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O Mundo Oculto dos Cogumelos

21.01.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Apoiado pelo COMPETE, o projeto aliou a informação científica proveniente da investigação universitária às tecnologias de informação com o objetivo de transmitir, de forma lúdica mas tecnicamente correta, informação relevante sobre a biologia e ecologia dos fungos produtores de cogumelos.

Projeto
Projeto

Apoio do COMPETE

O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, na área das Tecnologias do Ambiente, com um investimento elegível de 30 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 26 mil euros.

Segundo Celeste Santos e Silva (Professora Auxiliar do Departamento de Biologia da Universidade de Évora e Investigadora do Instituto das Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas), a coordenadora do projeto, "sem o apoio financeiro do COMPETE não teria possível desenvolver satisfatoriamente todas as acções planeadas nem produzir todos os materiais didácticos que foram idealizados. Acima de tudo, o apoio prestado pelo COMPETE revelou-se fundamental na oportunidade de envolver um jovem investigador em acções de divulgação científica, permitindo-lhe adquirir competências e tomar o gosto por participar neste tipo de actividades".

Âmbito

Em Portugal assiste-se ao desencontro entre a comunidade científica e os mass media que, geralmente, não cooperam na difusão do conhecimento científico, pois usam linguagens distintas e têm diferentes públicos-alvo.

De modo a contrariar esta tendência, há que começar por interessar o vasto público divulgando ciência de uma forma atractiva e de fácil compreensão, abordando temas de interesse geral.
Dentro do tema do ambiente e biodiversidade, a micologia é uma das áreas menos exploradas. Para abordar esta temática de forma cativante, importa começar por aspectos do domínio geral, neste caso, os cogumelos pois gozam de um lugar cativo no imaginário colectivo das sociedades, desde as histórias de fadas até à gastronomia gourmet. 

Neste projecto desenvolveu-se um conjunto de elementos audiovisuais, aliando a vasta informação científica proveniente da investigação universitária às tecnologias de informação, com o objectivo de transmitir, de forma lúdica mas tecnicamente correcta, informação relevante sobre a biologia e ecologia dos fungos produtores de cogumelos. A criação de um espaço de diálogo entre o público em geral e os investigadores, mediada pelos agentes da comunicação social, permitiu ainda satisfazer a curiosidade dos visitantes e desmistificar crenças e conceitos erróneos.

Actividades

O projeto “O mundo oculto dos cogumelos” divulgou temas de micologia, em particular sobre cogumelos. Foram produzidos diversos conteúdos didácticos, em português, disponibilizados no portal da natureza “Naturlink” e no semanário “O Registo”.

As atividades desenvolvidas no âmbito deste projeto superaram todas as expectativas pois além de todas actividades inicialmente programadas terem sido realizadas, ainda foram desenvolvidas outras não programadas, difundidas na rádio e televisão.

Os conteúdos científicos foram produzidos pela Prof.ª Dr.ª Celeste Santos e Silva, coordenadora do projeto e pelo Mestre Rogério Louro, bolseiro contratado para o efeito.

. Semanário “O Registo”

O parceiro da imprensa escrita foi o semanário “O Registo”, criado em 2008, com uma tiragem média de 10.000 exemplares e distribuído gratuitamente na região Alentejo. Ao longo de um ano foram publicados 4 artigos sobre:

  • as Substâncias Tóxicas dos Cogumelos desmistificando alguns mitos muito enraizados na população,
  • as Propriedades Alimentares dos Cogumelos Comestíveis e algumas receitas,
  • as Propriedades Medicinais dos Cogumelos e seus usos ancestrais e atuais,
  • a Diversidade e Ecologia dos Cogumelos indicando as espécies mais comuns em diversos habitats.

Esses artigos foram novamente disponibilizados na edição de 3 de Maio de 2012.
Consulte as cópias de cada artigo, indicando-se o número da edição do semanário e a respectiva data de publicação.

. Portal de Natureza “Naturlink”

O parceiro na web foi o Portal de Natureza “Naturlink”, criado em 2000 e que hoje é uma referência na área do ambiente e gestão de recursos naturais, com mais de 1 milhão e seiscentas mil visualizações mensais.

Para além de artigos diversos, foram produzidos jogos de identificação visual e questionários e foi criada uma secção de perguntas frequentes, com o contributo das questões colocadas pelo público e as respostas da equipa da Universidade de Évora.

Para os mais jovens foi produzido um puzzle que, quando completado, apresenta uma informação sobre o cogumelo representado.

Foi elaborada uma chave de identificação de cogumelos até ao grande grupo taxonómico Família. O principal objectivo desta chave visual é que o utilizador “não experiente” percorra com facilidade as diversas etapas da chave, tomando consciência das características ”diagnóstico” para a identificação de cogumelos e se aperceba da enorme diversidade de formas e cores existentes. Baseada unicamente em caracteres macroscópicos, que se vêm a olho nú, esta chave não deverá ser usada para triar espécies comestíveis e venenosas.

