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SolarTiles - Desenvolvimento de Sistemas Solares Fotovoltaicos em Coberturas e Revestimentos Cerâmicos

MEDIDA DE APOIO: SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT
ÁREA DE INTERVENÇÃO: I&DT em Co-promoção
N.º DE PROJECTO: 3380

CONSÓRCIO PROMOTOR:

PROMOTOR LÍDER: REVIGRÉS - Indústria de Revestimentos de Grés, Lda.

CO-PROMOTORES:

  • DOMINÓ - Indústrias Cerâmicas, SA
  • CS - Coelho da Silva, SA
  • CTCV – Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro
  • CENIMAT - Centro de Investigação em Materiais da FCT/UNL
  • UMINHO - Universidade do Minho
  • LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia
  • De Viris - Natura e Ambiente, SA

LOCALIZAÇÃO: Muiti-regiões

INVESTIMENTO APROVADO: 2.000.291,17 euros INCENTIVO APROVADO: 1.187.340,22 euros

DESCRIÇÃO DO PROJECTO:

Desenvolvimento, à escala laboratorial, de protótipos funcionais de produtos cerâmicos fotovoltaicos integrados, de elevada eficiência, para revestimentos de edifícios (telhas e revestimentos exteriores de fachada) que incorporem, de raiz e por deposição, filmes finos fotovoltaicos. Pretende-se que os protótipos a desenvolver se caracterizem por uma elevada qualidade estética e desempenho técnico. Os filmes em consideração são do tipo silício nanocristalino ou polimorfo, tecnologia que pertence à terceira, ou última, geração de materiais fotovoltaicos.

RESULTADOS ESPERADOS:

Pretende-se contribuir para um novo tipo de arquitectura de edifícios, que inclua o eco-design, fachadas e coberturas de edifícios baseados em materiais cerâmicos fotovoltaicos, numa perspectiva de novos produtos cerâmicos multifuncionais, em que se pretende conjugar as funções de revestimento, estética e de produção de energia, em particular:

  • Desenvolver produtos cerâmicos multifuncionais de maior valor acrescentado, para fachadas e coberturas;
  • Dinamizar a cooperação, e promover sinergias, entre empresas de sectores clássicos com empresas e instituições de investigação do sector das energias renováveis;
  • Revitalizar o sector da indústria cerâmica, em concreto os subsectores dos revestimentos e coberturas cerâmicas, colocando valor acrescentado nos seus produtos e passando a dispor de novas soluções construtivas adequadas a uma construção sustentável;
  • Contribuir para a dinamização e promoção do desenvolvimento da indústria fotovoltaica em Portugal, com uma elevada incorporação de conhecimento e assim de valor acrescentado para a economia nacional.

ADVANCEDSHOE - Integração de Soluções Avançadas de Materiais e de Desenvolvimento de Produto em Calçado

29.11.2011
  • Incentivos às Empresas

Soluções avançadas de materiais, design e construções no desenvolvimento de um calçado de elevado desempenho, multifuncional e reconhecido pelo consumidor.

MEDIDA DE APOIO: SISTEMA DE INCENTIVOS À I&DT
ÁREA DE INTERVENÇÃO: I&DT em Co-promoção
N.º DE PROJECTO: 1585

CONSÓRCIO PROMOTOR:
PROMOTOR LÍDER: Procalçado - Produtora de Componentes para Calçado, S.A
CO-PROMOTORES:

  • DCB - Componentes e Calçado, Lda
  • Indinor - Indústrias Químicas, S.A.
  • Curtumes Aveneda, Lda
  • Albano Miguel Fernandes, Lda.
  • Instituto Politécnico de Bragança
  • PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros
  • Centro Tecnológico do Calçado de Portugal
  • Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
  • ICC - Indústrias e Comércio de Calçado, S.A.
  • CEI-Companhia de Equipamentos Industriais, LDA

LOCALIZAÇÃO: Muiti-regiões

INVESTIMENTO APROVADO: 1.240.517,82 euros INCENTIVO APROVADO: 882.111,00 euros

DESCRIÇÃO DO PROJECTO:
O projecto AdvancedShoe pretende integrar sinergicamente soluções avançadas de materiais, design e construções no desenvolvimento de um calçado de elevado desempenho (CED), multifuncional e reconhecido pelo consumidor. O calçado a desenvolver deverá combinar a vertente do design funcional, ser apelativo e responder às exigências de segurança, protecção, técnica e de conforto, devendo apresentar características de resistência ao fogo e ao calor; ao escorregamento; aos fungos e às bactérias; à água; e com propriedades eléctricas adequadas à sua utilização.

RESULTADOS ESPERADOS:

O AdvancedShoe actua nas áreas da cadeia de desenvolvimento do produto calçado de elevado
desempenho (CED):

  • Desenvolvimento e introdução de novos métodos e ferramentas para envolver o cliente e o consumidor na fase de criação do calçado;
  • Síntese e compatibilização química de nanopartículas; desenvolvimento de materiais de couro funcionais pela incorporação de nanopartículas ou aplicação de revestimentos funcionais (quitosano e microsferas de quitosano com princípios activos); desenvolvimento de materiais nanocompósitos para formulação de termoplásticos, borracha e poliuretano com vista a aplicação em solas e palmilhas;
  • Desenvolvimento de um sistema laboratorial com base na tecnologia plasma para explorar a sua potencialidade na modificação/funcionalização superficial dos materiais com vista a aplicação no desenvolvimento de CEDs;
  • Estimular a utilização de simulações computacional na fase da concepção e desenvolvimento das solas, palmilhas e calçado de elevado desempenho; desenvolvimento de ferramentas de simulação computacional para desenvolver solas e calçado com características antiderrapantes.
  • Desenvolvimento de materiais e calçado de elevado desempenho.

Projeto ASAP: Agile Sales Platform

03.03.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Trata-se de uma plataforma direcionada a utilizadores de negócio da área de marketing e vendas das seguradoras para construção rápida e autónoma de ofertas comerciais de seguros tendo em conta diversos canais e dispositivos de distribuição, minimizando a dependência da área de IT e potenciando o alinhamento com as exigências do mercado.

1. Síntese

O projeto ASAP (Agile Sales Platform) visa o desenvolvimento de uma plataforma que permita às seguradoras serem mais ágeis, seguindo uma abordagem "Customer Centric" no processo de venda de seguros e proporcionando aos seus departamentos comerciais a autonomia necessárias para irem de encontro às necessidades do mercado.

O projeto ASAP visa dar resposta a dois grandes problemas:

1)    Desalinhamento entre produtos técnico-atuariais e necessidades do cliente. Os produtos de seguros definidos pelas seguradoras são neste momento padronizados quando cada vez mais os consumidores exigem produtos desenhados para as suas necessidades específicas.

2)    "Time-to-Market" longo no lançamento de ofertas comerciais. O processo de lançamento de ofertas comerciais é bastante moroso, envolvendo normalmente o desenvolvimento de programas de software específicos por cada produto. Esta falta de agilidade tecnológica das Seguradoras acarreta custos significativos, sendo responsável por uma parte da lentidão da indústria, devido à incapacidade para responder em tempo útil às necessidades do negócio.

Neste sentido, o projeto ASAP é uma plataforma direcionada a utilizadores de negócio da área de marketing e vendas das seguradoras para construção rápida e autónoma de ofertas comerciais de seguros tendo em conta diversos canais e dispositivos de distribuição, minimizando a dependência da área de IT e potenciando o alinhamento com as exigências do mercado.

 

2. Testemunho do Promotor

Segundo Jorge Miranda, Managing Director da msg life iberia “este projeto é uma forte aposta da empresa na criação do conhecimento necessário à criação de um produto diferenciador. O ASAP permitiu também desenvolver a tecnologia indispensável para imediatamente serem construídos novos produtos, com que já nos estamos a posicionar em diversos mercados.

Para competirmos nos mercados mais exigentes a inovação é fundamental, sendo os custos de I&D elevadíssimos. O financiamento do COMPETE foi fundamental para construirmos as bases sólidas em que pretendemos assentar o futuro da empresa.”

 

3. Enquadramento no COMPETE

> Sistema de Incentivos

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto ASAP envolve um investimento elegível de cerca de 700 mil euros, correspondendo a um incentivo aproximado de 403 mil euros. 

 

4. Descrição do Projeto

Por forma a dar resposta aos desafios enunciados anteriormente, o projeto ASAP tem os seguintes objetivos que se concretizarão numa plataforma de software para as seguradoras:

  1. Definir um Modelo de produto independente, por linha de negócio, que permita albergar as diferenças entre múltiplos sistemas de definição de produtos e linhas de negócio.
  2. Criar uma Ontologia de seguros multilinha de negócio que permita o foco no cliente através da integração de várias linhas de negócio, criando e classificando conceitos comuns às várias linhas de negócio. Será necessário criar mecanismos de partilha de conceitos, bem como a criação do conceito de "proteção" que permita alinhar as necessidades dos clientes com os produtos da seguradora.
  3. Desenvolver um Construtor de ofertas comerciais integrando várias linhas de negócio com sugestão de proteções. Será necessário definir padrões de usabilidade associados a conceitos de negócio de seguros, para que o sistema possa sugerir quais os componentes e comportamentos apropriados para determinada operação de negócio/dispositivo/canal, maximizando a reutilização e simplificando trabalho do utilizador.
  4. Desenvolver um Modelador de usabilidade multidispositivo e multicanal (Fluxos de ecrã e customização) num ambiente único para suporte a múltiplas tecnologias, partilhando conceitos de negócio, componentes visuais (modelos e componentes), derivando adaptabilidade necessárias para cada tecnologia, e se necessário gerando código.
  5. Conceber um Pipeline de Publicação de ofertas comerciais de forma ágil e sem intervenção de IT, implementando um "pipeline" de criação, configuração, teste e distribuição com apenas "um click".
  6. Implementar um “Deployment Pipeline” por vista a conseguir a industrialização do processo de desenvolvimento e lançamento.

 

5. Resultados Alcançados

O projeto decorre até junho de 2015 mas de momento foram já alcançados resultados promissores nos vários objetivos.

Um primeiro protótipo da plataforma foi desenvolvido e testado internamente, e um segundo encontra-se em testes no terreno numa seguradora Americana.

Estes protótipos já possuem grande parte das ferramentas da plataforma, nomeadamente:

  • Construtor de ofertas comerciais.
  • Modelador de usabilidade.
  • Publicador de ofertas comerciais.
  • Ilustrador de propostas.
  • Dashboard de ofertas comerciais.

A utilização destas ferramentas apoiadas na metodologia de trabalho da empresa, permitem que o tempo até ao mercado de uma nova oferta comercial seja drasticamente reduzido quando comparado com a abordagem tradicional que envolve muitas vezes a realização de projetos à medida para essa nova oferta.

Parte nuclear do projeto e da plataforma é o modelo de produto independente que permite de forma dinâmica interoperar com os sistemas de definição externo, potencialmente de ramos de negócio distinto, com vista à construção de ofertas comerciais multi-ramo.

Esta camada de integração e o respetivo modelo de produto irão ser apresentados num artigo científico na conferência IS 2015 Information System 2015, a realizar em março.

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Como facilitar e tornar mais eficaz a mobilidade urbana?

06.01.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Gouveia Leal, coordenador do projeto TICE.Mobilidade, revela a mais-valia e os ensinamentos que se podem retirar desta tipologia de projetos, que associa em consórcio uma pluralidade de agentes económicos e de instituições de saber. 

Projeto TICE.Mobilidade
Projeto TICE.Mobilidade

Projeto TICE.Mobilidade: Sistema de mobilidade centrado no utilizador


1. Enquadramento no COMPETE

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE, o projeto TICE.Mobilidade concebeu um ecossistema de mobilidade, suportado por uma plataforma de dados abertos, que agrega dados que facilitam o desenvolvimento de aplicações e serviços por terceiros e empresas externas. 

Desenvolvido no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o projeto envolveu um investimento total de 4.962.729€ e um incentivo FEDER de 3.514.525€.


> Testemunho

Na primeira pessoa, Gouveia Leal, coordenador do projeto, revela qual a mais-valia desta tipologia de projetos, que associa em consórcio uma pluralidade de agentes económicos e de instituições de saber.


 Como foi possível este projeto?


Este projeto só foi possível com o financiamento do COMPETE, coordenação externa da ANI e apoio do TICE.pt. Mas não é o dinheiro que garante os resultados de um projeto desta dimensão e complexidade! Durante o projeto surgiram múltiplas situações complexas, nomeadamente insolvência de parceiros, incumprimento de tarefas e/ou prazos, que implicaram ajustes vários, e que a coordenação do projeto foi identificando e reportando. Estas tiveram que ser resolvidas pelos organismos de financiamento e coordenação, e embora o projeto tenha sido prorrogado em 6 meses, as decisões foram tomadas em tempo útil e no sentido de garantir as condições de sucesso do projeto.


Que ensinamentos podemos partilhar?

Os projetos de grande dimensão e complexidade têm que ter meios e mecanismos de gestão/coordenação poderosos e adequados, mas os projetos Mobilizadores não estavam dotados desses mecanismos. No entanto, (quase) tudo se consegue com diálogo, boa capacidade de argumentação e de decisão, desde que aplicado nas doses certas. Diálogo a mais não resulta, e situações de rutura não interessam a ninguém. As decisões têm um timing certo para serem tomadas, e antes ser acusado de uma má decisão de que da ausência dela. E para terminar, muita paciência e capacidade para ouvir todos os parceiros. Só conhecendo os problemas encontramos as melhores soluções. Um obrigado a todos os parceiros do projeto, pelo seu empenho, profissionalismo e envolvimento no projeto, e ao COMPETE, à ANI e ao TICE.pt, pelo apoio que nos deram nos momentos mais complicados.

 

 

 

2. Síntese do Projeto TICE.MOBILIDADE
2.1 Foco
Construir um ecossistema de mobilidade, suportado por uma plataforma de dados abertos, que agrega dados de mobilidade e informação complementar, facilita o desenvolvimento de aplicações e serviços por terceiros e empresas externas, com o objetivo de promover uma melhor e mais fácil mobilidade.
2.2 Descrição 
Constituído por oito subprojectos, nas áreas do bike sharing, mobilidade inclusiva, otimização da mobilidade, pesquisa semântica, informação contextualizada dos transportes de passageiros e mapas de sinistralidade.
Inclui o desenvolvimento de uma plataforma, agregadora dos vários subprojectos.
Os serviços a aplicações são disponibilizados através de um portal Web e de dispositivos móveis.
O projeto iniciou em janeiro de 2011 e terminou em junho de 2014.
2.3 Plataforma One.Stop.Ttransport (OST)
A plataforma OST é a plataforma de suporte ao ecossistema de mobilidade, que facilita o desenvolvimento de aplicações e serviços de mobilidade inovadores: 
Disponibiliza:
Dados de mobilidade;
Algoritmos;
Ferramentas de apoio ao desenvolvimento (APIs, etc.);
Web store de aplicações centradas no utilizador;
Canal de promoção e disponibilização das soluções.
2.4 Serviços desenvolvidos e disponíveis
Informação turística e de Pontos de Interesse;
Transportes disponíveis, horários, paragens, percursos, mobilidade inclusiva, avisos;
Cálculo de Rotas multimodal;
Otimização da mobilidade individual;
Partilha da localização (check in) – redes sociais;
Bike Sharing;
Informação contextualizada nos transportes de passageiros: informação turística, POI, eventos, publicidade inteligente;
Reporting de ocorrências e sugestões dos cidadãos para entidades públicas.
3. Resultados
O projeto TICE.Mobilidade teve o mérito de trabalhar áreas novas e inovadoras, nomeadamente:
A plataforma OST, que desenvolveu o conceito de ecossistema de mobilidade, e não de uma simples plataforma de serviços;
O Sema, que implementou mecanismos de pesquisa semântica de informação, que completam a informação obtida por uma pesquisa convencional;
O BikeEmotion, que desenvolveu um sistema de Bike Sharing sem docking station, com melhor versatilidade que os sistemas existentes;
O BUSCA, que desenvolveu um sistema indoor para veículos de passageiros, que fornece informação dinâmica e contextualizada com a localização do veículo, permitindo ainda que o utente tenha acesso a outros conteúdos disponíveis no sistema, através de um dispositivo móvel; 
O Eco-Circuitos desenvolveu algoritmos de análise ao comportamento individual, podendo dar ao utilizador o resultado dessa análise e alternativas mais saudáveis e/ou ecológicas;
O 2Stax, que desenvolveu conceitos inovadores que permitem a taxação inteligente do seguro automóvel;
O Easy Access, que desenvolveu um portal orientado para as pessoas com necessidades especiais;
O MobicarInfo, que desenvolveu um Sistema de "Infotainment” (Informação e entretenimento) para o veículo MobiCar, que permite a interligação entre os projetos de mobilidade elétrica e as tecnologias de informação e comunicação
Foram atingidos outros resultados intangíveis, mas não de menor valor, como o trabalho de grupo e a transferência tecnológica entre as ISCT e as empresas, aquisição de experiência e forte evolução nas empresas e nas ISCT, que reforçaram as suas competências e capacidade de se organizarem para projetos de grande dimensão e complexidade. 
Foi criada uma Startup com alguns dos parceiros do grupo BikeEmotion, para evoluir e criar outras soluções na área da mobilidade, e a maioria das empresas vai incorporar os resultados em produtos que já têm.
4. Links
Site do projeto: http://tice.mobilidade.ipn.pt/index.php

 

2. Síntese do Projeto TICE.MOBILIDADE

2.1 Foco

Construir um ecossistema de mobilidade, suportado por uma plataforma de dados abertos, que agrega dados de mobilidade e informação complementar, facilita o desenvolvimento de aplicações e serviços por terceiros e empresas externas, com o objetivo de promover uma melhor e mais fácil mobilidade.

2.2 Descrição 

Constituído por oito subprojectos, nas áreas do bike sharing, mobilidade inclusiva, otimização da mobilidade, pesquisa semântica, informação contextualizada dos transportes de passageiros e mapas de sinistralidade.Inclui o desenvolvimento de uma plataforma, agregadora dos vários subprojectos.Os serviços a aplicações são disponibilizados através de um portal Web e de dispositivos móveis.O projeto iniciou em janeiro de 2011 e terminou em junho de 2014.

 

2.3 Plataforma One.Stop.Ttransport (OST)

A plataforma OST é a plataforma de suporte ao ecossistema de mobilidade, que facilita o desenvolvimento de aplicações e serviços de mobilidade inovadores. Disponibiliza:
Dados de mobilidade;
Algoritmos;
Ferramentas de apoio ao desenvolvimento (APIs, etc.);
Web store de aplicações centradas no utilizador;
Canal de promoção e disponibilização das soluções.

2.4 Serviços desenvolvidos e disponíveis

Informação turística e de Pontos de Interesse;
Transportes disponíveis, horários, paragens, percursos, mobilidade inclusiva, avisos;
Cálculo de Rotas multimodal;
Otimização da mobilidade individual;
Partilha da localização (check in) – redes sociais;
Bike Sharing;
Informação contextualizada nos transportes de passageiros: informação turística, POI, eventos, publicidade inteligente;
Reporting de ocorrências e sugestões dos cidadãos para entidades públicas.

 

3. Resultados

O projeto TICE.Mobilidade teve o mérito de trabalhar áreas novas e inovadoras, nomeadamente:

A plataforma OST, que desenvolveu o conceito de ecossistema de mobilidade, e não de uma simples plataforma de serviços;

• O Sema, que implementou mecanismos de pesquisa semântica de informação, que completam a informação obtida por uma pesquisa convencional;

O BikeEmotion, que desenvolveu um sistema de Bike Sharing sem docking station, com melhor versatilidade que os sistemas existentes;

O BUSCA, que desenvolveu um sistema indoor para veículos de passageiros, que fornece informação dinâmica e contextualizada com a localização do veículo, permitindo ainda que o utente tenha acesso a outros conteúdos disponíveis no sistema, através de um dispositivo móvel; 

O Eco-Circuitos desenvolveu algoritmos de análise ao comportamento individual, podendo dar ao utilizador o resultado dessa análise e alternativas mais saudáveis e/ou ecológicas;

O 2Stax, que desenvolveu conceitos inovadores que permitem a taxação inteligente do seguro automóvel;

O Easy Access, que desenvolveu um portal orientado para as pessoas com necessidades especiais;

O MobicarInfo, que desenvolveu um Sistema de "Infotainment” (Informação e entretenimento) para o veículo MobiCar, que permite a interligação entre os projetos de mobilidade elétrica e as tecnologias de informação e comunicação.


Foram atingidos outros resultados intangíveis, mas não de menor valor, como o trabalho de grupo e a transferência tecnológica entre as ISCT e as empresas, aquisição de experiência e forte evolução nas empresas e nas ISCT, que reforçaram as suas competências e capacidade de se organizarem para projetos de grande dimensão e complexidade. Foi criada uma Startup com alguns dos parceiros do grupo BikeEmotion, para evoluir e criar outras soluções na área da mobilidade, e a maioria das empresas vai incorporar os resultados em produtos que já têm.

 

4. Links

Site do projeto.

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

ROBOTVIGIL: Robot Vigilante

23.09.2014
  • I&DT

Robô de vigilância orientado para espaços interiores, capaz de recolher e enviar informação de sensores e vídeo de várias câmaras em tempo real. Pode ser operado remotamente ou instruído para realizar rondas de forma autónoma. O sistema é capaz de cooperar com outros robôs e humanos.

RobotVigil

Enquadramento
Atualmente, os robots são aplicados nas mais variadas áreas, desde os simples eletrodomésticos até aos complexos sistemas industriais robotizados. O objetivo principal do projeto passa por tornar possível a aplicação dos robots numa área nova - a vigilância, propondo fazê-lo com base num conjunto de princípios inovadores.

Projeto | ROBVIGIL

Apresentação do protótipo final a Sua Excelência O Presidente da RepúblicaApresentação do protótipo final a Sua Excelência O Presidente da República

O projeto ROBVIGIL surgiu no quadro de uma estratégia de evolução e de ocupação de um espaço de mercado atualmente não explorado, associado à vigilância robótica inteligente. A proposta surgiu no seio de um agrupamento de diversas empresas, constituído por uma empresa de eletrónica de potência, uma empresa de robótica com experiência comprovada na introdução de novas tecnologias no mercado e uma empresa de segurança e de tele-vigilância com referências importantes tanto no mercado nacional como no mercado internacional, sendo ainda apoiadas por entidades do SCT.

O projeto RobVigil (Robot Vigilante) teve como objetivo primário desenvolver um conjunto de sistemas que suportem diversas funções de vigilância e promovam a segurança de pessoas e bens (tipicamente instalações), tendo como base robots móveis capazes de funcionar em modo autónomo ou tele operados.

De forma mais concreta, para este novo sistema pretende-se que seja possível:

• Complementar os métodos de vigilância tradicional através de sensores embutidos em robots, o que permite a aquisição contínua de novos dados/variáveis em tempo real e em qualquer local (acessível ao robot).

• Monitorizar e detetar diferentes tipos de eventos e ameaças, de forma mais eficaz, com possibilidade de levantamento de suspeitas através do envio de robots para um local de forma teleguiada ou autónoma.

• Reduzir os riscos para os seguranças humanos, devido à possibilidade de colocar o robot a realizar rondas em locais mais perigosos, enviar o robot para realizar verificações de situações suspeitas e atravessar/permanecer em locais inacessíveis ao ser humano (e.g., com gás).

• Operar independente das condições de iluminação (dia ou de noite); o robot está dotado de equipamentos e sistemas que lhe permitem funcionar e explorar todas as suas capacidades tanto de dia como de noite.

• Realizar comunicações em videoconferência, funcionando como suporte aos operacionais de segurança/vigilância no terreno.

Através do sistema RobVigil, é pois possível desenvolver novas formas de realizar a vigilância local e remota, promovendo a cooperação entre robots e entre estes e os operadores humanos.

Objetivos do projeto
O objetivo geral do projeto consistiu em desenvolver um sistema de vigilância, baseado em robots autónomos cooperativos (com câmaras e sensores), desenvolver uma docking station com características que garantam uma elevada disponibilidade do sistema e uma plataforma de gestão intuitiva, que permita a gestão remota de todo o sistema.

De forma a atingir-se com sucesso o objetivo geral descrito, foram estabelecidos os seguintes objetivos mais específicos:

• Desenvolver uma plataforma robótica que serve de suporte à integração de todas os dispositivos e equipamentos para desempenhar as funções de robot vigilante que se pretendem, incluindo integração de unidades de processamento, sensores, sistemas de movimentação, múltiplas câmaras, sistemas de mapeamento e respetivo algoritmo de auto-localização, sistema de comunicação, entre outros.

• Desenvolver sistemas de comunicação capazes de transmitir vídeo, voz, dados dos sensores, alarmes e comandos em tempo-real nos cenários de aplicação em causa.

• Desenvolver uma estação de carregamento sem necessidade de ligação por cabo, com capacidade de proceder a um carregamento rápido das baterias de forma a garantir a disponibilidade máxima do sistema.

• Criar uma plataforma de gestão remota que permita a um operador humano definir rotina e procedimentos para o robot, ter acesso em tempo-real a todos os dados relevantes recolhidos pelos sensores do robot, ser notificados de alarmes que sejam disparados, guiar o robot em tempo-real, ter a possibilidade de ver em tempo-real vídeo de qualquer uma das câmaras do robot, etc.

Tarefas desenvolvidas no âmbito do projeto
A seguir descreve-se sucintamente a estrutura de desenvolvimento adotada pelo projeto:

1. Estudos preliminares – nesta atividade procedeu-se ao levantamento do estado-da-arte, identificação dos cenários de aplicação bem como os principais desafios.

2. Especificações técnicas – nesta atividade foi realizada a identificação de todos os requisitos postos ao sistema de vigilância a ser desenvolvido nos cenários e aplicação identificados como prioritários. Foi também realizada a análise de possíveis soluções para vencer os desafios identificados a diferentes níveis. Finalmente procedeu-se à especificação técnica de todo o sistema: robot, docking station, processamento de vídeo, comunicações e plataforma de gestão remota.

3. Desenvolvimento – nesta atividade procedeu-se inicialmente à análise da melhor forma de desenvolver e integrar as contribuições multidisciplinares dos vários grupos. Numa segunda fase procedeu-se aos desenvolvimentos propriamente ditos e em determinados momentos, definidos pelo consórcio, foram feitas validações cruzados de forma a garantir que os vários desenvolvimentos feitos por cada grupo se articulavam entre si.

4. Construção de protótipos, pré-séries, instalação experimental/piloto – nesta atividade procedeu- se à integração dos vários subsistemas desenvolvidos, construção de protótipo, e testes laboratoriais.

5. Testes e Ensaios – nesta atividade foram realizados diversos testes completos em ambientes pilotos de forma a validar os desenvolvimentos realizados em ambiente real.


Apoio COMPETE
O projeto ROBVIGIL foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT na vertente de co-promoção com um Investimento elegível de 1.203 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 881 mil euros.

Entidade promotora e Consórcio

A CleverHouse é o promotor líder do projeto que contou ainda com a colaboração dos seguintes parceiros:

• SinePower – empresa de eletrónica de potência;
• Strong – empresa da área de segurança;
• INESC Porto – instituto pertencente ao SCT;
• FEUP – universidade pertencente ao SCT.

Clever House
A CleverHouse tem como setor de atividade a comercialização de robots, e conseguiu implantar em Portugal robots como o Irobot Roomba e o Irobot Scooba, no quotidiano dos consumidores.

Consciente deste sucesso a CleverHouse tem como objetivo evoluir e dispor da sua própria gama de produtos.

As competências da CleverHouse no domínio do mercado da robótica, o sucesso alcançado pela empresa com a introdução de robots em Portugal e a visão estratégica da empresa sobre o seu futuro fez com que fosse naturalmente o promotor líder do consórcio.

Strong
Desde 2002 a Strong Segurança projeta, desenvolve e instala soluções integradas de segurança com resultados notórios ao nível do aumento da eficácia da segurança, redução dos custos e, em muitos casos, aumento da rentabilidade do próprio negócio do Cliente. Nesse mesmo ano iniciou a sua atividade na área da eletrónica, construindo a maior Central de Televigilância a operar em Portugal.

Em 2003 foi constituída uma Equipa de Investigação e Desenvolvimento para oferecer um suporte técnico mais eficiente aos seus clientes.

Além das competências específicas no que toca ao desenvolvimento de soluções para o mercado de segurança, a Strong contribui para a definição do produto adaptado ao mercado em causa e assim aumentar a probabilidade de sucesso da introdução da solução no mercado.

SinePower
A SINEpower, cujo setor de atividade é a produção e comercialização de UPS, Conversores de Frequência Estáticos, Inversores, desenvolve soluções generalizadas nas áreas de segurança energética e energias alternativas, à medida das necessidades de cada cliente.

Além de exportar para vários países, alguns dos seus produtos são produzidos nos EUA sob licença da SinePower.

INESC Porto e FEUP
As instituições do SCT têm experiência comprovada nos domínios científicos indispensáveis ao sucesso do projeto, assim como no domínio de valorização e transferência de tecnologia para as empresas.

As atividades de robótica, vídeo, comunicações e plataforma de monitorização e controlo remoto e em tempo real têm inúmeras referências científicas e estão numa fase do conhecimento que possibilita a sua transferência para o mercado.

A reunião das competências das entidades do SCT e a sua complementaridade garantem uma elevada probabilidade de sucesso na realização dos objetivos do projeto, tanto na sua vertente científica e tecnológica, quer de transferência para o mercado.

Projeto POLYPULP – Investigando para a pasta do futuro

16.09.2014
  • I&DT

Projeto desenvolvido em parceria pela Celtejo e a Universidade da Beira Interior com o objetivo de obter pasta de papel com propriedades físicas superiores às atuais, que permitam por um lado a obtenção de papéis com melhores propriedades e por outro lado a utilização desta pasta de maior desempenho em produtos mais exigentes ou ainda noutras finalidades.

Celtejo

Breve descrição da empresa/entidade promotora

A Celtejo, S.A., uma empresa Grupo Altri tem a sua Sede em Vila Velha de Ródão, a 27 km de Castelo Branco, ocupando atualmente uma área total de 80ha, dos quais 25 utilizados por instalações fabris.

O atividade principal da empresa é a produção de pasta branqueada para papel que exporta para o mundo inteiro, mas com principal incidência nos países europeus.

Embora as aplicações finais do produto sejam variadas existe um enfoque especial em clientes na área de “tissue” que engloba produtos de higiene doméstica e restauração.

Para além do normal transporte rodoviário, a Celtejo é servida, a partir do Armazém da Pasta, por uma linha ferroviária para escoamento da pasta produzida ou para abastecimento de madeira, com ligação à Estação da CP de Vila Velha de Ródão, e com a extensão de 1,7 km. Daqui a pasta segue para os portos portugueses, embarcando em seguida com rumo aos portos do norte da europa ou, pontualmente, do médio e extremo oriente.

Na sua vertente social a empresa conta com várias instalações de natureza social, realçando-se o Refeitório e várias zonas de máquinas de café e outros produtos alimentares, bem como zonas de convívio e prática de desportos.

Também a Segurança e Saúde dos trabalhadores não é descurada, existindo estruturas operacionais próprias para o efeito, complementadas com um Posto Médico devidamente equipado, onde são assegurados cuidados de saúde preventiva e curativa por profissionais da área da saúde.

Existimos desde os anos 60 e como tal somos uma empresa com experiência mas reinventamo-nos sempre que necessário, porque os anos vividos não são, por si só, garantia de futuro num mercado em que mesmo os produtos de maior sucesso, inevitavelmente também morrem.

Na Celtejo mantemos os pés firmemente assentes no chão, apostando num controlo rigoroso da qualidade dos nossos produtos e dos nossos custos operacionais, mas mantendo simultaneamente a cabeça bem levantada na vigilância constante da atividade dos nossos concorrentes e na identificação atempada (porque o prémio é maior para o primeiro) das oportunidades que os nossos clientes têm para nos oferecer.

Temos privilegiado uma relação de parceria com estes últimos em detrimento de uma simples relação vendedor – comprador e esta estratégia deu os seus frutos e está a materializar-se no projeto Polypulp. Sabemos realmente o que é importante e trabalhamos com esse objetivo.

É importante enfatizar que se a nossa visão técnica da realidade não nos impede de sonhar, “obriga-nos” no entanto a construir projetos em que seguimos com rigor a nossa missão de disponibilizarmos pasta de qualidade reconhecida e produção sustentável, alicerçada na nossa visão de sermos reconhecidos por isso pelos nossos clientes e fiéis a valores como a orientação para os resultados, a capacidade de inovar e a aposta nas pessoas.


Objetivos do projeto

O projeto Polyupulp nasceu de uma parceria entre a Celtejo (produtor de pasta para papel), a Universidade da Beira Interior (UBI), com décadas de trabalho ligadas ao estudo dos produtos papeleiros e a Universidade de Coimbra, um parceiro reconhecido internacionalmente pela sua competência científica na área dos polímeros.

Reunindo estas competências foi possível ambicionar atingir o principal objetivo deste projeto que consiste na obtenção de pasta de papel com propriedades físicas superiores às atuais, que permitam por um lado a obtenção de papéis com melhores propriedades, reduzindo a incorporação de aditivos e/ou a energia na refinação, e por outro lado a utilização desta pasta de maior desempenho em produtos mais exigentes ou ainda noutras finalidades.


Descrição do Projeto e respetivo montante de apoio

O projeto Polypulp apoiado pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade, no âmbito do Sistema de Incentivos à investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT) envolve um investimento elegível de 736 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 496 mil euros.

O projeto iniciou-se em Maio de 2013 e terá uma duração de 2 anos.

Para se entender o âmbito do projeto é necessária uma descrição, necessária resumida, do processo sobre o qual incidirá, a produção de pasta branqueada.

Os processos de produção de pastas químicas consistem no tratamento de aparas de madeira com vários produtos químicos a elevadas temperaturas em condições apropriadas e visam a remoção da maior parte da lenhina, deixando os outros constituintes macromoleculares que são a celulose e as hemiceluloses. A lenhina é uma macromolécula tridimensional responsável por uma parte significativa da resistência da madeira. No processo kraft de produção de pasta obtém-se primeiramente uma pasta (conjunto de fibras) de cor castanha, que ainda contém pequenas percentagens de lenhina.

Esta pasta é depois sujeita a um processo de branqueamento em várias etapas (sequência de branqueamento), podendo incluir estágios de oxigénio, ozono, extracção alcalina, dióxido de cloro, ou peróxido de hidrogénio, e visa obter na maior parte dos casos uma pasta livre de impurezas, com elevada resistência e um grau de brancura da ordem dos 90% ISO. Nas fábricas denominadas “integradas”, a pasta é conduzida em suspensão da fábrica de pasta para a fábrica de papel, eliminando o processo de secagem da pasta. Nas unidades não integradas, como é o caso da Celtejo, a pasta é seca e posteriormente desintegrada (as fibras são de novo colocadas em suspensão aquosa) na fábrica de papel para processamento.

O processo de produção do papel envolve a utilização de um ou mais tipos de pasta, a refinação das pastas, e posteriormente a preparação da suspensão (stock), com a adição de cargas minerais e outros aditivos funcionais e operacionais, que irá ser enviada para a máquina de papel. Nessa fase passará sucessivamente pelas operações de drenagem, prensagem, secagem, colagem superficial, calandragem e bobinagem, para um caso típico do papel de impressão e escrita. Nos papéis “tissue” não são adicionadas cargas minerais, os níveis de refinação, os aditivos funcionais e as tecnologias usadas são bastante diferentes.

Os aditivos funcionais, que podem visar, por exemplo, conferir resistência em seco e à penetração da água, no caso do papel de impressão e escrita, ou melhorar a suavidade do papel, no caso do papel “tissue”, são adicionados à suspensão de pasta (ou pastas) antes do “stock” ser enviado para a máquina de papel. As interações entre os aditivos, incluindo as cargas minerais, e as fibras e finos é uma matéria complexa [1], objeto de investigação intensa e não raras vezes difícil de controlar à escala industrial, prejudicando a estabilidade do processo, com naturais reflexos na qualidade do produto final. O processo de incorporação destas substâncias é importante não só porque é necessário produzir o papel com características muito próprias mas, também, porque a pasta que chega às fábricas de papel não apresenta as características apropriadas. Importa salientar, que nesse processo consome-se uma importante parte de recursos materiais e energéticos.

Esquema do Processo Produtivo


Tarefas desenvolvidas no âmbito do projeto

Iniciado em Maio de 2013, o projeto atravessou já as primeiras etapas de investigação assentes sobretudo no trabalho dos parceiros universitários da Celtejo, a UBI e a UC.

Pesquisas, analises e sínteses de materiais com potencial de melhoria da pasta foram já realizadas pela UC. Alguns dos materiais foram já incorporados na pasta e os seus efeitos testados pela UBI.
As alterações ao processo produtivo da Celtejo dependerão totalmente dos materiais que revelaram maior potencial. No entanto, os conhecimentos entretanto adquiridos permitem já à empresa a definição de alguns cenários mais prováveis e projetar as alterações processuais daí decorrentes.


Conhecer a Celtejo nas suas múltiplas facetas

Nunca perdendo o enfoque no seu core business, a Celtejo vem desenvolvendo também outras facetas relacionadas com a Economia Social da região onde se insere e na qual se afirma cada vez mais como um polo de apoio à comunidade local e ao seu desenvolvimento social e profissional.
Mas como mais importante que as nossas palavras são as nossas realizações, convidamos todos a visitar o nosso “facebook” e a constatar in loco a nossa nova forma estar como empresa virada para o seu meio interior e exterior, ou em linguagem atual, atenta a todas as “partes interessadas”.

Parceria entre a empresa e a instituição de ensino estabelecida ao abrigo do COMPETE

17.05.2013
  • Pólos e Clusters
  • I&DT

Primor alia-se à Universidade de Aveiro para desenvolver produtos de charcutaria mais saudáveis e com tempo de conservação aumentado.

Primor
Primor

A Primor acaba de estabelecer, com a Universidade de Aveiro (UI de Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares), uma parceria que visa a criação de novos produtos de charcutaria mais saudáveis (com menos sal e aditivos) e com o prazo de validade alargado, recorrendo à tecnologia de altas pressões.

Na base da parceria, concretizada ao abrigo do COMPETE, estiveram a dimensão e a experiência da Primor na comercialização dos produtos a desenvolver e as aplicações da técnica de alta pressão desenvolvidas pela Universidade de Aveiro.

Ficha resumo

Acrónimo:         PRIMOR_AP               
Título: Novos produtos de charcutaria com prazo de validade alargado e mais saudáveis, recorrendo à tecnologia de Altas Pressões (AP)
Principais Estratégias:
  • Alargamento da gama de bens ou serviços;
  • Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado.
Áreas Tecnológicas: Tecnologias Agrárias e Alimentares

 
Os produtos de charcutaria, quer sejam cozidos, cozidos enchidos ou cozidos fumados, fatiados ou em pedaços, estão a tornar-se artigos de conveniência, com um relevo comercial crescente.

Contudo, têm tempos de validade comercialmente mais curtos do que os produtos similares não cortados, dada a proliferação microbiana mais facilitada. O objetivo da parceria entre a Primor e a Universidade de Aveiro é desenvolver um projeto em que se aumente, para entre o dobro e o triplo, o prazo de validade destes produtos de charcutaria. Para tal, usar-se-á a tecnologia de alta pressão que permite pasteurizar alimentos em condições atérmicas (à temperatura ambiente) ou a frio (a temperaturas de refrigeração), por destruição microbiana, sem afetar a qualidade dos produtos processados, aumentando consideravelmente o prazo de validade comercial. Isto permitirá aumentar a venda destes produtos, nomeadamente para exportação, em particular para mercados mais longínquos, e uma redução de custos por retorno de produtos fora de prazo, bem como o aumento da segurança microbiológica dos produtos.

A Primor Charcutaria Prima, S.A. é uma das maiores empresas de produtos alimentares de Portugal, com uma experiência de mais de 50 anos na produção e comercialização de enchidos. Esta experiência, juntamente com o facto de a Universidade de Aveiro ser pioneira em Portugal no estudo e na aplicação de alta pressão para conservação de alimentos e, atualmente, estar a criar uma plataforma tecnológica de alta pressão para estudos fundamentais e de desenvolvimento e aplicação comercial, foram o garante das competências necessárias para a atribuição do projeto.

Enquadramento no COMPETE

O projeto designa-se por PRIMOR_AP e enquadra-se no âmbito da tipologia de projetos em co-promoção do Sistema de Incentivo à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, financiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) através do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), ascendendo o investimento elegível a € 646.487, tendo obtido um incentivo de € 409.676.

Projecto Living Usability Lab encerra

04.09.2012
  • I&DT

Lançado com outros promotores pela Microsoft Portugal para "dar voz aos séniores de Portugal através de tecnologias inovadoras e de nova geração", terá a sua cerimónia de encerramento na próxima quarta-feira, 5 de Setembro, em Lisboa, com a demonstração de alguns dos protótipos desenvolvidos.

O Living Usability Lab - Laboratório Vivo de Utilização de Tecnologias Inovadoras para as Redes de Nova Geração- é um projecto colaborativo de I&D entre a academia e a indústria portuguesas que tem como objectivo o desenvolvimento de tecnologias e serviços para tornar os cidadãos seniores mais saudáveis, activos e produtivos, prestando especial atenção às especificidades de usabilidade. O projecto adopta os princípios do design universal e das interfaces naturais do utilizador (fala, gestos), fazendo uso das vantagens trazidas pelas Redes de Nova Geração e computação distribuída. Por isso, este projecto vai ter impacto na população em geral, incluindo os seniores e os cidadãos com necessidades especiais de carácter permanente ou temporário.

Em comunicado, a Microsoft - promotor líder do projecto QREN 7900 - explica que este "teve como objetivo o desenvolvimento de serviços e soluções tecnológicas, sob a forma de um laboratório vivo suportado em redes de nova geração, para facilitar a vida quotidiana da população sénior e daquela com mobilidade reduzida, combater o isolamento e a infoexclusão, contribuindo para aumentar a sua qualidade de vida, saúde e bem-estar, proporcionado condições para um envelhecimento ativo".

O projecto, que teve "a forma de um laboratório real", desenvolveu soluções tecnológicas para três cenários:

  1. - Health@Home (saúde em casa), com desenvolvimento de serviços de prevenção e promoção da saúde para cidadãos idosos e outros que se mantêm nas suas casas;
  2. - Connect@Home (ligado em casa), para avaliação e disponibilização de serviços que permitem ao utilizador manter-se ligado à sua rede social, profissional e familiar;
  3. - Secure@Home (segurança em casa), com serviços que possibilitam o controlo e a automação da casa e a identificação de situações de risco. 

A inovação chega às bebidas fermentadas

13.05.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Com o apoio do COMPETE a SUMOL+COMPAL investiga processo de produção de bebidas fermentadas não alcoólicas à base de fruta e de produtos vegetais mas com uma redução significativa do teor de açúcar, prevendo-se um elevado potencial de penetração nos mercados externos.

Projeto FNA – Bebidas Fermentadas
Projeto FNA – Bebidas Fermentadas

Projeto FNA – Bebidas Fermentadas

1. Síntese


O projeto FNA tem como objetivo genérico capacitar a SUMOL+COMPAL MARCAS, S. A. (S+C) para a produção de bebidas fermentadas não alcoólicas disruptivas face à oferta existente no mercado internacional, em particular sumos de frutos com um teor de açúcar inferior ao original.

O projeto facilitará, igualmente, o lançamento de outros conceitos e sabores inovadores, com base na fermentação de produtos vegetais, com um elevado potencial de penetração nos mercados externos.

A concretização do objetivo geral proposto exige a realização de actividades de I&D, ao nível:

(i) da investigação aplicada de processos biológicos fermentativos e físico-químicos e da formulação e caracterização de produtos, bem como, em caso de sucesso,

(ii) do estudo e ensaio dos processos à escala industrial.

As áreas da Ciência e Tecnologia dominantes são a microbiologia, a química física, a bioquímica e a biotecnologia.

O projecto tem contado com a participação de entidades de referência do Sistema Cientifico e Tecnológico (SCT), altamente qualificadas, com vista a apoiar as actividades de maior exigência de natureza científica e técnica, destacando-se equipas da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), do iBET, do Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de lisboa (UL) e do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da UL.

Os produtos que estão na base da oferta da S+C, nomeadamente as frutas, os vegetais e a água, são fontes de prazer, hidratação e nutrição. Estes factores aliados às constantes mutações do mercado, nomeadamente no que respeita à procura crescente por dietas equilibradas, abrem um leque de oportunidades e desafios.


2.    Enquadramento no COMPETE

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto FNA envolveu um investimento elegível de 800 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 427 mil euros.

Segundo Paulo Marques, Assessor da Administração, “o incentivo financeiro atribuído à SUMOL+COMPAL para a concretização do projeto foi decisivo para a decisão da empresa avançar. É que este projeto implica um elevado investimento (sobretudo devido à contratação de serviços a entidades do SCT e à afetação de recursos humanos internos), mas tem associada uma incerteza significativa ao nível dos resultados da I&D, que poderão não permitir as aplicações pretendidas. O cofinanciamento público induziu que a empresa perspetivasse o projeto e as suas aplicações potenciais com outra ambição, permitindo que a dimensão do projeto, claramente aumentada, lhe desse uma superior probabilidade de sucesso”.


3.    Descrição do Projeto

 

Logótipo SUmol+Compal

3.1 Âmbito

O projeto FNA contribui para o desenvolvimento de soluções de fermentação de sumos de frutos, em particular com redução significativa do teor de açúcar e com baixa produção de álcool. Soluções combinadas de processos biológicos e físico-químicos, em conjunto com soluções de formulação, viabilizarão a produção industrial e capacitarão, de forma flexível, para a produção de bebidas fermentadas inovadoras.

Sobretudo devido ao elevado grau de inovação que configura, o projeto tem um claro potencial de internacionalização.


3.2 Atividades de I&DT

  • Estudos prévios e conceptualização de processo/produto
  • Investigação aplicada laboratorial do processo industrial
  • Estudos e ensaios do processo industrial
  • Promoção e divulgação de resultados
  • Coordenação e gestão do projeto


3.3 Evolução

Abaixo as principais tarefas já executadas:

  • Selecção de estirpes

    Execução de várias fases de selecção, começando pelo trabalho realizado por 4 entidades do SCT, incluindo o ensaio de dezenas de estirpes, isoladas e em combinações. O ensaio mais aprofundado das 5 estirpes finais permitiu a selecção de uma estirpe de levedura como a de maior potencial.
    Entre outros, foram considerados critérios sensoriais / shelf-life, de cinética de fermentação, o enquadramento legal, etc.
  • Identificação de matrizes de fruta, de acordo com critérios tecnológicos (em conjugação com a selecção de estirpes) e de mercado (Norte da Europa, EUA). O pêssego, a pêra e a laranja são as matrizes seleccionadas.
  • Investigação dos efeitos de vários parâmetros de fermentação na cinética e no sensorial.
    Foram realizados ensaios para diferentes condições de preparação dos inóculos, densidade destes, temperatura, agitação e teor de oxigénio. De realçar a importância da densidade do inóculo (10^6 ufc / mL) e da temperatura (25 a 30ºC), para a eficiência da fermentação.
  • Investigação de parâmetros do processo de produção do inóculo.
    O melaço de cana é um substrato possível e o seu enriquecimento em determinados nutrientes pode favorecer a eficiência do processo.
  • Investigação da actividade hidrolítica / estabilidade das polpas
    Observada uma baixa actividade hidrolítica (ensaios bioquímicos) das 5 estirpes e uma estabilidade aceitável das polpas (ensaios de shelf-life).
  • Avaliação de processos físico-químicos de desacidificação de matrizes de fruta, sendo possíveis pequenas correcções de acidez sem impactos sensoriais negativos.
  • Ensaio de soluções de formulação / shelf-life
    Para os resultados de diferentes combinações de matrizes de fruta, estirpes e parâmetros de fermentação, foram testadas soluções de tratamento físico-químico e formulação, e executadas as correspondentes avaliações sensoriais e de shelf-life.
    Algumas soluções revelam potencial de redução da percepção da acidez.
  • Ensaios de tratamento térmico para a estabilização microbiológica dos produtos, observando-se que os parâmetros tempo / temperatura usuais na indústria são suficientes mas passíveis de optimização.
  • Ensaios de scale-up do processo de fermentação, ainda numa primeira fase, constituindo uma das principais actuais fontes de incerteza do sucesso do projecto.
  • Estudo preliminar de diagramas de fabrico, layouts e necessidades de equipamentos.
    Identificadas soluções de industrialização em fábrica própria (S+C Almeirim) e decidido estudar alternativas externas (subcontratação).
  • Avaliação do enquadramento legal dos produtos (aplicação do regulamento Novos Alimentos)
  • Avaliação de estratégias de protecção da propriedade industrial


4.    Resultados Esperados

Como já referido anteriormente, o projeto FNA visa investigar o processo de produção e conceber um novo segmento de mercado, completamente inovador no mercado internacional. O projeto permitirá à S+Cm posicionar-se para além do estado da arte relativamente a sistemas tecnológicos que permitam alcançar o objetivo de obter um produto à base de fruta, com todos os benefícios que a fruta possui e proporciona, mas com uma redução significativa do açúcar.

Para o efeito, a prossecução do projeto tem exigido o recurso a conhecimentos científicos e técnicos complexos, de forma integrada, de modo a ultrapassar os diferentes desafios, que comportam riscos e incertezas significativos.

O projeto reveste-se de um carácter fortemente inovador e, bem assim, de uma forte componente de originalidade na medida em que visa criar um novo segmento de bebidas derivadas dos sumos de frutos, absolutamente disruptivo no panorama internacional.

A este nível, o projeto contribuirá com importantes mais-valias competitivas para a S+C mediante a aquisição de novos conhecimentos e valências, assentes na realização de um conjunto de atividades de I&D devidamente planeadas e estruturadas.

Adicionalmente, a investigação aplicada e experimental dos processos, na perspetiva do desenvolvimento dos novos produtos propostos, visa instituir um conjunto de inovações significativas em tecnologias aplicadas à indústria Agroalimentar, contribuindo para a prossecução de um conjunto de novas características em bebidas, para as quais não existem presentemente soluções evidentes e imediatas que resolvam os problemas e desafios identificados.


5.    Links

www.sumolcompal.pt

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do I&DT - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Apollo | Projeto da PT Inovação e da Universidade de Aveiro aposta em tecnologia do futuro

29.04.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

A investigação desenvolveu uma base tecnológica de suporte a novos serviços, na área das comunicações máquina-a-máquina, tendo desenvolvido algoritmos de machine learnig apropriados ao correlacionamento da informação recolhida pelos sensores eletrónicos.

Projeto "Apollo"
Projeto "Apollo"

1. Enquadramento no COMPETE

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto Apollo envolveu um investimento elegível de 1.410.120 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 845.886 euros.

