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Living Usability Lab

18.09.2012
  • Pólos e Clusters
  • I&DT

Conheça o projeto que investiu em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida, saúde, bem-estar e segurança.

Logótipo do Living Usability Lab
Logótipo do Living Usability Lab

"Olá, desculpe a interrupção mas são 4 da tarde, horas de tomar a medicação da tensão arterial. Obrigada". Esta é a mensagem que pode ser entregue por um robot a um idoso ou a um utilizador com mobilidade reduzida, ajudando-o a cumprir o horário da medicação.

O Projecto

A Microsoft Portugal apresentou, no passado dia 5 de setembro de 2012, os resultados do Projeto Living Usability Lab, liderado pelo MLDC (Microsoft Language Development Center) e que teve como principal objetivo o desenvolvimento de serviços e soluções tecnológicas, sob a forma de uma rede de laboratórios vivos suportado em redes de nova geração, dirigidos aos cidadãos seniores e aqueles com mobilidade reduzida.

Idosa no sofá

O projeto pretende combater o isolamento e a infoexclusão, contribuindo para aumentar a qualidade de vida, saúde, bem-estar e segurança em ambiente doméstico, das comunidades dos idosos e dos deficientes motores, proporcionando condições para um envelhecimento ativo.

Assim a mensagem "Olá, desculpe a interrupção mas são 4 da tarde, horas de tomar a medicação da tensão arterial. Obrigada" já pode ser entregue diretamente por um robot a um idoso ou a um utilizador com deficiência, ajudando-o a cumprir o horário da medicação.

O projeto envolveu mais de 1011 idosos a nível nacional, 30 instituições, incluindo 25 Universidades seniores das regiões de Lisboa, Oeiras, Cascais e Porto e uma instituição particular de solidariedade social (Associação Salvador) que atua na área da deficiência motora.

O projeto desenvolveu soluções tecnológicas para três cenários:

  • Health@Home (saúde em casa), através do desenvolvimento de serviços de prevenção e promoção da saúde para cidadãos idosos e outros que se mantêm nas suas casas, como o serviço de tele-reabilitação que permite ao cidadão realizar consultas e exercícios de reabilitação, monitorizados em tempo real por um profissional de saúde remoto, ou um conjunto de sensores de sinais vitais, que permitem o acompanhamento personalizado e contínuo do seu estado de saúde e atividade física;
  • Connect@Home (ligado em casa), mediante a avaliação e disponibilização de serviços, através de um assistente pessoal virtual, o qual recorre à interação natural do cidadão com o computador (utilizando modalidades como a fala, toque, gesto, teclado e rato) e à capacidade de adaptação ao contexto (características de luminosidade e ruído ambientes, limitações visuais e auditivas do utilizador, localização), para o manter ligado à sua rede social (Youtube, Facebook ou Twitter), profissional e familiar;
  • Secure@Home (segurança em casa), tecnologias e serviços que possibilitam o controlo e a automação da casa, identificando, prevenindo e alertando para situações de risco e visando o conforto e a segurança doméstica do cidadão, donde se destaca um robot pessoal, um serviço de localização e deteção de movimento e um conjunto de sensores e atuadores de controlo domótico. 
Assim, o projeto Living Usability Lab que a Microsft tem liderado nestes últimos 2 anos, disponibiliza à comunidade científica, à indústria e à sociedade, uma rede nacional de laboratórios vivos, onde os cidadãos podem experimentar e avaliar a usabilidade de tecnologias e serviços em cenários reais, que incluem serviços de comunicação audiovisual e entretenimento, serviços de prevenção e promoção da saúde para cidadãos que se mantêm nas suas casas, ou ainda serviços de gestão automática do ambiente doméstico. Idoso

Um dos focos do projeto foi o desenvolvimento de tecnologias de interação natural com o computador, especialmente adaptados àqueles cidadãos que têm sido mais esquecidos no acesso aos serviços fundamentais e tecnologias da Internet: as pessoas idosas e aquelas com deficiência motora. O projecto adoptou os princípios do design universal e das interfaces naturais do utilizador (fala, gestos), fazendo uso das vantagens trazidas pelas Redes de Nova Geração e computação distribuída.

Apoio do COMPETE

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico) e inserido na estratégia do Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica - TICE.PT, o projecto envolve um investimento total de 1.248 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 858 mil euros. 

Parcerias 

Este projeto, coordenado pela Microsoft Portugal, envolveu um consórcio de empresas da área das TIC, destacando-se a Micro-IO e a Plux, e de Universidades e Institutos de Investigação, nomeadamente, a Universidade de Aveiro, o IEETA, a Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto e o INESC Porto. 

Resultados

O envelhecimento demográfico é provavelmente um dos acontecimentos mais relevantes da Humanidade. Com interfaces adequadas e mais naturais e com as possibilidades oferecidas pelas Redes de Nova Geração, a introdução de soluções tecnológicas facilita a vida quotidiana das pessoas idosas, combate o isolamento e a info-exclusão, aumentando a sua capacidade de trabalho, autonomia e melhorando a sua saúde e bem-estar.

O projecto Living Usability Lab contribuiu ao investigar, desenvolver, integrar e avaliar tecnologias que permitam o desenvolvimento de serviços reais, suportados em Redes de Nova Geração, na área da Saúde e qualidade de vida.

De entre as soluções tecnológicas inovadoras apresentadas fizeram parte:

  • sensores para acompanhamento do estado de saúde e atividade física,
  • um serviço de telereabilitação,
  • uma assistente virtual pessoal,
  • um sistema de sensores e atuadores domóticos
  • um serviço de localização e deteção de movimento na habitação

Os serviços desenvolvidos neste projecto incluíram o acesso multimédia à informação e intercâmbio de dados pessoais; tele-saúde e entrega automática de medicamentos; suporte às actividades diárias da vida social, cívica e em comunidade; gestão automática do ambiente para melhorar tanto a qualidade de vida como a segurança.

Desta forma, este projeto criou condições, sob a forma de um laboratório vivo, para que seja possível criar novas tecnologias e serviços tendo por base processos de desenho, desenvolvimento e avaliação, envolvendo ativamente os utilizadores idosos em condições, ambientes e cenários de utilização próximos dos reais. 

O trabalho realizado durante estes dois anos permitiu:

  • a criação de condições para o estabelecimento de um laboratório vivo distribuído, com nós inicialmente em Aveiro (Universidade de Aveiro) e no Porto (Microsoft);  
  • o estabelecimento de relações colaborativas entre os vários parceiros do consórcio com o objetivo de prolongar o espírito cooperativo do projeto;
  • avanços em tecnologias de localização de pessoas, robótica, sensores e atuadores, interação natural;
  • definição de uma metodologia de avaliação;
  • e o desenvolvimento de novos serviços e aplicações demonstradores dos três cenários do projeto, destacando-se o Living Home Center e o novo serviço de Telereabilitação.