. Atividades realizadas para além das inicialmente programadas

Produziu-se um vídeo sobre a colheita de silarcas, o cogumelo mais apreciado na região sudoeste da Península Ibérica.

Realizaram-se ainda outras atividades de divulgação difundidas pelos Media, nomeadamente projetos de divulgação e de investigação relacionados com cogumelos e prestados esclarecimentos sobre a biologia e ecologia dos fungos produtores de cogumelos, com especial relevo para o seu papel nos ecossistemas de montado. Nestas actividades foi divulgado o projeto “O mundo oculto dos cogumelos”:

1) Participação no Programa “Com Ciência” em Abril de 2011, Programa semanal de Ciência, Tecnologia e Inovação, apresentado por Vasco Trigo (RTP 2).

2) Participação num programa da rádio “Sim” no Outono de 2011.

3)  Participação no Programa “Biosfera”, em Dezembro de 2011, um magazine semanal que dá relevo às questões ambientais (RTP 2).

O projeto “O mundo oculto dos cogumelos” foi divulgado em atividades presenciais dirigidas a jovens “Ocupação de Jovens nas Férias”, para o público em geral “Biologia no Verão” e num passeio micológico integrado na “Semana da Ciência e Tecnologia 2011”.

Estas atividades foram promovidas pela Ciência Viva e realizadas no âmbito do Instituto das Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas.

Resultados

. Divulgação no semanário “O Registo”

O semanário “O REGISTO”, de distribuição gratuita, possui uma tiragem média de 10.000 exemplares. Os conteúdos produzidos pela equipa do projecto foram publicados em 5 edições independentes, pelo que cerca de 50.000 exemplares deste semanário foram veículo de divulgação de temas de Micologia e do projecto “O Mundo Oculto dos Cogumelos” e seus patrocinadores. Os exemplares de “O REGISTO” são distribuídos nos mais diversos locais (consultórios médicos, cafetarias, restaurantes, estabelecimentos de ensino, etc) onde não sobram exemplares de uma semana para a outra. Pelo exposto é espectável que este veículo de divulgação tenha abrangido uma população de meia centena de milhares de pessoas.

A divulgação através da imprensa escrita é particularmente relevante pois atinge públicos que geralmente não têm acesso ou hábitos de consulta de conteúdos “on-line”. Esta situação reveste-se da maior importância na divulgação de temas de micologia, pois muitos dos aficionados e colectores de cogumelos pertencem a uma faixa etária elevada e possuem um baixo nível de escolaridade, não tendo geralmente acesso a meios informáticos.

Por outro lado, a divulgação de ciência em suportes não específicos deste tema angaria novos públicos, dado que o leitor, a par das notícias da actualidade, tem oportunidade de contactar com outras matérias.

. Divulgação no portal de natureza “Naturlink”

Considerando o conjunto dos conteúdos do projecto “O Mundo Oculto dos Cogumelos” publicados entre 15 de Abril de 2011 e 30 de Abril de 2012 no portal “Naturlink”, registou-se um total de 44.671 visualizações.

Apresentam-se as estimativas das visualizações dos conteúdos de “O Mundo Oculto dos Cogumelos” (listados por data de publicação):

  • Artigo “Os Cogumelos e os Seus Venenos”, publicado em 15-04-2011 teve 10.391 visualizações neste período.
  • Vídeo “Silarca – O Mundo Oculto dos Cogumelos”, publicado em 12-05-2011 teve 1.224 visualizações neste período.
  • Artigo “FAQ Cogumelos – Perguntas e Respostas sobre Cogumelos”, publicado em 19-05-2011 teve 8.945 visualizações neste período.
  • Artigo “Os Cogumelos à Nossa Mesa”, publicado em 03-06-2011 teve 9.406 visualizações neste período.
  • Aplicação “Puzzle Cogumelo”, online a 03-06-2011 teve 833 visualizações neste período.
  • Artigo “Cogumelos Medicinais – História, Usos e Perspetivas Futuras”, publicado em 29-07-2011 teve 7.605 visualizações neste período.
  • Aplicação “Quiz Cogumelos” online a 23-09-2011 teve 379 visualizações neste período.
  • Artigo “Os Cogumelos – Diversidade e Ecologia”, publicado em 16-12-2011 teve 3.747 visualizações neste período.
  • Aplicação “Trivia Cogumelos”, online a 23-12-2011 teve 277 visualizações neste período.

Os conteúdos produzidos permanecerão online pelo que é espectável que o número de visualizações aumente, em particular durante o Outono e Primavera, épocas em que os cogumelos são mais abundantes.