Testemunho do promotor

Segundo Jorge Miguel Sousa, responsável pela divisão DSS3 Smart Cities da PT Inovação e Sistemas "o programa COMPETE permitiu desenvolver os alicerces que suportam um desenvolvimento sustentável através de processos mais inteligentes, enriquecendo o mundo digital com capacidades sensoriais, tornando-o capaz de sentir e atuar no ambiente. O futuro aponta para a fusão da sociedade com a tecnologia, facilitando a criação de espaços inteligentes, caracterizados pela aplicação das tecnologias de informação e comunicação na gestão das cidades. As comunicações máquina-a-máquina (M2M) abrem assim portas a um novo mundo de negócios inovadores, transversais aos mais diversos sectores de atividade.
O programa COMPETE possibilitou o desenvolvimento da plataforma Apollo, desenhada com requisitos de sistemas de próxima geração para soluções Máquina-a-Máquina, garantindo no entanto a compatibilidade com as normas vigentes. A plataforma Apollo combina de forma inovadora dispositivos, comunicações e serviços, permitindo a criação de novas propostas de valor acrescentado.  Abrem-se assim as portas a um novo mercado feito de serviços inovadores, onde a troca de informação automática, sem intervenção humana, entre dispositivos e sistemas permite a otimização de processos alavancando uma sociedade onde a tecnologia faz parte da solução e não do problema
."


2. Síntese

Com início a 01 de outubro de 2011, o Apollo é um projeto de inovação que visou desenvolver uma base tecnológica, na área das comunicações “máquina-a-máquina” (M2M/IoT | Machine-to-Machine/Internet of Things).


Trata-se de um sistema que integra e articula dados a partir de sensores que medem vários parâmetros, permitindo atuar, automaticamente, e  em conformidade com processos definidos por algoritmos de alto nível. Esta plataforma desenvolvida no projeto Apollo, foi realizada pelo consórcio constituído entre a PT Inovação e Sistemas, líder do consórcio, e o Instituto de Telecomunicações de Aveiro e que encontrou colaborações fora do consórcio nomeadamente com a Escola Superior Agrária de Coimbra e a autarquia local.


A investigação procurou desenvolver uma base tecnológica de suporte a novos serviços, na área das comunicações máquina-a-máquina, estando previsto o desenvolvimento de sensores eletrónicos e de algoritmos de machine learning capazes de correlacionar a informação recolhida pelos sensores.
A tecnologia desenvolvida integra na plataforma de comunicações a agregação e processamento de informação - acessível em qualquer lugar graças à sua disponibilização na cloud. A recolha - de dados dos sensores é feita recorrendo a tecnologias  sem fios que vão desde o ZigBee ao 4G.


3. Objetivos

O projeto Apollo tinha por objetivos:


1.    Desenvolver uma plataforma tecnológica avançada para disponibilizar serviços que permitam a construção de uma nova geração de aplicações “máquina-a-máquina” (Smart Services M2M) transversal a diferentes sectores de atividade.
2.    Conceber uma ferramenta de criação de serviços M2M que permitisse desenhar, parametrizar e construir de forma dinâmica os Smart Services suportados na plataforma.
3.    Ensaiar, em ambiente real de utilização, a solução implementada em áreas de atividade distintas, tirando partido da base tecnológica desenvolvida.
4. Áreas de desenvolvimento do Projeto.



4. Áreas de desenvolvimento do Projeto

  • Interfaces p/ Sistemas Externos
  • Gestão de Seerviços & Aplicações M2M
  • Gestão de Disposotivos M2M
  • Gestão de Conectividades M2M
  • AIP´s M2M
  • Dispositivos & redes de Sensores
  • Ferramenta de Construção de Serviços
  • Serviços & Aplicações M2M

 

5. Resultados alcançados

O projeto Apollo desenvolveu uma plataforma tecnológica avançada, alinhada com as normas ESTI, para disponibilizar serviços que permitam a construção de aplicações M2M (Smart Services M2M) transversal a diferentes sectores de atividade. Para além das funcionalidades de Application Enablement (AEP) focadas no suporte a aplicações M2M e na gestão do seu ciclo de vida, foi também incorporado na plataforma desenvolvida no âmbito deste projeto a funcionalidade de Gestão de Conectividades (CMP) focada na gestão das conectividades entre os dispositivos geridos e a própria plataforma, indo ao encontro do tipo de soluções oferecidas atualmente pelo mercado de Plataformas M2M.


- Aplicações


Com o objetivo de ensaiar em ambiente real de utilização a solução implementada, foram definidos dois cenários: um para a área da agricultura, que levou à instalação de vários sensores que monitorizam uma estufa agrícola na Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e um segundo com a instalação de sensores embarcados em veículos para monitorização do piso das estradas.

 

  • Agricultura

Um dos cenários de teste desta base tecnológica, com aplicação à agricultura consiste na articulação de uma rede de sensores sem fios a uma estufa hortícola que permite a monitorização de parâmetros relacionados com as diferentes fases de desenvolvimento das plantas, a otimização do processo de cultivo e a automação de diversas tarefas na estufa.

Apollo As potencialidades desta solução de e-agriculture vão muito além dos sistemas comerciais, uma vez que estes são, essencialmente, autómatos que reagem aos valores indicados pelos sensores, sem qualquer capacidade de correlacionar informação. Os serviços de alerta de operação permitem ao utilizador identificar, no momento, parâmetros cujo valor esteja fora da gama normal. Esta informação pode ser facultada localmente mas, acima de tudo, de forma remota, permitindo uma monitorização constante, mesmo quando não existe ninguém no local.


Através da comparação dos valores medidos com as regras pré-definidas pelo sistema, ou pelo utilizador, podem ser emitidos alertas para situações tais como: falha no sistema de rega; desvios excessivos nos valores de pH da água; presença de condições ambientais extremas que exijam medidas de precaução adicionais, entre vários outros.

 

  • Automóvel

Uma das experiências piloto (SmartRoad Monitoring) ocorreu em Aveiro, com uma frota de 50 automóveis, equipados com sensores para recolher informação sobre o estado do piso.

Apollo - Smart Road


O piloto Smart Road Monitoring, faz uso de técnicas de Big Data e a algoritmos de mineração de dados que de forma não supervisionada analisam os resultados recolhidospela plataforma, processam os mesmos dados e produzem relatórios que apontam possíveis irregularidades no piso da estrada. Os dados processados são disponibilizados através de um mapa disponível num portal web que indica a zonas do pavimento que necessitam de intervenção.


 

 

Para além destas duas aplicações, foi também desenvolvida uma ferramenta para a criação de aplicações que permite, com o auxílio de ferramentas visuais, gerir e visualizar Workflows, sendo aplicado neste projeto à gestão da estufa agrícola.


Tendo em conta os resultados obtidos, e com vista a aproveitar o potencial de mercado que se abre a este tipo de plataforma, foram já definidos vários desenvolvimentos a incluir na solução da PT Inovação e Sistemas que representam um avanço significativo em relação ao estado da arte atual. Os avanços obtidos residem no facto de, atualmente, não existir uma solução normalizada no mercado que permita a massificação desta área de negócio.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do I&DT - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

SINTTRA, um simulador de tráfego urbano inovador

04.03.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

COMPETE apoia projeto, no âmbito da Investigação & Desenvolvimento Tecnológico, de sistema de informação sobre tráfego em tempo real com restrições para a circulação de viaturas com dimensões e prioridades na mobilidade especiais.

1. Ficha Resumo

Acrónimo: SINTTRA
Designação: Sistema de Informação sobre Tráfego em Tempo Real
Principais Estratégias:
• Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado
• Alargamento da gama de bens ou serviços
• Maior flexibilidade de produção ou de fornecimento de serviços
Áreas Tecnológicas:
• Engenharia de Computadores
• Engenharia Informática
• Engenharia Geográfica

2. Síntese

Serviço de informação de trânsito da InfoPortugal  

O projeto SINTTRA teve como objectivo o desenvolvimento de um simulador de tráfego com restrições específicas, tecnologicamente avançadas, capaz de, por exemplo, gerir congestionamentos de forma eficiente, disponibilizar rotas de menor tempo de viagem, apoiar a simulação de situações de bloqueios preditivos e imprevistos das redes rodoviárias e desenvolver estratégias e planos de resposta mais realistas e de maior eficiência por parte das Forças de Segurança e Salvamento.

Esta solução disponibilizaria, através da actividade de I&DT, uma vantagem competitiva estrategicamente forte para a InfoPortugal.

Para o desenvolvimento deste projeto, a InfoPortugal envolveu duas entidades externas, a Direcção Geral da Administração Interna e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.  

 

Fontes de informação

A plataforma de simulação de trânsito foi criada com base em três diferentes fontes de informação:

  1. a base de dados de eixos de via da InfoPortugal, que contém as regras de trânsito e velocidades médias em condições normais;
  2. o serviço de informação de trânsito que reporta a localização de incidentes de tráfego e cortes/manutenções de via;
  3. e a informação que veio dos veículos sonda com informação em tempo real das velocidades instantâneas.

Toda esta informação foi depois agregada, de modo a retornar o cálculo de rotas em situações de rede em carga, ou seja, considerando as situações reais ou simuladas de congestionamentos de trânsito.

Tendo em conta que a obtenção de informação proveniente de veículos sonda é a chave de sucesso para o resultado final deste projeto, a InfoPortugal contactou com diferentes parceiros que poderiam fornecer esta informação, tendo conseguido protocolar a obtenção de informação de veículos sonda com a NDrive, utilizando a aplicação TMN drive que possui uma comunidade de utilizadores da ordem das centenas de milhar e com a INOSAT, que possui uma frota de equipamentos de sistemas de traking em tempo real superior a 20 mil veículos.

3. Apoio do COMPETE

Tendo em vista a execução do projeto SINTTRA, que visa o desenvolvimento de um sistema de informação sobre tráfego em tempo real, a InfoPortugal candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade para obter financiamento.

Segundo Alexandre Gomes, Diretor Técnico da InfoPortugal, “a empresa sempre apostou em inovação e desenvolvimento de novos negócios. Os apoios COMPETE são uma forma de garantir o financiamento necessário a essa inovação mas também o fator impulsionador que garante a continuidade da atividade de inovação dentro da empresa, ao fomentar a parceria entre a empresa e as instituições de ensino e investigação da região”.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto envolveu um investimento elegível de 942 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 266 mil euros.

4. Descrição

O principal objetivo do projeto SINTTRA é o desenvolvimento de um simulador de tráfego com restrições específicas, tecnologicamente avançado, capaz de por exemplo gerir congestionamentos de forma mais eficiente, disponibilizar rotas de menor tempo de viagem, apoiar a simulação de situações de bloqueio preditivos e imprevistos das redes rodoviárias e desenvolver estratégias e planos de resposta mais realistas e de maior eficiência por parte das Forças de Segurança e Salvamento, baseado em tecnologia própria.

Esta solução, ímpar no panorama internacional dado a maioria dos intervenientes disponibilizar soluções demasiado generalistas, disponibiliza através da atividade de I&DT associada ao projeto, uma vantagem competitiva estrategicamente muito forte.

Trata-se de um desafio de inovação tecnológica extremamente exigente, para o qual a empresa reuniu um conjunto importante de valências, de competências e protocolos com o Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional (SCTN).

Fases

Para concretizar o desenvolvimento do produto, a empresa estruturou a realização deste projeto em duas fases.

Durante a execução da primeira fase do projeto, definiu-se como objetivos o desenho e conceção da arquitetura de software e comunicações que suportam o produto, a respetiva implementação e desenvolvimento técnico de software. Para concluir esta primeira fase e envolvendo uma primeira prototipagem do produto, a InfoPortugal envolveu entidades externas para avaliar a robustez do protótipo e a sua adequação ao mercado.

Nesta primeira fase, estabeleceu-se o cumprimento das seguintes metas:

  1. Caracterizar detalhadamente todas as funcionalidades a desenvolver, colmatando eventuais lacunas e "gaps" tecnológicos identificados nos produtos da concorrência, permitindo desenvolver e posicionar o produto num patamar superior em relação aos demais.
  2. Desenhar a solução, segundo opções disponíveis no mercado para a implementação de uma plataforma inovadora, de modo a que esta seleção fosse alvo de uma rigorosa análise pela equipa técnica e avaliação científica por parte dos investigadores doutorados (com fortes conhecimentos e publicações cientificas afetas a estas áreas) do projeto, possibilitando a identificação da opção mais adequada aos objetivos definidos para a construção do produto.
  3. Aquisição dos equipamentos e software necessários ao desenvolvimento do produto.
  4. Desenvolvimento do produto. Esta foi seguramente a etapa mais crítica, durante a qual a InfoPortugal organizou a equipa de desenvolvimento, devidamente coordenada quer cientificamente, quer em termos de gestão do próprio projeto.
    Para encurtar a duração do desenvolvimento, sem no entanto aumentar de forma significativa o risco do seu desenvolvimento, foram executados desenvolvimentos em paralelo. Esta decisão envolveu uma maior exigência em termos de coordenação das equipas de desenvolvimento, que só pode ser assegurada através dos elementos seniores existentes na equipa, que pela vasta experiência em projetos de desenvolvimento complexidade elevada, constituem um valor acrescentado para a InfoPortugal na execução destas tarefas.
  5. Desenvolvimento de protótipos para a comunicação entre os aparelhos de navegação e a plataforma de simulação que quantifica a mobilidade dos diversos segmentos da rede rodoviária. Estes dispositivos funcionarão como auscultadores da mobilidade rodoviária. Esta capacidade será importante pois permitirá em particular auxiliar operações de gestão dos veículos das FSS na resposta a situações de emergência, permitindo a visualização na plataforma de simulação da real localização de cada um destes veículos.
  6. Execução de testes. Tal como a etapa anterior, se bem que realizadas em condições distintas, pretende-se simular a execução em ambientes de produção, simulando por exemplo situações de sobrecarga com o intuito de avaliar o comportamento do produto e corrigir eventuais deficiências ou lacunas de forma a garantir uma elevada qualidade do produto aquando da demonstração e comercialização do mesmo.

A segunda etapa do projeto pretende iniciar a divulgação e comunicação com vista à comercialização do produto. Através desta meta pretende-se concretizar o objetivo de ser bem sucedido na comercialização do produto desenvolvido no âmbito deste projeto. Para tal foi planeada e implementada uma campanha de comunicação e de marketing orientada aos segmentos de mercado alvo da empresa, utilizando a imprensa especializada e revistas de referência do sector. Esta campanha faz referência à implementação de um caso de sucesso num cliente, resultante do piloto experimental realizado.

5. Ponto de Situação Atual e Resultados

O desenvolvimento do projeto SINTTRA, que teve início em Janeiro de 2010 e ficou concluído em Dezembro de 2012, foi uma forma de dar continuidade ao percurso de inovação que distingue a InfoPortugal, com provas dadas no mercado nas áreas da Cartografia, Georreferenciação e Navegação.

Este projeto permitiu à InfoPortugal elevar o seu nível de oferta aliada à maior base de dados cartográfica de eixos de via e conteúdos digitais que possui, através do alargamento dos atributos de navegação específicos e necessários ao cálculo de mobilidade de veículos especiais, como as forças de segurança e emergência, entre outros.

Este projeto deu origem ao desenvolvimento de um serviço de trânsito InfoPortugal que abarca não só o território nacional mas também a cidade de Luanda.

6. Conclusão

No enquadramento do projeto SINTTRA, a InfoPortugal pretende dinamizar competências diferenciadas e reforçar o seu posicionamento no mercado pela oferta de novos produtos, materializados em soluções tecnológicas inovadoras oferecidas através de sistemas diferenciados, visando responder a necessidades específicas, como é o caso da Administração Interna, mas simultaneamente de âmbito global.

Com efeito, a abrangência deste projeto é muitíssimo vasta, sendo uma plataforma de simulação altamente dinâmica e escalável, a InfoPortugal almeja ser pioneira numa área específica da mobilidade e de cartografia de eixos de via e videografia com atributos específicos para veículos com restrições especiais.

O projeto SINTTRA é inovador na medida em que estão propostos modelos de desenvolvimento pioneiros assistindo-se a um protagonismo crescente da Ciência de Computadores, nomeadamente na área de simulação de trânsito rodoviário.

A orientação estratégica da empresa canalizou a sua atividade para a investigação e desenvolvimento e aplicação de tecnologias. Desta forma, a aposta da empresa resume-se a fatores de competitividade que lhe permita ter uma diferenciação face às restantes empresas do sector não só percecionado pela sua envolvente externa, como clientes e parceiros, mas também pela sua envolvente interna.

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos".
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

MathIS: Reorientando a matemática para a sociedade da informação

01.04.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o projeto MathIS visou explorar a dinâmica da resolução algorítmica de problemas e o raciocínio por cálculo. Assim, promoveu o uso efetivo, “industrial” da lógica para a mesa de trabalho do engenheiro que lida com problemas reais complexos. 

Imagem cortesia de stockimages em FreeDigitalPhotos.net
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1. Síntese

No interior das Sociedades da Informação uso efetivo da Matemática tem um enorme potencial económico, na medida em que, como Dijkstra notou, "a high technology so celebrated today is essentially a mathematical technology".

Neste contexto o projeto MathIS visou explorar a dinâmica da resolução algorítmica de problemas e o raciocínio por cálculo. Assim, procurou-se promover o uso efetivo, “industrial” da lógica, através de métodos que escalassem da aula de matemática para a mesa de trabalho do engenheiro que lida com problemas reais muito complexos.

Luís Barbosa, coordenador do projeto MathIS, revela que “o apoio do COMPETE foi essencial para viabilizar este projeto, suportar experiências concretas em escolas e na indústria de software e promover a divulgação dos seus resultados a nível internacional.

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto MathIS envolveu um investimento elegível de 54 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 46 mil euros.

 

2. Âmbito

A Sociedade da Informação requer profissionais altamente qualificados que possam conceber sistemas complexos com níveis cada vez maiores de fiabilidade e segurança. Mas requer também do conjunto da sociedade um grau elevado de "fluência matemática", entendendo-se por esta a capacidade de recorrer à linguagem e ao método matemático para modelar problemas e situações e raciocinar produtivamente no interior desses modelos. Tal capacidade e literacia tornou-se um elemento fundamental da cidadania democrática.

De facto, nas Sociedades da Informação o uso efetivo da Matemática tem um enorme potencial económico, na medida em que, como Dijkstra notou, "a high technology so celebrated today is essentially a mathematical technology".

Neste contexto, o projeto MathIS procurou explorar a dinâmica da resolução algorítmica de problemas e o raciocínio por cálculo, tanto ao nível da educação matemática como da prática da engenharia informática. O seu ponto de partida forma duas décadas de investigação em conceção de programas "correct-by-construction" de onde emergiu toda uma disciplina de resolução de problemas e, em particular, a sistematização de um estilo de raciocínio por cálculo que, procedendo de modo formal e essencialmente sintático, revolucionou as provas semiformais em linguagem natural e pobres em conteúdo algorítmico.

Pretendeu-se estudar e exemplificar o uso efetivo, “industrial” da lógica, através de métodos que escalassem da bancada escolar para a mesa de trabalho de engenheiro, que lida com problemas reais muito complexos.

 

3. Resultados

Assim, a atividade do projeto desenvolveu-se em duas vertentes:

1. Ao nível educacionalo MathIS procurou reformular a abordagem de um conjunto de temas na matemática pré-universitária de acordo com as linhas acima enunciadas, assim como avaliar os seus méritos não apenas no desenvolvimento de competências algorítmicas, mas também como uma ferramenta para descoberta. Recorde-se, por exemplo, que foi através da manipulação formal das equações de Maxwell que se conjeturou a existência das ondas eletromagnéticas.

O projeto produziu diverso material (teaching scenarios) para uma abordagem orientada ao cálculo de diversos conteúdos na formação (secundária e profissional), tendo animado diversas workshops com alunos e professores de Matemática nesses graus de ensino. O esforço de investigação associado, suportado pelo COMPETE, conduziu a várias publicações, a uma tese de doutoramento sobre resolução algorítmica de problemas e a protótipos para a edição e registo de texto matemático manuscrito.

 

2. Ao nível da engenharia de software, o MathIS contribuiu no desenvolvimento de novos cálculos de programas aplicáveis na área emergente da computação global para garantirem o desenvolvimento correto e verificável de sistemas computacionais.

O projeto desenvolveu novos cálculos para o projeto e desenvolvimento correto (i.e. matematicamente verificável) de software, baseados em i) conexões de Galois, como ferramenta de transposição de resultados entre universos semânticos distintos, e ii) co álgebras, enquanto abstração de sistemas computacionais e seu comportamento.  

 

Uma das duas teses de doutoramento realizadas no âmbito desta componente do projeto veio a ser distinguida com o Prémio Científico IBM 2010, atribuído à então bolseira Alexandra Silva, hoje professora na Universidade de Nijmegen, Holanda.

Em termos quantitativos, o projeto MathIS originou:

  • 3 Teses de doutoramento;
  • 2 Capítulos de livro;
  • 6 Artigos em revista;
  • 15 Publicações em conferências internacionais com revisão por pares;
  • 3 Protótipos de software.

 

4. Exemplo: trabalho premiado com o Prémio Científico IBM 2010

Os excertos abaixo são de uma comunicação que fiz no âmbito da atribuição do Prémio IBM 2010 à Alexandra Silva, que resume algumas das intuições que estiveram presentes na génese e no desenvolvimento do projeto MathIS, que desse modo viu reconhecida uma das dimensões do seu plano de trabalho:

(...) A tese de doutoramento da Alexandra generaliza um dos resultados maiores das Ciências da Computação: o teorema de Kleene. Stephen Kleene formalizou nos anos cinquenta um modelo para a dinâmica da computação, o autómato de estados finitos, e introduziu uma linguagem, as expressões regulares, para especificar o seu comportamento. O célebre teorema que tem o seu nome enuncia a equivalência entre uns e outras, fornecendo uma abstração de um processo computacional e um modo rigoroso de descrever/prescrever o seu comportamento.

Durante anos a herança de Kleene foi inspiração e desafio. Nomeadamente na procura de axiomatizações que permitissem a manipulação expedita dessas expressões, na conceção de algoritmos eficientes para o seu processamento, e sobretudo na tentativa de generalização deste resultado a modelos comportamentais mais complexos.

Ora é exatamente neste ponto que a contribuição científica da Alexandra se situa. O seu trabalho tornou possível a derivação uniforme de linguagens para especificação de um conjunto muito vasto de modelos computacionais, das respetivas axiomatizações  e, para cada caso, de um resultado de equivalência no espírito do teorema de Kleene. Não apenas a sua abordagem cobre todos os casos documentados na literatura, para muitos dos quais apenas se conheciam soluções ad hoc, como permitiu tratar outros com solução até então desconhecida, nomeadamente modelos para sistemas com evolução incerta muito relevantes em aplicações onde a probabilidade de falha e o controlo de exceções tem de ser rigorosamente considerado.

(...) Finalmente, na medida em que permite modelar, calcular e verificar o comportamento de sistemas muito complexos, o trabalho tem implicações práticas de relevo para a conceção de sistemas informáticos confiáveis, isto é em que literalmente possamos confiar. Que não colapsam, que não se degradam, que fazem aquilo que muito prosaicamente se espera que façam.

(...) Infelizmente popularizou-se uma visão redutora que identifica a Informática com uma coleção de tecnologias e o desenvolvimento de software com um conjunto de metodologias empíricas e boas práticas. Habituamo-nos a conviver com “os erros do sistema”, a desculpar os seus pretensos estados de alma, a aceitar irrefletidamente que ao comprar um pacote de software recebamos não uma garantia, mas uma limitação de responsabilidade.

Não foi esta visão frouxa e sem ambição que motivou o projeto MathIS e trabalho da Alexandra e que o Prémio Científico IBM tão justamente distinguiu.

E ainda bem. Porque, de facto, se o que estiver em causa for o funcionamento de um dispositivo médico que me mantém ligado à vida ou o controlador do avião em que viajo, não estou interessado em meias certezas. Não me interessam testes em curso de execução, de resultados duvidosos para a minha sobrevivência, não quero saber de volumosos e verbosos cadernos de encargos nem de argumentos legais. Sobre a correção, a segurança e o desempenho desses sistemas não quero nada menos que o grau de certeza que me dá uma prova matemática. E não desempenha hoje a noção de prova automaticamente verificável um papel chave na garantia da segurança de uma compra on-line? Ou na certificação de software crítico cuja pertinência é já reconhecida pela indústria mais atenta e inovadora?

A verdade é que a Informática experimentou um desenvolvimento tecnológico vertiginoso bem antes de se haver constituído como ciência. E, no entanto, a complexidade crescente das suas aplicações exige a solidez e o rigor formal a que nos habituamos em outros domínios da Engenharia. Temos que construir os seus fundamentos e operacionalizá-los em técnicas e cálculos. Vivemos, mas a uma velocidade acelerada, o nosso século XVII. O trabalho hoje distinguido, e toda a área de investigação em que se insere, são parte essencial, assim o creio, do nosso passaporte para o futuro.

Por Luís Barbosa, coordenador do projeto MathIS

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação 

Projeto Surface4DP: Substratos Têxteis Recicláveis para Impressão Digital

01.04.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apostou na diferenciação do processo, através de tecnologias de produção inovadoras (mais eficientes ao nível ambiental/material/energético) e do produto, ao recorrer a novos materiais que geraram artigos com atributos únicos como reciclabilidade, qualidade de impressão, resistência a riscos e abrasão.

Projeto Surface4DP
Projeto Surface4DP
1. Síntese

O projeto Surface4DP - Substratos Têxteis Recicláveis para Impressão Digital surgiu da identificação de necessidades que urgia satisfazer no contexto do artigo ''telas revestidas como suporte/media para impressão digital" (e respectivo processo de fabricação) que a empresa produz para o sector publicitário e empresas afins.

Este sector representava, em 2008, cerca de 50% do total de vendas da empresa, das quais cerca de 90% correspondem a vendas para o mercado externo.

Pretende-se com o projecto ''Surface4DP'' apostar na diferenciação ao nível do processo, recorrendo a tecnologias de produção inovadoras (mais eficientes dos pontos de vista ambiental, material e energético), e ao nível do produto, pela utilização de novos materiais que permitirão desenvolver artigos com características únicas (por exemplo: reciclabilidade, qualidade de impressão, resistência a riscos e abrasão), conferindo-lhes deste modo elevado valor acrescentado.

Como resultado espera-se tornar o processo produtivo mais sustentável, não encarecer o custo de produção e aumentar o volume de vendas do produto em causa.

> Testemunho | Miguel Couto, Diretor Fabril

"O projeto Surface4DP permitiu ampliar os conhecimentos da empresa numa tecnologia de processamento diferente da sua, não só do ponto de vista de processamento/revestimento, como também em termos de acabamento e funcionalização da superfície, desenvolvendo capacidades e aptidões técnico-científicas da empresa, fruto da parceria com a entidade do SCTN - Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional (neste caso o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes), da realização de ensaios no PIEP – Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho, e das visitas a feiras e fornecedores da especialidade.

Todo este desenvolvimento só foi possível com o apoio do Programa COMPETE, pois de outra forma, teria sido difícil gerir, estabelecer parcerias e financiar a realização deste projeto.

O Programa COMPETE foi portanto fundamental para a realização deste projeto, permitindo assim fomentar e ampliar os conhecimentos da empresa na área da impressão digital, com recurso a novas tecnologias e materiais, que permitiram reforçar a posição da empresa nesta área de negócio, área essa estratégica para a Endutex."

 

2. Objetivos

O projecto teve como principais objectivos:

1)    Reforçar a componente tecnológica e de inovação em que assenta a actividade da empresa, através do desenvolvimento de novos produtos que suportem a sua progressão na cadeia de valor e o reforço da sua presença em mercados internacionais, neste caso particular, no mercado da impressão digital de grande formato.

2)    Desenvolver novos produtos com elevado valor acrescentado.

3)     Apoiar o desenvolvimento proposto em tecnologias mais eficientes dos pontos de vista ambiental, material e energético do que a tecnologia actual, quer do ponto de vista de revestimento, quer do ponto de vista de acabamento superficial.

4)    Estudar a implementação de uma nova linha de produção baseada nas tecnologias inovadoras propostas neste projeto.

5)     Desenvolver o conhecimento e propriedade intelectual e industrial necessários à exploração da tecnologia desenvolvida no âmbito do projecto.

 

3. Atividades

As tarefas de estudo e análise de mercado, e vigilância tecnológica, serviram de base para, em conjunto com a experiência e competências existentes na empresa e clientes, definir as especificações técnicas para a base têxtil, revestimento e tratamento de superfície. Após a definição das especificações técnicas foi elaborada em detalhe a estratégia de intervenção técnico-científica, apoiada em extensa pesquisa bibliográfica. Foi realizado um estudo exaustivo do estado da arte nos diferentes campos técnico-científicos de actuação. Este estudo passou por uma análise das propriedades-chave do revestido que permitiu cumprir as especificações técnicas, em particular a obtenção de uma qualidade de impressão digital óptima associada a propriedades físicas, químicas e mecânicas adequadas do substrato. Mediante este estudo foram desenvolvidas estratégias aplicadas na actividade experimental para desenvolvimento de um revestido de base poliolefina e desenvolvimento de tratamentos de superfície específicos.

No contexto da avaliação e validação de desempenho das estruturas desenvolvidas foram levados a cabo ensaios e testes, de acordo com as normas nacionais e internacionais, relevantes para o produto alvo. No que respeita à avaliação da qualidade da impressão digital, esta foi quantificada de forma objectiva, nomeadamente em termos de tempo de secagem, definição da impressão, intensidade da cor e adesão ao substrato. Foi ainda testado, avaliado e validado o desempenho em operações de reciclagem.

Produziram-se provas de conceito, em que os materiais desenvolvidos foram convertidos em suportes para impressão digital, de acordo com as especificações definidas. Seguiu-se a implementação e optimização das soluções tecnológicas no âmbito do ciclo produtivo. Foram elaborados os dossiers do produto e do processo, resultantes da actividade técnico-científica e da implementação no âmbito do ciclo produtivo.

A atividade de prospeção e disseminação de informação e marketing incluiu uma análise do mercado, permitindo uma correcta especificação dos produtos a desenvolver e apoiar as metodologias de marketing, comunicação e comercialização. Nesta actividade também se incluíram tarefas de disseminação e demonstração de resultados.

A metodologia de planeamento, monitorização, controlo e gestão das actividades de I&D e restantes actividades previstas no projecto foi realizada, utilizando um sistema integrado de gestão (Gestão Empresarial de Projectos).

 

4. Resultados

O projeto Surface4DP teve um impacto muito relevante na capacidade de intervenção da Endutex a vários níveis, nomeadamente no aumento das competências da equipa em diferentes áreas:

- Ao nível dos revestimentos de base poliolefina, recorrendo ao revestimento extrusão associado ao hot melt slot die.

- Ao nível dos aditivos para conferir flexibilidade, retardativo chama, agentes hidrofilizantes.

- Ao nível dos tratamentos de superfície de revestimentos de base poliolefina (lacagem e tratamento plasma).

- Ao nível da avaliação de desempenho, nomeadamente da tomada de consciência da importância que têm os testes no desenvolvimento de um produto que cumpra com as funções para que foi concebido.

Como resultado global deste Projecto, a Endutex – Revestimentos Têxteis, S. A. consolidou a sua capacidade de desenvolvimento de novos produtos através da geração, registo e exploração de conhecimento científico-tecnológico por meio do estabelecimento de relações sinérgicas entre a Endutex e o Sistema Científico e Tecnológico Nacional, aqui representado pelo CeNTI.

O projecto permitiu encontrar uma solução ecológica, sustentável e reciclável, que responde às especificações previamente definidas, solução essa preparada com base em tecnologias mais eficientes do que as actuais dos pontos de vista energético, material e ambiental.

Tendo em conta o know-how adquirido durante o projecto, foi possível optimizar a gama de produtos designada como Recytex, gama essa que foi seleccionada para parte da publicidade outdoor dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e na America’s Cup 2013 na cidade de S. Francisco nos Estados Unidos; em outdoors do aeroporto de Schipol (Holanda), entre outros projectos de publicidade.

 

5. Enquadramento no COMPETE 

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o projeto Surface4DP envolveu um investimento elegível de cerca de 492 mil euros e um incentivo FEDER de 290 mil euros.

 

6. Links
Site da Endutex: http\\www.endutex.pt

 

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Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação 

Projeto Dermaterry: uma nova linha de artigos em felpo ao serviço da saúde e bem-estar

17.02.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Com o apoio do COMPETE a Mundotêxtil desenvolveu o projeto Dermaterry cujo objetivo foi a investigação e desenvolvimento de uma linha de artigos em felpo com propriedades multifuncionais, orientada para o cuidado e proteção da pele.

Projeto Dermaterry
Projeto Dermaterry

Dermaterry - Desenvolvimento de uma linha de felpos funcionais com propriedades hidratantes, esfoliantes e proteção uv

1. Âmbito

A proteção da saúde humana e o bem-estar são, atualmente, preocupações e um estilo de vida a nível global. O conceito de bem-estar tem vindo a tornar-se um bem social, representando um estado de equilíbrio saudável entre o corpo humano e a mente. Além da preocupação crescente com o retardar do envelhecimento, nomeadamente da pele, as condições ambientais, as mudanças climáticas e poluição, têm vindo a reforçar a preocupação com a proteção e cuidado da pele. 

Identificando a necessidade no mercado de produtos para cuidado e proteção da pele, a Mundotêxtil decidiu avançar com um projeto para criar uma linha de artigos têxteis funcionais inovadores em felpo que satisfaçam em pleno as necessidades dos utilizadores e possibilite o acréscimo de propriedades dos produtos existentes tendo como resultado a melhoria da saúde e bem-estar dos utilizadores. 

Com este projeto a Mundotêxtil procurou consolidar a sua aposta em produtos diferenciadores e de valor-acrescentado, dando continuidade ao esforço de valorização dos seus produtos. 


2. Objetivos

O projeto Dermaterry visou a investigação e desenvolvimento de uma linha de artigos em felpo com propriedades multifuncionais, orientada para o cuidado e proteção da pele no sector da saúde e bem-estar, tendo como público-alvo mulheres e crianças. 

Com este projeto pretendeu-se:

  • Introduzir novas soluções em felpo com propriedades de hidratação, esfoliação da pele e de proteção UV.
  • Obter uma avaliação clínica do desempenho das soluções desenvolvidas.
  • Promover boas práticas de cuidado e proteção da pele nomeadamente à exposição solar.

 

3. Atividades de I&D

O projeto foi estruturado segundo as seguintes atividades:

  • Aquisição e desenvolvimento de novos conhecimentos e capacidades para o desenvolvimento. 
  • Estudos preliminares.
  • Especificações técnicas.
  • Desenvolvimento do produto.
  • Construção de protótipos.
  • Testes/ensaios e validação.
  • Divulgação, disseminação e marketing.
  • Planeamento e controlo.
  • Gestão técnica do projeto.

 

4. Resultados

- Linha de artigos multifuncionais (toalha que pode ser utilizada como peça de vestuário) com conceito e design diferenciador. A estrutura têxtil e cores foram certificadas pela norma UV STANDARD 801, apresentando um grau de proteção ultravioleta máximo UPF de 80. (Nº registo de proteção dos modelos: 002536466). 

- Novas soluções em felpo com características multifuncionais para o cuidado da pele (hidratação e esfoliação da pele) em fase de registo da propriedade industrial através de patente. A avaliação clínica do desempenho das soluções desenvolvidas contou com a colaboração de voluntários (ensaios em ambiente real). 

- A Mundotêxtil certificou o seu sistema de investigação, desenvolvimento e inovação de acordo com o referencial normativo NP 4457:2007 contribuindo para a contínua evolução da capacidade interna da empresa para implementar procedimentos e metodologias de I&DT. 

 

5. Enquadramento no COMPETE 

5.1 Dados do projeto e parcerias

O projeto teve início em Abril de 2012 e terminou em Setembro de 2014.

O promotor foi a empresa Mundotêxtil – Indústrias Têxteis S.A, contando com a colaboração de entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico (SCT), designadamente, o CITEVE - Centro tecnológico para as indústrias Têxtil e Vestuário e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

> A Mundotêxtil é uma empresa de referência na produção de felpos a nível internacional em mercados de elevado grau de exigência de qualidade. Dotada de meios de produção tecnologicamente avançados estabelece como prioridades: o Design, a Inovação, a Qualidade e a adaptação dos seus produtos às tendências de mercado e a públicos-alvo cada vez mais exigentes.

Utiliza marcas próprias ou privadas por forma a otimizar as características que conferem as condições de competitividade das marcas, identidade e posicionamento.

> O CITEVE - Centro tecnológico para as indústrias Têxtil e Vestuário, tem como missão o apoio ao desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário, através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector. Desenvolve a sua atividade de apoio técnico e tecnológico à indústria em seis grandes áreas de intervenção: Atividade Laboratorial (indutora da qualidade), Consultoria e Assistência Técnica (indutoras da melhoria do desempenho), Vigilância e Desenvolvimento Tecnológico, (indutores da inovação), Valorização de Recursos Humanos (indutora da excelência), e Cooperação com a Administração Pública (na definição e implementação de políticas para o sector e para as regiões de forte implantação do sector).

> A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) é a segunda mais antiga Faculdade da Universidade do Porto. O Serviço e Laboratório de Imunologia constitui um centro de formação pré e pós-graduado na área da Imunologia Humana, para profissionais da área da Medicina, Medicina Dentária, Ciências da Nutrição e de outras Ciências da Saúde. O Serviço e Laboratório de Imunologia é também um centro de referência para o desenvolvimento de meios complementares de diagnóstico, eficientes e inovadores, no âmbito da patologia humana que afeta o sistema imunológico ou por este mediada.

5.2 Testemunho | Dr. Rogério Matos, Consultor interno

“O apoio do COMPETE permitiu suportar parte do esforço da empresa no desenvolvimento de novas soluções, aumentar as suas competências em termos de I&D, estabelecer parcerias especializadas em áreas técnicas e científicas, como é o caso da parceria com o CITEVE e a FMUP. As soluções desenvolvidas permitirão ainda aumentar as capacidades de resposta da empresa a novas solicitações assim como o número de potenciais clientes permitindo explorar novos nichos de mercado e diversificar a sua presença no mercado têxtil-lar.”

5.3 Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o projeto Dermaterry envolveu um investimento elegível de cerca de 548 mil euros e um incentivo FEDER de 287 mil euros.

 

6. Links 

Site do Mundotextil - Indústrias Têxteis, SA - www.mundotextil.pt

Site do Citeve – www.citeve.pt

Site da FMUP - http://sigarra.up.pt/fmup/pt/web_page.Inicial

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Administração de fármacos: Bluepharma inova com soluções terapêuticas

10.02.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Sérgio Paulo Simões, coordenador do projeto Blue-OS, revela a mais-valia que se pode retirar deste projeto de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico e a importância do apoio do COMPETE.

projeto Blue-OS
projeto Blue-OS
1. Síntese

Na primeira pessoa, Sérgio Paulo Simões, coordenador do projeto, revela que o projeto Blue-OS foi concebido para reforçar uma nova linha de investigação da Bluepharma centrada no desenvolvimento de medicamentos inovadores e que garantisse também o estabelecimento da rede necessária ao ganho de competências para o sucesso da execução do projeto. Trata-se de um projeto complexo, com uma equipa de projeto com peritos nas áreas regulamentar, clínica, patentes, analítica, formulação e fabrico. Um dos objetivos é chegar à prova de conceito através da realização de ensaios clínicos, o que representa um investimento significativo de recursos humanos e materiais. Os novos produtos e tecnologias a emergir do projeto serão licenciados à escala internacional, captando mais-valias não só para a Bluepharma como para a economia do país através da criação de emprego qualificado e por arrastamento do tecido económico nacional.

O apoio do COMPETE tem permitido à Bluepharma investir de forma continuada e sustentada em:

  • Atividades de I&D centradas na identificação de novos projetos de investigação e desenvolvimento.
  • Internacionalização através da conquista de novos mercados, mantendo sempre presente o cumprimento dos mais rigorosos parâmetros de qualidade.
  • Parcerias que asseguram a permuta de conhecimento, a partilha de riscos e um acesso rápido a uma rede de clientes.
  • Inovação em produtos, processos, modelos de negócio e metodologias de gestão.

 

2.Enquadramento no COMPETE

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o projeto Blue-OS envolveu um investimento elegível de 1.086.719€ e um incentivo FEDER de 368.957€.

 

3. Descrição do projeto | Blue-OS - filmes poliméricos para administração de fármacos: soluções terapêuticas para necessidades médicas não satisfeitas

3.1. Enquadramento

As novas tecnologias de entrega de fármacos representam uma das principais áreas de investigação e desenvolvimento da indústria farmacêutica. Apesar de ser uma área bastante competitiva na indústria farmacêutica, permanece a necessidade de implementação de novos sistemas de entrega de fármacos não invasivos devido à fraca aceitação e adesão de certos grupos de doentes perante alguns regimes terapêuticos existentes.

A via oral continua a ser o meio de administração de fármacos preferido para a maioria dos doentes dada a sua conveniência, representando a maior fatia do mercado (> 52%) e a expectativa é que o seu valor atinja os 90 mil milhões de euros em 2016. No entanto, os comprimidos e cápsulas apresentam algumas limitações quando administrados a: idosos, crianças ou outros grupos populacionais com problemas de deglutição (disfagia); doentes com necessidades especiais como são o caso de doentes mentais (não-cooperantes); doentes com náuseas e vómitos; pacientes com doenças degenerativas ou viajantes sem acesso a líquidos. Estes grupos populacionais têm muita dificuldade em engolir e apresentam, por isso, baixa adesão à terapêutica para formas orais sólidas convencionais, o que se traduz num baixo índice terapêutico nestas doenças.

No sentido de responder às necessidades específicas destes doentes, a Bluepharma tem vindo a desenvolver uma inovadora plataforma tecnológica na forma farmacêutica de película orodispersível (BlueOSâ). Uma película orodispersível consiste num filme ultrafino com um tamanho aproximado de um selo e que se desintegra rapidamente na boca sem necessitar de água. Em relação às formas orais convencionais, as películas orodispersíveis incorporam um elevado potencial tecnológico, inúmeras vantagens do ponto de vista clínico, do mercado e das necessidades específicas dos doentes (patient-centered). Alguns dos seus benefícios reconhecidos e características especiais são: a clara melhoria da adesão à terapêutica; a conveniência e facilidade de administração por ser muito fácil de deglutir; a flexibilidade da dose, o potencial para aumentar a biodisponibilidade oral dos fármacos veiculados e desta forma reduzir os seus efeitos secundários e a possibilidade de proporcionar um início de ação mais rápido.

3.2 Objetivos

1)    Desenvolver dois novos medicamentos na forma farmacêutica de película orodispersível de doenças com necessidades médicas não satisfeitas ao facilitar a sua administração e melhorando o seu perfil de segurança relativamente aos medicamentos atualmente comercializados com os mesmos fármacos. 

2)    Realizar a prova de conceito clínica desta inovadora plataforma tecnológica (BlueOSâ). 

3)    Assegurar a proteção e valorização da propriedade intelectual gerada. 

4)    Reforçar a posição competitiva da empresa no mercado global, através do desenvolvimento de produtos inovadores de maior valor acrescentado que irão contribuir para uma maior diferenciação da empresa em relação a uma concorrência cada vez maior e mais sofisticada.

3.3 Principais Resultados

Foi possível desenvolver uma tecnologia inovadora capaz de incorporar fármacos de todas as classes biofarmacêuticas, com uma capacidade de incorporação de fármaco até 60% (muito superior ao valor padrão de 30%) e com boas propriedades organolépticas.

Na sequência do desenvolvimento da plataforma tecnológica BlueOSâ, pela Bluepharma, foi submetida uma patente nos Estados Unidos (U.S. Patent Application No: 14/448,438, ORAL DISPERSIBLE FILMS).

Os contactos que têm vindo a ser efectuados com potenciais clientes revelam um grande interesse pela tecnologia e boas perspectivas de licenciamento.

 

4. Links
Site: https://www.bluepharma.pt/

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

COMPETE apoia projeto no setor das energias renováveis

27.01.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

A Efacec pretende ser a empresa de referência a nível global e, neste sentido, o projeto "WinDSC - Desenvolvimento e aumento de escala de módulos DSC baseado nas tecnologias inovadoras ETCO e selagem com vidro” surge como uma oportunidade no mercado competitivo da tecnologia solar.

projeto "WinDSC - Desenvolvimento e aumento de escala de módulos DSC baseado nas tecnologias inovadoras ETCO e selagem com vidro”
projeto "WinDSC - Desenvolvimento e aumento de escala de módulos DSC baseado nas tecnologias inovadoras ETCO e selagem com vidro”

1. Enquadramento

Sob o lema “Tecnologia que move o mundo”, a EFACEC pretende estar na vanguarda da tecnologia nas mais diversas áreas onde foca a sua actuação.

Em particular para o sector das energias renováveis, a Efacec pretende ser a empresa de referência a nível global e, neste sentido, o projeto WinDSC surge como uma oportunidade no mercado competitivo da tecnologia solar, com vista á introdução no mercado das células solares sensibilizadas por corante (DSCs), também conhecidas como células de Grätzel.

As DSCs são uma tecnologia de células fotovoltaicas emergente, ainda não disponível comercialmente e com um elevado potencial de crescimento. Para além do seu baixo custo de fabrico, as DSCs apresentam outras vantagens relativamente à tecnologia de silício, nomeadamente no que diz à sua estética que possibilita a sua fácil integração arquitectónica em aplicações BIPV (Building Integrated Photovoltaics).

Até ao momento uma das maiores limitações desta tecnologia prendia-se com a selagem eficaz das células. Nesta área a Efacec, em colaboração com a FEUP, foram pioneiros a nível mundial ao desenvolver uma tecnologia eficaz de soldadura com vidro assistida com laser. Contudo, o aumento de escala deste tipo de células tem novos desafios, sendo um deles a baixa condutividade dos substratos de vidro. Desta forma, o projeto “WinDSC” propõe o desenvolvimento de um novo substrato de vidro, denominado ETCO, por forma a obter superfícies transparentes com uma condutividade elétrica duas ordens de grandeza superiores ao atual estado da arte, superando a eficiência das células atuais.

Também no âmbito deste projeto foi explorada a integração desta tecnologia em aplicações BIPV. De facto, este mercado não é abrangido de forma eficaz por mais nenhuma tecnologia fotovoltaica atual, pelo que surge uma importante oportunidade de negócio para as empresas do consórcio.

 

2. Apoio do COMPETE

O “WinDSC - Desenvolvimento e aumento de escala de módulos DSC baseado nas tecnologias inovadoras ETCO e selagem com vidro" é um projeto em co promoção, desenvolvido entre a EFACEC ENGENHARIA E SISTEMAS, SA na qualidade de responsável do consórcio e FEUP, Universidade do Minho e CUF como copromotores.

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto "WINDSC” envolveu um investimento elegível de 1.550.301 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 748.578 euros.

> Testemunho | Nuno Delgado

“Este projeto só foi possível com o apoio do COMPETE, possibilitando um trabalho que tem vindo a ser continuamente reconhecido.”

 

3. Síntese

O projeto “WinDSC - Desenvolvimento e aumento de escala de módulos DSC baseado nas tecnologias inovadoras ETCO e selagem com vidro" visa resolver os aspetos críticos necessários à introdução no mercado das células solares sensibilizadas por corante (DSCs), também conhecidas como células de Grätzel, e desta forma permitir a sua produção comercial.

As DSCs são uma tecnologia de células fotovoltaicas emergente com um elevado potencial de crescimento pois além do seu baixo custo de fabrico, apresentam outras vantagens relativamente à tecnologia de silício, nomeadamente a sua estética que possibilita uma fácil integração arquitetónica em aplicações BIPV (Building Integrated Photovoltaics).

Até ao momento uma das maiores limitações desta tecnologia prendia-se com a selagem eficaz das células. No entanto a Efacec desenvolveu uma tecnologia eficaz de soldadura com vidro assistida com laser - projeto SolarSel (patente PCT/IB2009/055511).

Contudo, o aumento de escala deste tipo de células tem novos desafios, sendo um deles a baixa condutividade dos substratos de vidro.

Assim, o projeto “WinDSC” propõe o desenvolvimento de um novo substrato de vidro, denominado ETCO, modificado com linhas coletoras de corrente sobre ou embebidas no suporte de vidro e posteriormente protegidas com uma camada típica de TCO; esta tecnologia foi concebida no âmbito do projeto SolarSel.

O projeto “WinDSC” deverá aprofundar e implementar esta tecnologia que permitirá obter superfícies transparentes com uma condutividade elétrica duas ordens de grandeza superiores ao atual estado da arte, sem perda significativa de eficiência.

Também no âmbito deste projeto foi explorada a integração desta tecnologia em aplicações BIPV. De facto, este mercado não é abrangido de forma eficaz por mais nenhuma tecnologia fotovoltaica atual, pelo que surge aqui uma importante oportunidade de negócio para as empresas do consórcio.

 

4. Links

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Cancro: Projeto em consórcio visa melhorar a saúde dos pacientes, aumentando a eficácia terapêutica

20.01.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o projeto “MultiNanoMed” representa o contributo da TREAT U, da Universidade de Coimbra e da NANODELIVERY no desenvolvimento de plataformas multifuncionais de base nanotecnológica para o transporte de agentes terapêuticos diretamente ao tumor.

NanoMedicines - short version from TREAT U on Vimeo.

 

 

 

1.    Síntese do projeto MultiNanoMed -Nanoplataformas multifuncionais para o tratamento oncológico

 

Problema:

O tratamento do cancro com quimioterapia convencional está associado a efeitos secundários adversos dada a acumulação dos fármacos em tecidos saudáveis. São necessários tratamentos mais eficazes e direcionados especificamente para o tumor.

Solução:

O consórcio entre a TREAT U, a Universidade de Coimbra e a NANODELIVERY propõe o desenvolvimento de plataformas multifuncionais de base nanotecnológica para o transporte de agentes terapêuticos diretamente ao tumor, tendo por base a sinergia do conhecimento científico/tecnológico e a propriedade intelectual detida pelas entidades.

Oportunidade:

O projeto “MultiNanoMed” consegue atribuir um "novo valor" (especificidade, eficácia e segurança) a moléculas pré-existentes e aprovadas no tratamento oncológico, dando resposta ao desafio atual da Indústria Farmacêutica de aumentar o pipeline de inovação e assegurar a liderança no mercado global.

Estratégia:

O objetivo do consórcio é alcançar a concessão de permissão de realização de ensaios clínicos de Fase I/IIa, em tumores sólidos, junto das autoridades regulamentares americanas (FDA) e europeias (EMA) e comissões de ética, com a perspetiva de concluir a primeira atividade de licenciamento à Indústria Farmacêutica, no período de 4 anos (após a concretização dos ensaios clínicos de Fase I/IIa).

Primeiramente, a plataforma contendo doxorrubicina (PEGASEMP) será avaliada em cancro da mama. Perspetiva-se a redução do número de mastectomias (remoção da mama do doente) em favor de lumpectomias (remoção do tumor com preservação da mama), com a respetiva redução das cirurgias e dos períodos de internamento hospitalar. Estes objetivos coadunam-se com os estabelecidos para o cluster da Saúde como o HEALTH CLUSTER PORTUGAL.

