trânsito que reporta a localização de incidentes de tráfego e cortes/manutenções de via;
  3. e a informação que veio dos veículos sonda com informação em tempo real das velocidades instantâneas.

Toda esta informação foi depois agregada, de modo a retornar o cálculo de rotas em situações de rede em carga, ou seja, considerando as situações reais ou simuladas de congestionamentos de trânsito.

Tendo em conta que a obtenção de informação proveniente de veículos sonda é a chave de sucesso para o resultado final deste projeto, a InfoPortugal contactou com diferentes parceiros que poderiam fornecer esta informação, tendo conseguido protocolar a obtenção de informação de veículos sonda com a NDrive, utilizando a aplicação TMN drive que possui uma comunidade de utilizadores da ordem das centenas de milhar e com a INOSAT, que possui uma frota de equipamentos de sistemas de traking em tempo real superior a 20 mil veículos.

3. Apoio do COMPETE

Tendo em vista a execução do projeto SINTTRA, que visa o desenvolvimento de um sistema de informação sobre tráfego em tempo real, a InfoPortugal candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade para obter financiamento.

Segundo Alexandre Gomes, Diretor Técnico da InfoPortugal, “a empresa sempre apostou em inovação e desenvolvimento de novos negócios. Os apoios COMPETE são uma forma de garantir o financiamento necessário a essa inovação mas também o fator impulsionador que garante a continuidade da atividade de inovação dentro da empresa, ao fomentar a parceria entre a empresa e as instituições de ensino e investigação da região”.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto envolveu um investimento elegível de 942 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 266 mil euros.

4. Descrição

O principal objetivo do projeto SINTTRA é o desenvolvimento de um simulador de tráfego com restrições específicas, tecnologicamente avançado, capaz de por exemplo gerir congestionamentos de forma mais eficiente, disponibilizar rotas de menor tempo de viagem, apoiar a simulação de situações de bloqueio preditivos e imprevistos das redes rodoviárias e desenvolver estratégias e planos de resposta mais realistas e de maior eficiência por parte das Forças de Segurança e Salvamento, baseado em tecnologia própria.

Esta solução, ímpar no panorama internacional dado a maioria dos intervenientes disponibilizar soluções demasiado generalistas, disponibiliza através da atividade de I&DT associada ao projeto, uma vantagem competitiva estrategicamente muito forte.

Trata-se de um desafio de inovação tecnológica extremamente exigente, para o qual a empresa reuniu um conjunto importante de valências, de competências e protocolos com o Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional (SCTN).

Fases

Para concretizar o desenvolvimento do produto, a empresa estruturou a realização deste projeto em duas fases.

Durante a execução da primeira fase do projeto, definiu-se como objetivos o desenho e conceção da arquitetura de software e comunicações que suportam o produto, a respetiva implementação e desenvolvimento técnico de software. Para concluir esta primeira fase e envolvendo uma primeira prototipagem do produto, a InfoPortugal envolveu entidades externas para avaliar a robustez do protótipo e a sua adequação ao mercado.

Nesta primeira fase, estabeleceu-se o cumprimento das seguintes metas:

  1. Caracterizar detalhadamente todas as funcionalidades a desenvolver, colmatando eventuais lacunas e "gaps" tecnológicos identificados nos produtos da concorrência, permitindo desenvolver e posicionar o produto num patamar superior em relação aos demais.
  2. Desenhar a solução, segundo opções disponíveis no mercado para a implementação de uma plataforma inovadora, de modo a que esta seleção fosse alvo de uma rigorosa análise pela equipa técnica e avaliação científica por parte dos investigadores doutorados (com fortes conhecimentos e publicações cientificas afetas a estas áreas) do projeto, possibilitando a identificação da opção mais adequada aos objetivos definidos para a construção do produto.
  3. Aquisição dos equipamentos e software necessários ao desenvolvimento do produto.
  4. Desenvolvimento do produto. Esta foi seguramente a etapa mais crítica, durante a qual a InfoPortugal organizou a equipa de desenvolvimento, devidamente coordenada quer cientificamente, quer em termos de gestão do próprio projeto.
    Para encurtar a duração do desenvolvimento, sem no entanto aumentar de forma significativa o risco do seu desenvolvimento, foram executados desenvolvimentos em paralelo. Esta decisão envolveu uma maior exigência em termos de coordenação das equipas de desenvolvimento, que só pode ser assegurada através dos elementos seniores existentes na equipa, que pela vasta experiência em projetos de desenvolvimento complexidade elevada, constituem um valor acrescentado para a InfoPortugal na execução destas tarefas.
  5. Desenvolvimento de protótipos para a comunicação entre os aparelhos de navegação e a plataforma de simulação que quantifica a mobilidade dos diversos segmentos da rede rodoviária. Estes dispositivos funcionarão como auscultadores da mobilidade rodoviária. Esta capacidade será importante pois permitirá em particular auxiliar operações de gestão dos veículos das FSS na resposta a situações de emergência, permitindo a visualização na plataforma de simulação da real localização de cada um destes veículos.
  6. Execução de testes. Tal como a etapa anterior, se bem que realizadas em condições distintas, pretende-se simular a execução em ambientes de produção, simulando por exemplo situações de sobrecarga com o intuito de avaliar o comportamento do produto e corrigir eventuais deficiências ou lacunas de forma a garantir uma elevada qualidade do produto aquando da demonstração e comercialização do mesmo.

A segunda etapa do projeto pretende iniciar a divulgação e comunicação com vista à comercialização do produto. Através desta meta pretende-se concretizar o objetivo de ser bem sucedido na comercialização do produto desenvolvido no âmbito deste projeto. Para tal foi planeada e implementada uma campanha de comunicação e de marketing orientada aos segmentos de mercado alvo da empresa, utilizando a imprensa especializada e revistas de referência do sector. Esta campanha faz referência à implementação de um caso de sucesso num cliente, resultante do piloto experimental realizado.

5. Ponto de Situação Atual e Resultados

O desenvolvimento do projeto SINTTRA, que teve início em Janeiro de 2010 e ficou concluído em Dezembro de 2012, foi uma forma de dar continuidade ao percurso de inovação que distingue a InfoPortugal, com provas dadas no mercado nas áreas da Cartografia, Georreferenciação e Navegação.

Este projeto permitiu à InfoPortugal elevar o seu nível de oferta aliada à maior base de dados cartográfica de eixos de via e conteúdos digitais que possui, através do alargamento dos atributos de navegação específicos e necessários ao cálculo de mobilidade de veículos especiais, como as forças de segurança e emergência, entre outros.

Este projeto deu origem ao desenvolvimento de um serviço de trânsito InfoPortugal que abarca não só o território nacional mas também a cidade de Luanda.

6. Conclusão

No enquadramento do projeto SINTTRA, a InfoPortugal pretende dinamizar competências diferenciadas e reforçar o seu posicionamento no mercado pela oferta de novos produtos, materializados em soluções tecnológicas inovadoras oferecidas através de sistemas diferenciados, visando responder a necessidades específicas, como é o caso da Administração Interna, mas simultaneamente de âmbito global.

Com efeito, a abrangência deste projeto é muitíssimo vasta, sendo uma plataforma de simulação altamente dinâmica e escalável, a InfoPortugal almeja ser pioneira numa área específica da mobilidade e de cartografia de eixos de via e videografia com atributos específicos para veículos com restrições especiais.

O projeto SINTTRA é inovador na medida em que estão propostos modelos de desenvolvimento pioneiros assistindo-se a um protagonismo crescente da Ciência de Computadores, nomeadamente na área de simulação de trânsito rodoviário.

A orientação estratégica da empresa canalizou a sua atividade para a investigação e desenvolvimento e aplicação de tecnologias. Desta forma, a aposta da empresa resume-se a fatores de competitividade que lhe permita ter uma diferenciação face às restantes empresas do sector não só percecionado pela sua envolvente externa, como clientes e parceiros, mas também pela sua envolvente interna.

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos".
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.