As aplicações produzidas serão difundidas em sessões de divulgação em que a equipa da Universidade de Évora participar, prevendo-se, igualmente, o aumento do número de visualizações.

. Divulgação na Rádio e Televisão

As participações nos programas de rádio e televisão tiveram um impacto muito positivo na divulgação da temática da Micologia. No caso dos programas televisivos, para além da transmissão nos horários programados, os conteúdos foram disponibilizados online, pelo que a audiências foram superiores às calculadas apenas para os programas em questão. Reflexo da elevada audiência foram os contactos recebidos por escolas, estudantes e público em geral, querendo saber como e onde aprender mais sobre cogumelos.

Considerações Finais

Com base no feedback recebido ao longo do período de execução do projecto é possível afirmar que:

1. Cresceu o interesse sobre a temática dos cogumelos, aumentando os contactos (telefone, correio electrónico, presencial) quer institucionais, quer privados, no sentido de esclarecer dúvidas sobre a temática dos cogumelos.

2. Os conteúdos produzidos e disponibilizados foram usados, em particular, em instituições de ensino.

3. Aumentou o conhecimento do público em geral sobre a enorme variedade de cogumelos e do seu papel nos ecossistemas.

4. Aumentou a comunicação entre o público interessado e os especialistas na área da Micologia.

Links

Links para as atividades desenvolvidas:

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Projeto apoiado pelo COMPETE estuda microbioma natural presente na videira

03.06.2014
  • Ciência e Conhecimento
  • I&DT

Investigadores da Biocant publicam primeiro estudo que caracteriza o microbioma natural presente na videira e, dada a sua importância, permite analisar pormenorizadamente as interações estabelecidas entre os microrganismos e planta, bem como o equilíbrio do micro ecossistema, o que constituirá uma forte contribuição para o melhoramento das estratégias de gestão da vinha.

Equipa do Biocant

Equipa responsável pelo projeto

Projeto | O microbioma indígeno das fermentações vínicas portuguesas


1. Síntese


Na vinha, a presença de comunidades microbianas, tanto fungos como bactérias, é especialmente importante: o equilíbrio destas comunidades é fundamental para garantir a saúde e vitalidade da planta, o que se repercute na qualidade das uvas, no rendimento da produção, no processo fermentativo e, por conseguinte, na quantidade e na qualidade do vinho produzido.

No primeiro estudo que caracteriza o microbioma natural presente na videira, os investigadores do Biocant recolheram amostras de folhas de videira numa vinha piloto instalada na região da Bairrada para caracterização do microbioma natural da vinha, durante todo o seu ciclo vegetativo.

Este estudo foi realizado por investigadores da Unidade de Genómica do Biocant, liderada pela Doutora Ana Catarina Gomes, e enquadra-se na linha de investigação do Biocant exclusivamente dedicada à Vinha e ao Vinho.


2. Enquadramento no COMPETE


Apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, o projeto “O microbioma indígeno das fermentações vínicas portuguesas” envolveu um investimento elegível de cerca de 194 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 165 mil euros.

De realçar que os resultados deste projeto estão interligados ao projeto InovWine, desenvolvido por um consórcio multidisciplinar envolvendo a Adega Cooperativa de Cantanhede, o Biocant, o Instituto Pedro Nunes e os Viveiros Vitícolas Pierre Boyer, e apoiado no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (projeto em co-promoção), um dos objetivos é exatamente a caracterização detalhada deste conjunto de microorganismos que estão presentes na vinha e que afetam a videira.

 

Segundo Ana Catarina Gomes, Investigadora, “sendo um projeto que envolve em grande parte a aquisição de conhecimento, e que apesar de relevante para a Vitivinicultura, ainda se encontra longe do mercado, o apoio do COMPETE foi essencial para a sua concretização. Neste momento, a nossa prioridade é dar continuidade a uma linha de investigação resultante deste projeto – os microoganismos benéficos para a videira, e desta forma conseguir desenvolver um produto que chegue ao mercado”.

Ana Gatarina Gomes


3. Descrição

A viticultura faz parte da identidade de Portugal e é uma das atividades agrícolas mais importantes do país. Na vinha, a presença de comunidades microbianas, tanto fungos como bactérias, são especialmente importantes, pois o equilíbrio destas comunidades é fundamental para garantir a saúde e vitalidade da planta, o que se repercute na qualidade das uvas, no rendimento da produção, no processo fermentativo e, por conseguinte, na quantidade e na qualidade do vinho produzido.


Neste estudo recolheram-se amostras de folhas de videira numa vinha piloto instalada na região da Bairrada para caracterização do microbioma natural da vinha, durante todo o seu ciclo vegetativo.
O microbioma da videira caracterizou-se pela copresença de microrganismos fitopatogénicos e benéficos, sendo que os microrganismos mais abundantes foram o Aureobasidium, um fungo considerado como agente fitoprotetor das plantas, e as bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae.