Paralelamente, o projeto contempla a extensão do pipeline das empresas e a abertura de novos segmentos de mercado, pela aplicação das plataformas em cancro do pulmão e em tumores líquidos (leucemia mielóide crónica).

 

2. Apoio do COMPETE

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico & PCT da Saúde

Desenvolvido no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, o projeto envolveu um investimento total de 536 mil euros e um incentivo FEDER de 419 mil euros.

De referir que o projeto “MultiNanoMed” enquadra-se na Estratégia de Eficiência Colectiva, no Pólo de Competitividade e Tecnologia da Saúde.

 

> Testemunho | Vera Moura

"O projeto MultiNanoMed foi concebido para representar uma mais-valia no panorama empresarial nacional. A reunião do consórcio entre a TREAT U, a NanoDelivery e a Universidade de Coimbra visou alavancar as competências alocadas a cada instituição e criar um impacto a nível nacional e com projeção internacional, dado o pipeline gerado ser aplicável ao mercado global em Oncologia.

O apoio do COMPETE permitiu às entidades envolvidas no consórcio promover a translação de um projeto experimental num produto com prova de conceito preclínica em condições de Boas Práticas de Fabrico e de acordo com as guidelines internacionais. Estas etapas permitirão a concretização posterior da fase clínica, em humanos, e a demonstração do potencial de mercado na aplicação ao tratamento do doente oncológico.
Visando a sustentabilidade dos parceiros do consórcio, e tirando partido dos recursos financeiros disponibilizados, cada promotor contabiliza já no período decorrido a valorização dos seus ativos intelectuais e da qualidade e número dos seus recursos internos (recursos humanos e parcerias), bem como o desenvolvimento de competências internas nas áreas de interesse científico e alargamento do networking.
Em conjunto, continuamos empenhados no objetivo comum de promover o licenciamento das tecnologias desenvolvidas e lançar no mercado um novo medicamento oncológico.

"O projeto MultiNanoMed foi concebido para representar uma mais-valia no panorama empresarial nacional. A reunião do consórcio entre a TREAT U, a NanoDelivery e a Universidade de Coimbra visou alavancar as competências alocadas a cada instituição e criar um impacto a nível nacional e com projeção internacional, dado o pipeline gerado ser aplicável ao mercado global em Oncologia.

O apoio do COMPETE permitiu às entidades envolvidas no consórcio promover a translação de um projeto experimental num produto com prova de conceito preclínica em condições de Boas Práticas de Fabrico e de acordo com as guidelines internacionais. Estas etapas permitirão a concretização posterior da fase clínica, em humanos, e a demonstração do potencial de mercado na aplicação ao tratamento do doente oncológico.

Visando a sustentabilidade dos parceiros do consórcio, e tirando partido dos recursos financeiros disponibilizados, cada promotor contabiliza já no período decorrido a valorização dos seus ativos intelectuais e da qualidade e número dos seus recursos internos (recursos humanos e parcerias), bem como o desenvolvimento de competências internas nas áreas de interesse científico e alargamento do networking.

Em conjunto, continuamos empenhados no objetivo comum de promover o licenciamento das tecnologias desenvolvidas e lançar no mercado um novo medicamento oncológico."

 

3. Descrição

 

Enquadramento

A necessidade de tratamentos cada vez mais seletivos, direcionados especificamente para o tumor e com reduzida acumulação em órgãos saudáveis tem sido o desafio constante da Indústria Farmacêutica na área oncológica e é o desafio a que a TREAT U se propõe responder com a estratégia científica/tecnológica desenhada. Esta estratégia assenta no desenvolvimento de plataformas de entrega de agentes terapêuticos a tumores sólidos e líquidos, tirando partido de recursos próprios e do recurso a parcerias nacionais e internacionais. Deste modo, ficam assegurados a execução científica/tecnológica, o financiamento, o marketing e a administração, que compõem a sustentabilidade e credibilidade do projeto empresarial e consequentes benefícios para o tecido económico e social.

Principais Contributos

A plataforma tecnológica PEGASEMP, desenvolvida pela TREAT U, é promissora na sua aplicação em doenças que se caracterizem pela formação exacerbada de novos vasos sanguíneos, como o cancro.

Os resultados gerados durante a prova de conceito demonstram que a plataforma (originalmente concebida para entregar um fármaco ao microambiente tumoral, em cancro da mama) pode atacar especificamente um tumor a dois níveis diferentes: as células cancerígenas e os vasos sanguíneos que nutrem esse mesmo tumor.

Objetivos genéricos

1. Concessão de permissão de realização de ensaios clínicos de Fase I/IIa para a tecnologia PEGASEMP contendo doxorrubicina, em doentes com cancro da mama avançado. Aquela concessão será da responsabilidade das autoridades regulamentares americanas ("Food and Drug Administration" - FDA) e europeias ("European Medicines Agency" - EMA) e Comissões de Ética de aprovação de ensaios clínicos.

2. Valorização da patente registada nos Estados Unidos da América e cujo pedido de extensão internacional foi também já solicitado na Europa. `

3. Gerar novas oportunidades de licenciamento através da conclusão de prova de conceito em outras indicações terapêuticas de tumores sólidos, além do cancro da mama, designadamente, cancro do pulmão.

4. Criar uma abertura no segmento de mercado das terapias direcionadas para tumores líquidos, através do desenvolvimento de uma plataforma tecnológica em consórcio com a NANODELIVERY. Explorar e criar nova Propriedade Industrial.

5. Iniciar novos projetos geradores de nova Propriedade Intelectual na sequência da I&DT perspetivada pela equipa promotora. 

 

4. Conclusão

A TREAT U tem como missão desenvolver estratégias mais seguras e eficazes para o tratamento do doente oncológico, com o objetivo de melhorar a saúde e a sua qualidade de vida. Esta estratégia permite também cumprir com o objetivo de reduzir custos com internamentos e intervenções cirúrgicas nas Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde, proporcionando ganhos para os sistemas de saúde. Por estas razões, o pipeline tecnológico da TREAT U é também de grande interesse para a Indústria Farmacêutica.

A TREAT U desenvolve os seus projetos na área da Biotecnologia, estando voltada para o sector da Medicina Personalizada em Oncologia.

As doenças do foro oncológico são a segunda principal causa de morte a nível mundial. No entanto, a terapêutica convencional para o tratamento do cancro constitui também um problema à escala mundial. A quimioterapia tradicional, caraterizada por um elevado volume de distribuição, apresenta uma fraca seletividade para as células do tumor e consequentemente uma extensa acumulação em tecidos saudáveis, causando-lhes danos. Por esta razão, muitos doentes são alvo de reajuste posológico, quer em redução da dose administrada, quer no espaçamento dos intervalos de administração, o que poderá levar à falha do tratamento e até mesmo ao desenvolvimento de resistência e à metastização.

Com foco nestas limitações, a TREAT U dedica-se ao desenvolvimento de plataformas de base nanotecnológica para o transporte de fármacos (quer pequenas moléculas, quer siRNA) para que estes sejam libertados apenas no local pretendido, através de ligações muito específicas ligando-recetor. Assim, torna-se possível aumentar a eficácia das terapias convencionais, devido à possibilidade de aumentar a concentração do agente terapêutico no tumor, ao mesmo tempo que se consegue reduzir os efeitos secundários, devido à diminuição da extensão de acumulação em órgãos sem lesão.

O primeiro projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico da empresa teve início em 2006, com o desenvolvimento da plataforma PEGASEMP™. Esta nano partícula de base lipídica funciona como uma plataforma que permite encapsular um fármaco e transportá-lo ao longo da corrente sanguínea até ao seu alvo específico (o tumor). Chegando ao seu local de ação, a nano partícula liga-se especificamente a duas populações distintas de células alvo, é internalizada por estas e liberta o seu conteúdo no espaço intracelular. Isto permite uma elevada concentração de fármaco apenas no tumor, não causando dano às células sãs dos outros órgãos. Desta forma, a falta de seletividade da quimioterapia convencional e os efeitos secundários indesejáveis daí decorrentes (como alopécia, náuseas, vómitos, entre outros), são evitados.

A tecnologia PEGASEMPTM teve a primeira patente aprovada nos EUA em Julho de 2012 e a segunda em Setembro de 2013, estando já em processo uma terceira patente. Na Europa, o pedido de PCT está em avaliação. Os direitos de exploração foram licenciados à TREAT U pela Universidade de Coimbra.

A TREAT U pretende abordar primeiramente o mercado das terapias direcionadas em cancro da mama, mas o seu pipeline conta com o desenvolvimento de novas abordagens em tumores de diferentes origens histológicas, como o cancro do pulmão, e de novas plataformas para o tratamento específico de tumores hematológicos.

De uma perspetiva de negócio, o risco associado ao desenvolvimento de novas moléculas, o número crescente de patentes expiradas ou a expirar e o aumento do mercado dos genéricos, têm gerado uma grande pressão de modificação do modelo de negócio das Indústrias Farmacêuticas para manter a taxa de crescimento anual.

As tecnologias inovadoras da TREAT U, pelo novo valor conferido a fármacos já existentes, estão alinhadas com o perfil de negócio adotado pela Indústria Farmacêutica, gerando novas oportunidades para os seus clientes.

A plataforma PEGASEMP™ é, portanto, uma tecnologia apelativa para a Indústria Farmacêutica, dada a sua versatilidade na incorporação de fármacos ou combinações de fármacos de origens distintas. Os medicamentos já existentes no mercado, com patentes expiradas ou a expirar, podem assim ganhar um novo valor pela aquisição de diferentes propriedades no tratamento do cancro, tais como especificidade de ação, segurança e eficácia, quer para as indicações aprovadas, quer para novas indicações terapêuticas.

O plano estratégico da TREAT U é de demonstrar a eficácia e segurança do seu pipeline em humanos, em ensaios clínicos de fase I/IIa, licenciando depois os direitos de comercialização a companhias farmacêuticas, em regime de “outlicensing”.

Com base em estudos preliminares recentes, as plataformas poderão ser aplicadas em mais do que um tipo de cancro, e também noutras doenças com uma taxa de proliferação celular elevada e dependência angiogénica.

A TREAT U encontra-se no rumo certo para a internacionalização, na medida em que o potencial dos seus produtos se insere e é reconhecido pelo mercado global de terapêuticas alvo na área da Oncologia.

A TREAT U perspetiva que em 2015 se iniciem os primeiros ensaios em humanos com a tecnologia PEGASEMPTM. O êxito da demonstração de segurança e eficácia em ensaios clínicos conduzirá ao licenciamento da tecnologia, com a posterior introdução no mercado.

 

5. Links

 

Site: http://treatu.pt/

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Treat-U/182068341895211

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

COMPETE apoia projeto “PADIS – Papéis de Alto Desempenho à Impressão”

20.01.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Identificar e desenvolver materiais que possam ser facilmente aplicados em baixas gramagens na superfície do papel e que apresentem um bom desempenho nos diferentes processos de impressão (digital e offset) são matéria de investigação atual a nível internacional, constituindo o objeto da atividade central deste projeto.

Projeto “PADIS – Papéis de Alto Desempenho à Impressão”
Projeto “PADIS – Papéis de Alto Desempenho à Impressão”

1. Enquadramento

Os papéis produzidos pela Soporcel são líderes na qualidade dos papéis de impressão e escrita a nível mundial, revelando o trabalho que tem vindo a ser prosseguido no desenvolvimento de produtos, explorando todo o potencial específico das fibras de pasta do eucalipto nacional (E. globulus) e das mais modernas tecnologias de produção de papel. O desenvolvimento de novos papéis não revestidos com características de aptidão à impressão mais diferenciadas e que permitam atingir níveis próximos da qualidade obtida com papéis revestidos, melhorando simultaneamente outras propriedades funcionais, constitui um desafio que se coloca para a defesa e reforço da liderança do mercado. Para atingir este objectivo torna-se necessário desenvolver conhecimento ao nível dos fenómenos de interacção entre os agentes de impressão nos diferentes processos tecnológicos e a superfície e estrutura do papel e encontrar soluções inovadoras para o tratamento da superfície do papel orientadas por esse conhecimento.

O projecto desenvolvido pretende dar resposta a este desafio, integrando a investigação mais fundamental orientada para o objectivo final com a investigação aplicada e o processo de inovação no desenvolvimento do produto.

A constituição de um consórcio com o RAIZ, Instituto de investigação da Floresta e Papel, a Universidade de Aveiro, a Universidade da Beira Interior e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra que no seu conjunto têm já vindo a trabalhar nas áreas da celulose e papel e, em particular, no estudo dos fenómenos de interacção tinta-papel e qualidade da impressão e que reúnem as mais elevadas competências a nível nacional nestas áreas, foram um importante factor de sucesso para alcançar os resultados.

O projecto contribuiu também para o reforço da cooperação entre o promotor e o Sistema Científico e Tecnológico, bem como para o desenvolvimento de competências específicas nas instituições participantes, gerando novas oportunidades de colaboração futura. A participação conjunta do instituto de investigação do sector da celulose e papel e de três instituições universitárias com competências complementares em áreas relevantes para a investigação potencialmente geradora de inovação no domínio dos produtos papeleiros constitui um importante factor de desenvolvimento de sinergias e de reforço do trabalho em rede.

2. O Projeto 

2.1. Motivações 

A principal motivação deste projeto prende-se com o desenvolvimento de novos papéis não revestidos que apresentem níveis superiores de qualidade de impressão no processo digital.

O desenvolvimento de soluções que permitam o tratamento de superfície, foi o grande desafio deste projeto, na medida em que foram propostas pelos vários co-promotores diversas formulações experimentais específicas para deposição superficial no papel num processo de evolução contínua com base no estudo e domínio dos mecanismos tecnológicos envolvidos. Foram ainda consideradas algumas formulações comerciais em especial nos ensaios piloto e industrial. 

2.2. Objetivos e Estrutura

Objetivo do projecto é o desenvolvimento de novos produtos (papéis não revestidos) que apresentem níveis superiores de qualidade de impressão nos processos digital (inkjet e laser) e offset.

A maior parte dos papéis utilizados nos processos de impressão digital e offset são papéis multifuncionais, não revestidos. Todavia, quando as exigências em termos de qualidade de impressão são maiores, é necessário recorrer ao uso de papéis revestidos, com um custo substancialmente superior ao dos papéis não revestidos.

Os níveis da qualidade de impressão entre os papéis não revestidos e os revestidos, apresentam ainda diferenças significativas. Presentemente, a investigação incide no desenvolvimento de papéis que ofereçam um desempenho significativamente superior ao dos papéis não revestidos, mas com custo intermédio.

O desenvolvimento da qualidade de impressão de papéis não revestidos baseia-se principalmente em tratamentos de superfície para modificar as propriedades químicas e físicas da superfície do papel, tais como energia de superfície, porosidade e rugosidade, propriedades que influenciam os fenómenos de interacção, entre os agentes de impressão e o papel e como tal são determinantes para a qualidade de impressão.

Identificar e desenvolver materiais que possam ser facilmente aplicados em baixas gramagens na superfície do papel e que apresentem um bom desempenho nos diferentes processos de impressão (digital e offset) são matéria de investigação actual a nível internacional constituindo o objecto da actividade central do projecto.

Simultaneamente, foram estudados os fenómenos de interacção entre os agentes de impressão e a superfície do papel que têm um efeito acentuado na qualidade da impressão, em particular na reprodução da cor impressa.

O estudo destes fenómenos de elevada complexidade envolve medições experimentais e tratamentos teóricos que exigem conhecimentos de física, química e dinâmica de fluidos, disponíveis no âmbito da equipa de investigação multidisciplinar e pluri-institucional.

Na investigação e desenvolvimento de soluções para a modificação da superfície do papel foi continuado e aprofundado o trabalho desenvolvido pela equipa em projectos anteriores através das seguintes abordagens:

A) Desenvolvimento de formulações de nano/meso revestimentos com base em oxo-alcóxidos por processos sol-gel in situ.

B) Desenvolvimento de formulações de revestimento com base em polioxoaniões e amido catiónico (ou quitosano) associados entre si por interacção eletrostática, silicatos de alumínio ou de magnésio e sílica modificada.

C) Desenvolvimento de formulações de sizing, tendo como base o amido associado a outros ligantes, incorporação de aditivos com diferente carga iónica e agentes crosslinkers e incorporação de pigmentos minerais.

A validação das soluções de modificação da superfície do papel foi efectuada com base numa metodologia de avaliação da qualidade de impressão que integrou os parâmetros técnicos relevantes que permitam antecipar o nível de qualidade percebida por um painel de avaliadores.

 

3. Sumário executivo das actividades 

O objectivo do projecto visou o desenvolvimento de novos papéis não revestidos, com um desempenho funcional superior nos processos de impressão digital (inkjet e laser) e offset. Os novos papéis terão de responder a requisitos especiais no sentido de garantirem maiores velocidades de impressão e, em simultâneo, melhoria da qualidade da informação impressa, texto / imagem.

Pretendeu-se obter um desempenho semelhante ao dos papéis revestidos mantendo contudo a tecnologia de produção e os custos controlados. O domínio dos fenómenos de interacção entre os vários agentes de impressão e a superfície do papel, deu suporte ao desenvolvimento de novas soluções de tratamento da superfície do papel, contribuindo para a melhoria percepcionada da qualidade de impressão e do desempenho dos papéis.

 

4. Resultados

No projecto foram identificadas algumas soluções a nível laboratorial com características de desempenho que superaram os níveis propostos no início do projeto para os parâmetros de qualidade de impressão.

É igualmente importante de referir, como resultado, o desenvolvimento de conhecimento e competências específicas entre os co-promotores do projecto que irão ser fundamentais em próximas etapas de melhoria contínua dos actuais produtos fabris do promotor, bem como a hipótese do aparecimento de novas soluções de papéis para um nicho de mercado com necessidades de uma maior qualidade da mensagem / imagem impressa.

De referir que a Soporcel, líder de mercado para o segmento “Premium” dos papéis de escritório, tem apostado na área de I&D e Inovação como dinamizador na procura e pesquisa de soluções e novos produtos de valor acrescentado, que permitam o reforço da sua posição competitiva.

O desenvolvimento de novos papéis não revestidos com desempenho superior à impressão e funcional representará uma inovação no mercado e, através da integração no seu mix de produtos de maior valor acrescentado permitirá conquistar novas posições competitivas.

O método de avaliação da Qualidade de Impressão através da quantificação dos parâmetros técnicos identificados no âmbito das actividades desenvolvidas – Metodologia de avaliação da qualidade de impressão, estão já a ser explorados pelas várias fábricas do grupo para a apreciação do desempenho de novos aditivos do papel (massa ou superfície) em testes industriais.

A mesma metodologia serve ainda para averiguar igualmente o desempenho de novos aditivos do papel testados em máquinas piloto em fase de exploração anterior aos testes industriais.

 

5. Apoio do COMPETE

Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto " PADIS – Papéis de Alto Desempenho à Impressão" envolveu um investimento elegível de 1.318.841,59 €, correspondendo a um incentivo FEDER de 928.127,06.

 

6. Links

Site: http://www.portucelsoporcel.com/pt/index.html

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

BioRec: o sistema de reconhecimento biométrico automático e não cooperativo

06.01.2015
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

A segurança é uma preocupação fundamental. Um sistema capaz de identificar uma pessoa de forma automática e sem necessitar da sua cooperação é altamente desejável. É este o âmbito do projeto “BioRec”, cofinanciado pelo COMPETE.

BioRec: o sistema de reconhecimento biométrico automático e não cooperativo
BioRec: o sistema de reconhecimento biométrico automático e não cooperativo
1. Síntese

1.1 Âmbito

O projeto "BioRec - Reconhecimento Biométrico Não-Cooperativo Multimodal" incidiu no estudo da possibilidade da realização do reconhecimento biométrico multimodal não cooperativo à distância. Até há bem pouco tempo, os sistemas de reconhecimento biométrico eram todos cooperativos, ou seja, requeriam a colaboração do sujeito a reconhecer. Um exemplo, é o uso dos sensores de impressão digital em que o sujeito tem que ter conhecimento do sistema biométrico e colaborar com o mesmo através da colocação do seu dedo no leitor de impressão digital e, caso a mesma não seja lida corretamente, voltar a colocar o dedo até que se obtenha um reconhecimento correto. Mas existem situações em que seria importante conseguir efetuar reconhecimento biométrico não-cooperativo. Podemos imaginar um sistema destes instalado num aeroporto ou num centro comercial que tente reconhecer um conjunto de pessoas consideradas pelas autoridades como relevantes (terroristas ou crianças desaparecidas, por exemplo), ignorando as demais.

1.2 Objetivo

O objetivo deste projeto passava pelo desenvolvimento de técnicas de reconhecimento biométrico que funcionassem sem o conhecimento nem a cooperação do sujeito a identificar. E se possível, fazê-lo a alguma distância (alguns metros) e usando mais que uma modalidade de reconhecimento (usámos imagens da íris, da face no comprimento de onda visível e no infravermelho e ainda imagens da orelha).

Trabalhar nestas condições implica ter algoritmos de reconhecimento capazes de lidar com imagens de baixa qualidade (ruidosas). O trabalho realizado permitiu desenvolver vários algoritmos que para as várias modalidades, permitem efetuar este tipo de reconhecimento. Demos início à construção de uma base de dados de imagens de orelhas captadas nestas difíceis condições (UBEAR) e aumentamos o tamanho de outra já existente de imagens da íris (UBIRIS), sendo que além do uso que foi dado neste projeto, estas bases de dados são também usadas por milhares de investigadores espalhados pelo mundo. Como exemplo, podemos citar o caso da UBIRIS, a base de dados de imagens ruidosas da íris, captadas à distância, que conta hoje em dia com mais de 1900 utilizadores registados provenientes de 82 países.

1.3 Resultados

Como resultado deste projeto, 3 alunos completaram as suas teses de mestrado, foram publicados 8 em revistas científicas internacionais e 11 em conferências internacionais, onde foram apresentados os novos métodos desenvolvidos, além da disponibilização das bases de dados de imagens biométricas.

Para mais detalhes sobre o projeto e as publicações, consulte o link: http://www.di.ubi.pt/~lfbaa/biorec.html.

 

2. Enquadramento no COMPETE

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto “"BIOREC - Reconhecimento Biométrico Não-cooperativo Multimodal" envolveu um investimento elegível de 130 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 111 mil euros.

> Testemunho de Luís A. Alexandre | Prof. Associado no Departamento de Informática da UBI

“O apoio concedido foi fundamental para possibilitar a realização deste projeto. Isto porque foi necessário adquirir equipamentos e pagar a bolseiros (tivemos 14 neste projeto) além das outras normais despesas de um projeto de investigação, que seriam incomportáveis para o nosso grupo de investigação sem o enquadramento deste projeto e o apoio do COMPETE”.

 

3. Links
> Página do projeto: http://www.di.ubi.pt/~lfbaa/biorec.html
> Site da UBI (Universidade da Beira Interior): http://www.ubi.pt/index.php

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Projeto inTRAIN em fase de conclusão

09.12.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o projeto inTRAIN visa desenvolver e integrar materiais e tecnologias eco-eficientes, user-friendly e de design inovador, tendo como resultado a construção de um protótipo à escala real do interior de uma carruagem ferroviária de comboio suburbano.

projeto inTRAIN
projeto inTRAIN
1. Síntese

O projeto inTRAIN - Investigação e Desenvolvimento de Componentes para Interiores Ferroviários, que se encontra em fase de conclusão, desenvolveu e integrou todo o interior de um comboio suburbano numa mockup à escala real, para validação das soluções desenvolvidas, demonstrador do know-how e das capacidades tecnológicas dos consorciados, no sector ferroviário. A criação de sinergias de trabalho entre as empresas participantes – collaborative work – permite um enorme potencial de spin-offs para projectos decorrentes do conceito desenvolvido.

O principal objetivo do inTRAIN é a concepção de um interior ferroviário para um comboio suburbano, focada na integração de materiais e tecnologias eco eficientes, user-friendly e com Design inovador.

Formalmente o interior da carruagem caracteriza-se por uma linguagem emotiva e fluida, inspirada nas formas orgânicas da natureza. O tecto apresenta uma artéria central integradora dos sistemas de iluminação baseado num conceito LED RGB que permite alterar a intensidade e cor da luz proporcionando diversos ambientes em função de variáveis como a luz natural, as condições climatéricas e a estação do ano, integra também o sistema de som e de distribuição de ar que se ramifica para os pilares das portas constituindo assim um pórtico de entrada.

O projeto aposta na utilização de materiais compósitos certificados para o fogo M2/F2 e em estruturas modulares com vista à fácil acessibilidade à estrutura primária da carruagem e consequentemente à sua fácil manutenção e substituição, tendo também como objectivo a leveza da solução final.

A principal inovação respeitante ao desenvolvimento dos bancos refere-se ao projeto/implementação de uma estrutura cantilever em compósito. No âmbito de sistemas de infotainment e som, foi desenvolvido um esboço inicial da interface visual, que transmite informações com várias características. Esta inferface será feita por painéis com ecrãs TFT e irá integrar o sistema de som, de forma a permitir transmitir diversos conteúdos audiovisuais.

O inTRAIN é um projeto integrador de custo e risco controlados com a possibilidade de retorno para alavancar outros projectos e investimentos. O projecto tem também como objectivo introduzir melhorias ao nível do I&D, organização, cooperação e gestão das empresas bem como estimular a sua presença no mercado internacional.

De referir que o projeto inTRAIN esteve presente na InnoTrans, em Berlim de 23 a 26 de Setembro de 2014, no stand ‘Portugal Railways’ que reuniu 16 empresas nacionais e duas internacionais do sector, representado com imagens do projeto e uma maquete à escala 1/10. O stand contou com a visita do Secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade e do Embaixador de Portugal em Berlim, Luís Almeida Sampaio.

 

2. Enquadramento no COMPETE

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto “inTRAIN – Investigação e Desenvolvimento de Componentes para Interiores Ferroviários” envolveu um investimento elegível de 1.509 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 978 mil euros.

> Testemunho | Consórcio INTRAIN  

O consórcio INTRAIN destaca a importância do apoio do COMPETE para financiar a montante projetos inovadores que antecipem as respostas da engenharia, do design e da indústria às necessidades reais da sociedade através da criação de demostradores que agreguem as capacidades nacionais, que preparem a cadeia de fornecimento nacional para ser mais competitiva agora e no futuro e que permitam mostrar – para além das nossas fronteiras e com resultados tangíveis – aquilo que de melhor é possível fazer em Portugal. A sucessiva implementação desta estratégia, com o apoio do COMPETE, em projetos semelhantes tem resultado num significativo sucesso para o aumento da visibilidade das empresas nacionais no mercado global, permitindo-lhes aceder a cadeias de fornecimento complexas – como é a do sector ferroviário - e aumentar as exportações nacionais”.

> Consórcio

 O projeto junta as competências em diferentes áreas num consórcio de empresas constituído pela SETSA - Sociedade de Engenharia e Transformação, S.A; Active Space Technologies, S.A; Almadesign, Conceito e Desenvolvimento de Design LDA; INEGI - Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial; ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade; Optimal Structural Solutions Lda; e Spin.Works, Lda, em estreita colaboração com a EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário. O projeto conta com o apoio da ERT – empresa de têxteis técnicos, da FORBO- fabricante líder em revestimentos de pavimentos e da CLIMAR – indústria de iluminação.

 

3. Links
> Site: http://www.intrain.pt/index.html

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Plataforma de Aprendizagem Colaborativa de Matemática

02.12.2014
  • Ciência e Conhecimento
  • I&DT

Plataforma de aprendizagem baseada numa avaliação progressiva no âmbito da matemática, ao nível do segundo e terceiro ciclos do ensino básico. A plataforma de aprendizagem baseia-se numa abordagem construtivista, avaliando o nível de conhecimento dos utilizadores e apresentando conteúdos e atividades adaptadas às características e estilos de aprendizagem dos alunos.

Entidade promotora

O GECAD, Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão, é uma unidade de I&D com sede no Instituto Superior de Engenharia do Instituto Politécnico do Porto (ISEP-IPP) que se dedica à promoção e desenvolvimento de investigação científica no domínio da Inteligência Artificial, Sistemas baseados em Conhecimento e Sistemas de Apoio à Decisão.

 

Apoio

O projeto PC-MAT - Mathematics Collaborative Learning Platform  - é coordenado por Luiz Faria. O projeto mereceu o apoio do COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SAESCTN) envolvendo um investimento elegível de 100 mil euros, o que corresponde a um incentivo FEDER de 84 mil euros.

Projeto

No âmbito do projeto PCMAT foi desenvolvida uma plataforma de aprendizagem baseada numa avaliação progressiva no âmbito da matemática, ao nível do segundo e terceiro ciclos do ensino básico.

O comportamento adaptativo da ferramenta tem por base o desempenho dos alunos na realização de exercícios adequados ao seu nível de conhecimentos, quer em termos de grau de dificuldade, quer em termos dos conceitos envolvidos. O currículo é estabelecido pelo professor, sendo este, no entanto, individualizado pela ferramenta, tendo em conta o nível de conhecimento de cada aluno, as suas competências e trajeto de aprendizagem. A plataforma permite ainda o acesso contextualizado a tutoriais sempre que os alunos falhem algum objetivo.

O principal resultado alcançado foi a definição e validação de uma nova estratégia de adaptação e arquitetura para a implementação de um Sistema de Hipermédia Adaptativa (SHA) educacional para melhorar a aprendizagem da matemática nas escolas de ensino básico, ao nível do segundo ciclo em Portugal.

A materialização dos modelos desenvolvidos e a sua respetiva integração permitiram dotar o PCMAT das seguintes funcionalidades: 

1. Mostrar conteúdos, atividades e definir a estrutura das hiperligações adaptados ao conhecimento e preferência de aprendizagem do aluno; 

2. Ajustar conteúdos e atividades ao conhecimento e às preferências de aprendizagem do aluno.

A primeira versão da ferramenta já foi implementada, testada e avaliada em duas escolas de ensino básico, ao nível do segundo ciclo. 

Os resultados permitiram concluir que as estratégias de adaptação e arquitetura definidas neste protótipo permitem apoiar e melhorar o desempenho dos alunos em matemática no ensino básico, ao nível do segundo ciclo.

Este projeto mostra como as técnicas da área dos Sistemas Adaptativos  podem melhorar os sistemas de e-learning destinados ao ensino básico.

A versão atual contempla o domínio da proporcionalidade direta. Se é professor de matemática e deseja experimentar a plataforma nas suas turmas então por favor contacte-nos. Estamos ainda abertos a acolher sugestões para o desenvolvimento de módulos relativos a outros domínios da matemática.

 

Equipa

Coordenador do projeto

Luiz Faria - lef@isep.ipp.pt

 

Investigadores

Constantino Martins - acm@isep.ipp.pt

Marta Fernandes - mamaf@isep.ipp.pt

Paulo Couto - pajco@isep.ipp.pt

Cristiano Valente - 1080631@isep.ipp.pt

Cristina Bastos - cristinabastos70@gmail.com

Maria de Fátima Costa - mfbkosta@gmail.com

Ana Almeida - amn@isep.ipp.pt

António Silva - ass@isep.ipp.pt

Maria Eduarda Ferreira - epf@isep.ipp.pt

 

Objetivos do projeto

O objetivo principal do projeto PCMAT (Plataforma de Aprendizagem Colaborativa de Matemática) é o de conceber uma plataforma de aprendizagem baseada numa avaliação progressiva no âmbito da matemática, ao nível do segundo e terceiro ciclos do ensino básico. A plataforma de aprendizagem baseia-se numa abordagem construtivista, avaliando o nível de conhecimento dos utilizadores e apresentando conteúdos e atividades adaptadas às características e estilos de aprendizagem dos alunos. Por outro lado, a plataforma permite aos alunos adquirir e consolidar conhecimento de forma autónoma, com apoio permanente, através da aplicação de metodologias e atividades educacionais exploradas de forma construtivista.

 

Tarefas desenvolvidas no âmbito do projeto

As principais tarefas desenvolvidas incluam:

  • A definição de novas estratégias e uma arquitetura para a implementação de Sistemas Adaptativos educacionais para apoiar e melhorar a aprendizagem da matemática nas escolas de ensino básico, ao nível do segundo ciclo;
  • A definição dos atributos do Modelo do Aluno que descrevem a informação, conhecimento, preferências e estilo de aprendizagem necessários para conduzir os mecanismos de adaptação do SHA ;
  • O desenvolvimento do Modelo de Domínio e respetivos componentes;
  • A conceção de um sistema híbrido inovador, que permite relacionar a representação do conhecimento, preferências de aprendizagem e estilos de aprendizagem do aluno com um Modelo Pedagógico dinâmico e regras de adaptação que usam objetos de aprendizagem compatíveis com a norma IEEE LOM.

Imagem de uma das páginas da Plataforma

Plataforma de Aprendizagem Colaborativa de Matemática

Testemunho 

Segundo Constantino Martins, Professor Adjunto ISEP, Investigador no GECAD e um dos investigadores neste projeto, este projeto somente foi possível  com o apoio do COMPETE. Acrescenta ainda que as características de adaptação do protótipo às diferentes necessidades e à diversidade de preferências de aprendizagem de cada aluno contribuem para alcançar maior eficácia e eficiência no processo de aprendizagem da matemática no ensino básico.

Como produzir vinho com menor teor de álcool?

25.11.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

É este o principal objetivo do projeto “LEVEalliance”, cofinanciado pelo COMPETE, ao criar um portfólio de leveduras não-saccharomyces naturais e adaptativamente evoluídas tendo por base leveduras naturais isoladas de mostos provenientes de quatro regiões vitivinícolas portuguesas, designadamente, Alentejo, Dão, Porto/Douro e Bairrada.

Projeto | LEVEalliance
Projeto | LEVEalliance

Projeto “LEVEalliance – um portfólio de leveduras não-saccharomyces naturais e adaptativamente evoluídas para produção de vinhos com menor teor de álcool”

 

1. Enquadramento

As alterações climáticas que têm ocorrido nas últimas décadas, associadas às atuais práticas de viticultura e à utilização de castas que produzem uvas com elevado teor de açúcar, estão a afetar o sector vitivinícola levando à elaboração de vinhos mais concentrados, com aromas mais expressivos, mas frequentemente mais ricos em álcool, atingindo por vezes concentrações superiores a 15%.

Para além do impacto nas características organolépticas do vinho, o elevado teor em álcool pode constituir um problema de saúde pública, devido aos efeitos negativos do consumo excessivo de álcool e pode traduzir-se por consequências económicas para produtores que vendem vinhos em países com taxas diretamente proporcionais ao teor alcoólico.

 

2. Descrição

O projeto “LEVEalliance” tem por objetivo principal criar um portfólio de leveduras não-saccharomyces naturais e adaptativamente evoluídas para produção de vinhos com menor teor de álcool, tendo por base uma coleção de leveduras naturais isoladas de mostos provenientes de quatro regiões vitivinícolas Portuguesas, designadamente, Alentejo, Dão, Porto/Douro e Bairrada.

Esta coleção foi obtida e caracterizada por métodos fisiológicos e moleculares no âmbito de uma parceria anterior entre a Proenol, a Sogrape Vinhos SA e o grupo de investigação LMB-BioFIG da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).

O projeto “LEVEalliance” posiciona-se assim num novo vetor de valorização desta coleção ao explorar o potencial biotecnológico das leveduras não-saccharomyces para produção de vinhos com menor teor de álcool.

A realização do projeto será assegurada pela equipa da Proenol e da FCUL (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) aliando, mais uma vez, conhecimentos científicos com experiência de produção e de conhecimento de mercados.

Os produtos a desenvolver são completamente inovadores, na medida em que não existe à presente data nenhum produto comercial que por via exclusivamente fermentativa reduza o teor alcoólico dos vinhos face ao obtido classicamente com as leveduras S. cerevisiae.

Os produtos resultantes do projeto LEVEalliance permitirão à Proenol propor aos seus clientes, nacionais e internacionais, uma nova solução biológica, acessível, de fácil aplicação e que minimiza o impacto do excesso de álcool nos vinhos.

Em termos de organização estrutural integra 5 atividades, sendo as 3 primeiras associadas à realização de investigação experimental e ensaios piloto e as 2 restantes à promoção, divulgação e gestão técnica do projeto. Tal como previsto o projeto encontra-se em plena fase de desenvolvimento do portfolio de leveduras.

 

3. Apoio do COMPETE
> Testemunho do Promotor

Segundo o responsável do projeto, Filipe Centeno, “neste âmbito de inovação o programa COMPETE revela-se um auxiliar relevante na promoção da competitividade empresarial, na medida em que:

  1. A investigação em co promoção garante a translação do conhecimento científico e tecnológico gerado nas instituições do SCTN, mantendo e reforçando os laços entre essas entidades e o sector empresarial,
  2. Permite a endogeneização de conhecimento científico na empresa contribuindo assim para uma visão mais alargada do potencial de novos produtos”.
> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

O projeto “LEVEalliance”, com inicio em Outubro de 2013 e com uma duração prevista de 21 meses, foi cofinanciado pelo COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico).

O “LEVEalliance” envolveu um investimento elegível de cerca de538 k€, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 382 k€.

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SIAC - Sistema de Apoio a Acções Colectivas, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apostamos.
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Centro tecnológico português desenvolve vestuário inovador

18.11.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

A inovação têxtil aplicada à segurança em ambiente marítimo permitiu o desenvolvimento de três sistemas de vestuário inovador com flutuação individual especificamente direcionados para as atividades profissionais e recreativas na água.

Síntese

No âmbito do projeto SeaB2 foram desenvolvidos 3 sistemas de vestuário inovador com flutuação individual especificamente direcionados para as atividades profissionais e recreativas na água de acordo com a EN 12402, nomeadamente:

1. Blusão 

Aplicação funcional: Atividades de vela, lazer e desportos náuticos.

2. Macacão (fato integral)

Aplicação funcional: Pesca, Atividades profissionais e recreativas.

3. Colete

Aplicação funcional: Desportos náuticos, Atividades de recreio e profissionais.

Características gerais: design inovador, liberdade de movimentos, ergonomia, leveza, funcionalidade, impermeabilidade, respirabilidade, segurança e proteção.

Contém sistema de insuflação: manual, automático e oral, luz de emergência e apito.

Os produtos desenvolvidos no âmbito do projeto SeaB2, com as características e funcionalidades descritas anteriormente foram submetidos a testes e ensaios de validação em ambiente real para avaliação do impacto em termos de conforto, estética e segurança.

Cada tipologia de produto, blusão, macacão e colete, foi submetido a ensaios nas condições reais de utilização, por utilizadores finais: vela, pesca e lazer, como se apresenta de seguida.

No âmbito do projeto SeaB2 foram formalizadas as atividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) da DAMEL através da implementação e certificação de um Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) nas suas instalações, segundo os requisitos da norma NP 4457:2007 – Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI).

Este projeto levou ao registo da marca SeaB2 e do modelo dos produtos desenvolvidos. Encontra-se neste momento em processo de obtenção de patente internacional. 

O blusão desenvolvido no projeto foi o vencedor do Prémio INOVAtêxtil 2014 na categoria Produtos Inovadores na última edição do iTechStyle Businnes Fórum presente no Modtíssimo - Porto Fashion Week realizado a 24 e 25 de Setembro deste ano.

Foi ainda desenvolvido um vídeo promocional com utilizadores finais, que pode ser visualizado no youtube.

Os produtos encontram-se de momento em processo de certificação e marcação CE na categoria de dispositivos de salvação individual (EN 12402).

 

Descrição do Projeto SeaB2 - Vestuário com insuflação integrada

1. Enquadramento no COMPETE

> Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto SeaB2 envolveu um investimento elegível de 485.548 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 341.102 euros, tendo como empresa promotora a DAMEL, realizado em estreita colaboração com o CITEVE - Entidade Externa do SCTN (Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional)  subcontratada.

 

> Testemunho | Patrícia Ferreira | Gestora de Projetos

 

"O apoio do COMPETE revelou-se de extrema importância no desenvolvimento do projeto em referência tendo-se sido um suporte essencial para alcançar os objetivos do mesmo. Com este apoio foi possível realizar as atividades de investigação e desenvolvimento de forma mais ambiciosa e alargada, o que contribuiu para os bons resultados alcançados. "
Peço desculpa pelo envio tardio mas estive fora da empresa todo o dia.
Qualquer questão disponha.
Patrícia Ferreira
Gestora de Projetos

"O apoio do COMPETE revelou-se de extrema importância no desenvolvimento do projeto em referência tendo-se sido um suporte essencial para alcançar os objetivos do mesmo. Com este apoio foi possível realizar as atividades de investigação e desenvolvimento de forma mais ambiciosa e alargada, o que contribuiu para os bons resultados alcançados."


 

2. Objetivos

O projeto SeaB2 teve como principais objetivos:

  1. A investigação e desenvolvimento de um dispositivo de flutuação individual (originalmente em forma de cinto), com insuflação automático, manual e oral, confortável e funcional de modo a possibilitar a utilização contínua para a segurança da vida humana no mar, com possibilidades de utilização nas diferentes atividades náuticas. O desenvolvimento deste produto altamente tecnológico induziu ao desenvolvimento de materiais técnicos e de elevado desempenho e ao desenvolvimento de metodologias de produção/incorporação dos materiais e componentes, com recurso a novas tecnologias de junção/colagem/soldadura. Esta estratégia encontra-se perfeitamente enquadrada na linha estratégica de desenvolvimento da DAMEL - desenvolvimento contínuo de novos produtos técnicos e de alto valor acrescentado com recurso a matérias e processos/tecnologias inovadoras.

  2. A avaliação em ambiente real de modo a aferir o impacte em termos de conforto, estética e segurança do produto desenvolvido.

  3. A implementação do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, segundo os requisitos da norma NP 4457:2007 - Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI). Requisitos do sistema de gestão da IDI. Esta norma permite a certificação do sistema de gestão da IDI.

3. Atividades de I&DT

  • Aquisição e desenvolvimento de novos conhecimentos e capacidades para o desenvolvimento
  • Especificações técnicas (Especificações de materiais, processos e produtos)
  • Estudos preliminares para o levantamento das necessidades dos utilizadores finais do produto, identificar requisitos normativos e os mercados
  • Especificações técnicas (Especificações de materiais, processos e produtos)
  • Investigação e desenvolver soluções em termos de materiais, componentes e produto
  • Construção de protótipos, pré-séries, instalação experimental/piloto
  • Testes e ensaios em ambiente laboratorial com vista à certificação do produto e em ambiente real junto dos utilizadores finais
  • Promoção e divulgação de resultados
  • Coordenação e gestão do projeto

4. Resultados Esperados

Com este projeto era adicionalmente esperado:

- Desenvolver o conhecimento e propriedade intelectual e industrial necessário à exploração da tecnologia de colagem/selagem desenvolvida no contexto de outros produtos têxteis e permitir a entrada da empresa em novos nicho de mercado e a diversificação da sua presença no sector têxtil e vestuário;

- Promover e estimular a inovação e o desenvolvimento de metodologias de conceção e investigação de novos produtos, que permitam à empresa manter-se na linha da frente no seu sector de mercado.

- Promover a interligação estreita entre os sectores industriais e as entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional.

- Promover a interligação com as Entidades e Organismos associados ao mar (Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar; Associação Portuguesa de Portos de Recreio; Clube Naval Povoense; Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos; …).

5. Divulgação de Resultados e Aplicações

A promoção e divulgação do projeto e dos produtos desenvolvidos ocorreram, não só junto do público-alvo mas também a divulgação e disseminação das boas práticas para o público em geral. A metodologia utilizada permitiu não só dar a conhecer o projeto e os seus objetivos de desenvolvimento mas também obter feedback dos utilizadores finais sobre o mesmo, desde o seu início. O levantamento de necessidades, que incluiu um inquérito online, os contactos e ensaios efetuados durante o desenvolvimento e os ensaios em ambiente real permitiram uma estreita colaboração e importante troca de opiniões sobre os desenvolvimentos. Paralelamente, e para que este exemplo possa ser seguido por outras empresas e noutros desenvolvimentos, foram realizadas ações de divulgação de boas práticas e disseminação da informação. A metodologia consistiu na divulgação do projeto via internet na plataforma de inovação da Damel, a divulgação em sites de entidades do sector, em workshops, seminários, feiras e revistas da especialidade.

Ao lado, algumas imagens da divulgação dos produtos em feiras da especialidade, designadamente:

> Colombiamoda 2014,

> ISPO 2014

> Itechstyle Business Forum – Modtissimo Porto Fashion Week em Fevereiro 2014.

 

Feiras    

 

6. Links

 

 

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT , consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

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Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

PERMAC: PERsonal Microclimate Active Control

18.11.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

O projeto PERMAC pretende desenvolver um sistema de controlo térmico integrado para fins militares e de defesa, com capacidade de proporcionar conforto térmico ao utilizador ao longo de um alargado intervalo de temperaturas.

1. Síntese

O PERMAC é um sistema de vestuário de proteção inteligente, composto por elementos que permitem a autorregulação térmica ativa, mesmo em condições ambientais extremamente adversas. O objetivo final do projeto é desenvolver um produto com controlo térmico ativo para fins militares e defesa.

O projeto consiste no desenvolvimento do equipamento de controlo eletrónico e térmico, solução têxtil de acordo com necessidades dos soldados e respetiva integração eletrónica/têxtil, de forma a conferir ao PERMAC capacidades únicas de aquecimento e arrefecimento. O utilizador poderá escolher entre um modo automático baseado no modelo de conforto de Fanger, semiautomático e manual.

O projeto é cofinanciado pelo QREN, na modalidade de copromoção, e tem como parceiros as empresas AST (Active Space Technologies), DAMEL e o CITEVE.

 

2. Enquadramento no COMPETE

  • Sistema de Incentivos à I&DT

O projeto PERMAC é cofinanciado pelo COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), com um investimento elegível de 783 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 570 mil euros.

  • Testemunho do líder do projeto

Como responsável pelo projeto PERMAC, Abel Mendes da empresa Active Space Technologies considera que, "para além da vertente financeira fundamental em projetos de IDI, o apoio do COMPETE na facilitação da criação de uma parceria especializada nas diversas competências técnicas e científicas necessárias ao desenvolvimento do sistema PERMAC, nomeadamente Citeve e Damel, apresenta-se como um fator crítico de sucesso do projeto. Desta forma, cada entidade pode concentrar-se apenas nas suas áreas de especialização, garantindo uma maior eficiência e maximizando a probabilidade do projeto se desenrolar na direção ótima.

Apesar dos inúmeros desenvolvimentos que têm surgido ao longo do tempo na área do conforto térmico, constata-se ainda a necessidade de desenvolvimento de vestuário inteligente que efetue a regulação térmica ativa, mesmo nas mais adversas condições ambientais (frio e calor extremo), conjugando em simultâneo características de ergonomia, proteção e estética".


3. Descrição do Projeto

3.1 Âmbito

O vestuário é um elemento fulcral na contribuição para a consecução de níveis de conforto e proteção (e, consequentemente, de qualidade de vida) que se exige na atualidade. Visto como um sistema de materiais com as suas propriedades físicas próprias (resistência ao vapor de água, isolamento térmico, transferência e transporte de suor/humidade, permeabilidade ao ar, capacidade de absorção do vapor de água, tempo de secagem e transporte por capilaridade), o vestuário não tem de ser completamente passivo, mas antes um sistema complexo onde medidas proactivas podem ser tomadas para melhorar, compensar, ou retardar as mudanças adversas que ocorrem no microclima durante as interações no sistema.

Os sistemas de vestuário para os militares do século XXI, além da função de proteção, devem incluir outros requisitos como a durabilidade, conforto, funcionalidade (antimicrobiano, anti-odor), vestibilidade, mobilidade, manutenção, estética e também o custo.

Este projeto visa o desenvolvimento de um sistema de vestuário avançado usando tecnologias inovadoras e novos materiais para proteger o soldado dos múltiplos riscos associados às diferentes condições ambientais. Deve simultaneamente proporcionar flexibilidade, conforto e outras características importantes, de forma a aumentar o desempenho operacional do soldado e consequentemente a duração das missões militares.

3.2 Atividades de I&DT

O desenvolvimento divide-se em duas grandes áreas de investigação: controlo térmico ativo e têxtil.

  • A vertente de controlo térmico ativo do PERMAC divide-se nos subsistemas térmico, controlo eletrónico e energia. Cada um destes subsistemas requer investigação e desenvolvimento de soluções técnicas eficientes, de forma a garantir um produto com boa capacidade de aquecimento e arrefecimento, baixo peso e autonomia alargada;
  • A investigação inerente à área têxtil, com vista à obtenção do conjunto de vestuário de proteção com elevado desempenho ao nível da flexibilidade, da ergonomia, da resistência mecânica e do isolamento térmico implicará, além do estudo da forma mais adequada (calça e casaco ou macacão) e da integração dos componentes eletrónicos, térmicos e mecânicos, a investigação dos materiais têxteis mais adequados para cada estrutura têxtil.

O projeto cruza diversas áreas de investigação técnica e científica, que compreende todo o ciclo de desenvolvimento de produto, nomeadamente:

  • Aquisição de novos conhecimentos e capacidades tecnológicas de ponta, aplicáveis ao projeto PERMAC;
  • Especificações técnicas;
  • Desenvolvimento preliminar e detalhado;
  • Construção de protótipos, pré-séries, instalação experimental/piloto;
  • Testes e ensaios.

3.3 Evolução

A conclusão das duas primeiras fases do projeto forneceram informações técnicas e de mercado muito importantes para uma definição dos requisitos do sistema.

O projeto prosseguiu com o desenvolvimento do produto, tendo os dois primeiros protótipos do sistema PERMAC sido concluídos em Maio de 2014, testados no terreno por uma equipa de soldados da Escola das Armas, em Mafra, e posteriormente sujeitos a testes de performance num Manequim térmico transpirável.

Os testes no terreno demonstraram que o sistema térmico respondia de acordo com o esperado, mas em termos de integração ainda havia melhorias significativas a implementar. Já nos testes no manequim, os resultados térmicos apresentaram resultados muito bons, sendo capaz de regular a temperatura do manequim de uma forma muito eficaz.

O consórcio encontra-se atualmente a implementar melhorias técnicas a nível térmico, controlo ativo, materiais e têxtil, de modo a otimizar a eficiência e aumentar a fiabilidade do sistema final.

 

4. Links

Site: http://activespacetech.com/projects/permac/home

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT , consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.                                                                   

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

Têxteis Penedo lança novo produto no mercado de têxteis-lar

04.11.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Chama-se CORTFEE e trata-se de um cortinado energeticamente eficiente, capaz de reduzir consideravelmente as trocas de calor através das janelas de uma habitação, e por essa via, contribuir para o aumento da eficiência energética da mesma.

Projeto | CORTFEE
Projeto | CORTFEE

1. Síntese

O projeto CORTFEE - Cortinado Funcionalizado Energeticamente Eficiente teve início no dia 1 de Janeiro de 2014 e foi cofinanciado pelo COMPETE, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação & Desenvolvimento Tecnológico, com um investimento elegível de cerca de 459 mil euros, provenientes do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

O projeto, a finalizar em Junho de 2015, tem como promotor a empresa Têxteis Penedo, S.A e conta com a colaboração das seguintes entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional (SCTN):

  • CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal
  • e CeNTI - Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes.