Ao longo do ciclo vegetativo, as comunidades microbianas revelaram-se extremamente dinâmicas e a biodiversidade presente variou ao longo do tempo: a biodiversidade de fungos e leveduras diminuiu com a evolução do ciclo vegetativo, o que constituiu uma oportunidade para a proliferação da comunidade de bactérias.


Na base da explicação da diminuição da biodiversidade eucariota, surge a aplicação dos tratamentos químicos que, para além de afetarem a biodiversidade, afetaram simultaneamente a abundância dos microrganismos fitopatogénicos e benéficos. Verifica-se, assim, que o controlo químico dos agentes causadores de doença, também impacta as comunidades dos microorganismos benéficos para a planta, que depois têm maior dificuldade em se restabelecer. Assim, estes tratamentos causam um desequilíbrio grave no ecossistema microbiano da vinha.


Este é o primeiro estudo que caracteriza o microbioma natural presente na videira e, dada a sua importância, permite analisar pormenorizadamente as interações estabelecidas entre os microrganismos e planta, bem como o equilíbrio do micro ecossistema, o que constituirá uma forte contribuição para o melhoramento das estratégias de gestão da vinha.


4. Resultados


Os resultados detalhados deste trabalho podem ser consultados em nesta página.

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Já ouviu falar do projeto “Do Ar à Água”?

21.01.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Produzido e realizado pela Universidade de Aveiro, com o apoio do COMPETE, os documentários pretendem revelar aspetos da biodiversidade da Ria de Aveiro.

Projeto “Do Ar à Água”
Projeto “Do Ar à Água”

Síntese

A ideia deste projecto surgiu, por um lado por existir muito pouco no domínio do audiovisual sobre a biodiversidade dos sistemas húmidos portugueses e por outro porque para sensibilizar para a sua preservação nada melhor do que mostrar a sua importância e beleza.

As filmagens decorreram sobretudo na Ria de Aveiro, sistema húmido cuja importância para a biodiversidade é reconhecida pelos vários estatutos de protecção especial que lhe estão atribuídos, particularmente devido à avifauna.

Foram produzidos e realizados quatro documentários, com cerca de 20 minutos cada:

  • “Viajantes do Ar”;
  • “Nascer na Ria”;
  • “A Cegonha-branca”;
  • “A Ria por Dentro”.

Enquadramento no COMPETE

O projeto “Do Ar à Água” contou com o apoio do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, com um investimento elegível de 185 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 158 mil euros.

Segundo Ana Maria Rodrigues, responsável pelo projeto, “o apoio do COMPETE foi fundamental para a concretização dos objetivos já que permitiu à equipa melhorar o leque de equipamento que possuía para o efeito, adquirir experiência e, mais importante, gosto na filmagem da vida selvagem. Tal, poderá envolver alunos no futuro e irá contribuir não só para um melhor conhecimento da Biodiversidade do País mas também para uma maior produção nacional de documentários científicos”.

Descrição

. Porquê este projeto?

Este projeto surgiu com o objectivo de dar a conhecer um pouco da biodiversidade do país. Existem excelentes documentários e fotos fascinantes sobre o Mundo Natural mas são usualmente produzidos em zonas particularmente ricas em biodiversidade, distantes, que a maioria dos cidadãos nunca terá oportunidade de visitar e tal pode provocar uma atitude de deslumbramento mas também de passividade. Mostrar o que temos, muitas vezes “ao virar da esquina” é mais real e, por isso, mais fácil de perceber o que se perde ou o que se ganha em função de determinadas opções de intervenção nos ecossistemas ou na exploração dos seus recursos.

Dar a conhecer um pouco sobre biodiversidade da Ria de Aveiro, particularmente das espécies de aves e de invertebrados, é o principal objetivo deste projeto.

. Porquê filmar as aves?

A Ria de Aveiro é uma das zonas húmidas mais importantes do País e é uma área de particular interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade. Os diversos habitats da Ria permitem o estabelecimento de numerosas espécies e a sua importância para a avifauna é reconhecida nacional e internacionalmente; os invertebrados fazem parte da dieta de muitas espécies e alguns deles são recursos naturais importantes para a economia da região. Para além disso a Ria está “mesmo ao lado”, o que é conveniente quando os recursos não são muitos.

Documentários

O conjunto de documentários produzidos no âmbito deste projeto será emitido no canal público, na RTP 2, durante o primeiro trimestre de 2014.

•  “Viajantes do Ar”, foi exibido no passado dia 19 de Dezembro de 2013, aborda a riqueza da avifauna da Ria de Aveiro e, de um modo geral, as características que adaptam as aves ao voo, essa fantástica capacidade que lhes permite dominar o ar e que nos fascina desde tempos remotos;

• “Nascer na Ria” engloba três histórias de espécies de aves protegidas que se reproduzem na Ria de Aveiro: a Andorinha-do-mar-anã, o Perna-longa e a Garça-vermelha;

• “A Cegonha-branca” documenta a vida no ninho desta espécie, com a qual temos uma relação de simpatia muito particular e,

• “A Ria por Dentro” aborda algumas das espécies de invertebrados da Ria, muitas delas pouco conhecidas já que vivem enterradas na areia, ou na lama, ou nos fundos sempre cobertos de água. 

No seu conjunto, os documentários têm como objetivo dar a conhecer aspetos sobre a biodiversidade, em particular da Ria de Aveiro, uma zona húmida de beleza paisagística única no país”, refere Ana Maria Rodrigues, bióloga da Universidade de Aveiro. A responsável pelo projeto, em conjunto com o biólogo, Victor Quintino, acrescenta que todos os filmes “pretendem sensibilizar o público para a necessidade de gerir de forma equilibrada os recursos naturais da Ria, de modo a não pôr em causa o seu património natural”.

Equipa

Nos documentários da Universidade de Aveiro colaboraram o Departamento de Biologia (DBio), o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), os STIC-audiovisuais e o IDAD - Instituto do Ambiente e Desenvolvimento.

A equipa é constituída por Ana Maria Rodrigues e Victor Quintino (DBio/CESAM), Fernando Leão (IDAD), Gilberto Vasco, Luis Melo, João Oliveira e Pedro Henriques (STIC) e Mariana Sousa Santos, Rui Pedro Lamy e Paula Pérez (bolseiros do projeto).

O grupo contou ainda com a colaboração da jornalista Catarina Lázaro, de Vítor Teixeira (SCIRP, UA) e de Fernando Rodrigues.

Conclusão

Para a equipa este projeto foi desafiante! Apesar do conhecimento sobre a biodiversidade da Ria de Aveiro e a experiência na produção de conteúdos audiovisuais, filmar aves que não gostam muito da proximidade de humanos, invertebrados que vivem enterrados ou debaixo de uma água que nada tem de transparente e conciliar tudo isto com as marés, com a chuva, o frio, o calor…e com a sazonalidade das migrações e reprodução dos animais não foi tarefa fácil!

A equipa está, contudo, satisfeita com o resultado e muito melhor preparada para futuros desafios…

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu "Áreas/Os Projetos que Apoiamos".

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Fibrenamics – O Novo Mundo dos Materiais à Base de Fibras

10.05.2013
  • Pólos e Clusters

Desenvolvimento de conteúdos para divulgação nos media, acerca dos últimos desenvolvimentos na área dos materiais à base de fibras, com especial enfoque nas suas aplicações avançadas nas áreas da medicina, construção civil, arquitetura, proteção pessoal, transportes e desporto.

O projeto Fibrenamics é promovido pela TecMinho – Interface da Universidade do Minho e tem o apoio do COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, com um investimento elegível de 234 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 199 mil euros.

O objetivo do projeto é o desenvolvimento de conteúdos para divulgação nos media, acerca dos últimos desenvolvimentos na área dos materiais à base de fibras, com especial enfoque nas suas aplicações avançadas nas áreas da medicina, construção civil, arquitetura, proteção pessoal, transportes e desporto. Os conteúdos serão baseados nos conhecimentos técnico-científicos gerados pelo Fibrous Materials Research Group, enquadrado no Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil da Universidade do Minho.

Os conteúdos a produzir no âmbito deste projeto incluem:

  • Série Televisiva| “O Extraordinário Mundo das Fibras” constituída por 7 programas de 30 minutos, onde serão abordadas as seguintes temáticas:

1. Introdução aos materiais à base de fibras;
2. Aplicações de materiais fibrosos na medicina;
3. Aplicações de materiais fibrosos na construção civil;
4. Aplicações de materiais fibrosos nos transportes;
5. Aplicações de materiais fibrosos na proteção;
6. Aplicação de materiais fibrosos na arquitetura;
7. Aplicação de materiais fibrosos no desporto.

Temáticas dos Programas Fibrenamics

Em todos os programas pretende-se mostrar o estado da arte e o futuro próximo, da utilização dos materiais com fibras cada uma das aplicações previstas.

  • Internet - Desenvolvimento de um site específico, em língua Portuguesa e Inglesa para a promoção e divulgação dos avanços científicos neste campo.
  • Rádio - Desenvolvimento de programas diários com base nos conteúdos desenvolvidos para a televisão.
  • Imprensa escrita - Publicação semanal de um texto baseado nos programa informativos desenvolvidos para televisão, com comentários de especialistas nos domínios versados.