 

2. Âmbito do projeto

A inovação é sine qua non para que as empresas possam enfrentar a concorrência imposta pela crescente globalização. A União Europeia foca mesmo o ponto da diferenciação de produtos como fator fundamental no reforço da competitividade económica.

O projeto CORTFEE enquadra-se numa estratégia abrangente e basilar da Têxteis Penedo S.A., no sentido de melhorar e fortalecer a sua posição de liderança no mercado de têxteis-lar.

Com este projeto, pretende-se desenvolver um produto capaz de contribuir para o aumento da eficiência energética de uma habitação, através da diminuição das trocas de calor através das janelas, nomeadamente o desenvolvimento de um cortinado funcionalizado energeticamente eficiente (CORTFEE), com características inovadoras. O produto a desenvolver responderá às necessidades do mercado atual de reduzir consideravelmente as trocas de calor pelas janelas dos edifícios, em particular no sector da reabilitação, em que vários dos elementos construtivos (p. ex. envidraçados) não têm frequentemente isolamento adequado.

 

3. Objetivos

O projeto CORTFEE visa a investigação e desenvolvimento de cortinados funcionalizados energeticamente eficientes, capazes de reduzir consideravelmente as trocas de calor através das janelas de uma habitação, e por essa via, contribuir para o aumento da eficiência energética da mesma.

Com este projeto a Têxteis Penedo procura consolidar a sua aposta nos produtos eficientes e amigos do ambiente, dando continuidade ao esforço de valorização dos seus produtos. Ao nível do sector de atividade económica, o projeto CORTFEE terá um forte impacto no sector têxtil-lar.

 

4. Principais atividades a desenvolver

O projeto está estruturado segundo 7 atividades:

1) Coordenação e gestão do projeto;

2) Gestão técnica do projeto;

3) Desenho técnico e especificações;

4) Investigação e desenvolvimento técnico-científico;

5) Construção de demonstradores;

6) Testes, ensaios e validação e

7) Promoção e divulgação de resultados.

 

5. Resultados

Os resultados do projeto serão demonstrados através da apresentação de um cortinado funcionalizado energeticamente eficiente.

Os resultados do projeto criarão oportunidades de negócio para a empresa, que por sua vez permitirão:

  • Entrada em nichos de mercado emergentes (produtos geradores de ganhos de eficiência energética);
  • Especialização industrial em termos de processos/produtos;
  • Crescimento da competitividade pela via da inovação e do desenvolvimento tecnológico;
  • Desenvolvimento e implementação de soluções técnicas eco eficientes, ambientalmente favoráveis e sustentáveis.

 

6. Apoio do COMPETE

O projeto, a finalizar a Junho de 2015, foi cofinanciado pelo COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico).

O Cortfee envolve um investimento elegível de cerca de 459 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 280 mil euros.

Testemunho | Agostinho Afonso | Administrador  da Têxteis Penedo

O Apoio do COMPETE revela-se um instrumento muito importante pois permite suportar parte do esforço que a empresa faz no projeto em referência, permitindo maior robustez e ambição nas atividades e nos seus objetivos.

 

7. O papel do promotor e das entidades externas

7.1 Promotor

A Têxteis Penedo, S.A assume um papel fundamental no sector dos têxteis-lar e centra a sua atividade no mercado global. É uma referência no fabrico de têxteis, mais concretamente têxteis lar, hotelaria e Decoração, a nível internacional em mercados de elevado grau de exigência de qualidade.

O sucesso prende-se com uma forte aposta na qualidade dos produtos, qualificação dos funcionários e no contínuo acompanhamento das inovações e tendências de mercado. Para dar continuidade à sua aposta global, a empresa sente a necessidade de desenvolver novos produtos, atendendo quer às necessidades de mercados em evolução, quer à necessidade de desenvolver produtos inovadores de elevado valor acrescentado e que constituam uma clara mais-valia comercial.

A Têxteis Penedo como promotora deste projeto será responsável por todas as atividades de gestão e coordenação do projeto, estando ativamente envolvida em todas as atividades. Aliado ao conhecimento profundo do processo e do produto acresce a experiência em termos de gestão de projetos, o que representa uma mais-valia importante para o projeto.

7.2 Entidades Externas

O CITEVE, Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, desenvolve a sua atividade de apoio técnico e tecnológico à indústria em 6 áreas: Atividade Laboratorial, Consultoria e Assistência Técnica, Vigilância e Desenvolvimento Tecnológico, Valorização de RH e Cooperação com a Administração Pública. É entidade do SCTN e integra os Pólos de Competitividade: Moda, Saúde, Tecnologia das Industrias da Mobilidade, Tecnologias de Produção e Tecnologia Agroindustrial. Integra ainda o Cluster Habitat Sustentável. Encontra-se reconhecido para a prestação de serviços no âmbito dos Vales Inovação e IDT. De forma a prestar um apoio direto às empresas na área de conceção e desenvolvimento de novos produtos, dispõe de uma unidade de teste e prototipagem que para além das tecnologias convencionais, está apetrechada com as mais avançadas tecnologias emergentes, onde se destacam: estamparia digital, coating/laminagem, revestimentos, malhas de teia, trama reta e seamless, costuras seladas, corte por laser, etc. Participa atualmente em mais de 60 projetos, nacionais e europeus. Nestes, estão envolvidas cerca de 100 empresas nacionais e parceiros institucionais Europeus e Nacionais. O CITEVE terá um papel muito relevante no desenvolvimento de estruturas têxteis inovadoras. A seleção de matérias-primas, o tipo de estrutural têxtil, combinação de estruturas e o tipo de acabamento a conferir aos substratos têxteis, são fatores cruciais para o sucesso do produto.

O CeNTI, Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), é uma entidade do SCTN, cujos membros associados fundadores são CITEVE, UM, UP, UA e CTIC. As suas equipas de I&D+I têm formação avançada em múltiplas áreas de conhecimento (Engenharia têxtil, química, polímeros e de materiais), com graus académicos avançados (licenciatura, mestrado e doutores). A sua competência técnica é reconhecida por outras entidades do SCTN e pela indústria, daí o elevado números de projetos e cooperações em carteira. O CeNTI participa em mais de 40 projetos de I&D+I com empresas nacionais e internacionais e de vários setores de atividades. Destaca-se: 1) Desenvolvimento de produtos Fotovoltaicos Orgânicos de Baixo Custo (com UA e a NCT), recentemente distinguido na 6ª edição do Concurso BES INOVAÇÃO - setor Clean Tech; 2) Desenvolvimento de casaco de alpinismo com integração de bandas de aquecimento, monitorização de temperatura/ritmo cardíaco, GPS e comunicação (com PT e CITEVE); 3) Desenvolvimento de tratamentos de superfície para alteração das propriedades óticas de produtos de couro; 4) Desenvolvimento de têxteis para aplicações médicas, no contexto do GDMF. O papel do CeNTI será relevante em todas as tarefas relacionadas com a simulação do efeito da funcionalização energeticamente eficiente para otimizar o seu desempenho; no desenvolvimento de soluções de integração de estruturas funcionalizadas, nos tratamentos de superfície para otimizar as propriedades óticas dos têxteis de suporte e no desenvolvimento de métodos para avaliar o desempenho final dos demonstradores.

Prevê-se também que as inovações decorrentes do projeto e o contacto da Têxteis Penedo com entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional contribuam para a formação contínua técnico-científica em novas áreas de conhecimento, dos técnicos e responsáveis pelas atividades de I&DT da empresa promotora do projeto, nomeadamente ao nível dos materiais funcionalizáveis e funcionalizados, completamente integrados em substratos têxteis.

 

8. Links

Site da Têxteis Penedo: http://www.tpenedo.pt/pt/inicio

Site do CITEVE: http://www.citeve.pt/ 

Site do Centi: http://www.centi.pt/

 

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Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem 

A inovação chega ao mercado de chocolates

21.10.2014
  • Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

Conheça o projeto “healthyBonbons” que promete fabricar bombons saudáveis com reduzido teor calórico e propriedades funcionais.

projeto “healthyBonbons”
projeto “healthyBonbons”

1.    Síntese

A AJEM Pastelarias Lda é uma PME reconhecida no mercado nacional pela sua proactividade e capacidade de inovar na área da produção de chocolate. A sua postura de inovação é alavancada num esforço continuado de investigação sobre a utilização de novos ingredientes e de novas técnicas de trabalho do chocolate, que se suporta em parcerias estratégicas com instituições do meio cientifico e tenológico português.

Foi neste contexto que surgiu, em 2013, o projeto healthyBonbons, desenvolvido em parceria com o Departamento de Ciência e Engenharia dos Biossistemas do Instituto Superior de Agronomia.

Com um padrão de crescimento uniforme, o mercado mundial de chocolates tem-se caracterizado pela diversificação de produtos, por uma regulação mais exigente e por uma maior consciencialização dos consumidores em relação a produtos saudáveis.

Neste mercado os bombons são um produto de procura generalizado sendo o seu consumo condicionado por questões dietéticas.

 

Ficha Resumo

Acrónimo: healthyBonbons

Título: Bombons saudáveis com reduzido teor calórico e propriedades funcionais, com aplicação de quitosano

Áreas Tecnológicas: Tecnologias Agrárias e Alimentares

 

2.    Enquadramento no COMPETE

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto “healthyBonbons” envolveu um investimento elegível de 185 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 130 mil euros.

 

3.    Descrição

O projeto healthy Bonbons visa desenvolver linhas de bombons inovadoras, suportadas em 3 eixos fundamentais:

  1. características funcionais,
  2. durabilidade
  3. e variedade.

Na vertente funcional serão desenvolvidos recheios de baixo nível calórico, elevado teor de fibra e potencial antioxidante e com propriedades funcionais.

No eixo da durabilidade, pretende-se dilatar o período de validade de forma a alcançar mercados internacionais de maior dimensão garantindo simultaneamente uma elevada qualidade sensorial e a ausência do recurso a conservantes.

No eixo variedade pretende-se uma seleção de recheios de produtos nacionais de inquestionável qualidade e reconhecimento no mercado externo: pera rocha, maçã de Alcobaça, medronho, azeite, mel, etc.

O projeto encontra-se atualmente no terceiro semestre de execução, com resultados alinhados com as espectativas iniciais, que têm suscitado o interesse de múltiplos agentes deste mercado.

Conforme refere o responsável do projeto, António Melgão “para estes resultados é de salientar a importância do programa COMPETE, que contribuiu de forma direta, no apoio ao recrutamento de mão-de-obra especializada e aquisição de recursos tecnológicos e de forma indireta, no reconhecimento pelo mercado do selo de qualidade que o programa proporciona”.

Alinhado com este plano, a espectativa do promotor é disponibilizar comercialmente várias linhas de bombons saudáveis no decorrer do próximo ano.

 

4.    Conclusão

O mercado mundial de chocolates devera manter um crescimento médio de 2% ano nos próximos 5 anos, caracterizado por uma tendência de diversificação de produto, uma regulação mais exigente e uma maior consciencialização dos consumidores em relação a produtos saudáveis, que fará com que se produza cada vez mais produtos sem conservantes. Espera-se o aumento da presença dos fabricantes de chocolate artesanal, seguindo-se a diferenciação para nichos muito específicos como é o caso dos diabéticos e celíacos.

Neste mercado os bombons são um produto de procura generalizado sendo o seu consumo condicionado por questões dietéticas.

Neste contexto, o presente projeto enquadra-se na estratégia de desenvolvimento da empresa visando:

i)          Diversificar o seu portfólio, incrementando competências e capacidade de resposta para ao sector do chocolate, nomeadamente dos bombons;

ii)         Potenciar comercialmente a plataforma de resposta técnica, conseguida com o objetivo da alínea a), através da cooperação internacional, a desenvolver no âmbito de um projeto EUREKA (em elaboração);

iii)        Promover a cultura interna de inovação, desenvolvendo e aprofundando ligações fortes à I&D, trabalhando em estreita colaboração com parceiros empresariais, Universidades e Institutos do Sistema Cientifico e Tecnológico.

Com este projeto, a empresa promotora ambiciona consolidar a sua presença na oferta de bombons, apresentando um novo posicionamento para estes produtos através de um enquadramento na área dos produtos com benefício na saúde, com impacto direto no mercado nacional e com características de exportabilidade muito marcadas. O recurso a técnicas inovadoras de conservação dos recheios (barreira de quitosano) será outro dos contributos para alcançar estes objetivos, pois permitirá prolongar o tempo de vida útil dos produtos sem recorrer a conservantes, o que contribuirá para um melhor posicionamento em termos de redes de exportação deste tipo de produtos.

 

 

 

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Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

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INESC TEC parceiro no desenvolvimento de ferramentas e conteúdos imersivos na área do ensino

07.10.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o INESC TEC concluiu recentemente o projeto CNG (Conteúdos de Nova Geração) cujo principal resultado foi um protótipo de um jogo interativo, que tanto pode ser útil a professores como a alunos, pretendendo auxiliar no ensino e aprendizagem da Matemática.

In FALAR GLOBAL - Cidadania Digital | Emitido a 21 de Julho de 2013

 

1. Síntese

Com duração de três anos, o projeto teve como objetivo introduzir a utilização de ambientes imersivos como forma inovadora de fornecer conteúdos educativos apelativos, usufruindo da envolvência do 3D em áudio e vídeo. Esta nova forma de vivenciar os conteúdos transmitirá aos utilizadores perceções espaciais propícias para diversas áreas do saber mas que, em primeiro lugar, se pretendem explorar para a matemática, onde se tornam verdadeiramente diferenciadoras e para uma camada mais jovem.

Deste projeto resultou uma nova ferramenta para ensino e aprendizagem da Matemática. O protótipo desenvolvido consiste num jogo imersivo e interativo com aplicação de interfaces naturais por gestos, integrando uma Kinect. O jogo destina-se a utilizadores jovens em idade pré-escolar ou início do primeiro ciclo de estudos e pretende motivar o estudo da disciplina de matemática de uma forma divertida. O jogo foi desenvolvido em duas vertentes, SinglePlayer e Multiplayer.

A vertente Multiplayer do jogo abrange um sistema de criação e gestão de salas de jogo, onde os jogadores se podem encontrar e jogar o jogo. Esta componente tira partido das redes de nova geração porque permite que sejam trocados vídeos entre jogadores. Em paralelo, o projeto investigou abordagens eficientes para a transmissão de conteúdos vídeo 3D em redes IP (“Internet Protocol”), com o intuito de oferecer ao utilizador experiências audiovisuais imersivas e personalizadas a baixo custo através de redes IP.

Neste sentido, foi desenvolvido um protótipo de um sistema cliente-servidor que, contrariamente aos sistemas existentes baseados em tecnologias de codificação multivista de vídeo, que exigem grandes larguras de banda e/ou elevada capacidade de processamento no recetor, maximiza a eficiência de utilização dos recursos disponíveis, nomeadamente de rede e do terminal, conseguindo apresentar conteúdos multivista a audiências distintas de uma forma inovadora e personalizada.

Na prática, este sistema consegue adaptar de forma dinâmica a perspetiva da cena visual3D que está a ser apresentado em cada instante ao utilizador, consoante o foco de atenção do utilizador na cena. Simultaneamente, o débito do fluxo de dados que está a ser transmitido (e consequentemente a qualidade, embora não necessariamente de uma forma direta/linear), é adaptado de acordo com a disponibilidade de largura de banda da rede. No desenvolvimento deste protótipo fez-se uso de tecnologias open source e normas abertas.

A equipa de investigadores neste projeto foi composta por Augusto Sousa, António Coelho, Alexandre Carvalho, Maximino Bessa e Luís Magalhães do CSIG, e ainda Teresa Andrade do CTM.

Para além do INESC TEC, este projeto contou ainda com diversos parceiros, tais como iZone Interactive Media, iZone Knowledge Systems, Microsoft Portugal, Diferente Jogo, Universidade de Aveiro, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e Centro de Computação Gráfica da Universidade do Minho.

2. Enquadramento no COMPETE

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto “Conteúdos de Nova Geração” envolveu um investimento elegível de 1.139.362 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 796.181 euros.

3. Links

Site: http://www.conteudosnovageracao.com/

Facebook: https://www.facebook.com/IzoneInteractiveMedia

 

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OXIPORTO: a inovação nos vinhos do Porto

30.09.2014
  • Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

Com o apoio do COMPETE, este projeto de investigação e desenvolvimento tem como objetivo a criação de um novo processo de produção de Vinhos do Porto Tawny.

OXIPORTO: a inovação nos vinhos do Porto
OXIPORTO: a inovação nos vinhos do Porto

1.    Síntese

O “OXIPORTO - Processo inovador de produção oxidativa para a criação de novos Vinhos do Porto” é um projeto de investigação e desenvolvimento que tem como objetivo a criação de um novo processo de produção de Vinhos do Porto Tawny com perfis qualitativos pré-determinados, através do desenvolvimento de metodologias (cromatografia líquida com deteção de massa) para a análise rápida dos compostos de referência.

Este processo produtivo, inovador a nível internacional, permitirá dotar a empresa de uma forte vantagem competitiva para controlo de processos de produção oxidativa de Vinho do Porto Tawny (sem indicação de idade), através da pesquisa e quantificação de um conjunto de espécies químicas a identificar por Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

O OXIPORTO representa, assim, uma nova e avançada solução de produção do Vinho do Porto Tawny, com claros argumentos para poder ser disseminado no território nacional e exportado para outros mercados.

Este novo processo permitirá ainda criar Vinho do Porto Tawny com estilos até agora inexistentes no mercado, capitalizando, no conhecimento a obter, a relação entre a composição dos estados metabólicos e a sua expressão sensorial na construção do estilo de um vinho comercial.

 

Ficha resumo

Designação: OXIPORTO - Processo inovador de produção OXIdativa para a criação de novos Vinhos do PORTO
Principais Estratégias:
  • Alargamento da gama de bens/serviços
  • Maior flexibilidade de produção ou de fornecimento de serviços
  • Redução dos custos de trabalho por unidade produzida de bens/serviços
Áreas Tecnológicas:
  • Tecnologia Alimentar

 

2.    Enquadramento

O Vinho do Porto é um dos mais emblemáticos e tradicionais vinhos do mundo. Produzido nos últimos 4 séculos a partir de uvas cultivadas na Região Demarcada do Douro, os vinhos são submetidos a um processo de maturação que deve ocorrer em condições de temperatura e humidade específicas, naturalmente existentes junto à cidade do Porto, de onde obteve o seu nome.

Desde há 10 anos que a Sogrape Vinhos desenvolve estudos sobre os processos tradicionais de maturação oxidativa, típicos nos Vinhos do Porto. Desses estudos originou-se uma compreensão detalhada dos mecanismos de dissolução e consumo do oxigénio naquele tipo de vinho e da forma como este processo físico-químico condiciona as sensações de cor, aroma e paladar experimentadas por quem o prova.

Deste conhecimento resultou uma nova tecnologia, desenvolvida em escala real de produção num anterior projeto de investigação executado pela Sogrape Vinhos, através da qual é possível controlar com precisão o fenómeno de oxigenação dos Vinhos do Porto, otimizando a produção com aumento de qualidade e simultânea eficiência de custos.

 

3.    Âmbito

No projeto OXIPORTO, iniciado em Dezembro de 2012, investiga-se a possibilidade de melhorar o perfil organoléptico (cor, aroma, paladar) dos Vinhos do Porto, através de um preciso controlo das quantidades de oxigénio consumidas pelo vinho durante o seu estágio.

  • Objetivo

O objetivo é determinar quais os compostos que caracterizam diferentes perfis de vinho e avaliar a possibilidade de os obter de forma consistente através de uma criteriosa gestão do par oxigénio – temperatura.

Se as hipóteses formuladas forem provadas, o projeto abre a possibilidade de criar novos estilos de Vinhos do Porto, atualmente inexistentes no mercado, além de permitir uma significativa melhoria qualitativa dos já existentes, assim como um aumento importante da eficiência no processo de produção.

  • Parcerias

O presente projeto é liderado pela Sogrape Vinhos, com uma colaboração da Université de Reims – Champagne-Ardennes, ligando-se desta forma o conhecimento entre dois dos mais prestigiados vinhos do Mundo.

  • Metodologia

Assim, utilizam-se tecnologias de análise química no estado da arte que apenas recentemente estão a ser aplicadas em vinhos e que prometem uma verdadeira revolução na forma como os entendemos. É o caso da cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa exata (que permite analisar compostos que condicionam principalmente o paladar do vinho, como os taninos e os polissacáridos, entre outros) e a ressonância magnética nuclear (que analisa os desvios químicos dos compostos presentes no vinho), as quais produzem, por análise não direcionada, «impressões digitais» químicas de cada vinho, permitindo relevar diferenças ínfimas e detetar novos compostos químicos ainda não identificados.

  • Resultados

Até ao momento, quase 200 compostos foram já assinalados como diferenciadores entre os diferentes perfis de vinhos e modos de produção de Vinho do Porto. Destes, cerca de 30 foram identificados por pesquisas em bases de dados e encontram-se presentemente a ser validados para análise por LC-MS. O projecto deverá terminar no final de 2014 com o estabelecimento de procedimentos de produção e controlo para implementar os conhecimentos adquiridos no processo de produção da empresa, originando ganhos significativos em eficiência do processo, qualidade dos vinhos e capacidade de inovação para as marcas de vinhos do Porto da empresa.

4.    Apoio do COMPETE

  • Sistema de Incentivos e Cluster dos Vinhos da Região Demarcada do Douro

Tendo em vista a execução do projeto OXIPORTO, que visa o desenvolvimento da tecnologia de produção de Vinhos do Porto, a Sogrape Vinhos candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade, para obter financiamento para o seu projeto.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto envolve um investimento elegível de 516 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 253 mil euros.

  • Testemunho | Cristina Fernandes | Departamento da Qualidade | Sogrape Vinhos, S.A.  

Com este apoio, a Sogrape Vinhos encontrou-se em condições de poder investir no avanço tecnológico da produção de Vinho do Porto, incorporando inovações que a colocam no estado da arte. O conhecimento gerado sobre a metabolómica envolvida abre novas perspetivas para avanços adicionais no futuro que trarão benefícios para a empresa e todo o sector económico associado.


5.   
Links

Site da Sogrape: http://www.sograpevinhos.eu

Site do Cluster dos Vinhos da região do Douro: http://www.advid.pt/

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QI2LEARN | Nautilus em parceria com a Universidade Católica aposta em tecnologia para a educação na Universidade

09.09.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o projeto teve como objetivo central produzir conteúdos digitais interativos para exploração em quadros interativos e em meios complementares de ensino e aprendizagem, nomeadamente no Ensino Superior.

Projeto QI2Learn
Projeto QI2Learn

1. Síntese


O Projeto QI2Learn teve como objetivo central produzir conteúdos digitais interativos para exploração em quadros interativos e em meios complementares de ensino e aprendizagem, nomeadamente no Ensino Superior.


As superfícies táteis disponíveis nos quadros interativos, smartphones, tablets, nos multi-touch all-in-one PC, estão cada vez mais difundidas e permitem a manipulação de objetos digitais, nomeadamente numa óptica de aprendizagem.


Em contexto académico, os conteúdos e a comunicação são cada vez mais suportados pelo multimédia que estimula a motivação e o envolvimento de uma geração “educada” pela imagem desde a mais tenra idade. Desta forma, torna-se pertinente o desenvolvimento de conteúdos educativos, para utilização em quadros interativos. A utilização de quadros interativos em contexto de aula permite o uso de ferramentas do próprio sistema para a construção de conteúdos durante a aula e a  exploração de conteúdos interativos preparados externamente para a aula.


Os conteúdos produzidos no projeto QI2Learn foram desenvolvidos pelo consórcio constituído entre a Nautilus, líder do consórcio, e a Universidade Católica.


2. Enquadramento no COMPETE


2.1 Financiamento


Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto “QI2LEARN - Quados Interactivos na Aprendizagem” envolveu um investimento elegível de 281.453,26 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 183.820,26 euros.


2.2 Testemunhos do promotor


> Nautilus

O apoio do COMPETE foi um fator essencial para a constituição de uma equipa multidisciplinar que teve como propósito o desenvolvimento do projeto. Este projeto teve como premissa a produção de conteúdos educativos, para utilização em quadros interativos, dirigidos a uma multiplicidade áreas científicas, pelo que foi necessário um investimento significativo em recursos humanos.

Adicionalmente, o desenvolvimento do projeto implicou a realização de pesquisa e de prospeção de mercado, cujo financiamento do COMPETE permitiu que fosse levada a cabo com rigor superior e de forma mais abrangente.


> Universidade Católica

O apoio Compete e da Nautilus foi uma oportunidade para antecipar o ambiente de sala de aula a médio prazo. As superfícies táteis, o multimédia, os simuladores, a interação entre estudantes e destes com os objetos de aprendizagem e o feedback imediato são uma realidade emergente.


Uma realidade que se propaga para fora da sala de aula e que não se materializa apenas em casa, mas em plena mobilidade e em múltiplos dispositivos. Estas mudanças fazem evoluir o papel do docente para um verdadeiro “terapeuta da aprendizagem”!.


O Professor tem agora novos meios para motivar os estudantes, para explicitar conhecimento, para os envolver em atividades e para avaliar desempenhos, adequando estratégias, em função do estilo de aprendizagem de cada um.

3. Objetivos


O projeto “QI2LEARN – Quados Interactivos na Aprendizagem” teve como objetivos:

1.    Conhecer o estado da arte relativo aos quadros interativos

2.    Produção de conteúdos académicos

3.    Desenvolvimento de uma lição interativa por área científica (ex: Gestão e Economia, Informática, Biologia, etc)

4.    Adequar modelos de avaliação da satisfação dos estudantes

5.    Integrar meios de feedback em sala de aula mediados por tecnologia

6.    Disseminação e promoção do projeto


4. Resultados Alcançados

Fruto do projeto “QI2LEARN - Quados Interactivos na Aprendizagem” foram desenvolvidos learning objects e adaptados modelos clássicos sobre temas específicos e facilitadores da demonstração da interatividade dos quadros. Adicionalmente foram criados jogos simples de autoavaliação que demonstram uma outra vertente da comunicação interativa em sala de aula. Como resultado do trabalho foram publicados dois papers, aceites em conferências internacionais, e outros três em conferências internacionais, adjacentes ao tema, e em resultado da motivação deste projeto, assim como foi produzido, um capítulo, num livro internacional.


Neste momento estão já disponíveis conteúdos de diversas áreas científicas para demonstrar o interesse pedagógico, destes ambientes e recursos, em sala de aula do ensino superior e a Universidade católica tem mais conhecimento, mais experiência, meios para motivar e promover inovação educativa.

5.Links

- Site

- Youtube

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Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Conheça o projeto “uMeter - Plataforma Colaborativa de Monitorização da Qualidade de Serviço da Rede de Acesso à Internet”

11.06.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o projeto uMeter QoS visa a implementação de uma plataforma de monitorização da Qualidade de Serviço (QoS) de acesso à Internet, tendo por base um sistema de participação aberto, capaz de extrair métricas com base num conjunto de testes efetuados por utilizadores comuns ao seu acesso de ligação à Internet.

uMeter

1. Síntese

Atualmente os fornecedores de serviços de Internet (ISP) vendem sobretudo com base na taxa de transferência máxima das suas ligações, ou seja, na velocidade de acesso. Existem contudo muitos outros fatores que influenciam a qualidade da experiência (QoE) do utilizador.


O projeto uMeter visa implementar uma plataforma de monitorização da Qualidade de Serviço (QoS) dos ISP, com base num sistema de participação aberto que permite que qualquer cidadão com acesso à Internet avalie de forma simples, segura e com precisão um conjunto de parâmetros técnicos relativos ao serviço prestado pelo seu ISP.

A solução proposta consiste numa aplicação que funcionará no computador ou smartphone do utilizador, um ou mais servidores destinados à obtenção dos vários parâmetros das medidas e um portal Web onde todos os dados são guardados e os utilizadores poderão obter os resultados das suas medidas. A informação geográfica fornecida pelo utilizador ou pelo recetor de GPS do telemóvel permitirá ainda gerar relatórios de dados agregados por ISP, região ou país.

 

Ficha do Projeto

Designação: uMeter - Plataforma Colaborativa de Monitorização da Qualidade de Serviço da Rede de Acesso à Internet

Acrónimo: uMeter

Áreas Tecnológicas:

> Engenharia de Computadores

> Engenharia Informática

> Engenharia das telecomunicações

Objetivo: Aferir a qualidade de serviço (QoS) de acesso à Internet, fornecido por um ISP numa região ou país, através da implementação de um sistema de medição. 


2. Enquadramento no COMPETE

2.1 Financiamento

Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT, o projeto uMeter promovido pela Ubiwhere, Lda envolve um investimento elegível de 261.510 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 198.474 mil euros.


2.2 Testemunho do promotor

   Rui Costa_uMeter 
     
Segundo Rui A. Costa, CEO, “para estarmos no patamar em que hoje nos encontramos, a realização do projeto só foi possível graças ao incentivo atribuído à Ubiwhere, Lda por parte do COMPETE. Este apoio veio demonstrar a viabilidade e fiabilidade do projeto e contribui em grande escala para o desenvolvimento de uma aplicação que vai chegar a um elevado número de pessoas e, ao mesmo tempo, vai-nos ajudar na obtenção de resultados concretos e objetivos para a melhoria contínua da plataforma em causa. Com este apoio podemos promover a investigação e desenvolvimento de que o projeto necessita, aliada à inovação e à dedicação de todas as pessoas envolvidas”.          

 

3. Descrição do Projeto


3.1 Âmbito

Nos dias de hoje, a Internet é parte integrante e essencial das nossas vidas, sendo impossível pensar no mundo e no futuro sem ela. Estar conectado passou a ser uma necessidade, mais do que um passatempo, e permite-nos muito mais do que a simples troca de mensagens, e-mails ou a navegação em páginas estáticas. Aplicações em tempo real, tais como streaming de vídeo e VoIP, e serviços de utilização intensiva da largura de banda, tal como acontece com a partilha de ficheiros P2P, requerem que os ISPs disponibilizem um acesso à Internet que dê garantias reais de que o serviço contratado oferece uma experiência de utilização condizente com as necessidades dos seus clientes.

As metodologias de medição da QoS no acesso à Internet fornecem garantias sobre a capacidade de uma rede, produzindo resultados comparáveis. Têm vindo a ser adoptadas devido à crescente preocupação e necessidade de responsabilização por parte dos reguladores de comunicações. A publicação dos resultados é também uma proposta de eficiência, que visa suprir as necessidades de confiabilidade por parte dos utilizadores comuns.

É porém necessário compreender o porquê de ainda nos dias de hoje se continuar a falar na Internet sem que haja uma clara noção, por parte de todos os envolvidos, de que os serviços são assegurados com sucesso e com o melhor desempenho possível. Cada vez mais, tem de se olhar para novas formas de assegurar uma qualidade de serviço que garanta que a mesma é adequada a cada tipo de tráfego e que os clientes ficam satisfeitos com os serviços prestados.

3.2 Objetivos


A plataforma de monitorização da QoS dos fornecedores de acesso à Internet a desenvolver, pressupõe a participação ativa de um utilizador comum de Internet interessado em avaliar um conjunto de métricas sobre o serviço disponibilizado pelo seu ISP.

O projeto uMeter tem como objetivos genéricos:

  • Disponibilização da funcionalidade de aferição de desempenho de rede em tempo real (“velocidade” de download e upload, traffic shaping, perda de pacotes, latência, jitter (variação na latência), entre outros);
  • Agregação dos resultados de teste para análise estatística;
  • Identificação unívoca do tipo de acesso (3G, LTE, ADSL, entre outros) e localização da realização do teste;
  • Comparação dos diferentes parâmetros da QoS medidos no acesso do utilizador, com o de outros prestadores de serviço;
  • Disponibilização de uma aplicação para desktop (Windows, MAC OS X e Linux) e smartphones (Android e iOS) que possibilite a realização dos testes de aferição da QoS do acesso à Internet.


3.3 Mais-valias do projeto


Este projeto tem como foco, tanto os reguladores do setor das comunicações de cada país como os utilizadores finais. A adesão à plataforma vem permitir:

  • Aumentar a fiabilidade dos dados de medição;
  • Apoiar a decisão do consumidor final, aquando da escolha do fornecedor de Internet;
  • Ser uma ferramenta valiosa para os reguladores de comunicações, que desta forma podem defender os interesses dos consumidores e aplicar as devidas/justas penalizações perante os fornecedores que estejam a infringir as regras contratuais de acesso à Internet.


3.4 Principais características

  • Plataforma Web de SelfCare e de Administração:

o    Perfis de acesso diferenciados;
o    Histórico de medições de uma ligação;
o    Possibilidade de comparação do histórico de uma ligação com serviços equivalentes por outros ISP na mesma área de acesso;

  • Mecanismo de identificação unívoca de um acesso à Internet;
  • Geração de relatórios estatísticos;
  • Aplicação para desktop (Windows, MAC OS e Linux) e smartphones (Android e iOS);
  • Aferição dos seguintes indicadores de rede:

o    Latência, jitter (variação na latência) e perda de pacotes;
o    Velocidade de download/upload;
o    Traffic shaping;
o    Tempo de acesso e carregamento de páginas Web.


4. Resultados esperados

O projeto uMeter QoS encontra-se em fase de desenvolvimento de uma plataforma que pretende agregar dados concretos e mensuráveis do acesso à Internet por parte de utilizadores comuns. Pretende-se que seja uma plataforma de medição destinada a reguladores de comunicações, que podem desta forma ter um maior controlo sobre o acesso à Internet em ambientes residenciais e, por outro lado, garantir aos utilizadores que os serviços contratados são respeitados, ajudando-os a fazerem escolhas mais assertivas aquando da escolha de serviços de Internet.


5. Links

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT , consulte o menu Áreas/Os Projetos em que Apoiamos.

Conheça o projeto Enercork - Valorização energética do resíduo pó de cortiça

27.05.2014
  • I&DT

Equacionar a implementação de um novo sistema de conversão de energia que permitisse maximizar a produção de energia térmica a partir do combustível de biomassa (pó de cortiça) e aproveitar parte dela para a produção de energia elétrica (cogeração) foi o principal objetivo deste projeto.

Enercork


1. Ficha do projeto


> Designação: ENERCORK - Valorização energética do resíduo pó de cortiça

> Promotor: SEDACOR – Sociedade exportadora de artigos de cortiça, LDA

> Instrumento de apoio: Sistema de Incentivos à I&DT

> Área de Intervenção: Sistemas Energéticos e Novas Formas de Energia

> Investimento Elegível: 33.300 €

> Incentivo: 24.975 €

> Entidade prestadora do serviço: INEGI – Instituto de engenharia Mecânica e Gestão Industrial


2. Apoio do COMPETE


Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o projeto Enercork envolveu um investimento elegível de 33.300 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 24.795 euros.

Segundo José Carlos Martins, Diretor Financeiro, é “de realçar o excelente trabalho desenvolvido pelo INEGI, bem como esta medida de apoio enquadrada no Programa COMPETE, visto terem sido muito importantes, para que a SEDACOR pudesse tomar uma decisão consciente dos prós e dos contras inerentes numa fase embrionária do processo de investimento”.



3. Descrição do projeto


3.1 Enquadramento


A SEDACOR é uma empresa pertencente ao grupo JPS Cork fundada em 1924. Desde dessa data mantém a sua atividade no ramo da cortiça. Tem uma base familiar em que os elementos controlam e respondem pessoalmente pela aquisição da matéria-prima, transformação e comercialização dos produtos.

Esta empresa está dotada de meios tecnológicos e humanos de modo assegurar melhorias contínuas nos seus produtos finais, tendo como resultado final a certificação de alguns processos.

É importante referir que, nas perspetivas ambiental e energética, a SEDACOR apresentava uma elevada produção de resíduos e uma forte dependência energética.

Assim sendo, dado este contexto, a visão integrada da SEDACOR requereu um incremento da valorização energética dos seus resíduos e, por outro lado, a diminuição da dependência energética e a diminuição das emissões carbónicas das atividades da empresa.

Esse anseio tornou-se mais pertinente dada a mudança do paradigma energético e, a par disso, um aumento dos custos em energia pelo que se torna imperativa a necessidade de promover a eficiência energética e a consequente redução de custos energéticos das empresas com consumos intensivos, sobretudo quando advém de valorização de resíduos que se não fossem recuperados, seriam desperdiçados com custos extras tanto a nível económico, como ambiental.

Para o efeito a SEDACOR equacionou a implementação de um novo sistema de conversão de energia que permitisse maximizar a produção de energia térmica a partir do combustível de biomassa (pó de cortiça) e aproveitar parte dela para a produção de energia elétrica (cogeração) com um benefício esperado a nível de redução de consumo elétrico e de diminuição de emissões carbónicas.
Numa primeira etapa foram desenvolvidos estudos de viabilidade técnico-científica da tecnologia a adotar na conversão de energia, através da aquisição de serviços de I&DT ao INEGI.

A adequabilidade da atividade do INEGI a este projeto decorreu de que o instituto tem vindo a desenvolver uma importante atividade na área das energias alternativas, nomeadamente energia eólica, no vetor energético Hidrogénio, nos biocombustíveis, energia solar fotovoltaica, biomassa (queima de biomassa em leitos fluidizados, conversão energética), na área de secagem e transporte pneumático de rolhas de cortiça, ensaios de explosividade de pós de cortiça, entre outros.

Para além disso, o INEGI alargou o âmbito da sua intervenção, incorporando outras áreas intimamente ligadas a estas, passando a posicionar-se como fornecedor de soluções tecnológicas no âmbito do Desenvolvimento Sustentável. Neste âmbito tem um grupo especialmente dedicado à área da eficiência energética em edifícios e indústria.

3.2 Conceito e metodologia


O projeto teve o propósito principal de avaliar a adequabilidade da tecnologia da utilização de queimador pirolítico rotacional para combustão do pó de cortiça.

A investigação do processo a uma escala laboratorial foi de extrema importância devido ao facto de existirem muitos parâmetros que influenciam o rendimento da combustão e, por sua vez, a implementação no processo final.

Para tal, é necessário fazer uma caracterização detalhada do tipo de resíduo, (análise da composição física e química, granulometria das partículas e poder calorífico) de forma a proceder às devidas afinações no processo de queima proposto e de forma a se viabilizar esta tecnologia a uma escala piloto em termos eficiência económica e ambiental.

Segundo alguns estudos, a tecnologia de queima proposta apresenta inúmeras vantagens relativamente às tecnologias comercialmente disponíveis, principalmente na queima de partículas finas e do teor de NOX, NO e SO2 nos gases de combustão.

O tipo de resíduo proposto para queima apresentava uma elevada percentagem de finos, o que realça mais o emprego deste tipo de tecnologia.

Em alternativa, e para comparação, foram realizados ensaios da combustão em leito fluidizado borbulhante e circulante.

3.3 Objetivos


Sistematizando, o projeto Enercork propôs-se à:

 

  1. Elaboração de diagnóstico energético da empresa SEDACOR;
  2. Caracterização detalhada do resíduo pó de cortiça;
  3. Avaliação experimental de viabilidade de uma tecnologia para valorização energética do resíduo pó de cortiça;
  4. Implementação de estudos de viabilidade económica.


3.4 Fases


Em termos metodológicos o projeto organizou-se em 6 fases, nas quais foram realizadas as seguintes tarefas:

Fase 1 - Diagnóstico energético da SEDACOR
•    Avaliação sumária dos consumos energéticos da empresa e inventário dos diferentes processos consumidores de eletricidade e calor.

Fase 2 - Caracterização do combustível
•    Determinação de parâmetros físico-químicos
•    Determinação do poder calorífico, granulometria, teor de humidade, densidades, composição química.

Fase 3 - Ensaios de combustão do resíduo em leito fluidizados (borbulhante e circulante) e queimador rotacional à escala laboratorial (segundo a patente)
•    Verificação da influência da variação de parâmetros como temperatura, razão ar/combustível, alturas do leito, geometria do distribuidor e injetor, taxas de recirculação e número de rotação (SWIRL).
•    Análise dos gases de combustão (CO2, CO, NOX, O2, SOX, Compostos orgânicos voláteis) e das emissões sob a forma de suspensões de partículas nas quais poderão existir contaminantes, como metais alcalinos ou halogéneos.
•    Otimização do funcionamento
   
Fase 4 - Pré-avaliação da exequibilidade da valorização energética do resíduo de cortiça segundo as tecnologias analisadas.
•    Análise dos resultados obtidos em escala laboratorial e avaliação e geração de conceitos para adequabilidade da utilização da tecnologia disponível às condições existentes.

Fase 5 - Viabilidade económica e energética do processo
•    Estudos de retorno previsível de investimento (contando com análise de potenciais retornos recorrentes do mercado de créditos de Carbono) e análise energética do processo tendo em conta uma unidade de cogeração (produção de calor e energia elétrica).

Fase 6 - Pré dimensionamento para unidade piloto.
•    Pré-dimensionamento da instalação tendo em conta o processo de transporte dos resíduos, combustão, secagem e geração de energia elétrica.

De notar que, dada a dimensão possível do trabalho e visto este ter como principal intuito uma fundamentação para tomada de decisão para um futuro projeto de investimento, o trabalho incidiu apenas na combustão da biomassa por este ser o processo em que poderão surgir as principais barreiras.

4. Conclusões


Segundo José Carlos Martins, Diretor Financeiro, aquando a candidatura:
•    “A empresa tinha um consumo elevadíssimo de eletricidade (mensalmente cerca de 450 000 kWh de energia eléctrica);
•    Da sua atividade industrial a SEDACOR (unidade de São Paio de Oleiros) resultava uma elevada quantidade de resíduos (11 t/dia de pó de cortiça);
•    Em termos de energia térmica era na altura, em grande parte fornecida através da queima dos resíduos de pó de cortiça, provenientes da sua atividade industrial;
Na altura equacionou-se a possibilidade de implementar um novo sistema de conversão de energia que permitisse maximizar a produção de energia térmica a partir do combustível de biomassa (pó de cortiça) e de aproveitar parte dela para a produção de energia elétrica (coogeração) com um benefício esperado a nível de redução de consumo elétrico e de diminuição de emissões carbónicos (algo que poderia, eventualmente, ser valorizado no âmbito da legislação através de atribuição de créditos de carbono uma vez que seria considerado um processo neutro em carbono).
Nesse sentido, de modo a minimizar o risco de um potencial projeto de investimento, a SEDACOR decidiu, numa primeira etapa, desenvolver estudos de viabilidade técnico-científica da tecnologia a adotar na conversão de energia, através da aquisição de serviços de I&DT ao INEGI com subsequente transferência de conhecimento.
A adequabilidade da atividade do INEGI para este projeto foi óbvia, dado que o instituto desenvolve uma importante atividade na área das energias alternativas, nomeadamente energia eólica, biocombustíveis, fotovoltaica, biomassa (queima de biomassa em leitos fluidizados, conversão energética), na área de secagem e transporte pneumático de rolhas de cortiça, ensaios de explosividade de pós de cortiça, entre outros.
Para além disso, possuía um grupo especialmente dedicado à área da eficiência energética em edifícios e indústria.
O que daqui resultou foi a constatação da necessidade de um investimento demasiado elevado, aliado ao facto da necessidade de garantir uma quantidade de resíduo de cortiça (Pó de cortiça) bastante superior àquela que a empresa produzia, a fim de garantir a rentabilidade do investimento. Neste sentido, a sociedade decidiu parar por aqui e não avançar com o investimento”.
Não obstante, os pilares de resposta à meta da União Europeia de reduzir em 20% as emissões de gases poluentes até 2020 passam pela diversificação das fontes energéticas e dos seus produtores.
Nesse sentido torna-se importante cada empresa atuar no sentido da contribuição da concretização desses objetivos na lógica de "pensar globalmente, atuar localmente
".

Porém, para além da importância global das questões inerentes à valorização energética dos resíduos, a promoção da sustentabilidade industrial e da eficiência energética são fatores que trazem benefícios claros e a curto prazo às empresas.


5. Links

Site

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SIAC, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/SIAC/Projetos que Apostamos".
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos". 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

SipdECO – Soluções Inovadoras de Paredes Divisórias ECO-eficientes

13.05.2014
  • I&DT

Sistema não estrutural de paredes divisórias compostas por blocos de material compósito que resulta da combinação de diferentes subprodutos da indústria, nomeadamente cortiça, gesso e fibras têxteis resultantes da reciclagem de pneus. Este sistema resulta num produto final viável e competitivo em termos de desempenho, preço, flexibilidade e amigo do ambiente.

Enquadramento

As alterações climáticas e a consciencialização de que os recursos energéticos postos à disposição do homem são limitados, têm vindo a contribuir para o desenvolvimento de novos produtos, técnicas e soluções mais económicas no que respeita à poupança de energia em diversas áreas da ciência e tecnologia.


Na área da Engenharia Civil, os edifícios representam uma parte significativa do consumo energético global, havendo por isso a necessidade do desenvolvimento de produtos e soluções que minimizem gastos energéticos.


O conceito relativamente recente de construção sustentável baseia-se essencialmente na obtenção de soluções construtivas com base em novos materiais que privilegiem a utilização de matérias-primas naturais no seu fabrico, promovendo por exemplo a conservação da floresta, e que sejam eficazes na poupança de energia, mantendo ou melhorando padrões de conforto dos utilizadores.


Apoio do COMPETE
A candidatura apresentada no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT mereceu o apoio do COMPETE com um investimento elegível de 274 mil Euros correspondendo a um incentivo FEDER de 187 mil Euros.


O Sipdeco trata-se de um projeto de investigação industrial que pretende adquirir capacidades conducentes ao desenvolvimento e criação de novos produtos, que no caso concreto permitissem encontrar soluções que conduzissem a uma construção mais sustentável.


Para os responsáveis do projeto “Este só foi possível com o apoio do COMPETE, possibilitando a criação de um novo produto correspondente a um bloco que resulta da combinação de diferentes subprodutos industriais e que pode ser utilizado em paredes divisórias, contribuindo assim para uma construção mais sustentável”.


Promotores
O projeto, liderado pela Sofalca - Sociedade Central de Produtos de Cortiça, Lda, foi promovido por um consórcio de 3 empresas e uma unidade de SCT que se complementam, quer em termos de área de intervenção, quer em termos de capacidade de investigação:

 

  • Universidade do Minho
  • Biosafe- Industria de Reciclagens, S.A
  • PEGOP - Energia Eléctrica S.A

 


Projeto | SipdECO
Trata-se de um projeto que pretende desenvolver uma solução de paredes divisórias com incorporação de granulado de cortiça, gesso e fibras têxteis resultantes da reciclagem de borracha de pneus.


O objetivo é criar um sistema não estrutural de paredes divisórias compostas por blocos monolíticos de um material compósito que resulta da combinação de granulado de cortiça e as fibras têxteis resultantes da reciclagem de pneus e gesso.


Vantagens dos materiais utilizados
O gesso possui uma alta resistência ao fogo contribuindo assim para a segurança de todos os edifícios públicos e residenciais. Em termos de qualidade do ambiente interior, o gesso permite manter a humidade interior dentro de valores adequados, uma vez que este material tem capacidade para absorver humidade à medida que a concentração de humidade no ar interior aumenta e de a libertar quando esta diminui.


Estruturalmente e de acordo com os trabalhos experimentais já desenvolvidos verifica-se que a introdução do regranulado de cortiça diminui significativamente a resistência mecânica dos blocos de gesso, nomeadamente à compressão e à flexão. Neste sentido, a introdução de fibras longas de têxteis de pneu melhoram o comportamento à flexão.
 
Para além disso, a introdução das fibras têxteis complementam o efeito positivo do regranulado de cortiça ao nível do comportamento térmico dos blocos e consequentemente das paredes divisórias.
De acordo com trabalhos experimentais realizados anteriormente prevê-se que a introdução de materiais como as fibras têxteis e regranulado de cortiça, permita melhorar as propriedades de isolamento sonoro a sons de condução aérea deste produto, em relação às soluções convencionais de alvenaria de tijolo furado. Pretende-se ainda que o novo produto constitua uma boa solução em termos acústicos, que conduza à melhoria do conforto do ambiente interior e que permita a sua utilização em paredes entre fogos, divisórias interiores de fogos ou no pano interior de paredes exteriores.


Sustentabilidade
Para além das questões relacionadas com os requisitos funcionais deste tipo de divisórias e tratando-se de uma solução inovadora , pretende-se que ela seja o mais sustentável possível, nomeadamente que vá de encontro a vantagens ambientais e económicas.


Em termos ambientais, o novo produto apresenta vantagens evidentes em relação às soluções convencionais, pois utiliza subprodutos de processos industriais nacionais:

  • O gesso - subproduto que resulta da dessulfuração de fases de combustão de uma central termoeléctrica;
  • O regranulado de cortiça - tem origem no aproveitamento da falca, cortiça obtida da limpeza periódica dos sobreiros;
  • E as fibras têxteis - resultam do processo de reciclagem dos pneus.

Desta forma, esta solução permite a valorização através da reciclagem de resíduos provenientes de diversos processos produtivos.


Características da Solução SipdECO
O SipdECO é uma solução leve o que tornará as estruturas de suporte mais aprazíveis à vista, aliando todas as vantagens económicas e ambientais.


O sistema de encaixes permite a utilização de junta seca na junta vertical, o que reduz a necessidade de argamassas ou colas.


A maior leveza e a dimensões dos blocos de SipdECO permitem maior rendimento no trabalho e uma menor necessidade equipamento especializado, o que representará uma maior economia durante a fase de construção relativamente a soluções convencionais existentes no mercado.


Finalmente, o produto que se pretende desenvolver possibilitará a melhoria do desempenho energético dos edifícios, contribuindo, assim, para a redução do consumo energético e adicionalmente das emissões dos gases com efeito estufa.

 

Campos de Aplicação
Os campos de aplicação possíveis ilustram a versatilidade da solução:


- na construção residencial ou comercial nova
- em situações de reabilitação, de modo a melhorar o nível de conforto das divisões
- em casos em que se procura subdividir o espaço de forma temporária ou permanente
- em situações em que são determinantes o custo e a rapidez de montagem dos edifícios

Etapas do Projeto
A solução final do SipdECO foi o resultado do cumprimento, bem sucedido, dos objetivos traçados:

 

  1.  Definição de um bloco de forma e dimensões adequadas a serem utilizadas na construção das paredes
  2. Definição da mistura óptima para a produção do bloco
  3. Definição da tecnologia de produção dos blocos
  4. Validação mecânica, térmica e acústica dos blocos e paredes
  5. Definição da estratégia de exploração de resultados e registo do produto

Investigação portuguesa quer melhorar o processo de diagnóstico do cancro da mama

14.04.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o projeto “BCS” pretende desenvolver uma ferramenta inovadora, essencial para aumentar a produtividade e eficiência dos processos de rastreio e diagnóstico do cancro da mama através de mamografias, contribuindo desta forma para uma melhor medicina e melhor qualidade de vida das mulheres.