O desenvolvimento do projeto, para além de potenciar a cultura científica e tecnológica da sociedade em geral, num domínio de grande importância em Portugal e em toda a Europa, vai permitir perante todas as classes de público, incrementar uma maior qualificação, conhecimento e reconhecimento dos materiais fibrosos e sua importância, e é claro da Ciência e Tecnologia como motores de Inovação e Competitividade, potenciando desta forma também a captação de novos públicos.

Para além dos objectivos previamente estabelecidos em sede de candidatura foram organizadas uma série de actividades no âmbito do projecto das quais referimos:

Apresentação em Escolas

A apresentação em Escolas teve como principal objetivo conduzir os alunos e professores de escolas secundárias através de uma viagem pelo “Novo Mundo dos materiais à base de Fibras”. Os alunos tiveram a possibilidade de contactar com materiais e produtos desta temática, parte integrante do programa de 3º período do ensino secundário, da disciplina de química. Esta apresentação incluía a demonstração de materiais e tecnologias incluindo:

  • materiais termocromáticos e fotocromáticos;
  • pranchas de surf;
  • fios de nitinol;
  • relva sintética;
  • materiais de memória de fase;
  • fibras de alta performance;
  • fibras naturais;
  • fibras condutoras;
  • nanofibras de carbono;
  • membranas arquitectónicas;
  • varões entrançados em fibra de carbono para reabilitação e reforço de betão;
  • stents;
  • materiais fibrosos antibacterianos;
  • materiais resistentes ao impacto;
  • materiais de memória de fase;
  • capacete em fibras naturais;
  • entre outros.

Nesta actividade, levamos os materiais à base de fibras a 2000 alunos, 80 professores percorrendo 20 Escolas secundárias:

• ES Francisco de Holanda
• ES Carlos Amarante
• ES Martins Sarmento
• ES Camilo Castelo Branco
• ES Celorico de Basto
• ES de Vizela
• Didaxis
• Colégio Dom Diogo de Sousa
• ES de Fafe
• ES da Póvoa de Lanhoso
• Agrupamento Santos Simões
• ES das Taipas
• ES Francisco de Holanda (Semana aberta)
• Externato Infante D. Henrique
• ES D. Dinis
• EBS de Vila Cova
• Externato Carvalho Araújo
• ES Martins Sarmento
• Colégio La Salle
• Agrupamento Terras de Bouro

Ciclo de Workshops Fibrenamics 2012

O ciclo de Workshops Fibrenamics 2012, teve lugar na Universidade do Minho, de março a outubro de 2012, e contou com intervenções de reputados especialistas em várias temáticas incluindo a medicina, o desporto, a construção civil, a arquitectura, os transportes e a protecção pessoal, tendo como ponto de partida a partilha de ideias entre as comunidades científica, empresarial e escolar.

Esta iniciativa, coordenada pelo Prof. Raul Fangueiro, pretendeu mostrar o enorme potencial dos materiais à base de fibras, destinando-se a empresas, instituições dos ensinos superior e secundário, centros de investigação, centros tecnológicos, associações empresariais e demais entidades com interesse nesta temática.

Nesta actividade tivemos a participação de cerca de 1000 participantes oriundos de várias instituições, destacando-se 40% provenientes de empresas.

Participação na Capital Europeia da Cultura

Inserido nas atividades da Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, o evento “Engenharia na Capital Europeia da Cultura - FIBRENAMICS” teve lugar no Instituto de Design, tendo sido marcado por dois momentos principais. O primeiro momento foi o “Experiência Fibrenamics” que permitiu aos participantes interagir com este fantástico Novo Mundo dos Materiais à Base de Fibra, através do contato com vários produtos e tecnologias, como por exemplo, pranchas de surf, coletes à prova de bala, materiais termocrómicos e  aromáticos. O segundo momento, que decorreu na sala do Sequeiro, foi marcado por uma tertúlia, moderada por Daniel Deusdado, com a participação de reputados especialistas nas várias áreas abordadas pelo projeto FIBRENAMICS incluindo medicina, o desporto, os transportes, a construção civil, a arquitetura e a proteção pessoal, dando o seu testemunho sobre a magia das aplicações destes materiais.

Esta iniciativa, coordenada pelo Prof. Raul Fangueiro, pretendeu mostrar o enorme potencial dos materiais à base de fibras, com principal objetivo de simplificar a ciência e levá-la ao público em geral.

Ciclo de Workshops Fibrenamics OUTDOOR 2013

O Ciclo de Workshops FIBRENAMICS OUTDOOR é uma das atividades em execução no âmbito do projeto “O Novo Mundo dos Materiais à base de Fibras”, financiado pela Ciência Viva e coordenado pela Universidade do Minho, através da sua interface TECMINHO. A coordenação geral do projeto está a cargo do Prof. Raul Fangueiro da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, sendo que a coordenação do Ciclo de Workshops FIBRENAMICS OUTDOOR é assegurada pela investigadora Sílvia Carvalho.