Logo BCS
Logo BCS

1. Ficha Resumo

Acrónimo:   BCS 
Designação:

Sistemas Automáticos de Auxílio ao Rastreio e Diagnóstico do Cancro da Mama Integrados em Sistemas PACS

Principais Estratégias: • Entrada em novos mercados
• Alargamento da gama de bens ou serviços
Áreas Tecnológicas: • Tecnologias da Informação e Telecomunicações (TIC)

2. Síntese

O cancro da mama é um problema de saúde pública mundial e, apesar de não ser dos mais letais, tem uma alta incidência e uma alta mortalidade, sobretudo na mulher. No caso do cancro da mama, a mamografia é atualmente considerada, a nível mundial, o melhor método de exame para o rastreio e a ferramenta mais eficaz para a deteção precoce desta doença.

Não existe ainda, para o caso genérico da imagiologia médica e particular do cancro da mama, uma solução comercial disponível no mercado baseada num sistema automático de apoio à decisão.

O projeto BCS, realizado em parceria entre a empresa Emílio de Azevedo Campos, SA (EAC) e duas entidades do Sistema Científico e Tecnológico – a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Universidade de Coimbra (UC) – propõe, assim, o desenvolvimento de uma ferramenta inovadora essencial para aumentar a produtividade e eficiência dos processos de rastreio e diagnóstico do cancro da mama, contribuindo desta forma para uma melhor medicina e melhor qualidade de vida das mulheres.

3. Apoio do COMPETE

Tendo em vista a execução do projeto BCS, o consórcio EAC/FEUP/UC candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade para obter financiamento.

Segundo Pedro Cardoso, Diretor da Emílio de Azevedo Campos e Coordenador do projeto BCS, "a aposta na inovação iniciou-se em 2006 quando a empresa formalizou um departamento interno de I&DT, através do programa NITEC- Apoio à criação de Núcleos de I&D nas empresas. A criação deste núcleo de I&D dotou a empresa de uma capacidade pró-ativa nos domínios da investigação e desenvolvimento de novos produtos e soluções genéricas, fomentando a parceria entre a empresa e as instituições do Sistema Científico e Tecnológico, qualificando recursos humanos e preparando as bases para uma atividade de I&D contínua e estruturada ao longo do tempo."

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto envolve um investimento elegível de 301.536 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 203.820 euros.

4. Descrição

O cancro da mama é um problema de saúde pública e, apesar de não ser dos mais letais, tem uma alta incidência e uma alta mortalidade, sobretudo na mulher (apenas 1 em cada 100 cancros se desenvolvem no homem). Atualmente em Portugal com uma população feminina de 5 milhões, surgem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja 11 novos casos por dia, morrendo por dia 4 mulheres com esta doença. Para obviar a este estado calamitoso o exame clínico e a mamografia são os meios recomendados pelas organizações internacionais para um diagnóstico precoce.

Com o propósito de melhorar o processo de diagnóstico do cancro da mama através de mamografias, o projeto BCS propõe desenvolver módulos automáticos de auxílio ao rastreio e diagnóstico do cancro da mama.

No contexto de rastreio e considerando a elevada percentagem de diagnósticos negativos (> 90%) a introdução de um sistema automático de análise irá permitir acelerar o processo de decisão e retirar do fluxo de trabalho dos radiologistas uma carga significativa de trabalho rotineiro, libertando a sua atenção para os casos mais importantes.

Relativamente aos casos de diagnóstico positivo, será introduzida a identificação automática dos achados clínicos (massas, microcalcificações, etc.) e a possibilidade de pesquisa de casos passados semelhantes e com diagnóstico conhecido. Assim, o médico radiologista poderá beneficiar da identificação automática na imagem das patologias e da comparação visual com outros casos para um diagnóstico mais seguro.

Estes dois módulos serão integrados e comercializados em sistemas PACS já existentes no mercado, fabricados por empresas de referência nesta área.

5. Objetivos propostos

i. Criar uma Base de Dados Mamográfica estruturada com histórico completo do paciente, incluindo informação demográfica, exames mamográficos e relatórios de diagnóstico/biópsia. O acesso a esta informação é condição necessária para produzir mais e melhores resultados nos módulos de auxílio ao rastreio e diagnóstico.

ii. Desenvolver e integrar o módulo de auxílio ao rastreio. Considerando que em cada 1000 exames de rastreio efetuados, cerca de 93% são benignos, a disponibilização de uma ferramenta comercial de auxílio ao rastreio capaz de validar com segurança as mamografias benignas permitirá reduzir de forma substancial a carga de trabalho dos médicos especialistas e focar a sua atenção para os exames suspeitos e que potencialmente apresentam alguma anormalidade.

iii. Desenvolver e integrar o módulo de auxílio ao diagnóstico. Este módulo efetuará a identificação, nas mamografias classificadas como suspeitas (não benignas), dos vários tipos de patologias tais como massas e microcalcificações assinalando e localizando na própria imagem as descobertas. Este módulo permitirá também a pesquisa por similaridade visual para diagnóstico comparado.

iv. Produtização e integração dos módulos de auxílio ao rastreio e diagnóstico em sistemas PACS. Para alcançar este objetivo, como cada sistema PACS comercial tem especificidades e requisitos próprios, a abordagem será seletiva. No âmbito do projeto, propomos realizar a integração com o sistema PACS utilizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, Synapse da Fujifilm. O processo de exploração comercial a ser desenvolvido pós-projeto estenderá este processo de integração com outros fabricantes internacionais.

6. Ponto de Situação Atual e Resultados

O desenvolvimento do projeto BCS foi iniciado em Julho de 2013 estando prevista a sua conclusão para o final de Junho de 2015.

Conforme o previsto, foram realizados todos os estudos preliminares, que se iniciaram em Julho e terminaram no final de Novembro de 2013.

As tarefas de especificações técnicas tiveram início em Novembro de 2013, estando neste momento já em curso as atividades de desenvolvimento.

7. Links

Site EAC | http://www.eacampos.pt/gca/index.php?area=solucoes&id=322

Transmedia

08.04.2014
  • Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters

COMPETE apoia projeto de I&DT que responde às novas tendências audiovisuais, ditadas pela exigência dos consumidores por conteúdos personalizados e multiplataforma.

Projeto Transmedia | Beat Grirl
Projeto Transmedia | Beat Grirl
  1. Síntese

Já se imaginou a ver um episódio no seu smartphone, fazer uma pausa e terminar a visualização do episódio na sua televisão?

Agora já é possível graças ao projeto “Transmedia” no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico) do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

O projeto “Transmedia” pretendeu investigar e desenvolver tecnologias que permitissem facilitar e simplificar a distribuição de conteúdos em múltiplas plataformas e aumentar a competitividade do sector das indústrias criativas, cujo volume de exportações tem vindo a aumentar nos últimos anos. 

1.1 Tendências

Os hábitos dos consumidores mudaram radicalmente, não só dos adolescentes, mas de uma grande parte da população. As redes sociais, os serviços de gravação digital, o Replay TV (acesso aos programas emitidos nos últimos 7 dias), o vídeo a pedido, não só na aparelho de Televisão, mas nos telemóveis, tablets e computadores, são cada vez mais populares.

Vivemos uma nova era da experiência televisiva. Cada vez esta atividade é menos linear, e mais a pedido e multiplataforma. Programas de TV, filmes, informação adicional são consumidos em dezenas de plataformas e dispositivos, normalmente, de uma forma assíncrona. Cada espectador cria a sua própria experiência de televisão personalizada.

1.2 Âmbito do projeto

A pensar nesta mudança de paradigma e naquilo que será a evolução dos espectadores ao longo da próxima década, a beActive lançou o projeto “Transmedia”.

Pretendeu-se encontrar soluções que permitissem ao espectador assistir aos conteúdos produzidos e distribuídos pela empresa em qualquer lugar e em qualquer dispositivo, criando uma experiência personalizada de entretenimento. A beActive pretendeu, assim, desenvolver toda uma experiência interativa e a pedido, pensada para o mercado global.

O espectador pode seguir as suas séries favoritas, aceder a conteúdos extra, ser alertado quando novos episódios estão disponíveis e ter uma experiência realmente multiplataforma, ou seja, pode começar a ver um episódio no seu smartphone (por exemplo na viagem do metro), fazer uma pausa e terminar a visualização do episódio na sua televisão.

Através do projeto “Transmedia”, a empresa visou criar competências tecnológicas que pudessem contribuir para o desenvolvimento e internacionalização do sector das indústrias criativas, nomeadamente a da produção de conteúdos audiovisuais.

Os novos produtos, serviços e soluções de valorização de subprodutos decorrentes da execução deste projeto de I&DT, em muito contribuíram para chegar a novos clientes, especialmente neste mercado global cada vez mais competitivo.

 

2.     O projeto “Transmedia”

2.1 Enquadramento no COMPETE

Apoiado pelo COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, o projeto envolveu um investimento elegível de 993 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 538 mil euros.

O “Transmedia” inseriu-se nas estratégias de eficiência colectiva, tendo-se enquadrado no Cluster das Indústrias Criativas da Região Norte, nomeadamente por a atividade da empresa compreender o desenvolvimento de produtos/serviços criativos inovadores e competitivos no mercado e o desenvolvimento de modelos de negócio criativos.

2.2 Testemunho do Promotor

Segundo as palavras de Nuno Bernardo, Diretor-geral da beActive, "o apoio do COMPETE foi muito importante para a materialização deste projeto. Sendo o “Transmedia” uma nova área dentro da indústria do entretenimento em Portugal, que procura ainda estabelecer a sua linguagem e seu modelo de negócios, é crucial o apoio das ações de investigação e desenvolvimento nesta atividade. A indústria dos conteúdos é atualmente uma das mais importantes a nível mundial, alavancada pelo novo paradigma de distribuição de conteúdos, pelo que é crucial que Portugal se coloque no pelotão da frente no que refere às novas metodologias de distribuição de filmes, mini séries, programas de televisão, videojogos assentes em plataformas digitais e Internet que possam alcançar audiências em todo o Mundo."

2.3 Ficha Resumo

Acrónimo:    “Transmedia”   
Principais Estratégias:
  • Alargamento da gama de bens ou serviços  
  • Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado
  • Maior flexibilidade de produção ou de fornecimento de serviços
Áreas Tecnológicas:
  • Processos Tecnológicos
  • Sistemas de informação

 

2.4 Descrição

O projeto consistiu em atividades de investigação industrial e de desenvolvimento experimental, apostando em investigação crítica e planeada destinada à aquisição de novos conhecimentos para o desenvolvimento de novos produtos e serviços relacionados com recolha, tratamento e difusão de informação através de diferentes redes de informação digitais.

- Objetivos

O trabalho de investigação visou os seguintes objetivos específicos:

  1. Criar uma ferramenta denominada “Transmedia Dashboard”;
  2.  Criar uma ferramenta denominada “Machinima”;
  3. Consolidar a presença física da empresa em mercados externos através da abertura de filiais, e presença regular em eventos de carácter internacional no sector.

- Metas

O projeto teve três metas distintas.

  1. A primeira foi a conclusão da sua plataforma “Transmedia Dashboard” e numa primeira fase incorporá-la no desenvolvimento de produções ou coproduções de conteúdos, para multi aplicações e multiplataformas.
  2. A segunda meta é a de concluir o seu sistema “Machinima” e licenciar a sua utilização pública minimizando os custos para o utilizador final. O sistema “Machinima” permite aos seus utilizadores criarem vídeos de animação 3D com um alto nível de qualidade mas sem as limitação de copyright atualmente existentes.
  3. A terceira meta é a de reforçar a presença da empresa em mercados internacionais, designadamente Estados Unidos da América, Brasil e Reino Unido, no que respeita à comercialização de direitos sobre estes produtos de alto valor acrescentado e incorporação tecnológica que desenvolverá, participando nos principais eventos da indústria dos conteúdos digitais e realizando um trabalho de relações públicas que promova o trabalho da empresa nos principais meios de comunicação internacionais e promovendo a empresa como “speaker” nos eventos.

2.5 Resultados

Os resultados do projeto são, pela sua natureza inovadores, com elevado potencial de novidade e originalidade:

  • O projeto “Transmedia” é uma forma inteiramente nova e original de potenciar a utilização da Web e da diversidade de plataformas de difusão de informação, de uma forma eficaz e optimizadora de recursos. O produtor de conteúdos apenas terá de se preocupar com a produção dos mesmos e o “Transmedia Dashboard” irá simplificar a distribuição destes conteúdos nas diferentes plataformas digitais: Web, Connected TV, Mobile, Tablets, Blogs, Redes Sociais, entre outros, de uma forma programa e integrada.
  • Os novos conteúdos resultam da aplicação de métodos de investigação e desenvolvimento sobre padrões e rastreabilidade de dados em ambiente Web, que tem pouca ligação com padrões anteriores existentes no mercado relativamente a tecnologias similares.
  • As inovações foram disruptivas considerando o atual estado da arte no sector, e no que respeita o desenvolvimento de sistemas com estas características.
  • O projeto criou novas metodologias de investigação e desenvolvimento para conceber novos produtos e serviços totalmente originais e inovadores.
  • O sistema “Machinima” permite uma evolução no desenvolvimento da tecnologia de criação de mundos virtuais, importação de dados de personagens, ambientes e objetos de outros mundos virtuais, permitindo a democratização da utilização destas funcionalidades pelos utilizadores, eliminando um dos problemas da “Machinima” atual, o facto destas criações infringirem leis de copyright.

A validação das soluções desenvolvidas no âmbito deste projeto e a capacidade de poder tirar partido dos resultados da sua execução é para a beActive uma oportunidade de negócio inovadora, que lhe permite manter-se como uma das empresas mais inovadoras relativamente a conteúdos “Transmedia” e colher novas oportunidades nas vertentes dos produtos e dos serviços de maior tecnologia.

Este trabalho pode-se já comprovar com as duas recentes nomeações para os prémios EMMY, uma na categoria de conteúdos digitiais, produção que beneficiou já dos resultados do trabalho de I&DT realizado no âmbito do projeto “Transmedia”.

3. Links

http://www.beactivemedia.com/transmedia/

 

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos".
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Investigação portuguesa licencia um novo medicamento para a doença de Parkinson

01.04.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Opicapone, produto de investigação da farmacêutica BIAL, será desenvolvido e comercializado no Japão pela ONO.

1. Ponto de situação

1.1 Licenciamento

A BIAL licenciou, em exclusivo, à japonesa Ono Pharmaceutical Co. o desenvolvimento e comercialização no Japão de um novo medicamento para a doença de Parkinson, o Opicapone (nome de código BIA 9-1067).

Trata-se do segundo medicamento de patente portuguesa, depois de a BIAL ter lançado o Zebinix® (acetato de eslicarbazepina), o primeiro remédio made in Portugal para o tratamento da epilepsia e já comercializado em vários  mercados europeus.

Esta é a primeira vez que a empresa concretiza um acordo de licenciamento para o Japão, que é o terceiro maior mercado farmacêutico, depois dos EUA e da União Europeia.

De acordo com António Portela, CEO de BIAL, “é um momento histórico e significativo para BIAL e de grande satisfação para toda a nossa equipa. Nós fomos capazes de criar e desenvolver um segundo medicamento de investigação própria, confirmando as nossas capacidades científicas e técnicas e criando confiança na sustentabilidade do nosso projeto de I&D”. Acrescentando que “depois deste licenciamento para o mercado japonês, devemos concentrar-nos em encontrar os parceiros ideais para os EUA e a Europa”.

Com este acordo de licenciamento, a ONO fará a BIAL um pagamento inicial, a que acrescem novas parcelas no seguimento do desenvolvimento deste fármaco no Japão e da sua performance comercial.

Com sede em Osaka, a ONO é uma empresa farmacêutica de investigação orientada para o desenvolvimento de medicamentos inovadores em áreas específicas (informações em www.ono.co.jp).

1.2 Medicamento

O Opicapone encontra-se em fase III de ensaios clínicos (testes confirmatórios que visam provar a eficácia, determinar a tolerabilidade e a segurança do futuro medicamento). Está a ser desenvolvido como terapêutica adjuvante da levodopa, fármaco de maior eficácia na terapêutica sintomática da doença de Parkinson. Depois de finalizados os ensaios de fase III, seguir-se-á o registo junto das autoridades regulamentares e a posterior aprovação para introdução no mercado.

Com a evolução da doença, os doentes de Parkinson desenvolvem o fenómeno “wearing off” (deterioração de fim de dose), em que a duração do efeito da levodopa é diminuída. Para responder ao fenómeno “wearing off” é utilizada terapêutica adjuvante para manter ou aumentar o efeito da levodopa. Os fármacos inibidores da COMT (catecol-O-metiltransferase), como este novo produto BIAL, têm sido amplamente utilizados para prolongar a duração dos efeitos da levodopa.
Nos estudos clínicos, o Opicapone demonstrou um aumento na exposição sistémica à levodopa e uma ação de longa duração na inibição da COMT, em toma única diária.

1.3 Acerca da Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central caracterizada pela presença de bradicinesia (lentificação dos movimentos), trémulo, rigidez muscular e alterações posturais.

As manifestações clínicas iniciam-se habitualmente a partir dos 50 anos (a idade média de diagnóstico da doença situa-se por volta dos 60 anos), aumentando a incidência com a idade. A prevalência é estimada em 300 por 100.000 habitantes, aumentando de 1/100 acima dos 55-60 anos.

As estratégias terapêuticas disponíveis têm em vista a melhoria dos sintomas e sinais da doença e o retardar da sua progressão.

2. BIAL continua a investir em novas soluções terapêuticas

A comemorar o seu 90º aniversário, BIAL tem na investigação de novas soluções terapêuticas a base da sua expansão internacional.

Para além do desenvolvimento do Opicapone, BIAL continua com o seu programa de desenvolvimento do antiepilético Zebinix® (acetato de eslicarbazepina), procurando novas indicações terapêuticas, nomeadamente a sua utilização como monoterapia e em pediatria.

Zebinix® (acetato de eslicarbazepina) foi aprovado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) para todos os países da União Europeia, em Abril de 2009, para o tratamento adjuvante de adultos com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária. Atualmente, este antiepilético está a ser comercializado em vários países europeus, entre os quais o Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Portugal.

Nos últimos anos BIAL tem canalizado anualmente mais de 40 milhões de euros para I&D, que está centrada no sistema nervoso central, no sistema cardiovascular e no tratamento de alergias.
Simultaneamente mantém-se em curso o processo de internacionalização da companhia que hoje tem produtos em mais de 50 países.

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos".
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação 

Investigação portuguesa licencia um novo medicamento para a doença de Parkinson

01.04.2014
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Opicapone, produto de investigação da farmacêutica BIAL, será desenvolvido e comercializado no Japão pela ONO.

BIAL
BIAL

1. Ponto de situação

1.1 Licenciamento

A BIAL licenciou, em exclusivo, à japonesa Ono Pharmaceutical Co. o desenvolvimento e comercialização no Japão de um novo medicamento para a doença de Parkinson, o Opicapone (nome de código BIA 9-1067).

Trata-se do segundo medicamento de patente portuguesa, depois de a BIAL ter lançado o Zebinix® (acetato de eslicarbazepina), o primeiro remédio made in Portugal para o tratamento da epilepsia e já comercializado em vários  mercados europeus.

Esta é a primeira vez que a empresa concretiza um acordo de licenciamento para o Japão, que é o terceiro maior mercado farmacêutico, depois dos EUA e da União Europeia.

De acordo com António Portela, CEO de BIAL, “é um momento histórico e significativo para BIAL e de grande satisfação para toda a nossa equipa. Nós fomos capazes de criar e desenvolver um segundo medicamento de investigação própria, confirmando as nossas capacidades científicas e técnicas e criando confiança na sustentabilidade do nosso projeto de I&D”. Acrescentando que “depois deste licenciamento para o mercado japonês, devemos concentrar-nos em encontrar os parceiros ideais para os EUA e a Europa”.

Com este acordo de licenciamento, a ONO fará a BIAL um pagamento inicial, a que acrescem novas parcelas no seguimento do desenvolvimento deste fármaco no Japão e da sua performance comercial.

Com sede em Osaka, a ONO é uma empresa farmacêutica de investigação orientada para o desenvolvimento de medicamentos inovadores em áreas específicas (informações em www.ono.co.jp).

1.2 Medicamento

O Opicapone encontra-se em fase III de ensaios clínicos (testes confirmatórios que visam provar a eficácia, determinar a tolerabilidade e a segurança do futuro medicamento). Está a ser desenvolvido como terapêutica adjuvante da levodopa, fármaco de maior eficácia na terapêutica sintomática da doença de Parkinson. Depois de finalizados os ensaios de fase III, seguir-se-á o registo junto das autoridades regulamentares e a posterior aprovação para introdução no mercado.

Com a evolução da doença, os doentes de Parkinson desenvolvem o fenómeno “wearing off” (deterioração de fim de dose), em que a duração do efeito da levodopa é diminuída. Para responder ao fenómeno “wearing off” é utilizada terapêutica adjuvante para manter ou aumentar o efeito da levodopa. Os fármacos inibidores da COMT (catecol-O-metiltransferase), como este novo produto BIAL, têm sido amplamente utilizados para prolongar a duração dos efeitos da levodopa.
Nos estudos clínicos, o Opicapone demonstrou um aumento na exposição sistémica à levodopa e uma ação de longa duração na inibição da COMT, em toma única diária.

1.3 Acerca da Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central caracterizada pela presença de bradicinesia (lentificação dos movimentos), trémulo, rigidez muscular e alterações posturais.

As manifestações clínicas iniciam-se habitualmente a partir dos 50 anos (a idade média de diagnóstico da doença situa-se por volta dos 60 anos), aumentando a incidência com a idade. A prevalência é estimada em 300 por 100.000 habitantes, aumentando de 1/100 acima dos 55-60 anos.

As estratégias terapêuticas disponíveis têm em vista a melhoria dos sintomas e sinais da doença e o retardar da sua progressão.

2. BIAL continua a investir em novas soluções terapêuticas

A comemorar o seu 90º aniversário, BIAL tem na investigação de novas soluções terapêuticas a base da sua expansão internacional.

Para além do desenvolvimento do Opicapone, BIAL continua com o seu programa de desenvolvimento do antiepilético Zebinix® (acetato de eslicarbazepina), procurando novas indicações terapêuticas, nomeadamente a sua utilização como monoterapia e em pediatria.

Zebinix® (acetato de eslicarbazepina) foi aprovado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) para todos os países da União Europeia, em Abril de 2009, para o tratamento adjuvante de adultos com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária. Atualmente, este antiepilético está a ser comercializado em vários países europeus, entre os quais o Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Portugal.

Nos últimos anos BIAL tem canalizado anualmente mais de 40 milhões de euros para I&D, que está centrada no sistema nervoso central, no sistema cardiovascular e no tratamento de alergias.
Simultaneamente mantém-se em curso o processo de internacionalização da companhia que hoje tem produtos em mais de 50 países.

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos".
 
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
 
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação 

Ecofachada | Um projeto decorrente de uma parceria de sucesso entre a indústria e a investigação científica

25.03.2014
  • Pólos e Clusters
  • I&DT

Desenvolvido pela empresa Prégaia em copromoção com a Universidade de Coimbra, o projeto teve por objetivo o desenvolvimento de um novo produto – painéis de fachada prefabricados em betão geopolimérico.

Projeto Ecofachada:
Projeto Ecofachada:

Projeto Ecofachada: Painéis de Fachada em Betão Eco-Eficiente de Base Geopolimérica com Incorporação de Resíduos

Síntese

Garantir a sustentabilidade do sector da construção é uma prioridade para todos os intervenientes, empresas, técnicos e investigadores.

O supracitado projeto procurou contribuir para este desígnio através da produção de painéis de fachada, os quais melhoram substancialmente o comportamento térmico das construções, e utilizando um betão eco eficiente, o qual consiste na substituição do cimento Portland por um resíduo, como as cinzas volantes, as escórias de alto-forno ou qualquer outro resíduo rico em sílica e alumina reativas. Deste modo, reduz-se significativamente a emissão de CO2 por m3 de betão produzido porque, além da redução da poluição inerente à produção das matérias-primas, promove-se a reciclagem de subprodutos industriais.

Trata-se de um projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT) liderado pela  empresa (Prégaia) em copromoção com a Universidade de Coimbra e teve como objetivo intensificar o esforço nacional de I&DT e a criação de novos conhecimentos com vista ao aumento da competitividade das empresas, promovendo a articulação entre estas e as entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional (SCT).

A estratégia delineada consistiu em associar e potenciar sinergias entre as competências científicas nas áreas relevantes dos membros dos promotores. A saber:

  • Prégaia, na área da composição de betões, conceção, dimensionamento e produção de painéis de fachada;
  • Universidade de Coimbra, com competências técnico-científicas nas áreas dos polímeros e betão estrutural, designadamente por intermédio dos Departamentos de Engenharia Química e de Engenharia Civil.

Ficha Resumo

Acrónimo: Ecofachada
Título: Desenvolvimento de painéis de fachada em betão eco eficiente de base geopolimérica com incorporação de resíduos
Principais Estratégias: • Alargamento da gama de bens ou serviços
• Redução do impacto ambiental e/ou melhoria da saúde, higiene e segurança no trabalho
• Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado
Áreas Tecnológicas: • Tecnologias dos Materiais
• Engenharia Química
• Tecnologias da Construção

Apoio do COMPETE

Tendo em vista a execução do projeto Ecofachada, a Prégaia candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade para obter financiamento.

Apoiado pelo supracitado Programa no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto envolveu um investimento elegível de 661 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 413 mil euros.

Este projeto teve, ainda, enquadramento sectorial e territorial no Cluster Habitat Sustentável. O Ecofachada é um projeto inovador na medida em que funciona como alavanca para a concretização da estratégia definida na EEC (Estratégia de Eficiência Colectiva) do Cluster Habitat Sustentável, sendo claro o impacto relevante na área ambiental com o desenvolvimento de produto e processo.

Âmbito

O projeto Ecofachada teve por objetivo o desenvolvimento de um novo produto: painéis de fachada prefabricados em betão geopolimérico; enquadrando-se numa área prioritária como a sustentabilidade da construção.

A utilização de painéis de fachada melhora substancialmente o comportamento térmico das construções, reduz significativamente a emissão de CO2 por m3 de betão produzido e, no caso da substituição do cimento por resíduos industriais com propriedades pozolânicas, além da redução da poluição inerente à produção das matérias-primas, promove-se a reciclagem de resíduos industriais.

Objetivos

Para atingir o objetivo pretendido, a prefabricação de painéis de fachada em betão ativado alcalinamente, foram definidos os seguintes objetivos intercalares:

(i) identificação e caracterização do subproduto industrial a adoptar, com as características adequadas ao fim em vista;

(ii) formulação e caracterização do betão eco-eficiente;

(iii) estudo da aderência entre varões de aço a betão ativado alcalinamente;

(iv) caracterização da durabilidade do betão ativado alcalinamente;

(v) conceção, dimensionamento e produção dos protótipos de painéis de fachada em betão ativado alcalinamente;

(vi) estudo do comportamento estrutural de painéis de fachada em betão ativado alcalinamente sujeitos a ações estáticas e dinâmicas;

(vii) estudo do comportamento térmico de painéis de fachada em betão ativado alcalinamente sujeitos a ações estáticas e dinâmicas;

(viii) produção, à escala industrial, de painéis de fachada em betão ativado alcalinamente;

Atividades

O Ecofachada compreendeu um conjunto de seis atividades, devidamente organizadas, integradas e sistematizadas, com um período de execução de 36 meses, sendo as três primeiras de investigação, as duas seguintes de desenvolvimento e a última de promoção e divulgação. A saber:

i) Atividade 1: Análise comparativa de geopolímeros:
Pretendeu-se identificar as vantagens e inconvenientes, do ponto de vista ambiental, técnico e económico, das diferentes matérias-primas e dos vários métodos de produção de geopolímeros e selecionar os mais adequados ao desenvolvimento do projeto.

ii) Atividade 2: Definição das especificações técnicas do betão geopolimérico a obter:
O objetivo desta atividade é: (a) Identificar os diferentes tipos de painéis de fachada que a Prégaia produz e, em função destes, especificar as características (físicas, químicas e mecânicas) otimizadas do betão geopolimérico a obter; e com base nestas especificações, (b) Classificar os tipos de betões geopoliméricos a obter.

iii) Atividade 3: Desenvolvimento do betão geopolimérico:
Tem como objetivo o desenvolvimento do betão geopolimérico a produzir à escala industrial para fabricar os painéis de fachada. Esta foi a atividade mais importante e morosa sob o ponto de vista técnico-científico, compreendendo o desenvolvimento do geopolímero, o desenvolvimento do betão geopolimérico e o desenvolvimento do método de produção industrial.

iv) Atividade 4: Produção de painéis de fachada em betão geopolimérico:
Tratou-se de prefabricar protótipos das "eco-fachadas".

v) Atividade 5: Caracterização dos painéis de fachada e das ligações:
Pretendeu-se caracterizar os painéis “eco-fachada” no que respeita a comportamento térmico, estrutural e durabilidade.

vi) Atividade 6: Promoção e divulgação de resultados
Compreende as ações para divulgar os resultados e promover o novo produto Ecofachadas, designadamente através de publicação de artigos científicos, da participação em congressos científicos, e em feiras da especialidade, bem como, a divulgação junto de gabinetes de arquitetura, donos de obra, construtores, entre outros.

Resultados

Finalizado o projeto, foi possível implementar na Prégaia a pré-fabricação de painéis de fachada em betão ativado alcalinamente, com uma resistência à compressão de aproximadamente 50 MPa, após 4 horas de cura térmica, o que constitui uma vantagem competitiva bastante interessante.

As atividades que compreenderam este projeto foram de investigação industrial e de desenvolvimento experimental e permitiram conduzir à criação de novos produtos e processos, resultado da complementaridade de competências e de interesses comuns dos promotores e parceiros do consórcio, que se associaram para potenciarem sinergias e partilharem custos e riscos, sendo esta parceria formalizada através de um contrato de consórcio, coordenada pela Prégaia.
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Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Resíduos de sardinhas em implantes ósseos e dentários

04.02.2014
  • Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

Projeto Valorpeixe valoriza subprodutos e águas residuais da indústria de conservas de peixe, transformando-os em biodiesel, hidroxiapatite, colagénio, gelatina ou péptidos. Segundo os investigadores, é possível utilizar as escamas e espinhas das sardinhas para implantes ósseos e próteses dentárias.

Projeto "ValorPeixe"
Projeto "ValorPeixe"

Síntese

O projeto 'ValorPeixe: Valorização de Subprodutos e Águas Residuais da Indústria de Conservas de Peixe', em co promoção, tem como objetivo principal investigar e desenvolver tecnologias de valorização dos subprodutos e águas residuais gerados pelo sector das conservas de peixe, na perspetiva de introduzir melhorias significativas nos processos existentes e, assim, contribuir para o incremento da competitividade do sector industrial, cujo volume de exportações tem vindo a aumentar nos últimos anos.

Através deste projeto de I&DT, a empresa visa criar competências tecnológicas que possam contribuir para que o sector das conservas de peixe reduza a utilização de recursos, tais como a água e os combustíveis, e valorize os subprodutos das suas atividades, particularmente os óleos e gorduras e as escamas do peixe, e, consequentemente, reduza as emissões associadas à sua atividade.

Os novos produtos, serviços e soluções de valorização de subprodutos decorrentes da execução deste projeto de I&DT, contribuirão para chegar a novos clientes, quer no mercado nacional, quer no mercado internacional.

A validação das soluções desenvolvidas no âmbito deste projeto e a capacidade de poder tirar partido dos resultados da sua execução é para a POVEIRA uma oportunidade de negócio inovadora, que lhe permitirá posicionar-se como uma empresa mais "limpa" no sector das conservas e colher novas oportunidades nas vertentes dos produtos e dos serviços de maior tecnologia.

Ficha Resumo

Acrónimo:  ValorPeixe 
Título: Valorização de Subprodutos e Águas Residuais da Indústria de Conservas de Peixe

Principais Estratégias: • Redução do impacto ambiental e/ou melhoria da saúde, higiene e segurança no trabalho
• Redução do consumo de energia e de materiais por unidade produzida de bens ou serviços
• Alargamento da gama de bens ou serviços
Áreas Tecnológicas: • Tecnologias do Ambiente
• Biotecnologias
• Energia

 

Objetivos

O projeto “ValorPeixe” tem como principal objetivo desenvolver soluções reais, eficientes e exequíveis que minimizem a produção de águas residuais com elevadas cargas poluentes e de difícil tratamento, e a geração de resíduos do processamento de peixe, especialmente de sardinha, viabilizando formas de gestão mais adequadas, e, quando aplicável, a obtenção de produtos de maior valor acrescentado que possam ser reutilizados quer internamente quer noutras indústrias, como a alimentar, cosmética ou a farmacêutica.

Investigação & Desenvolvimento

As principais componentes de I&D deste projeto são:

(1) valorizar as águas residuais definindo vias para o seu tratamento e reutilização, contribuindo, assim, para uma redução do consumo de água;

(2) definir um processo de produção de biodiesel a partir de óleos e gorduras de peixe e avaliar a qualidade e o desempenho deste biocombustível;

(3) valorizar as escamas de peixe extraindo os seus constituintes principais, colagénio e hidroxiapatite, com possíveis aplicações biomédicas;

(4) extrair ácidos gordos, tipo ómega-3, a partir das frações de gordura geradas, e valorizá-los como ingrediente alimentar.

Resultados

Com a investigação, explorou-se o potencial das escamas e das espinhas de sardinha e conseguiu-se extrair destes subprodutos constituintes de elevado valor, como, colagénio, gelatina ou hidroxiapatite. Esta pode ser utilizada a nível biomédico – por exemplo na produção de implantes ósseos e próteses dentárias – ou a nível ambiental, no tratamento de águas residuais. Já a gelatina e o colagénio possuem aplicação na área cosmética e alimentar.

Das águas de cozedura e dos resíduos sólidos é possível obter extratos de ómega-3 e proteínas ou péptidos, com uma atividade biológica, nomeadamente anti-hipertensiva.

Noutras vertentes, a investigação revela ainda que é possível produzir biodiesel a partir de óleo de peixe extraído dos subprodutos e resíduos, assim como reciclar as águas residuais da indústria novamente para o seu processo, contribuindo para uma melhoria do seu desempenho ambiental.
O processo de produção de biodiesel desenvolvido realiza-se através de uma rota química em duas etapas. O combustível produzido tem potencial de utilização em caldeiras para aquecimento ou em mistura com outros tipos de biodiesel e/ou diesel em automóveis. Os ensaios num motor automóvel mostraram ligeiras perdas de potência, que podem ser corrigidas com a otimização da gestão eletrónica, e significativas reduções das emissões de diferentes poluentes.

Relativamente ao tratamento das águas residuais, foi desenvolvido um inovador sistema de tratamento que inclui um tratamento primário por decantação e coagulação/floculação química, seguido de um tratamento secundário por lamas ativadas, terminando com um tratamento de afinação por osmose inversa e desinfeção por radiação UV. O efluente tratado tem a qualidade necessária à sua reciclagem para a unidade industrial, podendo adicionalmente ser utilizado na lavagem de pavimentos, rega, entre outros.

 

Apoio do COMPETE

1. Consórcio

A Fábrica de Conservas “A Póveira”, Lda é a entidade promotora do projeto, empenhada em encontrar soluções para os seus problemas ambientais, criando maior valor para a sua atividade.
Para além da PÓVEIRA, o consórcio do projeto compreende duas entidades do sistema científico e tecnológico nacional, a FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e a UCP-ESB (Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa), que trabalharam em diferentes linhas investigacionais, no sentido de otimizar soluções para os vários aspetos ambientais do sector, incluindo águas residuais, óleos e gorduras, escamas, entre outros.

De modo a facilitar a transferência de conhecimento e tecnologia ao sector, acerca dos avanços conseguidos sobre um problema de natureza transversal a esta Indústria, o projecto envolve duas entidades parceiras nacionais, nomeadamente, a ANICP (Associação Nacional da Indústria das Conservas de Peixe) e o IDCEM (Instituto para o Desenvolvimento do Conhecimento e Economia do Mar).

2. Sistema de Incentivos à I&DT

Inserido no Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto “'ValorPeixe: Valorização de Subprodutos e Águas Residuais da Indústria de Conservas de Peixe” envolveu um investimento elegível de 392 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 289 mil euros.

3. Estratégias de Eficiência Colectiva

No que respeita ao Enquadramento de projetos em Estratégias de Eficiência Colectiva (EEC), o “ValorPeixe” é coerente com o programa de acção do Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar, e em particular com o do projeto-âncora “Panthalassa” - Pesca e Aquacultura - iNTegração de recursos Humanos e Apoio tecnoLógico, para a obtenção de Alimentos com Segurança e Sustentabilidade Ambiental, que inclui uma ação especificamente dedicada à identificação, caracterização e valorização de resíduos/subprodutos provenientes do processamento de pescado.

Do mesmo modo, o projeto “ValorPeixe” tem, também, enquadramento no programa de ação do Pólo de Competitividade e Tecnologia Agroindustrial: Alimentos, Saúde e Sustentabilidade, dado que se enquadra nas áreas tecnológicas e de desenvolvimento de novos produtos, processos ou sistemas, nomeadamente e em concreto, no que toca à valorização de subprodutos com vista ao desenvolvimento de novos produtos ou ingredientes alimentares.

Posicionamento da Póveira

A importância do sector de transformação e conservação de pescado em Portugal, ultrapassa, em muito, a sua expressão económica, pelas implicações sociais, culturais, de segurança alimentar e de independência nacional, entre outras. Por isso, a estratégia de desenvolvimento deste sector passa, necessariamente, pela sua sustentabilidade a longo prazo e deve ser orientada por princípios de salvaguarda do património natural e cultural, de preservação do meio ambiente e de coesão social das populações.

No que toca à sustentabilidade da empresa, a POVEIRA considera que esta assenta, em primeiro lugar, na aquisição de maior cultura técnico-científica, por via do aprofundamento dos conhecimentos científicos e técnicos, na cooperação institucional e numa forte aposta na valorização dos seus recursos humanos.

Em segundo lugar, a empresa considera necessário reforçar a sua competitividade, com base na qualidade e na valorização dos seus produtos e subprodutos, se possível através da diversificação e inovação da produção, de abordagens mais eficazes dos seus processos internos e melhorando a eficiência da sua atuação.

O investimento em atividades de I&DT que desenvolvam novas competências tecnológicas facilitadoras da entrada em novos mercados e criadoras de novos produtos competitivos, de alto valor acrescentado, é, assim, uma das principais prioridades estratégicas de negócio da empresa POVEIRA.

Esta estratégia procura, pois, harmonizar os diferentes elementos, ambientais, económicos, técnico-científicos, organizativos e sociais, com vista a assegurar a perenidade da empresa num contexto altamente concorrencial.

Numa perspetiva de longo prazo, o enfoque da POVEIRA é continuar o esforço de investimento em I&DT e inovação para os objetivos seguintes:

  • Reunir massa crítica qualificada que incentive a reflexão estratégica, geradora de parcerias com outras empresas e/ou entidades do sector científico e tecnológico e que facilite o investimento em inovação;
  • Identificar novos negócios que conduzam à criação de valor, através do fornecimento de novos produtos e soluções tecnológicas, em linha com os novos desafios e responsabilidades sociais e ambientais inerentes à dimensão da empresa na indústria das conservas;
  • Incrementar a sustentabilidade ambiental da empresa implementando um projecto de uma nova Unidade Industrial, a qual deve incorporar as soluções obtidas através da execução do projeto de I&DT agora proposto, isto é, a reciclagem (total ou parcial) do efluente como fonte de água para uso industrial (neste momento é quase exclusivamente utilizada a água da rede pública), a valorização dos resíduos e subprodutos gerados no processamento de peixe para conserva e a obtenção de maiores economias energéticas;
  • Incrementar a sustentabilidade económica através de desenvolvimento tecnológico que melhore a eficiência e o desempenho, de forma a aumentar os níveis de retorno dos activos e o seu volume de negócios;
  • Contribuir para a coesão social potenciando maior qualificação dos recursos humanos da empresa e atraindo até ela estratos etários mais jovens, oferecendo-lhes uma alternativa profissional apelativa e compensadora, não só do ponto de vista remuneratório, mas também de um ponto de vista social.

As atividades da POVEIRA em matéria de I&DT estão, pois, focadas na criação de valor para todas as partes interessadas, não somente para os seus clientes, valorizando a sua satisfação e fidelização, mas também a nível interno, no que diz respeito aos processos, procurando melhorias através da eficácia e eficiência nos procedimentos, acompanhando as melhores práticas e inovações do sector e introduzindo novas práticas e processos.

Por isso, a empresa identificou a necessidade de construir competências tecnológicas nas áreas da valorização dos subprodutos e resíduos dos seus processos, de forma a contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias ambientais sustentáveis quer na empresa, quer no sector dentro e fora do País.

Conclusão

A POVEIRA colocou em prática as tecnologias e conhecimentos desenvolvidos no projeto “ValorPeixe”, implementando-os (e transpondo-os para a sua nova Unidade Industrial), criando mais valor na sua atividade, reduzindo custos e fornecendo novos produtos e soluções, em linha com os desafios e responsabilidades social e ambiental. Além disso, pretende disseminar esses resultados no sector conserveiro nacional e internacional, procedendo à comercialização das tecnologias  com base em parcerias a estabelecer para o efeito.

Os desafios do novo modelo concorrencial em mercado global exigem uma quebra com o paradigma tradicional de melhoria incremental, e impõem a criação de novos modelos de negócio, que sejam mais robustos, assentes numa filosofia de mercado que, no caso da POVEIRA, esteja para lá da comercialização de peixe em conserva. Nesta perspetiva, a introdução de melhorias em processos existentes e/ou o fornecimento de novos produtos de valor acrescentado são um objetivo estratégico de diversificação que fortalece a competitividade das empresas.

Também, o facto de Portugal ser uma pequena economia aberta, aponta para que a dinâmica de crescimento, coesão e proteção ambiental se alicerce numa carteira de áreas económicas em que o País pode ser inovador, colecionando, assim, uma vantagem competitiva.

A identificação de novos produtos, problemas e necessidades de solução a partir da atividade de base, pode ser o primeiro passo dum percurso que, em ordem a atingir o sucesso, carece normalmente dum conjunto complexo de soluções tecnológicas, que, não estando ainda disponíveis, têm de ser alvo de estudos por parte de centros tecnológicos e de investigação com competência suficiente.

Se existir forte interação e cooperação entre a Universidade e a Indústria, assegura-se não só a excelência científica, mas também a correta apropriação e exploração económica do conhecimento gerado.

A empresa POVEIRA espera, assim, aproveitar os conhecimentos e as tecnologias desenvolvidos pelo projeto para melhorar os processos existentes e fomentar novas ideias de negócio que conduzam à criação de valor, pela criação de novos produtos e soluções, em linha com os desafios e responsabilidades social e ambiental.

Para alguns dos utilizadores/clientes das soluções identificadas pelo projeto será possível a criação de soluções integradas de elevada qualidade, permitindo a gestão e valorização dos subprodutos gerados, a poupança de água e o desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras com benefícios ambientais, económicos e sociais.

A empresa promotora, em parceria com entidades SCT, poderá, assim, explorar novos modelos de negócio baseados em tecnologias praticamente inexistentes no mercado português com todas as vantagens inerentes do “first mover”.

Dado o carácter transversal deste projeto, que procura soluções competitivas para problemas ambientais comuns a todo o sector industrial, o “ValorPeixe” propõe-se facilitar a transferência de conhecimento e tecnologia dos resultados do projeto, contando para isso com a participação de parceiros estratégicos dentro e fora do País, nomeadamente, das Associações ANICP, IDCEM e ANFACO e da empresa ORBE, S.A., parceira de exportação do promotor.

Para conhecer mais projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, consulte o menu "Áreas/Incentivos às Empresas/I&DT/Projetos que Apoiamos".

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Barbot desenvolve produto inovador

19.11.2013
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

A Barbot, com o apoio do programa COMPETE, está integrada num projeto de investigação, desenvolvimento e inovação (idi) de uma nova tinta de alto desempenho, a integrar a gama antifogo.

Barbot
Barbot

Projeto HPFC | High Performance Fire Control - Nova Tinta Intumescente de Alto Desempenho

Síntese

A Barbot, enquanto empresa de referência no sector das tintas e vernizes, está a desenvolver o projeto “High Performance Fire Control (HPFC) – Nova Tinta Intumescente de Alto Desempenho”.
Apoiado pelo COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade, este projeto visa desenvolver uma nova tinta intumescente de base aquosa, com alto desempenho e com características técnicas superiores às das tintas intumescentes convencionais atualmente disponíveis no mercado.

Um dos objetivos do projeto é introduzir melhorias ao nível da organização e gestão da empresa e estimular a sua presença no mercado internacional.

Apoio do COMPETE

Inserido no Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto “High Performance Fire Control (HPFC) – Nova Tinta Intumescente de Alto Desempenho” envolveu um investimento total de 392 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 257 mil euros.

Ficha resumo

Acrónimo:             HPFC        
Designação: High Performance Fire Control - Nova Tinta Intumescente de Alto Desempenho
Principais Estratégias: • Alargamento da gama de bens ou serviços;
• Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado;
• Redução do impacto ambiental e/ou melhoria da saúde, higiene e segurança no trabalho
Áreas Tecnológicas: • Engenharia Química;
• Engenharia Mecânica.

 
Enquadramento

O reforço das medidas de segurança e prevenção contra incêndios é fulcral.

Enquanto as medidas ativas estão relacionadas com os meios adequados à proteção das pessoas e à redução da probabilidade de ocorrência de incêndios severos as medidas passivas visam, por sua vez, a redução da probabilidade de colapso de estruturas na ocorrência de um incêndio severo, a qual depende da resistência dessas estruturas ao fogo.

Na proteção passiva de elementos estruturais existe uma larga variedade de materiais utilizados, entre os quais estão as tintas intumescentes – tintas que alteram as suas propriedades e características termofísicas de forma a aumentar a sua resistência térmica.
Não obstante a existência, no mercado, de uma vasta oferta de tintas intumescentes, existe ainda um vasto campo por explorar nesta área.

Âmbito

A Barbot pretende desenvolver uma nova tinta intumescente de base aquosa, com alto desempenho, que envolva a utilização de novos materiais que melhorem significativamente as suas propriedades e a sua sustentabilidade, em comparação com as tintas intumescentes convencionais acuais.

Desta forma, o projeto “High Performance Fire Control (HPFC) – Nova Tinta Intumescente de Alto Desempenho” contribuirá para que a Barbot reforce a sua posição no mercado nacional e internacional.

São vários os fatores de inovação que caracterizam a nova tinta intumescente, designadamente:

  • Elevada resistência térmica (tempo de resistência ao fogo de 60 a 90 min ou superior);
  • Elevada resistência mecânica;
  • Baixos tempos de cura;
  • Elevada durabilidade;
  • Caracterização total em termos das propriedades térmicas e mecânicas, no sentido de facilitar aos projetistas o dimensionamento/verificação da segurança contra incêndios;
  • Reduzido teor de componentes orgânicos voláteis (COVs).

Adicionalmente, é de referir que se pretende que a nova tinta seja devidamente certificada e que lhe seja atribuída marcação CE.

Para implementar o presente projeto de IDI, a Barbot contará com recursos internos (humanos e materiais) adequados, bem como com a colaboração de uma entidade do SCTN (Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional, nomeadamente ao nível da análise do comportamento da tinta intumescente formulada na proteção passiva de elementos estruturais contra o fogo.

Objetivos

Mais concretamente, a Barbot pretende:

  • Aumentar a resistência térmica e mecânica da tinta;
  • Reduzir o tempo de cura da tinta após aplicação da mesma;
  • Aumentar a durabilidade da tinta;
  • Caracterizar totalmente a tinta em termos das suas propriedades térmicas e mecânicas;
  • Aumentar a sustentabilidade da tinta, reduzindo o teor em compostos orgânicos voláteis.

Ponto de situação

O projecto “High Performance Fire Control (HPFC) – Nova Tinta Intumescente de Alto Desempenho” teve início em Outubro de 2012.

Até ao momento foi alcançado um conjunto de resultados intermédios, nomeadamente:

  • Foi analisada a intumescência de produtos da concorrência;
  • Foram definidos os requisitos do novo produto, os quais foram, por sua vez, convertidos em características técnicas;
  • Foram definidas as condições operatórias “objetivo”;
  • Foi efetuada uma pesquisa, caracterização e teste de novas matérias-primas;
  • Foram desenvolvidas novas formulações de tinta intumescente;
  • Foi desenvolvido um primeiro protótipo de tinta intumescente, que se encontra em fase de teste.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

COMPETE apoia projeto em sistemas de informação geográfica

15.04.2013
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

A InfoPortugal e a Universidade do Minho estão a desenvolver, em conjunto, o projeto Eyevision que se baseia no desenvolvimento de um sistema de localização baseado na visão por computador.

Sinopse

A InfoPortugal é uma empresa líder no desenvolvimento de soluções geográficas digitais e decidiu apostar no desenvolvimento de tecnologias de georreferenciação “indoor” e extração automática de objetos em imagens, através de técnicas de visão por computador.

Para tal, submeteu uma candidatura ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade. O projeto Eyevision - georreferenciação de entidades geográficas a partir de fotografia e vídeo, foi aprovado no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico).

Descrição do Projeto

A InfoPortugal pretende desenvolver técnicas inovadoras de georreferenciação de informação a partir de imagens (fotografia e vídeo) utilizando técnicas de visão por computador. Com isto será colmatada uma lacuna atual dos sistemas de recolha de informação georreferenciada relativa à dificuldade de georreferenciar informação dentro de edifícios ou outros locais onde não há sinal de GPS.

O potencial de utilização desta informação é enorme no sentido em que muitos dos pontos de interesse turístico, ou de apoio ao cidadão, se encontram em espaços fechados e por vezes de grandes dimensões, com verdadeiras redes de vias de ligação internas cuja utilidade da existência de sistemas de apoio à orientação/navegação são em tudo semelhantes às que existem nos sistemas de navegação outdoor.

O principal objetivo do projeto é o desenvolvimento de um sistema de localização baseado na visão por computador. Desenvolver esta capacidade de georreferenciação por visão por computador permite, complementarmente, extrair cartografia para os espaços indoor, gerar modelos 3D para visualização dos mesmos; carregar uma imensa base de dados de imagens e vídeo georreferenciados; e por fim, redefinir a forma e as tecnologias de levantamento de entidades geográficas (com extração automática de entidades em imagens; por exemplo, sinais de trânsito, números de polícia, dimensões dos edifícios, etc.).

O desenvolvimento destas técnicas de extração de informação geográfica a partir de imagens provenientes das mais diversas fontes potenciam a participação pública do cidadão comum na obtenção da informação, quer pela participação voluntária, quer pela pesquisa em redes sociais onde a quantidade de imagens que se podem encontrar de um local público são verdadeiras bases de dados de informação que pode ser aproveitada.