Este ciclo de eventos surge no seguimento do sucesso conseguido com a realização do Ciclo de Workshops FIBRENAMICS que decorreu de Março a Outubro de 2012 na Universidade do Minho, versando as temáticas da Construção Civil, Desporto, Proteção Pessoal, Medicina, Arquitetura e Transportes. Este Ciclo de Workshops reuniu cerca de 1000 participantes de empresas, universidades, centros de investigação e centros tecnológicos, 30 oradores e 6 moderadores.
Até ao momento já percorremos 5 etapas deste ciclo:

• Barreiro – Instituto Politécnico de Setúbal - Construção Avançada com Materiais Inovadores – 28 de Novembro de 2012
• Porto – Palácio da Bolsa - Materiais Avançados na Medicina – 19 de Janeiro de 2013
• Coimbra – ITECONS - Sustentabilidade na Construção – 27 de Fevereiro de 2013
• Maia – CEiiA - Transportes do Futuro – 20 de Março de 2013
• Maia – ISMAI - Desporto de Alto Rendimento com Fibra – 24 de Abril de 2013

A próxima etapa será em Paços de Brandão, a 5 de Junho abordando o tema – Fibras, novos desafios para o design.

Até ao momento o ciclo de workshops FIBRENAMICS OUTDOOR já contou com a presença de mais de 500 pessoas e tem sido bastante elogiado por todos que neste participam.

Ideias com FIBRA

O  “Ideias com fibra”, é um concurso de ideias no âmbito do projecto “Fibrenamics – O Novo Mundo dos Materiais à Base de Fibras” que pretende proporcionar a todos aqueles que queiram desenvolver ideias inovadoras com base em materiais fibrosos em várias áreas, nomeadamente, Medicina, Desporto, Transportes, Construção civil, Arquitetura e Proteção pessoal.

Ao vencedor de cada um dos concursos, na respectiva área, será dada a oportunidade de concretização (prova de conceito) da sua ideia junto do grupo de investigação da Universidade do Minho, coordenado pelo Prof. Raul Fangueiro, pelo prazo máximo de seis meses.
Este concurso tem como principais objectivos:

1. Criar oportunidades para conversão de ideias inovadoras em produtos;
2. Estimular atitudes e competências empreendedoras;
3. Promover a geração de ideias com materiais à base de fibras;
4. Proporcionar a interação entre o candidato, centros de investigação e empresas;
5. Intensificar a dinâmica de criação de empresas inovadoras geradas a partir da Universidade do Minho (i.e. spin-offs) de forma a contribuir para a renovação do tecido empresarial da região.

Programa “Biodiversidade no Hipermercado” sensibiliza população de que a biodiversidade está em todo lado e todos dependemos dela

29.04.2014
  • Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Financiado pelo COMPETE e Ciência Viva foram produzidos conteúdos de divulgação científica e tecnológica através do programa que conjuga filmagens num hipermercado real com personagens de animação 3D. Com muita ciência e algum humor, a consciencialização para a biodiversidade é feita num local urbano, habitualmente frequentado por todos.

 

1. Síntese

O projeto visa a produção de meios audiovisuais para televisão sobre a temática biodiversidade urbana. Numa estreita parceria com a SIC Notícias, o programa de 13 episódios produzidos pela Terra Líquida Filmes conjuga filmagens num hipermercado real, da cadeia Jumbo, com personagens de animação 3D.

A Biodiversidade é geralmente considerada como a enorme variedade de espécies diferentes que existem numa floresta ou parque natural, distante das populações humanas. No entanto, nos meios urbanos, os supermercados e hipermercados são locais onde podemos encontrar uma enorme diversidade biológica, mas que não é vulgarmente reconhecida.

Com muita ciência e algum humor, a consciencialização do público para a biodiversidade é feita de num formato audiovisual atrativo, que reúne com rigor informação qualificada. Num local frequentado por todos, através da vasta gama de produtos com diferentes origens que se pode encontrar no hipermercado, o público é convidado a descobrir um pouco mais sobre as espécies que constituem a sua alimentação. 

2. Apoio do COMPETE

"Biodiversidade no Hipermercado" é um projeto apresentado no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, para candidaturas a Projectos de Promoção da Cultura Científica e Tecnológica – Produção de Conteúdos para Divulgação Científica e Tecnológica nos Média.

Este projeto foi apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

O projeto "Biodiversidade no Hipermercado", com um investimento elegível de 293.962 euros correspondendo a um incentivo FEDER de 249.868 euros, reúne uma equipa de investigadores de diversas áreas da biologia e da comunicação de ciência da Universidade de Aveiro e é coordenado pelo Professor Paulo Renato Trincão.