Ficha Técnica

Acrónimo:  EyeVision 
Designação: Georreferenciação de entidades geográficas a partir de fotografia e vídeo.
Principais Estratégias:
  • Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado;
  • Alargamento da gama de bens ou serviços;
  • Maior flexibilidade de produção ou de fornecimento de serviços.
Áreas Tecnológicas: 
  • Engenharia Informática;
  • Geografia;
  • Eletrónica Industrial.

Apoio do COMPETE

Tendo em vista a execução do projeto Eyevision, que visa o desenvolvimento de técnicas de georreferenciação de informação a partir de imagens (fotografia e vídeo), utilizando técnicas de visão por computador, a InfoPortugal candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade, para obter financiamento para o seu projeto.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico), o projeto envolveu um investimento total de 630 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 369 mil euros.

Parceria com a Universidade do Minho

A InfoPortugal tem mantido uma estreita cooperação com parceiros na área da investigação e desenvolvimento científico, nomeadamente, com o Centro de Ciências e Tecnologias da Computação (CCTC) da Universidade do Minho.

A missão desta unidade é desenvolver investigação de alta qualidade que cobre um amplo espectro de assuntos em computação, a partir de temas centrais, trabalhando em áreas interdisciplinares, que vão desde os fundamentos até aos aspetos tecnológicos.

O projeto Eyevision enquadra-se na investigação fundamental do CCTC já que permite avançar na resolução de problemas fundamentais, utilizando vários resultados parciais obtidos nas áreas de visão por computador, sistemas de informação geográfica e em base de dados multimédia.

Ponto de situação

O projeto encontra-se no início da fase de desenvolvimento, estando a ser efetuado o desenvolvimento do software.

Foram efetuados os estudos preliminares para a escolha das técnicas específicas de processamento de imagens, dentro do domínio da disciplina de visão por computador, bem como a especificação técnica da arquitetura da base de dados geográfica, atendendo a toda a informação necessária ao desenvolvimento do projeto e especificação de algoritmos de classificação de imagens e técnicas de comparação de padrões.

Conclusão

A navegação em espaços abertos (outdoor) tem evoluído muito ao longo dos últimos anos. Para isso, contribuiu muito a proliferação de chips GPS de muito baixo custo, a liberalização de produção de cartografia e de imagens aéreas de alta resolução, e a consequente disponibilização de mapas a baixo custo, acessíveis ao público geral.

No entanto, o estilo de vida moderno está cada vez mais sedentário, e com isso as pessoas passam muito do seu tempo em espaços públicos, onde não chega o sinal GPS, nem câmaras fotográficas dos aviões e onde não entram cartógrafos. Hospitais, centros comerciais, universidades, escolas, entre outros, são espaços fechados com dinâmicas enormes em termos de movimentação de pessoas, onde não há soluções de navegação que se possam comparar as que já existem para o exterior.

No contexto da navegação indoor proliferam diversos métodos sem, no entanto, existir um que domine o conceito para todos os casos de utilização desejados.

Neste enquadramento, o projeto pretende:

  1. Colmatar a falta de informação indoor;
  2. Desenvolver um produto que seja capaz de transformar imagens (fotografia e vídeo) em informação sobre espaços interiores.

Para este fim, o projeto pretende criar um sistema de localização completamente diferente, ou seja, a georreferenciação por imagem.

Na verdade, esta é a forma mais parecida àquela que nós, humanos, utilizamos para georreferenciação. Usamos a visão para nos localizarmos. Quer no exterior, quer no interior, utilizamos a visão para encontrar e identificar referências que nos ajudam a perceber em que local nos encontramos. Quando o local é conhecido, rapidamente o processo de georreferenciação passa despercebido, uma vez que é imediato afirmar onde nos encontramos. No entanto, em espaços que nos são desconhecidos, compreendemos melhor como funciona o nosso processo de determinação da localização, pois naturalmente podemos demorar algum tempo até percebermos exatamente onde nos encontramos, mas o processo é essencialmente sempre visual.

Por: Cátia Silva Pinto | Nucleo de Imagem e Comunicação

OST - One.Stop.Transport

05.11.2012
  • Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

Conheça o projecto que visa facilitar a mobilidade dos cidadãos através do desenvolvimento de aplicações.

One stop transport
One stop transport

Âmbito do projeto

A plataforma One.Stop.Transport – OST integra o projeto TICE.Mobilidade, cujo objetivo principal é desenvolver uma plataforma digital de partilha de informação, aplicações e serviços para a área da mobilidade.

Esta plataforma é o agregador de todos os subprojectos do projeto, um canal de promoção, disponibilização e venda dessas soluções.

Serviços ao utilizador 

Enquadramento
 
Esta plataforma de serviços é um dos nove subprojectos do projeto TICE.Mobilidade, cuja candidatura se inseriu nos "Projectos Mobilizadores" da tipologia "I&DT Empresas", sendo um dos projeto âncora do Pólo Tecnológico TICE.PT.

A aprovação do projeto, em 2010, determinou o arranque do One.Stop.Transport no ano seguinte. O seu desenvolvimento resulta de um esforço coordenado entre 9 copromotores:

  • Meticube - Sistemas de Informação, Comunicação e Multimédia, Lda,
  • Ambisig,
  • Instituto Pedro Nunes,
  • Universidade de Coimbra,
  • Universidade do Minho,
  • OPT,
  • INOV INESC,
  • EFACEC,
  • INEGI.

O investimento global previsto é de 1 138 654,79€.

Estado atual
 
A plataforma One.Stop.Transport encontra-se numa fase avançada de desenvolvimento. Atualmente, já é possível comunicar com serviços externos e recorrer ao suporte de aplicações Web e móveis, baseadas nos dados disponibilizados. Nesta fase, os datasets disponíveis contemplam pontos de interesse (POI) e dados estáticos dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (paragens, percursos, horários, etc.).

As API de dados já disponíveis constituem o meio preferencial de integração com os restantes subprojectos do projeto TICE.Mobilidade, atualmente em curso. 

one.stop.transport

Com vista a promover o crescimento do projeto, o Instituto Pedro Nunes e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, promoveram o concurso de aplicações One.Stop.Transport Dev Challenge, tendo como público-alvo estudantes do ensino superior, nomeadamente de áreas tecnológicas, estimulando-os a desenvolver aplicações que contribuam para melhorar a mobilidade dos cidadãos. O concurso foi apresentado formalmente no dia 1 de Outubro e decorrerá até ao dia 31 de Dezembro de 2012.

Este concurso pretende igualmente sensibilizar entidades governamentais e locais para os benefícios do uso de Open Data, com foco no potencial das aplicações desenvolvidas por terceiros e suportadas nos dados oficiais disponibilizados. Este ecossistema simbiótico formado por entidades governamentais, pela comunidade de developers e pelos consumidores é parte integrante da visão que motiva o desenvolvimento da plataforma One.Stop.Transport.

Mais informação sobre o projeto TICE.Mobilidade, sobre a plataforma One.Stop.Transport e sobre o concurso de aplicações One.Stop.Transport Dev Challenge disponível em: http://tice.mobilidade.ipn.pt/


Ficha do projeto

Designação:       TICE.MOBILIDADE - Sistemas de Mobilidade Centrado no Utilizador
  
PPS: One.Stop.Transport
Estado: Aprovado
Instrumento: SI I&DT | Mobilizador
Entidade Financiadora: COMPETE - programa Operacional Factores de Competitividade
 
Organismo Técnico: ADI
Sectores de aplicação/mercados alvo da tecnologia:   
- Transportes
- Software
- Eletrónica e Instrumentação 
Outros sectores:
Mobilidade, Ambiente e Ordenamento do território 
Site:  http://tice.mobilidade.ipn.pt/

Por: Cátia Silva Pinto 

Valorização da Casca de Arroz Português

31.10.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

A valorização plena da casca de arroz pode oferecer soluções alternativas para vários setores nomeadamente pode ser uma fonte renovável biológica apropriada para a indústria.

Atlantic Meals

Entidade promotora
A Atlantic Meals é detida por acionistas portugueses. A empresa dedica-se à secagem, armazenamento, processamento e comercialização de arroz e milho de qualidade superior. Sendo também um dos maiores produtores europeus de farinhas alimentícias destinadas a Baby-food.
A Atlantic Meals é o promotor líder do projeto de aproveitamento da casca de arroz que conta com a colaboração do Instituto Superior Técnico (IST) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Apoio
O projecto Valorização da Casca de Arroz Português enquadra-se no sistema de incentivos à investigação e desenvolvimento tecnológico (SI I&DT) na vertente de projetos em co-promoção apoiado pelo COMPETE com um Investimento elegível de 680 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 322 mil euros.

Arroz
O arroz é o 3º cereal mais cultivado no mundo, sendo também dos mais consumidos. Para mais de metade da população revela-se como o alimento principal. No entanto, o processo de transformação do arroz, desde a colheita do cereal até à obtenção do produto acabado, origina sub-produtos de valor económico reduzido.

Ao contrário de outros sub-produtos, a casca de arroz destaca-se não só pelo seu abundante volume de produção mas também por representar um resíduo agrícola subvalorizado indigerível, sendo usada em várias aplicações não-alimentares de baixo valor, nomeadamente para o revestimento de pisos de locais de permanência de animais, condicionamento de solos ou o simples despejo em aterros e queima em céu aberto. No entanto, estas abordagens, para além de não constituírem fonte de rendimento, acarretam sérios problemas ambientais.

A casca de arroz possui uma superfície dura que demora aproximadamente 5 anos a decompor-se. Representando um resíduo que ocupa muito espaço sendo necessárias áreas de despejo de tamanho considerável. Assim, este resíduo torna-se nocivo, quando na realidade pode ser aproveitado de forma sustentável quer ecologicamente quer financeiramente.

Projeto
Neste âmbito, o objetivo principal do projeto consiste na valorização da casca de arroz Português, através do desenvolvimento de uma linha de processos e transformações deste resíduo. Pretende-se o aproveitamento total do potencial químico-energético da casca de arroz, de forma a representar uma fonte renovável biológica apropriada para outras indústrias.

O projeto pretende valorizar a casca de arroz de forma a permitir:

  1. o desenvolvimento de produtos biológicos para os mercados dos aditivos alimentares e dos pesticidas.
  2. a gestão económico-ambiental das necessidades energéticas da fábrica.
  3. o desenvolvimento de produtos de sílica amorfa para carga de polímeros/plásticos e ligantes em cimentos, argamassas e betão.

O projeto não se prende numa única visão de valorização, oferecendo soluções alternativas para vários sectores constituindo-se ainda como um projeto ecologicamente e energeticamente benéfico e ainda um projeto criador de postos de trabalho.

Este projeto permitirá que, pela primeira vez em Portugal, se valorize a casca de arroz na unidade produtora, alterando o estatuto de resíduo para matéria-prima.

E se houvesse um motor de busca mais eficaz do que aqueles que usamos hoje em dia?

30.10.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

É este o âmbito do projeto World Search, onde um grupo de investigadores portugueses está a desenvolver um programa, em parceria com a Microsoft.

Pesquisa na web
Pesquisa na web

Projeto World Search

1. Contexto

Numa altura de interesse claro no desenvolvimento de tecnologia inovadora nacional com potencial de exportação, este projeto surge para contribuir para a garantia da sustentabilidade de uma fileira industrial na área das tecnologias de pesquisa, no mercado nacional.

Imagine um motor de busca de viagens que lhe dá exatamente o que procura quando preenche um formulário. Agora imagine-se a preencher um formulário semelhante e a obter resultados parecidos, mas para qualquer tipo de assunto.

É este o objetivo do projeto: desenvolver um motor de busca mais eficaz do que aqueles que usamos hoje em dia, capaz de responder aos pedidos, relacionando a informação dada com um raciocínio lógico.

2. Enquadramento no COMPETE

O projeto World Search é um projeto nacional de colaboração de Investigação e Desenvolvimento (I&D) cofinanciado pelo FEDER (Funfo Europeu de Desenvolvimento Regional) através do QREN, no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na tipologia de Projeto em Co-Promoção, é gerido pela Agência de Inovação.

O Projeto envolve um investimento elegível de 1.205 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 821 mil euros.


3. Ficha Resumo

 Título    WS - World Search 
Áreas  Tecnológicas         TIC (Tecnologias da Informação e Telecomunicações)
Objetivos

- Criação de Tecnologia Inovadora em Portugal;

- Aumento dos Indicadores de I&D dos co-promotores e parceiros em Portugal;

- Geração de Conhecimento e de Riqueza.

Co-promotores

- IZone, Knowledge Systems, SA

- Ponto C - Desenvolvimento de Sistemas de Informação, Lda.
Maisis - Sistemas de Informação, Lda.

- PT Comunicações, SA

- Universidade de Aveiro

- Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

- Instituto Superior de Engenharia do Porto

 

4. Descrição

O Projeto estabeleceu uma parceria entre a Microsoft, a Universidade de Aveiro, o Instituto Superior de Engenharia do Porto, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Portugal Telecom, a MAISIS, a Ponto.C e a I-Zone.

  Logótipo 

O World Search visa a investigação e o desenvolvimento, em Portugal, das tecnologias de pesquisa do futuro, de informação estruturada e não estruturada, geral e empresarial com relevância semântica e com o devido conhecimento da língua, cultura e mercado nacionais, aplicáveis à web portuguesa. 

Visa ainda a sua integração numa plataforma modular e a consequente demonstração em 3 pilotos de domínios estratégicos bem definidos: a Web portuguesa, a Administração Pública Local e a Saúde, em particular.

O projeto visa também a elevação do domínio das tecnologias de pesquisa, geral e empresarial (search), como uma componente importante de uma estratégia nacional para as TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica).

Do ponto do desenvolvimento das tecnologias de pesquisa, o projeto toma como base as tecnologias disponíveis no promotor, nomeadamente a tecnologia Bing (de pesquisa geral) e a tecnologia FAST (de pesquisa empresarial).

O projeto tem o objetivo de criação, pré-competitiva e competitiva, de produtos de tecnologia de pesquisa inovadores e com real valor no mercado, que possam ser explorados no curto e no médio prazos.

Numa primeira fase, visamos o mercado nacional; numa segunda fase, a exploração no mercado dos PALOP e das línguas ibéricas; posteriormente, na sequência de mais iniciativas de I&D, nos países de línguas românicas.  

   

Neste projeto, a aposta na criação de tecnologia inovadora é fundamental para que as empresas e os institutos académicos adquiram mais-valias competitivas ao nível do reforço das experiências dos seus recursos humanos, ao nível da integração de novas funcionalidades nos seus sistemas e produtos e também no sentido de aumentarem a sua visibilidade junto de grandes atores do mercado internacional, como é o caso do promotor (Microsoft).

O consórcio acredita que as soluções que serão encontradas e os resultados que se esperam obter com os pilotos irão beneficiar, em muito, os requisitos de negócio atuais e futuros do promotor (Microsoft), copromotores e parceiros empresariais.

5. Resultados

No âmbito deste projeto, o MLDC (Microsoft Language Development Center) iniciou, em Março de 2011, uma parceria com o Search Technology Center de Munique e Londres, a equipa internacional de I&D do motor de pesquisa Bing.

Através desta colaboração foi desenvolvido um novo módulo de expansão da pergunta para todas as variantes faladas na comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Além da melhoria do corretor ortográfico, de acordo com a nova ortografia, foi criado um módulo que concretiza um conjunto de alterações à pergunta da pesquisa cujo objetivo é transformar o texto inicial da consulta de forma a retornar resultados mais relevantes. Exemplos de alterações surgem no acrescento de formas flexionadas, na identificação de entidades nomeadas ou na eliminação de termos, entre outras alterações, ampliando, assim, a probabilidade de correspondência com os documentos mais relevantes.

Na figura seguinte podem observar-se os ganhos conseguidos com a métrica NDCG (Normalized Discounted Cumulative Gain), usada frequentemente em Information Retrieval de forma a medir a relevância ou a eficácia de um algoritmo de busca. Retorna um valor entre 0 e 100, correspondente à relevância dos elementos numa lista ordenada, em que 100 representa uma ordenação perfeita.
 

Grafico

 

Grafico 2


O desenvolvimento deste módulo assinalou uma melhoria significativa no desempenho e na ordenação dos resultados das pesquisas, desde a altura em que foi lançado em produção, a 12 Novembro de 2011. Esta tecnologia permite compreender melhor a intenção dos utilizadores que pesquisem em qualquer variante da língua portuguesa, produzindo resultados que vão de encontro às suas necessidades e expectativas.

É relevante salientar a que esta parametrização do Bing para português constitui:

  • um importante passo para colocar Portugal entre os países de referência da União Europeia no domínio das tecnologias de pesquisa;
  • e um claro contributo para uma estratégia nacional que fomente uma maior competitividade no setor das Tecnologias de Informação e Comunicação em Portugal.

No seguimento desta colaboração e no contexto do projeto World Search, o MLDC e a Microsoft estão ainda a desenvolver um protótipo para o windows phone que permite efetuar pesquisas no Bing utilizando a fala. Através deste sistema, será simples pesquisar por um vídeo, um endereço, ou qualquer outro tipo de informação em ambientes móveis, pronunciando o pedido em português europeu.

Os pilotos na Administração Pública Local e na Saúde (neste caso, no contexto da divulgação e ensino em Saúde e Medicina) estão a decorrer e tirarão partido da plataforma FAST, a qual ainda é pouco utilizada em Portugal e ainda é pouco acessível a PME. Pelo trabalho que o consórcio se propõe desenvolver será possível entrar no domínio do conhecimento das plataformas FAST e Bing.

Deste modo, os participantes no consórcio, nomeadamente as empresas, poderão assim facilitar a introdução desta tecnologia inovadora em Portugal e ainda, poderão criar valor acrescentado, desenvolvendo novos módulos e plugins de acordo com os requisitos do projeto e dos seus pilotos.
Associado ao estudo, conhecimento e Investigação e Desenvolvimento (I&D) sobre as plataformas FAST e Bing, a I&D aplicada a aspetos fundamentais para o projeto, como as ontologias, as normas de segurança e a interação pessoa/computador, garantirá a inovação daquelas plataformas de pesquisa.

Estão também planeados o desenvolvimento de testes objetivos e subjetivos padrão e ainda, estudos da usabilidade nos domínios estratégicos de aplicação definidos, que demonstrem a melhoria da relevância dos resultados de pesquisa, obtidos com as tecnologias de desenvolvidas.

Por: Cátia Silva Pinto

P3, uma experiência de jornalismo comunitário

02.10.2012
  • Pólos e Clusters
  • I&DT

O projecto P3.net tem como objetivo principal o desenvolvimento de uma plataforma noticiosa diária e online, de nova geração, dirigida a um público-alvo jovem e jovem adulto (18-35 anos), com recurso a paradigmas comunicacionais diferentes das versões tradicionais (papel, televisão, rádio).

Anúncio 1.º Aniversário

Âmbito

Trata-se de um site de informação generalista para jovens e feito por jovens, que se encontram afastados dos órgãos de informação, por não se reverem nos temas tratados.
Pretende-se a investigação e a exploração de novas rotinas, narrativas e linguagens (nomeadamente visuais), mais adequadas quer ao suporte, quer ao público-alvo definido e que não consome informação em papel e que pretende informação à medida.

Este modelo só é possível pelo desenvolvimento tecnológico de novos motores de personalização que entre outras inovações, têm em conta a localização geográfica do destinatário, algo completamente inovador para o caso do uso de dispositivos móveis de acesso. 

A multidisciplinaridade da equipa de projeto permite ainda que este se venha a constituir como um laboratório de investigação em permanente afinação do modelo desenvolvido dado o seu grau de originalidade. 

Pessoas

Ficha resumo

Acrónimo: P3.net

Título: Plataforma noticiosa online de nova geração para jovens

Nome do promotor: Público-Comunicação Social, SA

Objetivo: Desenvolvimento de uma plataforma noticiosa diária e online, de nova geração, dirigida a um público-alvo jovem e jovem adulto (18-35 anos), com recurso a paradigmas comunicacionais diferentes das versões tradicionais (papel, televisão, rádio).

Principais Estratégias:

  • Alargamento da gama de bens ou serviços;
  • Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado;
  • Maior flexibilidade de produção ou de fornecimento de serviços.

Áreas Tecnológicas: Tecnologias da Informação e Telecomunicações (TIC)

Primeiro Aniversário

Um ano após o seu lançamento, a 22 de Setembro de 2011, o P3 atingiu uma média mensal de mais de 600 mil visitas e de mais de 3 milhões de “pageviews”. No mês de Agosto, o P3 bateu o seu recorde de páginas vistas: mais de 3,7 milhões. Este mês, o mais recente site do PÚBLICO ultrapassou a fasquia dos 50 mil seguidores no Facebook e a sua aplicação para o iPhone esteve em primeiro lugar no “top” de aplicações de notícias da App Store da Apple.

Esta nova aposta editorial do PÚBLICO, destinada a um público leitor mais jovem, é um projeto feito em rede, numa lógica de “crowdsourcing”. O P3 é feito por uma equipa que reúne profissionais do PÚBLICO e de sites universitários e alunos e professores da Universidade do Porto. Mas, também, e muito particularmente, por utilizadores; por todos os que querem partilhar os seus textos, vídeos, fotografias ou ilustrações com uma comunidade que já ultrapassou os 50 mil seguidores no Facebook, cuja maioria é do sexo feminino, e que querem deixar de ser recetores para passarem, também, a ser emissores. No fundo, jornalismo comunitário num site de partilha.

Há, pelo menos, dois aspetos inovadores num projeto com estas características, para além desta nova dinâmica entre quem escreve e quem lê: este é o primeiro jornal digital generalista criado especificamente para este público-alvo, entre os 18 e os 35 anos, que deixou de ler notícias em banca, e foi a primeira vez que um jornal e uma universidade se juntaram para lançar um projecto editorial com este perfil e ambição.

Apoio do COMPETE

Financiado pelo COMPETE -Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico) e inserido na estratégia do Cluster das Indústrias Criativas do Norte, o projecto envolve um investimento total de 955 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 598 mil euros.

O financiamento deste projeto termina em Dezembro de 2012.

Consórcio

O P3 é o resultado, pois, de um consórcio constituído pelo PÚBLICO, a Reitoria da Universidade do Porto, as faculdades de Letras e de Engenharia da mesma instituição e pelo Instituto Nacional de Engenharia de Sistema e Computadores do Porto (INESC-Porto).

Esta composição, inédita no país, confere-lhe um carácter experimental, quer a nível gráfico e editorial quer a nível técnico, o que permitiu a adoção de novas ferramentas: um menu reduzido e vertical, uma paginação horizontal e sem “scroll”, a navegação por “tags”, uma área de registo para os utilizadores, onde estes podem personalizar conteúdos e guardar o que mais apreciam para ler mais tarde, ou “layouts” onde texto, áudio, imagem e vídeo convivem pacificamente.

Trata-se, na prática, de um laboratório no qual se experimentam novas ferramentas tecnológicas, novas linguagens gráficas e narrativas multimédia dirigidas a um público nativo da Internet, mas também motivo de várias investigações em curso. Os resultados têm permitido ao PÚBLICO, além disso, um melhor conhecimento dos leitores dos conteúdos online e o aprofundamento de uma nova relação com estes utilizadores. O site, ainda em versão Beta, encontra-se em www.p3.publico.pt.

Living Usability Lab

18.09.2012

Conheça o projeto que investiu em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida, saúde, bem-estar e segurança.

Logótipo do Living Usability Lab
Logótipo do Living Usability Lab

"Olá, desculpe a interrupção mas são 4 da tarde, horas de tomar a medicação da tensão arterial. Obrigada". Esta é a mensagem que pode ser entregue por um robot a um idoso ou a um utilizador com mobilidade reduzida, ajudando-o a cumprir o horário da medicação.

O Projecto

A Microsoft Portugal apresentou, no passado dia 5 de setembro de 2012, os resultados do Projeto Living Usability Lab, liderado pelo MLDC (Microsoft Language Development Center) e que teve como principal objetivo o desenvolvimento de serviços e soluções tecnológicas, sob a forma de uma rede de laboratórios vivos suportado em redes de nova geração, dirigidos aos cidadãos seniores e aqueles com mobilidade reduzida.

Idosa no sofá

O projeto pretende combater o isolamento e a infoexclusão, contribuindo para aumentar a qualidade de vida, saúde, bem-estar e segurança em ambiente doméstico, das comunidades dos idosos e dos deficientes motores, proporcionando condições para um envelhecimento ativo.

Assim a mensagem "Olá, desculpe a interrupção mas são 4 da tarde, horas de tomar a medicação da tensão arterial. Obrigada" já pode ser entregue diretamente por um robot a um idoso ou a um utilizador com deficiência, ajudando-o a cumprir o horário da medicação.

O projeto envolveu mais de 1011 idosos a nível nacional, 30 instituições, incluindo 25 Universidades seniores das regiões de Lisboa, Oeiras, Cascais e Porto e uma instituição particular de solidariedade social (Associação Salvador) que atua na área da deficiência motora.

O projeto desenvolveu soluções tecnológicas para três cenários:

  • Health@Home (saúde em casa), através do desenvolvimento de serviços de prevenção e promoção da saúde para cidadãos idosos e outros que se mantêm nas suas casas, como o serviço de tele-reabilitação que permite ao cidadão realizar consultas e exercícios de reabilitação, monitorizados em tempo real por um profissional de saúde remoto, ou um conjunto de sensores de sinais vitais, que permitem o acompanhamento personalizado e contínuo do seu estado de saúde e atividade física;
  • Connect@Home (ligado em casa), mediante a avaliação e disponibilização de serviços, através de um assistente pessoal virtual, o qual recorre à interação natural do cidadão com o computador (utilizando modalidades como a fala, toque, gesto, teclado e rato) e à capacidade de adaptação ao contexto (características de luminosidade e ruído ambientes, limitações visuais e auditivas do utilizador, localização), para o manter ligado à sua rede social (Youtube, Facebook ou Twitter), profissional e familiar;
  • Secure@Home (segurança em casa), tecnologias e serviços que possibilitam o controlo e a automação da casa, identificando, prevenindo e alertando para situações de risco e visando o conforto e a segurança doméstica do cidadão, donde se destaca um robot pessoal, um serviço de localização e deteção de movimento e um conjunto de sensores e atuadores de controlo domótico. 
Assim, o projeto Living Usability Lab que a Microsft tem liderado nestes últimos 2 anos, disponibiliza à comunidade científica, à indústria e à sociedade, uma rede nacional de laboratórios vivos, onde os cidadãos podem experimentar e avaliar a usabilidade de tecnologias e serviços em cenários reais, que incluem serviços de comunicação audiovisual e entretenimento, serviços de prevenção e promoção da saúde para cidadãos que se mantêm nas suas casas, ou ainda serviços de gestão automática do ambiente doméstico. Idoso

Um dos focos do projeto foi o desenvolvimento de tecnologias de interação natural com o computador, especialmente adaptados àqueles cidadãos que têm sido mais esquecidos no acesso aos serviços fundamentais e tecnologias da Internet: as pessoas idosas e aquelas com deficiência motora. O projecto adoptou os princípios do design universal e das interfaces naturais do utilizador (fala, gestos), fazendo uso das vantagens trazidas pelas Redes de Nova Geração e computação distribuída.

Apoio do COMPETE

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico) e inserido na estratégia do Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica - TICE.PT, o projecto envolve um investimento total de 1.248 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 858 mil euros. 

Parcerias 

Este projeto, coordenado pela Microsoft Portugal, envolveu um consórcio de empresas da área das TIC, destacando-se a Micro-IO e a Plux, e de Universidades e Institutos de Investigação, nomeadamente, a Universidade de Aveiro, o IEETA, a Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto e o INESC Porto. 

Resultados

O envelhecimento demográfico é provavelmente um dos acontecimentos mais relevantes da Humanidade. Com interfaces adequadas e mais naturais e com as possibilidades oferecidas pelas Redes de Nova Geração, a introdução de soluções tecnológicas facilita a vida quotidiana das pessoas idosas, combate o isolamento e a info-exclusão, aumentando a sua capacidade de trabalho, autonomia e melhorando a sua saúde e bem-estar.

O projecto Living Usability Lab contribuiu ao investigar, desenvolver, integrar e avaliar tecnologias que permitam o desenvolvimento de serviços reais, suportados em Redes de Nova Geração, na área da Saúde e qualidade de vida.

De entre as soluções tecnológicas inovadoras apresentadas fizeram parte:

  • sensores para acompanhamento do estado de saúde e atividade física,
  • um serviço de telereabilitação,
  • uma assistente virtual pessoal,
  • um sistema de sensores e atuadores domóticos
  • um serviço de localização e deteção de movimento na habitação

Os serviços desenvolvidos neste projecto incluíram o acesso multimédia à informação e intercâmbio de dados pessoais; tele-saúde e entrega automática de medicamentos; suporte às actividades diárias da vida social, cívica e em comunidade; gestão automática do ambiente para melhorar tanto a qualidade de vida como a segurança.

Desta forma, este projeto criou condições, sob a forma de um laboratório vivo, para que seja possível criar novas tecnologias e serviços tendo por base processos de desenho, desenvolvimento e avaliação, envolvendo ativamente os utilizadores idosos em condições, ambientes e cenários de utilização próximos dos reais. 

O trabalho realizado durante estes dois anos permitiu:

  • a criação de condições para o estabelecimento de um laboratório vivo distribuído, com nós inicialmente em Aveiro (Universidade de Aveiro) e no Porto (Microsoft);
  • o estabelecimento de relações colaborativas entre os vários parceiros do consórcio com o objetivo de prolongar o espírito cooperativo do projeto;
  • avanços em tecnologias de localização de pessoas, robótica, sensores e atuadores, interação natural;
  • definição de uma metodologia de avaliação;
  • e o desenvolvimento de novos serviços e aplicações demonstradores dos três cenários do projeto, destacando-se o Living Home Center e o novo serviço de Telereabilitação.

PT Inovação desenvolve projeto no sector das Redes de Nova Geração

06.09.2012
  • Incentivos às Empresas , Pólos e Clusters
  • I&DT

O “Smart@Home” tem como objetivo criar produtos e serviços integrados e convergentes que possam ser instalados pelos "nossos pais" e usados pelos "nossos avós" através de plataformas que auxiliem a gestão dos centros nevrálgicos da casa.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico e inserido na Estratégia de Eficiência Coletiva TICE, o projeto envolve um investimento total de 2.393 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 1.319 mil euros.

O Mercado

Nas últimas décadas, as habitações começaram a ser povoadas por um conjunto de equipamentos eletrónicos, desde os pequenos e grandes eletrodomésticos até a sistemas avançados de telecomunicações, passando por equipamentos destinados ao entretenimento. Inicialmente, estes dispositivos eletrónicos residenciais funcionavam de uma forma completamente desligada entre si. O telefone ligava-se à rede telefónica, a televisão à rede de teledifusão e os primeiros computadores pessoais domésticos não se ligavam a nada. Esta situação teve algumas evoluções e os equipamentos começam a estar de alguma forma interligados. O videogravador passou a poder ligar-se à televisão. O telefone, através de um modem, conseguiu ligar o computador ao mundo e na sua evolução criou-se uma parte da Internet que conhecemos hoje.

Com a crescente digitalização das nossas vidas, outros dispositivos começaram a ligar-se entre si, por exemplo, os leitores móveis de música podem ligar-se ao computador, os sistemas de alarmes possuem capacidade de se ligarem a uma central para comunicar problemas.

Estamos neste momento na fase da comunicação em silos mais ou menos estanques, isto é, existe capacidade de comunicação ao nível dos aparelhos, mas esta ainda é limitada.
Atualmente, a tendência é cada vez maior no sentido da integração total. De alguma forma a ideia de convergência entre os aparelhos começa a estar presente na cabeça dos fabricantes e dos diversos fóruns de normalização. No entanto, muitas vezes as pessoas sentem que os sistemas são demasiado complexos e demasiado restritivos naquilo que permitem fazer para que elas estejam dispostas a investir o seu tempo a aprender como colocar tudo a funcionar em conjunto.

Descrição do projeto

Os novos serviços de telecomunicações têm-se caracterizado por um incremento substancial da quantidade e qualidade dos equipamentos que os operadores estão a colocar em casa dos clientes, instalando muitas vezes redes domésticas bastante complexas.

Esta situação tem tendência a intensificar-se com o desenvolvimento das Redes de Nova Geração baseadas em fibra ótica, visto que, numa única fibra, vão ser disponibilizados os atuais serviços de telefone, televisão analógica, televisão digital e acesso à Internet, bem como potenciais novos serviços, com uma qualidade até agora fora do alcance doméstico: televigilância, telemedicina, eCare, eLearning, entre outros.

A operacionalização destes serviços nas atuais habitações, que não estão preparadas para redes de alto débito, é um enorme desafio.

Neste sentido, o projeto Smart@Home pretende desenvolver produtos e serviços integrados e convergentes, de fácil instalação e utilização, através da criação de novas plataformas que permitam auxiliar a gestão dos centros nevrálgicos da casa, incluindo um equipamento inteligente de interface com a rede de acesso e com todas as componentes da rede doméstica, denominado de Home Smart Center.

Pretende-se, assim, criar produtos e serviços integrados e convergentes que possam ser instalados pelos “nossos pais” e usados pelos “nossos avós”.

Este projeto é uma resposta ao contexto atual em que os novos equipamentos de telecomunicações que os operadores colocam em casa dos clientes caracterizam-se por um incremento substancial na sua qualidade, permitindo usufruir de uma significativa variedade de novos e melhores serviços. Esta situação tem vindo a intensificar-se com o desenvolvimento das Redes de Nova Geração baseadas em fibra ótica, em particular em GPON, uma vez que estas permitirão disponibilizar os atuais serviços de telefone, televisão analógica, televisão digital e acesso à Internet, bem como potenciais novos serviços com qualidade fora do alcance doméstico atual: televigilância, telemedicina, eCare, eLearning, entre outros.

Serão também desenvolvidos equipamentos de receção de TV digital IP com características avançadas de interface com o utilizador e capacidades multimédia (Smart TV Box) e equipamentos com funcionalidades mais limitadas e com custo mais baixo (Basic TV Box), ambos com suporte na mesma base tecnológica e completamente integrados com o Home Smart Center e com as soluções de Domótica-Energia-Saúde.

Pode-se afirmar, de uma forma simplista, que o Projecto Smart@Home aborda a temática das casas do futuro (ou inteligentes), sendo que a abordagem proposta pretende ser inovadora no sentido em que pretende tirar partido da relação existente entre os operadores de telecomunicações e o cliente e, desta forma, libertar o cliente da grande complexidade que representa operacionalizar e manter estas infraestruturas e serviços em funcionamento.

A abordagem do projeto Smart@Home centra-se em duas grandes vertentes:

  • Serviços e infraestruturas de rede, domótica, segurança, monitorização energética, ambiental e de sinais vitais;
  • Serviços e infraestruturas de entretenimento.

No âmbito do projeto Smart@Home, a primeira destas vertentes irá incidir sobre questões relacionadas com o Home Networking (em particular com as funcionalidades de Home Gateway), com os sistemas domóticos para controlo de iluminação, climatização, energético, saúde, etc.
A segunda vertente irá abordar as questões mais relacionadas com a oferta de serviços de entretenimento, na sua maioria TV-Centric.

Para o efeito, o projeto será estruturado em 7 atividades e 44 tarefas, em consórcio liderado pela PT Inovação e que integra ainda a Novabase e a ISA, tendo em vista a formação de uma equipa altamente qualificada e dotada das competências técnico-científicas, financeiras e de gestão indispensáveis ao projeto.

Atividades

1. Home Smart Center
2. Smart TV Box
3. Basic TV Box
4. Funcionalidades Smart Home Ambient Intelligence
5. Funcionalidade Domótica-Energia-Saúde
6. System in a Package
7. Piloto/Demonstrador

Protótipos

Neste projeto pretendem-se desenvolver um total de 260 protótipos, entre os quais 60 serão protótipos iniciais destinados às equipas de desenvolvimento e testes, uma vez que estas equipas trabalham em paralelo e precisam de protótipos para desenvolverem o seu trabalho. Os restantes 200 protótipos corresponderão ao número de versões finais adequado para enquadrar um demonstrador que permitam a realização de testes a todos os componentes, num ambiente real.

Equipa

O projeto é desenvolvido por uma equipa de I&DT de técnicos altamente qualificados, dotada das competências necessárias para garantir uma adequada execução do projeto que permita potenciar os seus resultados e aproveitar as complementaridades das valências técnicas e científicas das várias empresas copromotoras, das empresas subcontratadas e da entidade do SCT subcontratada.

Promotor e consórcio

- O promotor líder do projeto, Portugal Telecom Inovação, S.A., é uma empresa dedicada à Investigação Aplicada e Desenvolvimento de Serviços, Soluções e Sistemas de Telecomunicações, possuindo as necessárias competências científicas, técnicas, financeiras e de gestão indispensáveis ao projeto.

- O projeto é realizado em consórcio com as empresas ISA - Intelligent Sensing Anywhere, S.A. e a Novabase Digital TV Engenharia de Sistemas para TV Interactiva, S.A., dada a complementaridade de competências e de interesses comuns no aproveitamento dos resultados das atividades de I&D do projeto.

Resultados

  • É objetivo do projeto Smart@Home desenhar e criar produtos e serviços simplificados e integrados, de fácil instalação e utilização. Os novos desenvolvimentos terão aplicação potencial ao nível das telecomunicações, entretenimento, domótica, etc.
  • O projeto Smart@Home criará benefícios evidentes à economia do país, diretamente no sector das comunicações e da eletrónica doméstica e, indiretamente, nos restantes sectores económicos, podendo os novos serviços e produtos ser exportados para mercados internacionais.

Síntese

O Projeto Smart@Home é, em suma, um projeto com elevado interesse técnico-científico e económico, que visa o desenvolvimento de produtos e serviços integrados e convergentes, de fácil instalação e utilização, através do desenvolvimento de plataformas que permitam auxiliar a gestão dos centros nevrálgicos da Casa, incluindo construir um equipamento inteligente de interface com a rede de acesso e com todas as componentes da rede doméstica (Home Smart Center), de base tecnológica e completamente integrados com soluções de Domótica-Energia-Saúde. Serão também desenvolvidos equipamentos de receção de TV digital IP com características avançadas, de interface com o utilizador e de capacidades multimédia (Smart TV Box) e, equipamentos com funcionalidades mais limitadas e com custo mais baixo, (Basic TV Box).

Em termos de realização do projeto e centrado no desenvolvimento do protótipo do Home Smart Center, já é possível executar um conjunto de operações diversas, quer no domínio da rede IP residencial, funcionando como gestor e encaminhador de todo o tráfego de dados, quer no âmbito dos serviços domésticos integrados.

No que respeita à gestão da rede doméstica, estão disponíveis todas as funcionalidades de routing IP, estando o equipamento a funcionar como gateway residencial de alto débito, tendo em conta a interface GPON para ligação ao operador, não havendo grande limitação de largura de banda mesmo num uso intensivo de serviços de triple play.

No âmbito dos serviços, está desenvolvida uma aplicação para gestão e subscrição individual dos serviços das distintas áreas de integração, com recurso a uma solução de software baseada em plataforma OSGi.

Os serviços em demonstração abrangem, por exemplo, a área da automação, permitindo o controlo de luzes e tomadas, com o adicional da monitorização do gasto energético associado a cada ponto de consumo, da segurança, desde o simples atendimento do videoporteiro IP à monitorização da presença humana nos espaços físicos, quer por sensor de movimento ou câmara IP. Existe todo um conjunto de alarmísticas por e-mail ou para terminais móveis possíveis de configurar, reportando imediatamente casos de situação de intrusão ou presença estranha por via remota. Adicionalmente, estes equipamentos de monitoria podem ser reutilizados em cenários de serviços de bem-estar, tais como a monitoria de crianças ou atividade de idosos.

Na área de bem-estar, acautelando uma situação de emergência, está funcional o chamado “botão de pânico”, permitindo comunicar um alerta no mais curto espaço de tempo e minimizar o subsequente intervalo até atendimento da situação. Para outros contextos de bem-estar, no dia-a-dia, estão disponíveis serviços de prevenção tão diversos como a leitura de tensão arterial, medição do nível da glucose, aferição do peso e do índice de massa corporal, sempre com recurso a equipamentos simples e intuitivos de usar, sem fios, e que automaticamente transmitem a informação lida para uma plataforma que guarda todo o histórico para consulta posterior. Cada equipamento desta área e todo o software que lhe está associado permite a escolha do perfil de utilizador antes de cada leitura, numa perspetiva de partilha do dispositivo, potenciando o seu uso em agregados familiares ou grupos de pessoas que coabitem uma mesma residência.

Todos os dados gerados por utilização de todos estes serviços integrados, bem como os estados dos equipamentos residenciais são continuamente centralizados e atualizados em servidores cloud based, podendo ser consultados e mesmo operados em dispositivos multi-plataforma. Para cada um dos mais comuns sistemas operativos (Windows, iOS e Android) estão disponíveis aplicações nativas para consumo dos dados de todos os serviços por utilizador. A ativação e controlo de serviços é também possível, dando como exemplo o armar duma monitoria dum sensor de movimento em particular, o apagar duma luz ou a consulta do peso do mês.

Tendo em consideração a arquitetura de rede projetada para toda a plataforma de serviços, e sendo o serviço de IPTV bidirecional no que toca a interatividade, também é possível consultar, consumir e operar alguns serviços menos críticos diretamente na TV através de aplicações interativa.  Este elemento interatividade é explorado em variados cenários de consumo e de partilha de média, quer entre STBs, quer entre dispositivos móveis e a televisão, quer mesmo entre utilizadores distintos em casas distintas ou aceder às redes sociais a partir da TV. Um exemplo desta utilização simples dos conteúdos é a possibilidade de se tirar uma fotografia com um Smartphone e visualizá-la logo na TV, carregando apenas num botão, ou fazê-la aparecer na televisão de um amigo em casa deste.

Todos estes protótipos estão a ser finalizados e as demos das soluções finais a serem, neste momento integradas, para se poderem avaliar as propostas de fim-a-fim com todos os elementos funcionais, coisa que acontecerá até ao fim deste ano.

Um dos snapshots, a ser montado:

Snapshot 

 

Fiorima | Têxteis nacionais tratam da saúde

27.08.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Têxteis que ajudam no tratamento de determinadas patologias são algumas das inovações “made in Portugal” que empresas como a Fiorima estão a desenvolver e a lançar no mercado.

Peúgas | Fiorima
Peúgas | Fiorima

Apostada em diferenciar-se e a manter a inovação no topo das prioridades, a Fiorima já conseguiu avanços significativos no desenvolvimento de artigos têxteis que ajudam a cuidar da saúde dos utilizadores. Estamos a falar de uma peúga com funcionalidades médicas na resolução/alívio de determinadas patologias dos pés.

O projecto

Trata-se de um projecto apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, sendo o investimento elegível de cerca de 487 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 395 mil euros.

Objectivos

Com este projecto a FIORIMA pretende:

  1. Investigar e desenvolver novas e inovadoras peúgas incrementando a mais-valia tecnológica e funcional das peúgas que produz.

    A Fiorima, através da conjugação de materiais, acabamentos e estruturas, assim como das tecnologias utilizadas, irá lançar uma linha de peúgas com multifuncionalidades adequadas às necessidades das patologias dos pacientes.
  2. Investigar e implementar o conceito de “consultório virtual de apoio médico”.

    De modo a que as pessoas com patologias nos pés possam ter um melhor aconselhamento sobre as peúgas mais adequadas à sua situação clínica, é objectivo da FIORIMA o desenvolvimento de um consultório virtual de apoio médico. Este consistirá num sistema acessível via internet através do qual um visitante poderá obter informação que o auxilie na selecção adequada da peúga terapêutica.

O desenvolvimento do consultório virtual é parte integrante do projeto uma vez que o investimento que a empresa pretende realizar não é apenas na concepção e desenvolvimento de peúgas medicalizadas, mas também na sua distribuição e venda.

Historial da FIORIMA - Fabricação de Peúgas, S.A.

A empresa de produção de peúgas trabalha maioritariamente para o mercado externo, dirigindo as vendas na sua quase totalidade para este mercado situado na Europa, EUA e Japão.

Criada em 1985, a FIORIMA nasceu da experiência acumulada nos domínios da indústria e da gestão dos sócios fundadores e deu corpo a um projecto tecnologicamente avançado e diferenciador na concepção, desenvolvimento, produção e comercialização de peúgas e similares de malha.
 
É considerada pelos seus clientes e fornecedores uma das empresas mais modernas do mundo, não só pelo recurso ao equipamento de fabricação mais actualizado, como pelo recurso às mais avançadas tecnologias no domínio de toda a logística da cadeia de valor.

Designers internacionais de moda, trabalhando em regime de exclusividade, têm a missão de desenvolver as colecções de peúgas e similares de malha de homem e mulher, lisos, derby, links, jacquard, intarsia, fantasias e bordados.

A robotização de muitos dos processos e tarefas, a integração de toda a informação gerada no interior da empresa, bem como a sua conectividade com o exterior permite à FIORIMA um avanço tecnológico relativamente aos seus concorrentes.

Produto inovador: Peúga com funcionalidades médicas

O projeto pretende contribuir para a resolução/alívio de problemas de saúde dos pés através do desenvolvimento de peúgas funcionalizadas e medicalizadas com efeito preventivo e/ou curativo nas seguintes patologias:

  • Insuficiência venosa;
  • Pé de diabético;
  • Micoses;
  • Outras patologias associadas como excesso de sudação e queratoses ou calosidades.

As peúgas são a primeira barreira entre o pé e meio ambiente que o rodeia. Este facto realça a importância que deve ser dada à peúga ao nível do design e ergonomia, da matéria-prima a utilizar e não menos importante, às várias funcionalidades que podem tornar uma peúga com propriedades activas, de forma a permitir uma verdadeira interacção com o meio em que está a ser utilizada.

O tratamento e terapêutica daquelas patologias passa pela libertação de vasoconstritores, compressibilidade gradual, libertação de antimicóticos, controlo de humidade e libertação de vitaminas e outros aditivos funcionais.

Estando as peúgas em contacto com a pele são um óptimo veículo de transmissão de produtos/agentes para a cura e/ou prevenção destas patologias. Assim, a inclusão de novas funcionalidades em têxteis (nomeadamente antibacterianas, antinflamatórias, hidratantes, vitaminas), assim como a produção de novas estruturas com compressibilidades criteriosamente estudadas surgem como uma oportunidade para o desenvolvimento de peúgas que auxiliem no tratamento e controlo das patologias identificadas.

Como resultado pretende-se desenvolver um pack terapêutico para cada uma das patologias. Assim, a escolha adequada das peúgas, desenvolvidas a partir de substratos têxteis com propriedades multifuncionais pode minorar, aliviar e/ ou prevenir as patologias já mencionadas.

Testes

Serão executados protótipos com diferentes agentes de funcionalização/medicalização, em que cada protótipo corresponde a um Pack Terapêutico que pretende colmatar uma necessidade médica anteriormente identificada.
A eficácia destes protótipos será aferida através da realização de testes de uso, num número que permita a obtenção de resultados fiáveis.

Resultados

Dado que os produtos que resultarem deste projecto são bastante inovadores e alvo de procura crescente nos países onde a empresa já exporta, a FIORIMA espera introduzi-los nestes mercados, aumentando a sua quota de vendas.

É ainda expectável que o consultório virtual de apoio médico contribua para o aumento das exportações da empresa, pois possuirá um carácter universal.

O projecto da Fiorima é, assim, ambicioso em termos de resultados esperados e inovação quer ao nível dos produtos a desenvolver, quer ao nível das actividades de validação e verificação do desempenho desses mesmos produtos.

O desenvolvimento destas peúgas levará a cabo a incorporação de diferentes agentes de funcionalização, a adaptação e/ou desenvolvimento de metodologias de incorporação destes agentes, a escolha e utilização criteriosa de matérias-primas. Em paralelo, será efectuada a aferição dos níveis de segurança e qualidade biológica bem como serão realizados ensaios de avaliação clínica das peúgas desenvolvidas em populações alvos.

De forma a salvaguardar os direitos de propriedade intelectual e industrial dos produtos/processos desenvolvidos estão previstos, o pedido de registo de uma patente europeia e de outros direitos de propriedade industrial.

De forma a credibilizar os ensaios clínicos realizados nos pacientes identificados será feito o registo dos mesmos ensaios. Este registo garante a eficácia da peúga, visto que os ensaios serão realizados de acordo com um conjunto de procedimentos e protocolos que asseguram que os resultados obtidos são fiáveis.

Síntese

Em suma, pretende-se com este projecto:

  • Desenvolver o conhecimento e propriedade intelectual e industrial necessário à exploração da tecnologia desenvolvida no contexto de outros produtos têxteis e permitir a entrada da empresa em novos nicho de mercado e a diversificação da sua presença no sector têxtil e vestuário;
  • Promover e estimular a inovação e o desenvolvimento de metodologias de concepção e investigação de novos produtos, que permitam à empresa manter-se na linha de frente no seu sector de mercado, sendo disso exemplo a opção da empresa em proceder à Implementação do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação.

Assim, do conhecimento gerado a partir do desenvolvimento das actividades previstas resultará a obtenção de uma família de novos produtos têxteis funcionais, destinada à prevenção e controlo de algumas das mais representativas/importantes patologias dos pés.

Projecto MobiPag - Iniciativa Nacional para Pagamentos Móveis

25.05.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

O Mobipag é um projecto Mobilizador que reúne um conjunto de empresas e entidades com competências diversas que concorrem para criação de uma solução nacional de pagamentos móveis.

Duas pessoas a segurar num telemóvel
Duas pessoas a segurar num telemóvel

O Mobipag é um projecto Mobilizador no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico que reúne um conjunto de empresas e entidades com competências diversas que concorrem para criação de uma solução nacional de pagamentos móveis.

Apoiado no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT do COMPETE, o projecto envolve um investimento de 2.121.502 mil euros correspondendo a 1.495.549 mil euros de incentivo FEDER, o projecto reúne um advisory board constituído pelos principais operadores nacionais e internacionais que concorrem para a criação de um eco-sistema de pagamentos móveis nacional.

Com início efectivo em Dezembro de 2010 e projectado a terminar em Abril de 2013, o projecto MobiPag visa o desenvolvimento de uma solução de desmaterialização de pagamentos com utilização dos dispositivos móveis pessoais como terminal de pagamento automático que seja inter-operável entre os vários agentes financeiros e de comunicações móveis nacionais, e passível de ser adoptada universalmente pelos acquirers, merchants e lojistas.

Os pagamentos móveis apresentam-se como uma oportunidade de reforço da eficiência do sistema de pagamentos português, mediante a electronização de transacções que actualmente ainda utilizam meios de pagamento com custos elevados.

A captura desta oportunidade será viável mediante o desenvolvimento de uma solução de pagamentos móveis que tenha como alvo principal a substituição de notas e moedas:

• Em pontos de venda atendidos (estima-se que cerca de 60% do número de pagamentos em comerciantes sejam feitos com notas e moedas), particularmente em transacções de elevada frequência e menor valor (tipicamente até 15-20€);

• Em pagamentos não atendidos (parqueamento, vending machines, etc.)

Complementarmente os pagamentos móveis constituem ainda uma oportunidade como solução para m-commerce e e-commerce. Dada a sua universalidade e dimensão nacional, a iniciativa para os pagamentos móveis estará aberta ainda à integração com outros sistemas de pagamentos móveis em desenvolvimento, nomeadamente no âmbito dos micro-pagamentos de compra de conteúdos online e outros sistemas de micro-pagamentos compatíveis que estejam em desenvolvimento.

O sistema de pagamentos móveis que resultar deste projecto terá de ser atractivo para a Banca, para os operadores móveis e para os operadores de transacções (promover a livre concorrência). Em suma, todos os operadores envolvidos deverão ter a possibilidade de desenvolver produtos e serviços personalizados. A solução criará assim a oportunidade e a ambição de permitir a criação de modelos de negócio fortes, que permitam a rápida introdução da solução de pagamentos no mercado que por sua vez possam ser adoptados pelos merchants e lojistas na sua universalidade. A iniciativa Nacional para Pagamentos Móveis deve envolver e motivar os players nacionais: devem estar todos alinhados e colaborar numa solução conjunta.

Por outro lado, as tecnologias a desenvolver devem garantir a interoperabilidade, a segurança, a autenticação, a ubiquidade, a universalidade da solução. Deverá ser prevista a diversidade de sistemas, de standards e de dispositivos, de forma a permitir a introdução e adopção da plataforma de pagamentos móveis em diferentes países e a integração com as diversas tipologias de dispositivos móveis adoptados nesses países, europeus e/ou globais.
O projecto MobiPag compreende, assim, o desenvolvimento de duas componentes, traduzidas em 2 PPS:
1. desenvolvimento do Middleware para Pagamentos Móveis e Interoperabilidade, que tem como principal objectivo a especificação, desenho, arquitectura, concepção e desenvolvimento da plataforma/sistema convergente que irá suportar os vários serviços de pagamentos móveis;

2. o desenvolvimento de Serviços Diferenciadores com base em Pagamentos Móveis, através da identificação, estudo e implementação de cenários de teste, avaliação e demonstração que permitam aferir de forma abrangente os principais factores técnicos e humanos envolvidos na utilização de pagamentos móveis e as novas potencialidades por eles proporcionadas.
O objectivo final é o de desenvolver um piloto nacional demonstrador do sistema de pagamentos móveis, passível de ser adoptado a nível nacional e também exportado para outros países no âmbito do espaço europeu e internacional. O piloto está programado para ocorrer na Universidade do Minho, no início de 2013.

Uma solução portuguesa de pagamentos móveis promoverá um salto competitivo das empresas do cluster das TICE, das empresas dos sectores que beneficiam por arrastamento com um sistema de pagamentos com estas características (merchants e lojistas) e beneficiará ainda os operadores do sistema financeiro e do sistema de telecomunicações móveis. Em suma, promoverá o crescimento da economia portuguesa através da criação de novos produtos e serviços de pagamento com base em dispositivos móveis (nacionais e com potencial de exportação) e pela incorporação de novas tecnologias e novas formas de pagamentos electrónico nas actividades económicas nacionais.

Portugal tem a oportunidade de estar cada bez mais na vanguarda do desenvolivmento e da adopção de soluções inovadoras com o desenvolvimento de uma solução de pagamentos móveis integradora.

Parceiros do projecto

O Consórcio do projecto é composto por empresas e entidades do SCT nacionais com competências em áreas complementares para execução das várias actividades e tarefas previstas pelo projecto ao nível dos PPS definidos.

O Consórcio é composto por oito co-promotores - três PME, duas grandes empresas e três entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico.

As empresas co-promotoras do Consórcio são as seguintes:

  1. Cardmobili - Desenvolvimento de Software S.A. (Porto) – Promotor Líder;
  2. Creativesystems - Sistemas e Serviços de Consultoria, Lda. (São João da Madeira);
  3. Multicert - Serviços de Certificação Electrónica S.A. (Lisboa);
  4. Portugal Telecom, Inovação S.A. (Aveiro);
  5. Wintouch - Sistemas de Informação Lda. (Braga).

Cada uma das empresas do consórcio detém competências em áreas de negócio complementares assegurando assim a integração dos resultados deste projecto nos seus produtos e serviços e a sua difusão e valorização económica através do impacto directo na oferta e competitividade das empresas.

As entidades co-promotoras do Sistema Cientifico e Tecnológico são as seguintes:

6. Universidade do Minho (Braga);
7. Instituto Superior Técnico (Lisboa);
8. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Porto).

Já ouviu falar de superfícies cerâmicas autolimpantes?

17.05.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

“SelfClean” | Modificação da superfície com materiais nanoestruturados fotocatalíticos, o objectivo é diminuir os custos de manutenção de edifícios e a redução do impacto da atividade humana no ambiente.

É esse o âmbito do projeto “SelfClean” que, através da modificação da superfície com materiais nanoestruturados fotocatalíticos, pretende diminuir os custos de manutenção de edifícios e a redução do impacto da atividade humana no ambiente.

Enquadramento

O “SelfClean” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade, através de uma candidatura em co promoção no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico. Ao investimento de 333.946 mil euros, corresponde um incentivo de 219.225 mil euros provenientes do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

O projeto SELFCLEAN enquadra-se na temática da Construção Sustentável, na vertente associada à produção de materiais e produtos de construção com impacte ambiental reduzido e devidamente controlado. Neste âmbito, o crescimento rápido das nanotecnologias impulsionou interesse no uso dos nano materiais para o desenvolvimento de produtos dotados de novas funcionalidades, com especial ênfase para aplicações ambientais. Assim, os revestimentos cerâmicos constituem um alvo privilegiado para poder receber materiais ativos devido a elevada área potencialmente disponível.

Trata-se assim de um projeto coerente com o Programa de Ação do Cluster Habitat Sustentável, contribuindo de forma relevante para a concretização dos seus objetivos estratégicos e metas, tendo sido identificado como um dos projetos complementares do Cluster.

Descrição

Trata-se de um projeto que integra atividades de investigação industrial e de desenvolvimento experimental, conducentes à criação de novos produtos/sistemas.

Para atingir estes resultados, a equipa de trabalho, liderada pela empresa RECER, reúne elementos do Departamento de Engenharia de Cerâmico e do Vidro da Universidade de Aveiro, com trabalhos reconhecidos no desenvolvimento tecnológico com materiais foto catalíticos, e o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, com competências no desenvolvimento de novos materiais e ensaio de novos produtos para a construção sustentável.

Este projeto visa o desenvolvimento de revestimentos cerâmicos com funções autolimpantes e purificantes, através da modificação da sua superfície com materiais nano estruturado foto catalíticos. Sem detrimento das funções nativas do revestimento cerâmico, estas novas funcionalidades permitirão diminuir os custos de manutenção de fachadas de edifícios e a redução da concentração de poluentes gasosos na atmosfera. Consequentemente, pretende-se que este produto contribua para a regressão do impacto da atividade humana no ambiente, atualmente um dos maiores desafios da sociedade.

O desenvolvimento será centrado na modificação das propriedades de superfície dos produtos convencionais por deposição de filmes foto catalíticos constituídos por óxidos nano cristalinos, que na generalidade contêm óxido de titânio. Estes filmes caracterizam-se por terem uma estrutura fotossensível, que por ação da luz solar se tornam altamente oxidantes e super-hidrofílicos, propriedades que induzem a desagregação e limpeza da sujidade e a degradação de substâncias poluentes na atmosfera que contactam com a superfície.

No final do projeto, pretende-se obter um protótipo de um revestimento cerâmico autolimpante resultante da otimização do processo e dos materiais do filme fotoactivos, incluindo as especificações que caracterizam o seu efeito autolimpante.

A produção, à escala piloto, de protótipos funcionais, será conduzida com o duplo objetivo de comprovar a tecnologia desenvolvida e produzir uma fachada piloto que servirá para demonstrar as propriedades dos novos produtos. Para este efeito, serão produzidos ladrilhos cerâmicos funcionais com formato industrial, em quantidade suficiente para ocupar a área útil a definir para a fachada e para os necessários testes e ensaios de caracterização.

Objetivos

Gerais:

  • Alargamento da gama de bens ou serviços;
  • Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado;
  • Redução do impacto ambiental e/ou melhoria da saúde, higiene e segurança no trabalho.

Especificos:

  • Otimizar materiais ativos e substratos cerâmicos de forma maximizar o efeito fotocatalítico da superfície cerâmica.
  • Desenvolver e otimizar processos de deposição de filmes com materiais fotocatalíticos que promovem a autolimpeza e purificação do ar.
  • Validar a tecnologia de funcionalização de superfície através da produção à escala piloto de protótipos funcionais.
  • Implementar e validar metodologias de caracterização de propriedades de superfícies fotocatalíticas seguindo normalização internacional em vigor.
  • Avaliar e validar a capacidade/poder de autolimpeza e de purificação do ar dos filmes desenvolvidos segundo ensaios implementados segundo normas internacionais de referência.
  • Avaliar e comprovar a durabilidade dos revestimentos fotocatalíticos através de uma metodologia específica implementada no quadro do projeto.

Resultados

Pretende reforçar a capacidade competitiva das empresas no acesso aos mercados externos, enquadrando-se na estratégia do promotor de desenvolvimento de novos produtos dotados de novas funcionalidades que se demarquem da função tradicional do revestimento e pavimento cerâmico, de valor acrescentado, e que pode, adicionalmente, impulsionar as vendas de produto convencional, destinado maioritariamente para exportação.

Os novos revestimentos cerâmicos desenvolvidos permitirão de um lado, a redução dos custos de manutenção de fachadas de edifícios e o consequente recurso aos tradicionais produtos químicos de limpeza, e do outro lado, a redução da concentração de poluentes gasosos na atmosfera, contribuindo assim para uma redução da pegada ecológica humana.

InovGrid – uma plataforma de que é impossível fugir no futuro

11.05.2012

Este projeto da EDP Distribuição é uma plataforma de entendimento cujo principal objetivo é desenvolver as tecnologias das redes e dos contadores inteligentes de eletricidade.

Impulsionado pela saída do Decreto-lei n.º 363/2007 relativo à microprodução, este projeto da EDP Distribuição é uma plataforma de entendimento cujo principal objetivo é desenvolver as tecnologias das redes e dos contadores inteligentes de eletricidade.

 

Enquadramento

Os fatores macroeconómicos que influenciam o desenvolvimento do sector elétrico, nomeadamente a necessidade de otimização energética, o peso crescente de fontes de energia renováveis e de produção descentralizada e o empowerement do consumidor, têm motivado a nível mundial as companhias de eletricidade e seus parceiros a investir em projetos de smart metering e smart grids.

O futuro do planeta depende da nossa capacidade de mudança para padrões de vida mais sustentáveis e que consumam menos recursos. Precisamos de um mundo novo, em que as energias mais limpas são geridas de uma maneira inteligente. A necessidade de novos modelos de geração de energia e de maior fiabilidade e qualidade do fornecimento está a mudar a forma como os clientes interagem com as redes elétricas. E a eficiência traz consigo benefícios para todos.

Para responder a esta nova era da energia, a EDP Distribuição lançou o InovGrid.

Consórcio

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT, o projeto envolve um investimento total de 6.057 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 3.525 mil euros.
O InovGrid está a ser desenvolvido pela EDP Distribuição, com o apoio de parceiros nacionais de produção industrial, de tecnologia e de investigação: a EDP Inovação, o INESC Porto, EFACEC, a LOGICA e a JANZ/CONTAR.

Âmbito

InovGrid é um apoio à microprodução

Trata-se de um sistema elétrico de distribuição inteligente, centrado na telegestão da energia, que revoluciona as redes e a sua forma de interação com os consumidores/produtores.

Este projeto de transformação será consubstanciado numa renovação tecnológica e adequação organizativa da operação da rede de distribuição e da relação com os restantes “stakeholders”, suportada numa infraestrutura que dará resposta às necessidades decorrentes da eficiência energética, telegestão, produção distribuída e microgeração, e assumirá o controlo ativo e inteligente da rede. Está associado à instalação de equipamento de medida por telecontagem e à implementação progressiva da microgeração. 

Deste modo, a rede de distribuição ficará preparada para dar resposta aos objetivos traçados aos níveis europeu e nacional, quer em termos de promoção da utilização racional de energia, quer no que concerne à crescente introdução das energias renováveis, assim como aos desafios relacionados com a mobilidade elétrica, mantendo, simultaneamente, os compromissos assumidos relativamente à qualidade do serviço.

Objectivos

  • dotar a rede elétrica de informação e de equipamentos capazes de automatizar a gestão das redes,
  • melhorar a qualidade de serviço,
  • diminuir os custos de operação,
  • promover a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental,
  • potenciar a penetração das energias renováveis e do veículo eléctrico.

Resultados

Vai ser possível controlar e gerir ao momento o estado de toda a rede de distribuição de eletricidade diminuindo significativamente o tempo de duração de eventuais interrupções de serviço. Isto vai permitir que os comercializadores e empresas de serviços energéticos disponibilizem, sobre esta plataforma tecnológica, informação, produtos e serviços energéticos de valor acrescentado para os consumidores.

A rede inteligente de energia faz de Portugal um país mais eficiente e sustentável, pela otimização dos sistemas de energia, pela redução das emissões de CO2 e pela menor utilização de recursos fósseis. Aliás, este projeto coloca Portugal e a EDP na vanguarda da Europa, em matéria de inovação tecnológica e da abrangência de serviços.

Curiosidades | Prémios

Projeto InovGrid ganha prémio Utility of the Year Award 2012

No dia 26 janeiro, a EDP com o projeto InovGrid foi galardoada com o prémio “Utility of the year Award 2012”, numa cerimónia que decorreu em Londres, no âmbito dos “European Smart Metering Awards 2012” e integrados na Conferência “Smart Metering UK & Europe Summit 2012”.

Nomeado para duas das categorias, o júri, composto por um conjunto internacional de peritos independentes, que incluía entre outros a Rede Elétrica de Espanha, Vattenfall, Consumer Focus, Fortum e a Enexis atribuiu pela primeira vez, o galardão “Utility of the year Award 2012” à EDP Distribuição, com base na contribuição e no impacto que o Projeto InovGrid tem na temática das redes inteligentes, eficiência energética e na sua orientação para o Cliente, concorrendo com empresas como a British Gas, Endesa ou Scotish Power.

Este prémio é mais um reconhecimento do estatuto inovador que o InovGrid representa, bem revelador das expectativas que toda a comunidade internacional tem no desenvolvimento e alargamento do InovGrid, que se segue à sua seleção, em Maio de 2011, como case study pela Eurelectric e Comissão Europeia/ JRC.

SMARTCOMFORT | Conforto Inteligente em Solas e Calçado

23.04.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Desenvolver sistemas de controlo ativo de conforto, e melhorar as propriedades de adesão e de resistência à abrasão, em solas para calçado.

Procalçado

Num sector tão competitivo como o do calçado a inovação nas solas é um factor distintivo. Solas que hoje são produzidas numa grande diversidade de polímeros e copolímeros aos quais se juntam em matérias-primas como juta, cânhamo, sisal, aramida, acrilonitrilo, butadieno, estireno, poliuretano, policloreto, etileno, policloropreno, butileno, entre outras.

É no contexto de desenvolvimento de novas materiais e funcionalidade que a Procalçado desenvolveu  projeto Smartcomfort, no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT a Procalçado em co-promoção com o CeNTItvc- Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes- envolveu um investimento total de 593 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 399 mil euros.

 A Procalçado é uma empresa líder no mercado europeu no que toca à concepção, desenvolvimento e fabrico de componentes para calçado. A FOR EVER®, líder nacional no setor das solas, e a WOCK®, linha de calçado profissional, são as duas marcas exclusivas desta empresa. 

O projecto SMARTCOMFORT contribuiu para alargar essa liderança no mercado internacional, promovendo a melhoria contínua dos seus produtos tradicionais e diversificando a sua gama de produtos para os novos segmentos de mercado de valor acrescentado.

Pretendeu-se, para além do desenvolvimento das solas inovadoras e de valor acrescentado para a indústria do calçado, promover a criação de Propriedade Intelectual e Industrial e a continuar a integração na empresa de uma estratégia concertada de esforço de IDT.

A Procalçado - Produtora de Componentes para Calçado, S.A. tem marcado a sua evolução pela definição e implementação de estratégias, que permitam dar resposta às exigências sempre crescentes do mercado e conduzam a uma melhoria contínua da sua competitividade. Uma empresa com um espírito inovador muito dinâmico, tendo já recebido vários Prémios GAPI (Gabinete de Apoio à Promoção da Propriedade Industrial) de Inovação Tecnológica - Categoria Materiais e Componentes Inovadores, em 2003, 2004 e 2005. Em Dezembro de 2007 recebeu mais uma vez este prémio, com uma coleção de materiais e produtos com características técnicas altamente inovadoras (esterilizáveis, anatómicos, ventilados, absorventes do choque e impermeáveis).

Com cerca de 240 colaboradores e duas unidades fabris, a Procalçado produz anualmente cerca de 6 milhões de pares de solas com a marca For EVER, o que representa um volume de negócios anual de, aproximadamente, 15 milhões de Euros. Desse valor, cerca de metade corresponde a exportações.

O projeto SMARTCOMFORT teve como principal objetivo o desenvolvimento de sistemas de controlo ativo de conforto, bem como a melhoria das propriedades de adesão e de resistência à abrasão, em solas para calçado.

A Procalçado identificou o conforto como um dos principais indicadores de aceitação dos seus produtos, e como tal, este projeto pretendeu responder a determinadas necessidades da empresa, como sejam, a obtenção de solas com propriedades de gestão do vapor de água; controlo ativo de tensões mecânicas;adesão a pisos gelados, secos e molhados e resistência melhorada à abrasão.

O projecto permitiu desenvolver solas de base polimérica (borracha e/ou outras) com as funcionalidades indicadas para a obtenção de conforto avançado, e assim obter produtos altamente diferenciados e de alto valor acrescentado.

A Procalçado - Produtora de Componentes para Calçado, S.A., aliou-se a uma entidade do sistema científico-tecnológico, o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, de maneira a formar um consórcio capaz de concretizar os objetivos do projeto.

A empresa dispõe de um Centro de Engenharia de Produto, que garante o desenvolvimento técnico e a industrialização dos modelos concebidos para que estes possam ser produzidos de forma mais optimizada, no que respeita ao cumprimento das especificações técnicas, parâmetros de qualidade, consumo de materiais e rentabilização dos recursos técnicos e humanos disponíveis.

Veeco | Veículo Electríco de Elevada Eficiência

20.04.2012
  • Incentivos às Empresas

Foi apresentado publicamente o Veeco RT Serie 1, o primeiro desportivo elétrico made in Portugal.

 

O passado dia 03 de Fevereiro ficou marcado pela estreia mundial do primeiro desportivo elétrico made in Portugal. O Casino Lisboa foi o palco escolhido pela VE para apresentar o primeiro de dois protótipos a desenvolver no âmbito do Projeto Veeco.

 

É o primeiro carro eléctrico desportivo português. Tem apenas três rodas, mas acelera até aos 160 km/h e pode ter uma autonomia de 400 km. O Veeco RT é um reverse trike, ou seja, um triciclo invertido, com duas rodas à frente e uma roda motriz na traseira e um desenho em forma de gota, para melhorar a eficiência aerodinâmica. A designação resulta da junção de VE e ECO, a empresa responsável pela sua construção e a designação ecológica.

O primeiro desportivo eléctrico português nasceu de um projecto de investigação da responsabilidade da VE-Fabricação de Veículos de Tracção Eléctrica, em parceria com o ISEL e financiado pelo Compete no âmbito de Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento.

Envolvendo um investimento total de 1,7 milhões de euros, correspondendo a 1,2 milhões de euros de incentivo FEDER, o Veeco é um projecto de  investigação e desenvolvimento tecnológico (concepção, desenvolvimento, construção de protótipos, testes e melhoramentos necessários) de um veículo de tracção eléctrica de alta eficiência, numa tipologia de 2 lugares (roadster/coupé) de linhas desportivas, que recorre à optimização da eficiência global como meio para  reduzir o consumo de energia e aumentar a autonomia.
Apresentado publicamente o primeiro protótipo, a empresa considera estar em condições disponibilizar as primeiras unidades de venda ao público a partir de meados de 2013.

Vai ser vendido directamente pela empresa ( VE-Fabricação de Veículos de Tracção Eléctrica), com um volume de unidades reduzido. A empresa aposta nas possibilidades de personalização de interiores e equipamentos e os clientes vão poder seguir o processo de produção do seu carro.


Apesar de ter três rodas, o Veeco RT pode circular em todas as estradas. As prestações são suficientes para o equiparar com muitos dos modelos eléctricos do mercado. O carro português pode chegar aos 160 km/h e acelerar aos 100 km/h em apenas oito segundos. Além disso tem uma autonomia base de 200 km (150/160 na maioria dos carros eléctricos), que pode ser alargada para 400 km caso se opte por um pack de baterias maior. O peso é de apenas 800 kg.

No interior, o Veeco tem os mostradores centrados num ecrã, como o de um computador, que agrega ainda rádio e leitor de música e vídeo, bem como navegação na internet e um sistema de navegação por GPS, que permite calcular rotas em função de postos de carregamento disponíveis. Os responsáveis pelo carro estão ainda a desenvolver um sistema de assistência remota para resolver problemas relacionados com o software.

As baterias do Veeco RT são de iões de lítio, de última geração, sendo geridas através de um sistema que controla o funcionamento ao mesmo tempo que informa o condutor sobre o estado de carga. Tal como os restantes modelos eléctricos do mercado, o Veeco pode ser carregado numa tomada domestica ou num dos postos de carregamento que já existem em Portugal, nomeadamente da rede Mobi-e.


 

COMPETE apoia projeto FIBERPLAS - Produção de semi-produtos compósitos de matriz termoplástica e fibras sintéticas

27.03.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

O objetivo é desenvolver metodologias para produzir uma gama de produtos dirigidos aos mercados de tubagens reforçadas, reservatórios de alta pressão, perfis para a construção e componentes para a indústria automóvel.

Este projecto foi apresentado no âmbito do sistema de incentivos à Investigação & Desenvolvimento Tecnológico, através de um projeto em co-promoção. Com um total de investimento elegível de 294 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 186 mil euros.

Síntese do Projeto

Este projeto, desenvolvido em parceria com a EXPORPLÁS, tem como objetivo desenvolver metodologias para produzir uma nova gama de produtos: semiprodutos compósitos de matriz termoplástica e fibras sintéticas dirigidos aos mercados emergentes das tubagens reforçadas, reservatórios de alta pressão, perfis para a construção e componentes para a indústria automóvel.

O fabrico deste novo produto passa por acrescentar um novo processo na linha de produção da EXPORPLÁS. Este projeto exige a realização de investigação experimental e industrial nas vertentes do produto e processo para determinar as novas formulações dos termoplásticos e novos métodos de produção. As formulações dos termoplásticos terão que ser ajustadas/investigadas à nova utilização (matriz num compósito) e às ferramentas de processo desenvolvidas. 

Descrição

O fabrico deste novo produto passa por acrescentar um novo processo na linha de produção da Exporplás, a pultrusão. A pultrusão será acoplada ao processo de extrusão de termoplásticos atualmente realizada na empresa. Juntar estes dois processos corresponde a uma nova fase de combinação do material produzido atualmente pela Exporplás com uma fibra de reforço através da integração vertical.  Esta integração vertical exige a realização de investigação experimental e industrial nas vertentes do produto e processo para determinar as novas formulações dos termoplásticos e novos métodos de produção. As formulações dos termoplásticos terão que ser ajustadas/investigadas à nova utilização (matriz num compósito) e a fieira de consolidação/arrefecimento na máquina de pultrusão desenvolvida. 

Objetivos

O objetivo principal deste projeto é a produção de semiprodutos compósitos de matriz termoplástica e fibras sintéticas usando uma abordagem inovadora na tecnologia de produção, através da combinação dos processos de extrusão e pultrusão. 

Uma das dificuldades do projeto consiste em integrar a tecnologia de extrusão na produção de perfis em material compósito fabricado por pultrusão. São de esperar dificuldades acrescidas na reformulação dos parâmetros de fabrico, assim como no desenvolvimento das novas fieiras adaptadas ao arrefecimento controlado da matriz.

Esta nova tecnologia a ser desenvolvida tem em conta a redução das perdas de energia atualmente existentes no processo de pultrusão de perfis compósitos de matriz termoplástica em que é necessário fundir e arrefecer a matriz, assim como diminuir drasticamente os desperdícios de polímero pelo aumento da superfície de contacto (nos canais e câmara de combinação) entre os filamentos de matriz e da fibra de reforço. 

Metas

A principal é a obtenção de um semi-produto compósito que permita demonstrar a viabilidade tecnológica da sua implementação no mercado. Para atingir esta meta será necessário alcançar outra importante que é o acoplar eficiente e otimizada de dois processos industriais: a extrusão e a pultrusão, através do desenvolvimento de ferramentas e componentes inovadores. 

Resultados

Os principais resultados do projecto são:

  • Criação de semiproduto em material compósito;
  • Metodologia para produção usando uma nova tecnologia extrusão+pultrusão.


Desenvolvimentos Técnicos e Tecnológicos

O sucesso do Projeto de desenvolvimento de semiproduto compósito de matriz termoplástica e fibras sintéticas dirigido aos mercados das tubagens reforçadas, reservatórios de alta pressão, perfis para a construção e componentes para a indústria automóvel irá permitir à Exporplás evoluir em três áreas fundamentais:

  • Desenvolvimento da equipa técnica da empresa;
  • Colocação no Mercado Nacional e Internacional de um produto de grande valor acrescentado;
  • Desenvolvimento da vertente industrial da empresa

O resultado final do projeto posicionará a Exporplás num lugar privilegiado e estratégico dentro do mercado de desenvolvimento de produto e inovação. 

O sucesso deste projeto irá permitir ao INEGI endogeneizar conhecimento em 3 áreas tecnológicas principais:

  • Tecnologias da produção: extrusão de termoplásticos e pultrusão de termoplásticos
  • Engenharia dos materiais: compósitos de matriz termoplástica
  • Projeto mecânico: novos componentes e ferramentas para equipamentos de processamento/caracterização de compósitos termoplásticos 

 

Saiba qual o estado da arte da pultrusão de perfis reforçados com fibra 

A pultrusão é uma técnica de processamento contínuo que pode ser utilizado para manufaturar produtos de secção constante, com matriz termo endurecível ou termoplástica, reforçados com fibras longas. O processo é caracterizado pela reduzida mão-de-obra necessária e pela eficiente conversão de elevada quantidade de matéria-prima no fabrico de perfis de geometria constante a um custo atrativo e de qualidade consistente. Os perfis produzidos não necessitam de um segundo acabamento de corte ou pintura.

O princípio básico de funcionamento da pultrusão consiste na utilização de fios contínuos de fibra (rovings) como reforço, juntamente com os quais podem ser inseridas camadas de reforço em forma de tecidos ou mantas. O reforço é puxado em movimento progressivo passando por um primeiro sistema de guiamento que promove um pré-ordenamento deste, sendo de seguida combinado com uma matriz.

O mecanismo de puxo da pultrusão é constituído normalmente por dois carros equipados com macacos pneumáticos, responsáveis por toda a movimentação do processo, transportando o perfil desde a fieira até uma serra diamantada que corta o perfil no comprimento especificado (pellets). A velocidade de produção de um perfil, que pode variar entre valores desde os 0.3m a 2m por minuto, é função da temperatura da fieira e velocidade de alimentação da matriz polimérica - neste projeto o polímero será alimentado por uma extrusora, que promove o amolecimento da matriz termoplástica, que se encontra acoplada ao sistema de pultrusão - da geometria do perfil e das características do polímero.

A pultrusão é uma tecnologia que está em grande expansão podendo ser encontrada em aplicações destes perfis no reforço de pedras de granito para bancas de cozinhas, na indústria elétrica em separadores no bobinado de transformadores, nos postos de iluminação elétrica, no reforço de pontes e estruturas em betão, em escadas e guarda corpos das estações de tratamento de águas, no reforço do chassis do trem de comboios, desportos de competição, entre outros.

- Vantagens

O processo adquiriu o seu estado de maturidade, no fabrico de perfis compósitos com matriz termoendurecível, sendo atualmente praticado em todo o mundo. O futuro dos perfis pultrudidos é promissor e novos sectores de mercado estão a demonstrar recetividade a este tipo de produtos em substituição de materiais tradicionais, tais como aço inoxidável, madeira e alumínio. Por estas razões, alguns estudos de desenvolvimento de novas técnicas e novos materiais têm sido feitos na área da pultrusão. A aplicação deste processo a matrizes termoplásticas, ao invés das comuns matrizes termoendurecíveis, tem sido objeto de estudo. Os materiais termoplásticos são, na sua essência, materiais facilmente recicláveis, e, numa altura em que nos deparamos com a necessidade de políticas de sustentabilidade, este tipo de materiais torna-se preferível aos de matriz termoendurecível. Outra vantagem na utilização de matrizes termoplásticas, em contraponto ao uso das matrizes termoendurecíveis, é o facto de o processo de fabrico de perfis em material compósito por pultrusão apresentar o grave problema de não conseguir respeitar a recente legislação comunitária referente aos teores máximos de emissão de monoestireno para a atmosfera.

Ficha Síntese

FIBERPLAS - Produção de semiprodutos compósitos de matriz termoplástica e fibras sintéticas

Principais estratégias:

  • Alargamento da gama de bens ou serviço
  • Entrada em novos mercados ou aumento da quota de mercado

Áreas:

  • Engenharia Mecânica
  • Tecnologias dos Materiais
  • Engenharia Química

Winesulfree | Avaliação de tecnologias que permitam a redução do teor de sulfitos dos vinhos

04.02.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Graças a um método inovador descoberto pela Universidade de Aveiro, pessoas alérgicas ao anidrido sulfuroso já podem beber vinho.

Conscientes de que a presença de sulfuroso nos vinhos pode dar origem a sintomas de origem alérgica nos consumidores, a Dão Sul é uma das empresas que tem procurado reduzir a utilização destes compostos como conservantes dos vinhos. É neste contexto que nasce o WineSulFree | Avaliação de tecnologias que permitam a redução do teor de sulfitos dos vinhos, projeto liderado pela empresa Dão Sul – Sociedade Vitivinícola, S.A. e com a participação da Universidade de Aveiro (UA).  
Trata-se de um projecto com um investimento na ordem dos 321.982,00 €, cofinanciado pela União Europeia e pelo FEDER através do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico | Projeto em co-promoção.

Um grupo de investigadores do Departamento de Química da UA descobriu uma forma de produzir vinho branco sem recurso à adição de anidrido sulfuroso, mantendo as práticas enológicas comuns a todas as adegas. O método é único no mundo e promete revolucionar a indústria vinícola já que o sulfuroso, que é adicionado nas várias etapas da vinificação para evitar a proliferação de microrganismos que degradam o vinho e as oxidações que o acastanham, é um composto químico ao qual nem toda a gente reage bem. As reações alérgicas que pode provocar tornam proibido o consumo de vinho para muitas pessoas.


Sulfuroso | Para que serve e quais os efeitos?
O anidrido sulfuroso impede o crescimento microbiológico de espécies nocivas ao vinho. Trata-se de um composto usado como antisséptico e antioxidante, impedindo reações que levam a um conjunto de defeitos de oxidação que se refletem nas propriedades sensoriais do vinho, sendo provavelmente um dos aditivos mais versátil e eficiente.
Apesar de todas as vantagens, os sulfitos resultantes da adição de sulfuroso aos vinhos podem provocar alergias aos consumidores mais sensíveis a estes compostos, originando sintomas como dores de cabeça, náuseas, irritações gástricas e dificuldades respiratórias em doentes asmáticos. Consequentemente, a concentração máxima de sulfuroso nas suas mais variadas formas permitida pela União Europeia nos vinhos foi progressivamente reduzida e a sua presença deve ser mencionada no rótulo (ver Regulamento CE n.º 1493/1999 e Regulamento CE n.º 423/2008).


O processo tecnológico de produção de vinho da Dão Sul é orientado de forma a poder trabalhar com os níveis mais baixos possíveis de sulfuroso, nomeadamente utilizando boas práticas higieno-sanitárias, de forma a minimizar o impacto destes compostos nos consumidores. Diferentes métodos têm sido testados mas nenhum, isoladamente, provou ainda ser eficaz na substituição ou redução dos teores de sulfuroso na produção de vinhos.

O segredo do vinho antialergias é «a adição, durante a sua produção, de um polissacarídeo chamado quitosana que é extraído, por exemplo, das cascas dos caranguejos e dos camarões, podendo também ser extraído de fungos», explica o Prof. Manuel António Coimbra, responsável pela equipa de investigação do DQ que promete tornar o consumo de vinho branco um gesto acessível a todas as sensibilidades.

A equipa, que respondeu ao desafio da empresa produtora de vinhos Dão Sul S.A., desenvolveu uma película à base desse polissacarídeo que, quando posta em contacto com os vinhos brancos, os preserva a nível microbiológico e mantém as suas características sensoriais, seja no sabor seja no aroma, sem haver necessidade da presença de anidrido sulfuroso. E ao contrário deste último composto químico, a quitosana, pela forma como é usada, não causa reações alérgicas podendo assim o vinho ser consumido por toda a gente. «Segundo os enólogos, o vinho até fica com melhor qualidade», assegura o Prof. Manuel António Coimbra.

«Estou convencido que daqui a uns tempos mais ninguém vai ouvir falar em excesso de anidrido sulfuroso nos vinhos porque esta tecnologia é barata e, à exceção do uso das películas em substituição da adição de anidrido sulfuroso, não requer práticas diferentes de vinificação em relação àquelas que já usam todos os produtores de vinho», antevê o investigador. «Se algum produtor quiser substituir a adição de anidrido sulfuroso por esta tecnologia, não é ela que vai encarecer os vinhos. O preço do vinho encarece pela sua qualidade e estas películas que estamos a produzir ajudam a proporcionar qualidade aos vinhos», esclarece.

Para todos os tipos de vinhos

Este projeto, iniciado em março de 2008 após um desafio lançado à UA pela Dão Sul - Sociedade Vitivinícola, S.A., contou com um financiamento inicial do programa iCentro - Programa Regional de Ações Inovadoras da Região Centro de Portugal, da CCDRC.

Neste momento encontra-se em curso um projeto QREN, que visa a implementação industrial desta tecnologia e um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que visa desenvolver novas soluções e empreender estudos que permitam explicar os fenómenos científicos que estão na base das soluções encontradas. Este último projeto é liderado pela Doutora Cláudia Nunes, bolseira de pós-doutoramento. Este trabalho tem também a participação do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, através da colaboração da Prof. Sónia Mendo, responsável pelas análises microbiológicas.

As películas à base de quitosana foram desenvolvidas a pensar em todos os tipos de vinhos, principalmente nos brancos pois são os que mais anidrido sulfuroso levam durante a sua produção. A patente deste novo método já está registada.

EcoTrain – Consórcio cria compósitos de cortiça para comboios de última geração

20.01.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

O objectivo é desenvolver soluções mais ecoeficientes, leves e confortáveis para comboios de última geração. Para tal conta com um finaciamento do FEDER, através do COMPETE e com um investimento total de cerca de 893.000 €.

O consórcio formado pela Amorim Cork Composites, da CORTICEIRA AMORIM, a Alstom Portugal, o ISQ e o PIEP, está a desenvolver novos componentes de compósitos de cortiça para aplicar em comboios de muito alta velocidade. O projecto EcoTrain representa um investimento total de 893.361,20 €.

Financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade (POFC), o projecto tem como objectivo desenvolver soluções mais ecoeficientes, leves e confortáveis para comboios de última geração. Pisos, painéis laterais e divisórias são alguns dos possíveis locais de aplicação da cortiça.

A utilização desta matéria-prima sustentável no sector ferroviário permitirá atingir os seguintes objectivos estratégicos:

  • Redução das emissões de CO2;
  • Redução do recurso a matérias-primas fósseis;
  • Conformidade com novo quadro normativo Europeu para a indústria ferroviária;
  • Aumento do conforto térmico e acústico;
  • Aumentar o valor das exportações de um recurso natural fundamental para a economia nacional;
  • Contribuir para a valorização do montado de sobro, um ecossistema endógeno rico e de elevada importância.

O desempenho térmico e acústico da cortiça, a resistência ao fogo, a manutenção de todas as qualidades ao longo da sua vida útil e a elevada resistência ao desgaste, aliados às inúmeras vantagens ambientais que advêm da sua utilização, são os principais factores que explicam o recurso a este material num projecto de tão elevada complexidade e exigência.

O Consórcio

A Amorim Cork Composites, promotor líder, possui um know-how único no desenvolvimento de soluções inovadoras de compósitos de cortiça. Este projecto possibilita a aplicação da tecnologia existente na Empresa e a sua adequação ao sector ferroviário, aproximando-se do decisor e integrador de soluções na cadeia de negócio com um produto de valor acrescentado.

Com a participação de um parceiro internacional – a Alstom Transport francesa – traz-se para o projecto o centro de competências mundial de investigação e desenvolvimento ferroviário em Eco-Design. A sua missão no projecto é de validação dos resultados num patamar internacional com vista à exportação, sendo o destinatário final das soluções encontradas.

O ISQ pelas suas competências na área do Desenvolvimento Sustentável e na área de análise e teste de materiais contribui para a selecção das soluções inovadoras de painéis desenvolvidas pela Amorim Cork Composites, que melhor respondam aos requisitos de eco-eficiência e desempenho. O Eco-design e a análise de ciclo de vida das diferentes soluções constituem um dos primeiros critérios de selecção das mesmas. Esta será complementada através de testes a serem desenvolvidos e realizados na rede de laboratórios acreditados do ISQ, o qual possui um elevado know-how internacional no desenvolvimento de ensaios de novos materiais e produtos para as indústrias dos transportes, aeronáutica e aeroespacial.

O PIEP dá resposta às necessidades de I&D (Investigação&Desenvolvimento) na engenharia de materiais e sistemas de fixação. As suas competências destacam-se ao nível da caracterização dos materiais (caracterização mecânica, estrutural, química, ambiental e superficial), engenharia de produto (desenvolvimento de produto cálculo computacional avançado, modelação e optimização comportamental, modelação e optimização de processos, conceptualização de ferramentas produtivas) e tecnologias de processamento (tecnologias de compósitos, reciclagem, técnicas de acabamento e de decoração, outras tecnologias de processamento).

My health | Investigar os sinais vitais

09.01.2012
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Uma toca para monitorizar em casa a atividade cerebral de doentes com epilepsia ou crises convulsivas ao longo do dia. Parece uma ideia futurista? Desengane-se.

neurónio
neurónio

Podutos como este podem chegar ao mercado dentro de um ano e meio a dois anos.

Imagine que pode perceber, através de medições realizadas num fio de cabelo, o nível hormonal ou de um determinado medicamento no organismo. Ou que pode usar uma toca para monitorizar em casa a atividade cerebral de doentes com epilepsia ou crises convulsivas ao longo do dia.
Parecem ideias futuristas mas estão a avançar a passos largos em Portugal. Apesar dos cortes, na saúde e na inovação, hospitais e universidades continuaram a inovar.

O projeto chama-se My Health e une 60 investigadores da Universidade do Minho (UM), uma unidade do Serviço Nacional de Saúde e empresas do norte do país, como a Têxtil Manuel Gonçalves (TMG), a Frulact, a Plux, a Karl Storz. A investigação da Universidade do Minho está a ser cruzada com os conhecimentos da indústria têxtil para que produtos como uma toca para monitorizar em casa a actividade cerebral deixem de ser ficção. 

Na base deste projecto está a investigação da UM que permitiu criar protótipos que aliam dispositivos que permitem medir os sinais vitais a peças de roupa usadas no dia-a-dia. Conforme referiu Nuno Sousa, diretor do Curso de Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, em entrevista sobre o projeto My Health: “Queremos transformar o conhecimento em valor e torná-lo acessível para todos. Esta iniciativa do QREN foi para financiar este mundo mais académico e empresarial”, explica. “Vai permitir-nos fazer o registo durante a rotina diária da pessoa – em casa ou no local de trabalho, e monitorizar muito melhor a atividade cerebral, através de eletroencefalograma”, acrescenta. 

O desafio é criar, agora, produtos suficientemente fiáveis e esteticamente interessantes. "Ninguém quer andar com um capacete a fazer um eletroencefalograma. Mas se aplicarmos os dispositivos num boné tornamos o produto mais apelativo", diz Isabel Furtado, administradora da TMG.
"Temos que perceber como transformar uma boa ideia num produto que traz valor", afirma Nuno Sousa.

O projeto divide-se em nove módulos, para aplicações em diversas áreas. Além de um boné ou de um gorro que registe os sinais vitais do cérebro, a equipa está a desenvolver camisolas com sensores que realizam eletrocardiogramas, cintas para grávidas que monitorizam a frequência cardíaca fetal e pijamas que medem os sinais vitais durante o sono.

A informação destes dispositivos tornará mais fiável determinados diagnósticos, mas também permitirá conhecer com mais regularidade o estado de saúde dos doentes. O programa será também acompanhado pela Unidade de Saúde do Alto Minho e associado a Unidades de Saúde Familiar.

A UM e a TMG vão colaborar ainda para projetar novos produtos. Os trabalhadores da têxtil farão investigação na universidade e os académicos poderão conhecer mais de perto a realidade empresarial. "Podemos levar as coisas do laboratório para os doentes e vice-versa, num conceito a que chamamos investigação-translação", explica Nuno Sousa.

Enquadramento

O sector da saúde em Portugal enfrenta desafios decorrentes de factores como o envelhecimento da população, o aumento acentuado do número de doentes crónicos, a escassez de recursos humanos especializados, o aumento da regulação e o aumento da competição a nível global. No entanto, tais desafios oferecem novas oportunidades às entidades públicas e privadas de prestação de serviços de cuidados primários de saúde, que têm como objectivo a oferta de melhores cuidados de saúde para um número crescente de pacientes a custos mais reduzidos.

O COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade assume como objectivo central contribuir para a promoção de níveis de crescimento económico sustentado e incorpora instrumentos indutores de atitudes e comportamentos empresariais mais valorizadores da inovação e do conhecimento.

Neste contexto, os projectos mobilizadores do Sistema de Incentivos à I&DT classificados como âncora no âmbito das Estratégias de Eficiência Colectiva (EEC) reconhecidas como Pólos de Competitividade e Tecnologia e Outros Clusters (PCT/OC) revestem uma relevância que cumpre apresentar aos beneficiários e ao grande público em geral.

Estes projectos caracterizam-se pelo seu cariz transversal decorrente da multiplicidade de interesses e diversidade de competências científicas e tecnológicas mobilizadas, bem como pelo elevado conteúdo tecnológico e de inovação, gerando impactes significativos a nível multisectorial e/ou regional e/ou ao nível de determinado cluster, constituindo-se como um vector essencial para a concretização e afirmação de estratégias de desenvolvimento sustentadas em lógicas de eficiência colectiva.

É neste contexto que se enquadra um dos projetos mobilizadores do Health Cluster Portugal: Do IT – Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Translação. Em conjunto com o projeto ALL4ALL - Padrão de Cuidados Primários para Serviços de AAL, envolve um total de investimento de 17 milhões de euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 10 milhões de euros.

Trata-se de iniciativas estruturantes do programa de acção do Pólo da Saúde que contribuem  para a prossecução de alguns dos mais relevantes objectivos do HCP, entre os quais:

  • contribuir para a mudança dos paradigmas vigentes de valorização do conhecimento;
  • promover e consolidar um clima de cooperação (e/ou de competição) entre os actores-chave na cadeia de valor da saúde;
  • contribuir para o robustecimento da cadeia de valor da saúde; promover internacionalmente Portugal enquanto player de referência na cadeia de valor da saúde.

O projecto DO IT mobiliza um conjunto significativo de parceiros - empresas, entidades do sistema científico e tecnológico, e unidades prestadoras de cuidados de saúde - em prol do desenvolvimento de produtos/processos inovadores para diagnóstico, prognóstico, tratamento ou prevenção de doenças (novas soluções terapêuticas, novos métodos de diagnóstico, novos biomarcadores, e dispositivos médicos associados), nas áreas do cancro, doenças neurodegenerativas e doenças metabólicas (diabetes); equipamentos/ serviços/ processos/ aplicações inovadoras no domínio da e-saúde (e-health).

O My Health é uma de quatro iniciativas no país que une investigadores e empresas. Assim, a título de exemplo, além do têxtil há um trabalho entre investigadores e empresas na indústria agro-alimentar. Os investigadores da Universidade do Minho identificaram carências de nutrientes e estão a criar suplementos alimentares que ultrapassem esses défices. Em fase de desenvolvimento está a criação de leites e iogurtes com suplementos de iodo. Alimentos como estes contribuirão para reduzir essas falhas e permitir um crescimento saudável das crianças ou a melhoria da saúde de adultos.

Para mais informação sobre os projetos mobilizadores, consulte o menu media|notícias.

Derovo aposta na Inovação

09.12.2011
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

A Derovo foi distinguida com o Prémio PME Inovação COTEC-BPI 2011 e é uma empresa que tem vindo ao longo dos últimos anos a considerar a área de I&D como uma área fundamental para a sua fortificação no mercado.

Derovo
Derovo

Em 1994, reunidos setenta e um avicultores de todo o País, representando mais de 70% da produção nacional de ovos de consumo, constitui-se em Escritura Pública a DEROVO - DERIVADOS DE OVOS, S.A.

Um grupo de avicultores que perspectivou uma indústria competente e inovadora na produção de ovoprodutos. Pouco mais de 2 anos depois, em 1996, a fábrica de Pombal iniciava a sua produção de ovo líquido, ovo inteiro, gema e clara, passando desde cedo a contar com a confiança da indústria alimentar.

A colocação dos produtos DEROVO no mercado foi efectuada através de embalagens assépticas de grande dimensão, apostando na grande indústria. Em 1997, foram abertas oportunidades de expansão para o mercado externo, tendo concretizado a sua primeira venda de ovo inteiro pasteurizado para Espanha.

A par deste crescimento, e tendo sido estabelecida a Inovação & Desenvolvimento como um dos principais eixos estratégicos, o Grupo Derovo rapidamente fez evoluir a sua oferta de produtos para novas formas de comercialização do ovo, como foi o caso do ovo em spray, o ovo cozido e o Fullprotein.

Em 2002, o Grupo Derovo conquistou um significativo reconhecimento, ao receber o prémio de Melhor Empresa de Ovoprodutos do Mundo, galardão este que alavancou as expectativas da empresa e do mercado, e a impulsionou para investimentos determinantes. Em 2008 viu novamente a sua prestação industrial e empresarial ser reconhecida, ao receber das mãos do Presidente da República o prémio PME Inovação Cotec BPI.

Hoje em dia o Grupo Derovo factura 60 milhões de euros, detém várias fábricas em Portugal: Pombal, Felgueiras, Proença-a-Nova; e em Espanha: Mieres e Madrid; empregando directamente 160 pessoas.

A Derovo tem vindo ao longo dos últimos anos a considerar a área de I+D como uma área fundamental para a sua fortificação no mercado, no âmbito COMPETE, através do Sistema de Incentivos em I&DT é Promotora  de  3 Projectos,  todos eles  em co-promoção com diversas entidades do SCT e não só.


Projecto OVOFUNCIONAL

Valorização de produtos excedentes e sub-produtos resultantes do processamento do ovo no desenvolvimento de ingredientes e bebidas funcionais

Projecto em co-promoção com a  Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica Portuguesa apoado pelo COMPETE em 639.148,20 cujo o objectivo principal é desenvolver e caracterizar alternativas inovadoras de valorizar os excedentes de clara e sub-produtos liquidos em ingredientes de elevado valor com aplicação alimentar e cosmética, e paralelamente valorizar a bebida actual full protein através da hidrólise e reformulação da bebida, validando eficácia em termos de propriedades principais antihipertensiva e antioxidante, bem como avaliar a sua eficácia em diferentes tipologias de desporto.

O excedente de clara é actualmente uma preocupação para a Derovo uma vez que o consumo de gema pelos seus clientes cresce fortemente, isto porque a pastelaria portuguesa é maioritáriamente à base de gemas. Para produzir 1 kg de gema a Derovo produz 4 kg de clara. As vendas de clara são significativamente inferiores à venda de gemas.

A clara, apesar do seu elevado valor nutricional, constitui um excedente da indústria de ovo e derivados, ao qual se adicionam sub-produtos liquidos com composição semelhante mas sem valorização actual. A DEROVO, em resposta à necessidade de valorização e a uma procura de mercado, colocou já no mercado, uma bebida com base de clara de elevado valor proteico, com aplicação limitada pela sua estabilidade microbiológica, mas sobretudo pela ausência de validação de propriedades biológicas e definição de segmentos de aplicação.

 Assim, os objectivos específicos deste projecto  são:

  • Desenvolver e caracterizar novos produtos com melhorias ao nível da estabilidade e da capacidade espumante obtidos a partir de produtos excedentes e sub-produtos líquidos do ovo;
  • Integrar fracções proteicas derivados de clara (obtidos na forma de concentrados proteicos) no desenvolvimento de novas formulações de revestimentos alimentares;
  • Estudar a aplicação de fracções proteicas de clara na formulação de produtos cosméticos e de higiene pessoal;
  • Melhoramento e valorização da bebida full protein através da aplicação de enzimas proteolíticas diferenciadas e obtenção de novas bebidas hidrolisadas funcionais;
  • Avaliar as propriedades biológicas das bebidas funcionais hidrolisadas através de estudos in vitro e in vivo de actividades biológicas
  • Melhoramento e validação de eficácia da formulação (normal e hidrolisada) com adaptação a diferentes perfis de actividade desportiva.
  • Disseminação e promoção concertada de resultados através de comunicações em conferências internacionais, publicações de artigos científicos, apresentações em feira da área e criação de um web-site do projecto.


Projecto EGGREADY

Protótipo para Produção industrial, em contínuo, de ovos estrelados para consumo no canal HORECA

Projecto em consórcio com um co-promotor PME, a Valinox, e  uma instituição de SCT -Universidade de Minho sendo apoiado pelo COMPETE em 416.903,80€ com principal objectivo de criar um protótipo de produção, em contínuo, de ovos estrelados, inexistente na Europa.

A industria de ovoprodutos, em termos europeus, assenta a sua produção nas necessidades das industrias de transformação alimentar, focando a sua tecnologia para ovoprodutos líquidos pasteurizados ou ovoprodutos em pó.

O projecto EGGREADY tem por objectivo a construção de um protótipo para a produção em contínuo de ovos estrelados com vista a produzir inovação na área da tecnologia europeia de produção de derivados de ovos, que possa responder às necessidades do canal Horeca, às exigências de segurança alimentar e às exigências do consumidor em geral, tendo em consideração uma redução substancial da quantidade de gordura utilizada, o uso de matéria-prima (ovo) controlada (isenta de salmonela) e as características organolépticas associadas ao ovo estrelado tradicional.

Este projecto assenta assim nos seguintes objectivos:

  • Um processo inovador para produção industrial de ovo estrelado (patenteável);
  • O protótipo de uma máquina para produção em contínuo de ovo estrelado;
  • Um produto (ovo estrelado, embalado individualmente), pronto a ser consumido após um aquecimento em micro-ondas.

Este projecto intervém na área alimentar sendo potencialmente gerador de significativas mais-valias económico-financeiras visto tratar-se de uma oportunidade real de desenvolvimento tecnológico, técnico-científico e de vendas para consumo.


Projecto EGGSMART

Desenvolvimento de uma linha de produção de Omeletas, Ovos Estrelados e Fios de Ovos.
Desenvolvimento de Omeletas com baixo teor de Colesterol e/ou enriquecidas em Omega 3.

Projecto em co-promoção com uma entidade do SCT, a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e apoiado pelo COMPETE em 572.017,18€ com principal objectivo de criar e desenvolver uma linha de produção de Omletas e Fios de Ovo em série.

O projecto EggSmart visa aumentar a sua gama de produtos, corresponder às necessidades dos seus Clientes, e criar produtos de elevado valor acrescentado a partir da matéria-prima de base (ovo).

O resultado é obter, através da criação de protótipos, tecnologia industrial capaz de fabricar produtos acabados (omeletes, ovos estrelados e fios de ovos) que vão de encontro às expectativas do Mercado.

Paralelamente pretende-se desenvolver uma gama de omeletes com propriedades funcionais, nomeadamente:

  • baixo teor em Colesterol, ou cujo consumo contribua para a sua redução;
  • omelete enriquecida em Ómega 3.

Este projecto intervém na área da indústria alimentar sendo potencialmente gerador de significativas mais valias económico-financeiras, tecnológicas e técnico-científicas.

2ndDermis | A tecnologia têxtil ao serviço da saúde

05.12.2011
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Têxteis funcionais como forma de prevenção e controlo de doenças do foro imunológico.

O 2ndDermis é um têxtil técnico com funcionalidades médicas para a profilaxia e tratamento da dermatite atópica desenvolvido pela Crispim Abreu em parceria com o Centi, Citeve, Escola de Biotecnologia da Universidade Católica, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e Faculdade de Medicina da Universidade do Porto no âmbito de um projecto ao Sistema de Incentivos ao I&DT apoiado pelo COMPETE em 571.468,80.

O desenvolvimento de estruturas têxteis funcionais que permitem a prevenção e o controlo da Dermatite Atópica leva a cabo a incorporação de diferentes agentes antimicrobianos bem como a adaptação e/ou desenvolvimento de metodologias de incorporação destes agentes nos substratos têxteis. Em simultaneo, foi efectuada a aferição dos níveis de segurança e qualidade biológica bem como ensaios de avaliação clínica das estruturas desenvolvidas em populações alvos.

O projecto 2nd-DERMIS é ambicioso nos resultados esperados e na inovação,  quer ao nível dos produtos quer ao nível das actividades de validação e verificação do desempenho desses mesmos produtos.

O estudo farmacológico de produtos no sentido de os tornar comercializáveis em cumprimento com as exigências e os requisitos do INFARMED bem como a avaliação e monitorização do impacte clínico das estruturas desenvolvidas em grupos de doentes com Dermatite Atópica tornam este projecto único.

O têxtil funcional será testado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em doentes, utilizados como cobaias, e o seu impacto na pele foi analisado pela Faculdade de Farmácia. Inicialmente pensado para a confecção de roupa interior e pijamas, a utilização deste têxtil funcional foi alargada a roupa desportiva, vestuário hospitalar e têxteis-lar.

Os têxteis biofuncionais (materiais que funcionam biologicamente sobre a pele humana) são uma área inovadora e promissora da Medicina. Se for comprovado o efeito benéfico dos têxteis impregnados em quitosano, os doentes com dermatite atópica beneficiarão de uma forma simples de tratamento complementar.

Espera-se com este projecto:

- Desenvolver o conhecimento e propriedade intelectual e industrial necessários à exploração da tecnologia desenvolvida no contexto de outros produtos têxteis e permitir a entrada da empresa em novos nicho de mercado e a diversificação da sua presença no sector têxtil e vestuário;

- Promover e estimular a inovação e o desenvolvimento de metodologias de concepção e investigação de novos produtos, que permitam à empresa manter-se na linha de frente no seu sector de mercado.

As peças de vestuário são suaves e confortáveis, mantendo as suas características mesmo após 30 lavagens.

ADIRA | Quinadora Greenbender® ganhou prémio na "Tolexpo", em Paris

05.12.2011
  • Incentivos às Empresas

Quinadora Greenbender® promete ser uma Revolução no mundo da quinagem. Este prémio traduz o reconhecimento da capacidade tecnológica da Adira bem como a capacidade de trazer para o mercado produtos inovadores capazes de superar as expectativas dos clientes.

Decorreu de 15 a 18 de Novembro a edição de 2011 do "MIDEST", o mais importante salão mundial dedicado especificamente à subcontratação industrial.

A subcontratação industrial ocupa um papel relevante na economia portuguesa, sendo aliás um subsector da indústria metalúrgica e metalomecânica que se caracteriza por ser altamente exportador. O conjunto de empresas portuguesas que trabalham neste subsector destaca-se pela sua elevada competitividade em termos globais, oferecendo uma excelente relação de preço/qualidade.

Participam neste salão empresas que realizam trabalhos de fundição, forjagem, estampagem, maquinagem ou moldes, dirigidos a sectores tão importantes e exigentes como, entre muitos outros, a indústria automóvel, o sector ferroviário ou a indústria aeroespacial.

Marcam presença, habitualmente, no MIDEST um número muito significativo de empresas portuguesas que expoem a sua oferta. Este é um trabalho que tem dado frutos muito importantes, potenciando a angariação de clientes de referência em mercados como a França, a Alemanha, os países do Benelux ou a Escandinávia.

A Adira ganhou notoriedade mundial com base na produção de três grandes famílias de máquinas; Guilhotinas, Quinadoras e Máquinas para Corte de Chapa por Laser. Foi o primeiro fabricante mundial com certificação CE e um dos primeiros europeus do sector a implementar e a certificar um Sistema da Qualidade.

A ADIRA é um dos fabricantes europeus de referência no domínio das máquinas ferramentas para o trabalho de chapa metálica, em partícular quinadoras.

Actualmente a empresa vende no mercado externo cerca de 70% do seu turnover, com presença praticamente em todo o mundo. A ADIRA é uma empresa dotada de uma forte componente tecnológica, comercial, marketing e serviço ao Cliente, com uma função produtiva tendencialmente externalizada.

Quinadora Greenbender
A Quinadora Greenbender é um projecto de I&DT, promovido pelo consórcio ADIRA/INEGI, apoiado pelo COMPETE em 842.397,35€.

Esta ferramenta, do tipo quinadora, integra em pleno as práticas de Ecodesign. Sendo claramente um produto de uso intensivo, devido ao elevado consumo energético em serviço, onde se verifica um maior impacto na performance ambiental da máquina, e tratando-se de um produto de dimensões/peso considerável, o consumo de materiais é também relevante no impacto ambiental assim como a fase de fim de vida. Nessa perspectiva a abordagem de Ecodesign privilegia aspectos como a optimização dos materiais usados, o desenvolvimento de sistemas energeticamente mais eficientes e a minimização dos impactos ambientais associados ao tratamento e destino final.

Trata-se dum novo conceito de quinagem, que promete revolucionar a tecnologia de quinagem tal como a conhecemos hoje, e que resulta de um aprofundado estudo e levantamento de necessidades, sendo elas:

  • Maior precisão, afim de responder á muito maior complexidade das peças a fabricar actualmente;
  • Maior produtividade;
  • Muito maior simplicidade de operação;
  • Menor consumo (-65%) e manutenção;
  • Responder aos requisitos legais futuros de protecção do meio ambiente.

A Greenbender excede o acima, através de novos e únicos desenvolvimentos tecnológicos, que foram reconhecidos pelos utilizadores e concorrência do sector.

A Greenbender combina as mais recentes Tecnologias em termos de accionamentos, monitorização, software e cuidados com o meio ambiente, tendo sempre em mente as questões ergonómicas, e de facilidade de operação.

Peúga-EcoHighTec | Materiais Inteligentes, funcionais e ecológicos integrados em estruturas têxteis

05.12.2011
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Um projecto de I&DT desenvolve uma peúga que integra um sistema de monitorização de parâmetros fisiológicos como a temperatura do pé, batimento cardíaco, pedómetro, sensor de massa corporal, distância percorrida, velocidade média, velocidade instantânea e calorias dispendidas no treino, ideal para atletas.

O projecto de I&DT da Fiorima em parceria com o Centi, apoiado pelo COMPETE em 661.377,26 ambiciona criar produtos altamente diferenciados, de elevada qualidade e tecnologicamente avançados.

Apresentação EcoHighTec

O projecto Peúga-EcoHighTec é a integração de diversos tipos de materiais/sistemas inteligentes leves, flexíveis e de baixo custo de produção, na estrutura têxtil da meia, de forma a permitir a monitorização de diversos parâmetros fisiológicos, tais como peso, temperatura, humidade relativa e batimento cardíaco ao nível do pé, juntando-se ainda a incorporação de um contador de passos, baseado na mesma tecnologia que permite a monitorização em tempo real do peso do utilizador. Serão utilizados não só processos de integração tradicionais (i.e. encapsulamento e bordado), como também métodos inovadores para processamento de novos materiais/sistemas inteligentes, visando a integração dos referidos sistemas inteligentes directamente na estrutura têxtil (utilizando a superfície têxtil como substrato e integração ao nível do fio têxtil). Pretende-se que todos os sistemas de gestão e transmissão de dados sejam também eles integrados na estrutura, de tal forma que o conforto e a funcionalidade da peúga FIORIMA não sejam substancialmente alterados. A transmissão de dados será efectuada de forma a possibilitar que a informação esteja disponível em tempo real quando requisitada pelo utilizador do sistema (information-on-demand), sendo que a interface de controlo e visualização dos dados será portátil. Desta forma, pretende-se também que a transmissão de dados seja efectuada de forma wireless entre o sistema de monitorização e a interface de controlo e visualização.

A FIORIMA Fabricação de Peúgas S. A. produz e comercializa produtos de elevada qualidade para o sector têxtil, dedicando-se exclusivamente à fabricação de peúgas de média e alta qualidade deste 1985.

A FIORIMA é uma empresa de referência mundial ao nível da fabricação de peúgas, dado o recurso a equipamento de fabricação avançado e actualizado e à aplicação de tecnologias de ponta ao nível da logística e da gestão da cadeia de valor.

Os objectivos gerais do projecto focam-se em 3 pontos de acção primordiais: Integrar na estrutura têxtil da peúga FIORIMA de materiais/sistemas inteligentes sensores/actuadores para monitorização de parâmetros fisiológicos; construir um sistema de transmissão de dados leve e sem fios para posterior integração na estrutura têxtil da peúga, construção de software de recepção, controlo e visualização de dados para interface portátil e finalmente obtenção de uma meia ecologicamente sustentável, recorrendo a fios ecológicos.

HighSpeedShoefactory| A solução inovadora de produção de calçado personalizado em 24 horas

28.11.2011
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

O projeto HighSpeed shoefactory tem como objectivo conceber, desenvolver e implementar um novo modelo de fabrica de calçado para resposta ágil em 24 horas.

O projeto HighSpeed shoefactory tem como objectivo conceber, desenvolver e implementar um novo modelo de fabrica de calçado para resposta ágil em 24 horas (1-2 dias) orientado para a produção unitária, par a par, capaz de responder sem stocks, às vendas pela internet, às pequenas encomendas e reposições de produtos em loja e, ao fabrico rápido das amostras e testes de novos produtos para as novas colecções.

O HighSpeed shoefactory é um projecto que propõe um modelo organizacional em fluxo único de produção, em substituição das tradicionais secções de Corte, Costura, Montagem e Acabamento, e será assente em sistemas de distribuição automatizada integrados com sistemas de corte automatizado e controlo automatizado online dos fluxos dos produtos e processos. Este sistema será concebido numa lógica de “secção única” de total flexibilidade e total polivalência.

 Sapatos

“Um par de sapatos deve ser perfeito como uma equação e ajustada ao milímetro como uma peça de motor” André Perugia


Apoiado pelo COMPETE , no âmbito do Sistema de Incentivos ao IDT|Projectos em co-promoção, envolve um total de investimento elegível de 1.491.764€, correspondendo a um incentivo FEDER de 981.000€, este projecto da resposta à identificação por parte do sector da necessidade de encontrar soluções tecnológicas altamente ágeis e fiáveis capazes de garantir uma polivalência de múltiplos processos operativos em simultâneo que permitam dar resposta ás necessidades mencionadas. 

A identificação desta necessidade lança nesta altura a oportunidade de repensar integralmente toda a organização industrial em que assentam os actuais modelos de produção de calçado.

A indústria de calçado é tradicionalmente caracterizada por unidades produtivas constituídas por secções de Corte, Costura, Montagem, Acabamento, separadas fisicamente entre si e com processos de organização e gestão autónomas. Este tipo de organização cria diversas áreas de stocks intermédios de produtos em curso ao longo da cadeia de fabrico, grandes lead times de produção e excesso de movimentação de produtos, materiais e pessoas em actividades que não acrescentam valor aos produtos e processos, com impactos longos nos tempos de entrega das encomendas em geral nunca inferior a cerca 3-4 semanas.   

É neste contexto, e no contexto de uma industria já madura em termos de processos tecnológicos que o projecto contribuí para um novo patamar de inovação tecnológica radical que permite a renovação integral dos processos para fazer frente á nova realidade de compra e satisfação dos consumidores com resposta ágil na produção par a par e encomendas personalizadas.

Para atingir este nível de exigência e pormenor foi efectuada investigação e desenvolvimento nas seguintes áreas:

a)Venda online: sistema e-store concebido numa lógica de grande interactividade com o cliente através de um sistema inteligente de suporte com pesquisa e sugestão de produtos assente em algoritmos avançados de análise e correlação de dados.

 b)Novo sistema de corte, para corte par a par com gravação de peças por tecnologia laser possibilitando a personalização de produtos.

c)Logística flexível integrada dos sistemas de produção, que cruza numa secção única, em passo único, as tradicionais secções produtivas de corte, costura e montagem.

d)Logística flexível integrada de suporte á alimentação de materias primas e alimentação de formas. Uma das principais características deste sistema é a flexibilidade, rapidez e integração ao sistema de produção par a par que devido à sua natureza tem uma grande flexibilidade permitindo produzir simultaneamente diversos modelos com características distintas ao nível das formas e matéria-prima

e)Materiais para forro, palmilhas, solas e calçado de moda com elevado desempenho funcional ao nível da regulação térmica, minimização de odores, resistência à água e melhoria da aderência aos pisos. Adicionalmente, verifica-se que na atualidade a população europeia e mundial, apresenta exigências de qualidade e expectativa de vida muito superiores às de décadas passadas. Não se preocupando apenas com a componente moda, procuram produtos que lhes provoquem conforto, qualidade de vida e bem-estar.

Considerando os pontos acima mencionados, as METAS do atual projeto são:

1.Contribuir significativamente para o lançamento de novos produtos de elevado valor acrescentado por todas as empresas envolvidas permitindo a entrada em novos mercados e consolidando a posição nos atuais;

2.Desenvolver e consolidar o conceito da criação do calçado de moda multifuncional e sustentável que promove o conforto e bem-estar do consumidor e o desenvolvimento responsável;

3.Contribuir para o lançamento de novos serviços pelas entidades do sistema científico e tecnológico;

4.Consolidar e dinamizar as relações/parcerias inter-empresas e empresas–entidades do sistema científico e tecnológico.

5.Incorporar conhecimento, inovar e diferenciar com vista ao aumento de competitividade de todas as empresas da fileira do calçado envolvidas ;

6.Criar novos produtos com base em tecnologias emergentes destinados à indústria do calçado. Espera-se que o conhecimento aqui gerado possa ser transferido e adotado por outras indústrias do sector.

 

Para o desenvolvimento deste projecto liderado pela empresa Kyaia - Fortunato O. Frederico, & Ca Lda, foi constituído um consórcio envolvendo: empresas de base tecnológica CEI, FLOWMAT, SILVA E FERREIRA, CREATIVE; entidades do Sistema Científico e Tecnológico FEUP, INESCP e CTCP INESCPORTO.

A Kyaia - Fortunato O. Frederico, & Ca Lda será a entidade piloto de teste e validação dos resultados do projecto na sua estrutura produtiva. É também detentora de elevadas competências internas nas áreas abrangidas pelo projecto, sendo uma empresa bem posicionada técnica e tecnologicamente para implementar testar e validar os resultados do projecto.

O consórcio pretende utilizar os resultados do projecto para se posicionar numa faixa de mercado não explorada podendo afirmar-se com novos produtos tecnologicamente inovadores.

Dos resultados do projecto são esperados impactos económicos de dois níveis:

Do lado da oferta das soluções: benefícios económicos resultantes da exploração comercial dos sistemas no mercado. Os parceiros de base tecnológica serão os detentores dos direitos de exploração comercial dos resultados no mercado e sobre quem recairão benefícios económicos da sua valorização comercial.

O consórcio pretende utilizar os resultados deste projecto para se posicionar numa faixa de mercado ainda não explorada podendo afirmar-se com novos produtos e apresentar evoluções e inovações tecnológicas.

5.Incorporar conhecimento, inovar e diferenciar com vista ao aumento de competitividade de todas as empresas da fileira do calçado envolvidas ;

6.Criar novos produtos com base em tecnologias emergentes destinados à indústria do calçado. Espera-se que o conhecimento aqui gerado possa ser transferido e adotado por outras indústrias do sector.

O consórcio envolvido neste projecto pretende utilizar os resultados obtidos  para se posicionar numa faixa de mercado ainda não explorada podendo afirmar-se com novos produtos e apresentar evoluções e inovações tecnológicas.

O projecto tem aplicação ao mercado nacional e ao mercado externo.

NFCE – Novas Funcionalidades para Cápsulas Endoscópicas

03.11.2011
  • I&DT

Um projecto de I&DT para desenvolver um conjunto de módulos para incorporação num sistema de diagnóstico do aparelho digestivo baseado em cápsulas endoscópicas.

 

Logótipo do projecto NFCE A Cápsula Endoscópica examina o revestimento da parte média do trato gastrointestinal, o qual inclui as três porções do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

Um projecto de I&DT para desenvolver um conjunto de módulos para incorporação num sistema de diagnóstico do aparelho digestivo baseado em cápsulas endoscópicas, que possibilitem um diagnóstico melhorado, activo e automático.

Pode também ser útil para detectar pólipos, doença inflamatória do intestino (doença de Crohn), úlceras e tumores no intestino delgado.

O interesse nas cápsulas endoscópicas tem aumentado desde o seu lançamento comercial pois permitirem efectuar diagnósticos menos invasivos face aos exames tradicionais de gastroscopia e colonoscopia. Além disso, é possível aceder a novos locais do trato gastrointestinal (GI).
 
O projecto NFCE visa desenvolver um conjunto de módulos para incorporação num sistema de diagnóstico do aparelho digestivo baseado em cápsulas endoscópica, que possibilitem um diagnóstico melhorado, activo e automático. Os principais objectivos do projecto NFCE são o desenvolvimento dos seguintes módulos:

  • Módulo de controlo de locomoção que permitirá um diagnóstico activo baseado no controlo de movimentos da cápsula endoscópica.
  • Módulo automático de diagnóstico activo que permitirá controlar o módulo de locomoção de modo a enfatizar o diagnóstico em zonas onde são automaticamente detectadas anomalias.
  • Módulo de diagnóstico complementar que permitirá a análise de tecidos baseada em autofluorescência.
  • Módulo de simulação da vídeo-cápsula que apoiará a execução de todos os módulos acima descritos e permitirá futuros desenvolvimentos do dispositivo, dentro e fora do consórcio.

Estes módulos são independentes uns dos outros pelo que o conjunto poderá ser parcial ou totalmente incluído em diversos modelos do dispositivo. A ideia é aumentar a diversidade de oferta no mercado e flexibilizar o dispositivo ao tipo de exame.

O projecto é apoiado pelo COMPETE, no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, envolvendo um total de investimento de 865.121 €, correspondendo a um incentivo FEDER de 637.708 €.
O projecto é liderado pela empresa Emílio de Azevedo Campos (www.eacampos.pt) em co-promoção com a Universidade do Minho (www.uminho.pt), designadamente pelo Departamento de Electrónica Industrial (www.dei.uminho.pt/), e com a INOVA+ (www.inovamais.eu).

O promotor líder é uma empresa que desenvolve a sua actividade em diferentes áreas de negócio, como a química e o ambiente, diagnóstico laboratorial/hospitalar, vídeo profissional, metrologia industrial e topografia, com equipamentos de elevada qualidade e soluções de acordo com as necessidades de cada cliente. Com forte presença no mercado hospitalar, a Emílio de Azevedo Campos, S.A tornou-se membro associado do Pólo de Competitividade da Saúde -Health Cluster Portugal, em 2008.

Neste projecto está a desenvolver-se uma plataforma activa para controlar a locomoção de cápsulas endoscópicas (CE) no interior do corpo humano. O sistema é composto por dois ímanes em neodímio NdFeB. Dentro da cápsula endoscópica está incorporado um pequeno íman (IPM), ver Figura 1.

 
Figura 1 – Controlo magnético remoto de cápsulas endoscópicas (contendo íman interno – IPM) por manipulação de um íman externo (EPM)

Controlo de cápsulas endoscópicas

 
O íman externo (EPM) está colocado num braço articulado para guiar a cápsula por acção do campo magnético. O EPM utilizado nos testes laboratoriais apresenta uma forma cilíndrica com 80 mm de comprimento e 90 mm de diâmetro, um alto nível de remanescência magnética (N48) e um máximo campo de magnético medido de 1,5 T; os pólos magnéticos estão orientados segundo a direcção diametral. Usaram-se IPMs com remanescência magnética de N48 e forma cilíndrica com diâmetros e comprimentos situados nas gamas [3,6] mm e [5,10] mm, respectivamente. Em paralelo aos testes laboratoriais realizaram-se simulações por métodos de elementos finitos (FEM) para obter a distância óptima entre o EPM e o IPM (resultando em aproximadamente 12 cm), ver Figura 2.

 
Figura 2 – Simulação por FEM para estudo do campo magnético e para obter a distância óptima entre EPM e IPM

Simulação

A esta distância foi possível obter um controlo mais preciso da CE, e melhorando a margem de espaço para manipulação do EPM sobre o paciente. O potencial de utilização de CE dentro do corpo humano é elevado pois, estas podem incorporar novas funções tanto para diagnóstico como para terapia.

Visite o micro-site do projecto em www.projecto-nfce.eu

Nautilus | Uma empresa de mobiliário escolar que inova nas tecnologias de educação

17.10.2011
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Uma empresa de um sector tradicional que aposta na área das tecnologias para a educação, tendo sido distinguida por duas vezes com o maior prémio internacional de inovação, o Worlddidac Award em 2006 com a mesa interactiva Uni_Net e em 2008 com a estação interactiva Netboard.

A Nautilus é uma industria de mobiliário escolar cujo objectivo é dar resposta às necessidades de equipamentos de ensino em geral e similares, como bibliotecas e museus, entre outros. Fundada em 1996 conta, actualmente com 3 unidades industriais incluíndo marcenaria e serralharia.

Sendo já uma referência na sua área a Nautilus marca presença em alguns paises europeus.

A Nautilus valoriza a inovação especialmente na área das tecnologias para a educação, desenvolvendo produtos que respondem às exigências da Geração NET: abertura à informação, participação e interactividade.

A Nautilus foi uma empresa pioneira neste campo, desenvolvendo no contexto de um projecto NITEC mesas interactivas UNI_NET. Estas foram a resposta da empresa a estudos que efectuou sobre as melhores formas de ensino, transpondo-as para a realidade das nossas escolas. As mesas interactivas UNI_NET foram reconhecidas internacionalmente com o Prémio Worlddidac 2006, actualmente o prémio mundial com maior prestígio e reconhecimento no sector da educação.

Este trabalho teve continuidade em dois projectos desenvolvidos em copromoção com o INESC, apoiados pelo COMPETE, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI&DT) | Projectos em Co-promoção: EI-Nautilus e QI2Learn | Quadros Interactivos na Aprendizagem.


• Projecto EI-Nautilus

O projecto EI-Nautilus desenvolveu dois produtos inovadores que exploram o ambiente de sala de aula interactiva, aproveitando as potencialidades das tecnologias de informação e comunicação nesse contexto.

O primeiro produto, designado de ERGOS_NETPAD + NETPHONE trata-se de uma mesa com design e características específicas, na qual existe uma componente tecnológica - o NETPAD – equipando-a de um controlo gráfico remoto, que permite aos aos alunos interagir com um sistema de sala também interactivo, disponível no computador do professor. A mesa é complementada com um equipamento designado NETPHONE, que permite estabelecer as comunicações com o restante equipamento da sala.

O segundo produto, com a designação NET_SCHOOL, consiste num conjunto de aplicações que permite fazer a integração de todos os equipamentos da sala de aula (mesa interactiva UNI_NET, ERGOS_NETPAD + NETPHONE, quadro interactivo), criando, deste modo, um ambiente de sala de aula interactiva e potenciando as seguintes funcionalidades a alunos e professores: gestão de sala, gestão de turma em aula, gestão de conteúdos, gestão de conhecimento e comunidade de conhecimento.


• QI2Learn | Quadros Interactivos na Aprendizagem

O Projecto QI2Learn tem por objectivo central o desenvolvimento de conteúdos multimédia para exploração em Quadros Interactivos (QI) impulsionadores da Aprendizagem (to learn).

O Público-Alvo seleccionado é o Ensino Superior e foram eleitas áreas científicas com relativo impacto transversal para estudo do potencial deste meio no ensino e na aprendizagem. Disciplinas na área das Ciências Sociais e da Biociência reúnem condições pedagógicas para dar uma projecção comercial a esta tecnologia no âmbito do Ensino Superior. A Tecnologia dos Quadros Interactivos é certamente um estado intermédio para diversos tipos de superfícies interactivas que nos permitirá passar do conceito de exploração de ferramentas informáticas para ambientes ricos em tecnologia em que interagimos, de uma forma cada vez mais natural, pelo que este sector se revela promissor em inovação.

A estratégia pedagógica global pretende tirar partido dos recursos multimédia e do potencial da simulação na criação de contextos de aprendizagem reforçados por actividades pedagógicas em sala de aula. Com vista ao futuro pretende-se criar uma comunidade de prática, mediada por tecnologia, para partilha, reflexão e avaliação de um portfólio de conteúdos para o ensino superior.

A Tecnologia dos Quadros Interactivos é altamente promissora pela dinâmica pedagógica e enriquecimento do processo de aprendizagem, que promove no ensino presencial.

Este projecto tem por objectivos específicos:
1-Realizar um estudo actual da oferta de objectos formativos disponíveis para esta tecnologia;
2-Desenvolver conteúdos transversais em diversas áreas científicas para o ensino superior nomeadamente em: estatística, gestão e biociências nas sub-áreas de Biologia/Fisiologia, Bioquímica, Microbiologia e Biologia Molecular;
3-Conceber actividades pedagógicas complementares à exploração dos conteúdos produzidos;.
4-Estruturar um portfólio digital de arquivo, pesquisa e classificação de objectos formativos para quadros interactivos no ensino superior;
5-Validar os contéudos desenvolvidos com os potenciais utilizadores em diferentes cenários;
6-Disseminação e promoção concertada de resultados através de comunicações em conferências internacionais, publicações de artigos científicos, apresentações em feiras da área e criação de um web-site do projecto.

A mais-valia do trabalho em co-promoção no desenvolvimento dos projectos

A natureza dos projectos exigiam uma equipa multidisciplinar e uma confluência de diferenças competências e experiências.

A Nautilus como empresa com experiência consolidada no design, no desenvolvimento, na produção e na comercialização de mobiliário escolar, receptiva à integração de elementos de inovação nos seus produtos.

A Nautilus surgiu como a empresa ideal para o desenvolver e comercializar os dois produtos, muito pela posição de liderança que detém no mercado nacional em matéria de produção de mobiliário pré-escolar e escolar, actuando sempre na perspectiva da inovação e da qualidade. A excelência do know how da Nautilus foi formalmente reconhecida pelo Ministério da Educação, através da homologação do mobiliário escolar produzido pela empresa.

E o INESC Porto como entidade ligada ao Sistema Científico e Tecnológico, com maturidade reconhecida no desenvolvimento de software específico.

O INESC Porto, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto, afigurorou-se, assim, como um parceiro ideal para o estudo e desenvolvimento de aplicações  práticas, versáteis, de fácil utilização para professores e alunos, com vista à criação de um contexto de educação interactivo, participativo e, simultaneamente, inclusivo.

A criação de um consórcio desta natureza privilegiou a partilha de complementaridades e sinergias entre duas entidades com competências distintas, mas conciliáveis, possibilitando, por um lado, a valorização económica dos resultados da I&DT, gerando mais-valias quer para a entidade do SCT, quer para a empresa promotora, que incorpora na sua actividade económica os resultados da I&DT; e, por outro, a valorização social dessa mesma I&DT, na medida em que as soluções propostas pelo projecto (desenvolvimento de dois produtos inovadores) constituem respostas interessantes à crescente necessidade de modernização do equipamento escolar e consequentemente do modo de abordar a aprendizagem.

iBUS

10.10.2011
  • Incentivos às Empresas

Apoiado no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT pelo COMPETE, o projecto iBUS une as indústrias da cortiça, couro, design e engenharia portuguesas na construção de autocarros mais leves, confortáveis e auto-suficientes.

A Caetano Components, a Amorim Cork Composites, a Couro Azul, a SET e o INEGI reuniram as suas competências, em parceria com a AlmaDesign e a CaetanoBus, para desenvolverem um projecto de Investigação e Desenvolvimento integrado de componentes para interiores e exteriores de carroçarias de autocarros de turismo. 

Apoiado no âmbito do Sistema de Incentivos ao I&DT pelo COMPETE, o projecto "I-BUS" envolve um investimento total de €947.837 correspondendo a incentivo FEDER de €485.217 e visa a aquisição de novas competências tecnológicas através do desenvolvimento e integração de componentes e sistemas para a construção de uma secção transversal (interior e exterior), designado por "mockup", que permitirá visualizar, testar e validar soluções, para futuras aplicações em carroçarias de autocarros, nomeadamente, para modelos de turismo, sob o mote: Integrado, Mais Leve, Mais Ecológico e Mais Confortável.

O mockup (modelo do produto) à escala real foi apresentado na feira Coach & Bus, que decorreu em Birmingham (5 e 6 de Outubro) e será apresentado em Portugal na Marinha Grande (22 a 30 de Outubro).

A principal característica inovadora deste projecto começa por ser a própria concepção integrada de componentes, pelos fornecedores, a montante da cadeira de fornecimento (quando, actualmente, esta é sempre feita pelo integrador final, "carroçador"). Esta abordagem permitiu desenvolver soluções para interiores de carroçarias em áreas sensíveis onde anteriormente não foi possível inovar: Peso, conforto e eficiência ecológica.

As competências das diferentes entidades intervenientes no projecto e as sinergias ao longo do projecto de desenvolvimento do produto permitiram apresentar soluções a vários níveis:

  • Banco de Passageiros (Raia e Shark): bancos com design de inspiração biomórfica e baixo custo de manutenção, revestido a couro ecológico e anti-alérgico, altamente resistente e de fácil limpeza.
  • Sistema de Bagageiras: sistema modular de inspiração aeronaútica, leve, com tampas e compartimentos individuais e incorporação de sistema inovador de encaixe com resultados efectivos na redução de custos de assemblagem/manutenção.
  • Tampas exteriores das Bagageiras: em compósito com núcleo de cortiça, aumenta a resistência e reduz até 50% o peso das bagageiras tradicionais, contribuindo para a redução do peso total do veículo e para a facilidade no seu manuseamento.
  • Painéis laterias: construção modular, em compósito com núcleo de cortiça, com consequente redução do número de peças e do tempo de montagem. Impacto ao nível do isolamento térmico e acústico.
  • Iluminação: sistema de iluminação integrado nas bagageiras. Sistema individual accionado pela proximidade.
  • Tapa-pernas: mais fino, garantindo maior segurança com impacto no conforto e na lotação do veículo.
  • Piso: em cortiça, substitui o tradicional e pesado contraplacado. Trata-se de uma solução acessível, mais leve e com melhor isolamento térmico e acústico. 

O projecto tem como objectivo final a apresentação de um produto com melhorias incrementais no mercado - inovação de produto, sendo objectivo transversal o desenvolvimento das competências de todas as entidades da parceria.

Soluções integradas, novos materiais (nomeadamente ao nível do manuseamento do couro, da criação de novas aplicabilidades da cortiça) a incorporação de design inovador contribuirão para a construção de autocarros de turismo mais confortáveis e eco-eficientes. A diminuição substancial do peso total da carroçaria apresenta benefícios ao nível do consumo, da performance e estabilidade do veículo, diminuindo os custos da operação e da manutenção. 

Saiba mais em www.ibus.com.pt

Health Cluster Portugal | Transferência de Tecnologia e Inovação no Sector da Saúde

07.10.2011
  • I&DT

O sector da saúde em Portugal enfrenta grandes desafios decorrentes de um conjunto de factores tais como o envelhecimento da população, o aumento acentuado do número de doentes crónicos, a escassez de recursos humanos especializados, o aumento da regulação e o aumento da competição a nível global.

Contudo, tais desafios oferecem novas oportunidades a todas as entidades públicas e privadas de prestação de serviços de cuidados primários de saúde, que têm como objectivo a oferta de melhores cuidados de saúde para um número crescente de pacientes a custos mais reduzidos.

É neste contexto que se enquadram os projectos mobilizadores do Health Cluster Portugal, apresentados publicamente a 7 de Dezembro de 2010: Do IT – Desenvolvimento e Operacionalização da Investigação de Translação e AAL4ALL - Padrão de Cuidados Primários para serviços de AAL. Envolvendo um total de investimento de 17 milhões de euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 10 milhões de euros são iniciativas estruturantes do programa de acção do Pólo da Saúde e contribuirão de forma decisiva para a prossecução de alguns dos mais relevantes objectivos do HCP, entre os quais: contribuir para a mudança dos paradigmas vigentes de valorização do conhecimento; promover e consolidar um clima de cooperação (e/ou de competição) entre os actores-chave na cadeia de valor da saúde; contribuir para o robustecimento da cadeia de valor da saúde; promover internacionalmente Portugal enquanto player de referência na cadeia de valor da saúde.


Projecto DO IT
(em fase de contratação)

A investigação de translação tem vindo a afirmar-se globalmente como um meio por excelência para converter o conhecimento científico em novos e inovadores produtos, processos, metodologias ou serviços passíveis de contribuir para a melhoria da saúde e do bem-estar humanos, possibilitando, concomitantemente, a criação de valor acrescentado para a economia, quer pela diminuição de custos de “não-saúde”, quer pela criação de oportunidades de negócio. Tendo já sido assumida como uma prioridade nos países que ocupam a primeira linha em matérias de inovação e que são líderes na fabricação de produtos na área da Saúde, e perante o óbvio esforço do sector em Portugal em avançar definitivamente rumo a uma crescente afirmação internacional, este parece ser o momento certo para o país apostar também na investigação de translação, pondo assim cobro a uma situação que constitui um sério handicap para a competitividade da cadeia de valor nacional.

O projecto DO IT mobiliza um conjunto significativo de parceiros - empresas, entidades do sistema científico e tecnológico, e unidades prestadoras de cuidados de saúde - em prol do desenvolvimento de produtos/processos inovadores para diagnóstico, prognóstico, tratamento ou prevenção de doenças (novas soluções terapêuticas, novos métodos de diagnóstico, novos biomarcadores, e dispositivos médicos associados), nas áreas do cancro, doenças neurodegenerativas e doenças metabólicas (diabetes); equipamentos/ serviços/ processos/ aplicações inovadoras no domínio da e-saúde (e-health).


O Projecto AAL4ALL - Padrão de Cuidados Primários para serviços de AAL- será apresentado publicamente no dia 27 de Outubro e está em desenvolvimento a primeira etapa do mesmo.

O objectivo do projecto AAL4ALL é a mobilização de um ecossistema industrial para a massificação de produtos e serviços na área do Ambient Assisted Living (AAL), ancorada na definição de padrões específicos de produtos e serviços. Só através da garantia de interoperabilidade entre produtos e serviços é possível mitigar o risco de investimento nesta área embrionária e, assim, facilitar a oferta de novos produtos e serviços. O projecto é composto por 5 PPSs (Processos|Produtos e Serviços) que de forma integrada deverão dar uma resposta aos desafios enunciados anteriormente. Os PPS foram definidos numa lógica de mercado com base nas especificidades dos produtos e serviços a serem desenvolvidos para os utilizadores. Neste sentido os PPS2, PPS3 e PPS4 foram criados tendo como objectivo a segmentação dos produtos em 3 áreas diferentes: (1) utentes de serviços de saúde; (2) serviços de TIC e logística; (3) entidades prestadoras de cuidados primários de saúde. O PPS1 (actualmente em concretização) será desenvolvida uma norma que permita padronizar o desenvolvimento de produtos e a prestação de serviços na área de AAL . Pretende-se que seja criado um “Padrão de Cuidados Primários para serviços de AAL” (PCPAAL), direccionado para o desenvolvimento centrado no utilizador e em sintonia com as necessidades reais alvo das soluções de AAL. Serão repensados os modelos de negócio e estudadas as cadeias de valor tendo em conta a norma definida e um conjunto de novas interacções que podem surgir entre as diversas entidades. A organização de um piloto de grande escala servirá como prova de conceito e de validação dos modelos de referência apresentados. Permitirá também disseminar os resultados do projecto ao público em geral, bem como constituir uma ferramenta de divulgação e promoção junto de outros países europeus que enfrentem os mesmos problemas demográficos. No PPS5 será elaborado o processo de certificação e o conjunto de testes executados devem de garantir a interoperabilidade entre os diversos produtos e serviços.

Têxteis Técnicos | Portugal na vanguarda do desenvolvimento dos têxteis inteligentes

04.10.2011
  • Incentivos às Empresas
  • I&DT

Um sistema de vestuário de protecção inteligente, composto por elementos que permitam a auto-regulação térmica, mesmo em condições ambientais extremamente adversas é um dos têxteis inteligentes “made in Portugal” desenvolvidos no âmbito do COMPETE, designadamente do Sistema de Incentivos á Investigação e Desenvolvimento Tecnológico.

Um sistema de vestuário de protecção inteligente, composto por elementos que permitam a auto-regulação térmica, mesmo em condições ambientais extremamente adversas, estruturas multicamada para revestimento multifuncional de paredes interiores, um blusão multifuncional, com elevado isolamento térmico, com bandas de aquecimento e com tecnologias de sensorização de sinais vitais, de localização e de comunicação de eventos/alarmes, uma cobertura têxtil à base de lã, para assentos de automóvel para gerar um novo conceito de interior mais confortável e sustentável, um sistema têxtil para efeitos de luz e cor para interiores e exteriores, são alguns dos têxteis de inteligentes “made in Portugal” desenvolvidos no âmbito de projectos apoiados pelo COMPETE no sistema de incentivos á Investigação e Desenvolvimento Tecnológico.

Em comum estes projectos têm a presença do CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal – como co-promotor. Esta entidade resulta da associação, por complementaridade de interesses, de empresas e associações industriais do sector com organismos públicos, e conta actualmente com cerca de 600 associados (empresas e instituições) e 1500 clientes. Tem como missão o apoio ao desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário, através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector.

Com instalações em Vila Nova de Famalicão, na Covilhã, e delegações no Brasil e Túnisia, o CITEVE desenvolve a sua actividade de apoio técnico e tecnológico à indústria em seis grandes áreas de intervenção: Actividade Laboratorial (indutora da qualidade), Consultoria e Assistência Técnica (indutoras da melhoria do desempenho), Vigilância e Desenvolvimento Tecnológico, (indutores da inovação), Valorização de Recursos Humanos (indutora da excelência), e Cooperação com a Administração Pública (na definição e implementação de políticas para o sector e para as regiões de forte implantação do sector).

Na área tecnológica, o CITEVE, dispõe de uma Unidade de Tecnologias Têxteis que reúne uma equipa técnica especializada com competências em todos os sectores da fileira têxtil e do vestuário convencional, desde a fiação, a tecelagem, tricotagem, tinturaria, estamparia, acabamentos, revestimentos, laminagem, confecção e confecção com costuras seladas. De forma a prestar um apoio directo às empresas na área de concepção e desenvolvimento de novos produtos, esta unidade possui uma área de teste e prototipagem que para além das tecnologias convencionais, está apetrechada com as mais avançadas tecnologias emergentes, onde se destacam: tecnologias de estamparia digital (Dupont), coating/laminagem (Monti Antonio), revestimentos (Unitech), malhas de teia, min Raschel (Comez), malha trama, teares rectilíneos (Stoll) e tecnologia Seamless (Santoni), linha de costuras seladas, corte por laser, etc.

Os mais recentes avanços científicos e tecnológicos, como, por exemplo, na química de polímeros ou na tecnologia de fibras, abriram aos materiais têxteis um vasto campo de novas aplicações em sectores onde as propriedades e a performance se sobrepõem às valências estéticas.

Os materiais utilizados na produção dos têxteis técnicos dependem das aplicações específicas e do desempenho necessário, sendo normalmente utilizadas fibras de elevado desempenho. Através da tecnologia têxtil é possível combinar diferentes características num só produto tais como flexibilidade ou rigidez, baixo peso e resistência. É possível projectar e desenvolver fibras ou tecidos extremamente resistentes com excelente caimento e flexibilidade. De facto, a resistência de alguns materiais têxteis é mais elevada do que a do aço ou outro tipo de metal. Outra importante característica dos materiais têxteis técnicos é a porosidade que pode ser controlada através da estrutura têxtil, bem como pelo revestimento e pelo laminado. A porosidade dos materiais têxteis pode variar desde zero (estrutura completamente fechada) até uma grande percentagem de zonas abertas (rede). Os materiais têxteis para protecção e segurança pessoal, bem como os materiais utilizados para a protecção contra qualquer tipo de risco, apresentam um enorme potencial de crescimento no futuro. Com o avanço e sofisticação das tecnologias não têxteis, outras indústrias irão procurar soluções nos têxteis técnicos para resolver os seus problemas específicos.

As soluções são muitas para os mais variados sectores e aplicações:
• A TERMOLAN - Isolamento Termo-Acústicos, S.A., em co-promoção com a ADIFIL , o CITEVE e o Centitvc- Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes – desenvolve o projecto WALL-IT, o qual tem como objectivo primordial o desenvolvimento de estruturas multicamadas para revestimento multifuncional de paredes interiores. Trata-se de um produto inovador destinado ao mercado Buildtech (construção e arquitectura), nomeadamente para a remodelação/ reabilitação de edifícios, que colmatará as actuais deficiências no que se refere ao isolamento térmico (resistivo e reflectivo) e acústico, gestão da humidade, facilidade de aplicação e maleabilidade e, adicionalmente, promova a resistência ao fogo, apresente facilidade de manutenção e limpeza, e contribua para a descontaminação/purificação do ar circulante. Estas soluções serão baseadas em novos materiais de funcionalização, assim como novas tecnologias de revestimento e de junção de estruturas. Este produto inovador terá como base uma estrutura têxtil técnica, resultante da conjugação de diferentes materiais têxteis e não têxteis de elevado valor tecnológico.

Este projecto envolve um financiamento elegível de 729.493 €, correspondendo a um incentivo FEDER de 469.465 €.

• A P&RTêxteis em  co-promoção como o Citeve, o Centi, a PTInovação e o Clube de Montanhismo, desenvolveu um blusão para praticantes de montanhismo e/ou outro tipo de modalidade desportiva radical, sujeita a condições meteorológicas adversas (temperaturas negativas muito baixas), quer sejam profissionais ou amadores. Pretende-se desenvolver um blusão multifuncional, com elevado isolamento térmico, com bandas de aquecimento na zona do antebraço, braço e palma da mão, que incorpore tecnologias de sensorização de sinais vitais tais como temperatura, batimento cardíaco (de extrema importância para quem pratica este tipo de desporto), tecnologias de localização e de comunicação de um conjunto de eventos/alarmes.

As medições efectuadas pelos sensores instalados no Blusão são enviadas via rádio para um servidor, permitindo assim o acompanhamento remoto dos alpinistas e a actuação atempada em caso de emergência. Este blusão é constituído por duas camadas, uma exterior e outra interior - interligáveis, possibilitando a obtenção de um blusão polivalente adequado a diferentes condições ambientais (temperatura, vento, chuva).

O projecto envolve um investimento elegível total de 839.590 €, correspondendo a um incentivo FEDER de 598.269€.

• O projecto WOOL-CAR-SEAT, desenvolvido em co-promoção pela BORGSTENA, o Citeve e as empresas ANTERO BRANCAL e ALÇADA & PEREIRA, visa a concepção e desenvolvimento de uma cobertura têxtil à base de lã, para assentos de automóveis para gerar um novo conceito de interior mais confortável e sustentável.

O mercado automóvel solicita o desenvolvimento de soluções têxteis que substituam os actuais materiais utilizados no revestimento dos assentos automóveis para gerar um novo conceito de interior mais confortável e sustentável.

Este projecto surge devido a esta exigência e tem como objectivo obter produtos à base de lã, que incorporem equilibradamente conforto, design, funcionalidade e sustentabilidade.

Propriedades como capacidade de absorção de humidade, condutividade térmica, resistência à degradação pelos UV, propensão para formação de electricidade estática, flamabilidade, resistência à abrasão, resistência à tracção, alongamento à rotura, emissão de compostos orgânicos voláteis, repelência à sujidade, etc, são alguns requisitos a ter em conta na C&D do produto. Para assegurar o desenvolvimento de produto, será utilizada a metodologia APQP (Advanced Product Quality Planning and Control Plan), que define todas as etapas a cumprir no processo. Esta metodologia é composta por: planeamento, desenvolvimento e desenho de produto, desenvolvimento e desenho de processo, validação de produto e processo e produção.

O projecto combina a tecnologia têxtil convencional e a laminagem, propondo-se obter resultados em diferentes fases de evolução. Desenvolvimento de:
1ª - Estrutura têxtil WOOL-CAR-SEAT
2ª - Estrutura têxtil funcional, i.é, incorporação de funcionalidades à estrutura concebida em 1
3ª - Estrutura têxtil laminada utilizando as estruturas concebidas em 1 e 2

A acção do projecto centra-se no engineering design de tecidos técnicos e funcionais, de base laneira, para aplicações em veículos automóveis. As funcionalidades a obter nos tecidos traduzem-se em mais valias tecnológicas resultantes de melhorias significativas ao nível de conforto, rendimento térmico e valorização estética assim como na manutenção e fácil cuidado, sem descurar a resistência ao uso, à perfuração e aos vários agentes externos condicionantes do ciclo de vida deste tipo de produto.

De referir ainda que a sustentabilidade ecológica será considerado um factor importante na selecção de produtos, tecnologias e implementação de processos. Estas funcionalidades serão conseguidas através da incorporação de micro e/ou nanomateriais à base de aditivos funcionais, na optimização da composição fibrosa dos fios e dos tecidos e da sua relação com a estrutura dos tecidos, bi e tridimensional.

O projecto envolve um investimento total elegível de 502.652 €, correspondendo a um incentivo FEDER de 350.179 €.

• A Têxteis Penedo em co-promoção com o CITEVE, o Centitvc- Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes e a empresa Castros|Iluminações Festivas S.A, desenvolvem o projecto NEWLIGHT, o qual está orientado para a criação de estruturas inovadoras, para ambientes interiores e exteriores, que promovam uma diversidade de funções associadas à energia fotovoltaica, luz de baixo custo fornecida por LEDs e materiais electroluminescentes, e design por aplicação de materiais electrocrómicos e junção de diversas multifuncionalidades, como por exemplo a fácil limpeza da superfície têxtil. As estruturas promoverão iluminação, design inovador, energia, flexibilidade e dinamismo associado à cor. As estruturas a serem desenvolvidas terão diferentes mercados de acção, ambiente interior e exterior, e associarão a sustentabilidade energética como mote principal, aliada à inovação.

Com este projecto surgirá um produto altamente inovador, em que a energia fotovoltaica produzida alimentará LEDs e os painéis flexíveis de mutação por estímulo eléctrico (electroluminescentes e electrocrómicos), que por sua vez têm consumos bastante baixos comparativamente com as fontes de iluminação convencionais. Essa alimentação será realizada através de fios condutores têxteis integrados na estrutura base, de forma a minimizar a rigidez, como actualmente ocorre nos produtos comerciais.

O projecto envolve um investimento elegível de 1.330.338 € e um incentivo FEDER de 965.795 €.

• A Active Space Techonologies, em co-promoção com o CITEVE e a empresa DAMEL, desenvolvem o projecto PERMAC (PERsonal Microclimate Active Control). O PERMAC é um sistema de vestuário de protecção inteligente, composto por elementos que permitam a auto-regulação térmica, mesmo em condições ambientais extremamente adversas.

O objectivo é um produto com controlo térmico activo para fins militares e defesa. Será desenvolvido equipamento de controlo electrónico e térmico, solução têxtil de acordo com necessidades dos soldados e respectiva integração electrónica/têxtil, de forma a conferir ao PERMAC capacidades únicas de aquecimento e arrefecimento. O utilizador poderá escolher entre um modo automático baseado no modelo de conforto de Fanger, semi-automático e manual.

Apesar dos inúmeros desenvolvimentos que têm surgido ao longo do tempo na área do conforto térmico, constata-se ainda a necessidade de desenvolvimento de vestuário inteligente que efectue a regulação térmica activa. Pretende-se neste projecto, concretizar a ideia num produto a colocar no mercado, sendo que para atingir esses objectivo, é fundamental investigar e desenvolver novas e inovadoras soluções têxteis e não têxteis.

O uso de um sistema de vestuário com regulação térmica inteligente apresenta inúmeras vantagens, das quais salientamos: a redução de dores de cabeça, tonturas e náuseas, taquicardia, picos de tensão e desmaios, o aumento da concentração e do tempo de permanência em condições adversas, conduzindo à melhoria do desempenho físico e do bem-estar.

O desenvolvimento de sistema de vestuário com regulação térmica inteligente está especialmente direccionado para actividades de elevado stress físico e mental que resulta em riscos para a saúde, pelo que apresenta inúmeras possibilidades de aplicação, nomeadamente a área militar e defesa, desporto (desportos motorizados, outdoor, inverno, radicais, caça) e indústria (química e aço, minas, agricultura e floresta). Dado que a área militar é extremamente exigente ao nível dos requisitos técnicos de desempenho funcional e resistência mecânica, confrontando-se os soldados com situações de alto riscam para a sua saúde e segurança, o consórcio pretende direccionar o estudo para esta área.

O projecto envolve um investimento total de 782.649€ e um incentivo FEDER de 570.441€.