Testemunho

O apoio financeiro do programa foi determinante para a realização do projeto "Biodiversidade no Hipermercado". Permitiu reunir uma equipa que conjugou as capacidades de desenho animação e produção com as valências de ciência e comunicação dos promotores do projeto. A capacidade de poder corrigir a afetação financeira entre rubricas do projeto, permitiu maximizar e melhor a gestão.
Este apoio de características únicas, em muito contribuir para a produção de um conjunto diversos de produtos de comunicação científica destinados a públicos generalistas, contribuindo fortemente para a criação em língua portuguesas de novas ferramentas com elevada componente educacional
”, refere Paulo Trincão, Diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.

3. As Personagens

Para os programas “Biodiversidade no Hipermercado” foram criadas 6 personagens originais, desenhadas e animadas em 3D. O carrinho do supermercado é a personagem principal que aparece em todos os programas, sabendo tudo o que se passa no supermercado e conhecendo todos os produtos que aí se encontram. De cada vez que um produto é selecionado e colocado no carrinho por uma pessoa da família, avó, pai, mãe, filha ou filho, o seu tablet é acionado, fornecendo informações científicas sobre os produtos.

Personagem carrinho        

O carrinho

Ele é verde e vermelho, olhos atentos e curiosos, está sempre alerta para saber tudo o que se passa no Hipermercado. Moderno, ele não é apenas um vulgar carrinho de compras de supermercado, está equipado com as melhores tecnologias - o seu supertablet com GPS e leitor de código de barras. Quando não tem trabalho, diverte-se sozinho em busca de informação. E quando a família chega, fica muito contente porque já sabe que eles também são muito curiosos. Sempre que aparece/surge uma dúvida ele dá “uma mãozinha” na pesquisa dos produtos. Ele investiga e informa sobre a Biodiversidade no Hipermercado.           

Personagem Avó A Avó

Sempre bem disposta e com o seu humor característico, a avó gosta de acompanhar a família nas compras. Com os seus 65 anos, ela é jovial e moderna, navega pela internet, onde comunica com amigos e netos por e-mail e pelo facebook e até está a fazer um curso de permacultura urbana. Interessa-se por agricultura biológica e por tudo o que lhe faça lembrar os bons tempos da juventude, sem saudades, só com boas recordações. No hipermercado prefere produtos biológicos e de comércio justo, mas nem por isso diz que não ao neto quando este procura guloseimas, das quais ela também gosta.
Personagem Mãe A Mãe

A mãe é bióloga e nas suas viagens de trabalho e férias pelo Mundo, gosta de conhecer os mercados dos países por onde vai passando, tendo até uma enorme coleção de fotos de alimentos estranhos e desconhecidos. Interessada por tudo o que se relaciona com o ambiente, gosta de saber mais sobre todos os produtos de origem biológica. Sempre que vai às compras com os filhos aproveita para lhes ir ensinando o que sabe sobre biodiversidade e para despertar neles a curiosidade pela ciência, que afinal podemos encontrar em todo o lado, até mesmo num hipermercado!
Personagem Pai 

O Pai

Engenheiro de profissão, ele é minucioso e cauteloso quando vai às compras, até porque não gosta mesmo nada de microrganismos incómodos que lhe possam provocar intoxicações alimentares. Não percebe muito de ecologia, mas percebe de cuidados com a saúde e prefere os produtos do supermercado aos alimentos que venham diretamente do campo, sem terem passado por uma inspeção sanitária. Ao contrário da avó, não gosta das “modernices” dos produtos orgânicos... talvez por isso ela o ache um bocado aborrecido. 

Personagem Filha  A Filha

Em plena fase da adolescência, a filha tem 15 anos, gosta de estudar e de acompanhar a família nas compras. Com algumas preocupações com a sua aparência, as malditas borbulhas e a alimentação pouco saudável estão na sua lista negra. Procura sempre alimentos com pouca gordura e pouco açúcar quando vai às compras e implica com o irmão mais novo que adora guloseimas. Interessada em saber mais para além do que aprende na escola, ouve com muita atenção o que os pais e avó têm a dizer sobre os produtos que encontramos no hipermercado. 

Personagem Filho  O Filho

Jogos e brincadeiras, corridas e desafios que lhe despertem a curiosidade são o forte do filho da família. Adora correr pelo hipermercado com o carrinho, que considera o seu melhor aliado nas compras, e não lhe dá descanso... principalmente quando alguém da família lhe lança desafios para procurar alimentos, alguns deles nada fáceis de encontrar. Como qualquer criança de 9 anos, prefere os doces e as guloseimas, aos legumes e à fruta saudáveis, e claro, nunca se esquece de os procurar quando vai ao hipermercado. 


4. Os episódios

Para a realização de cada um dos 13 episódios foram escolhidos temas que abordassem de uma forma cientificamente correta e ao mesmo tempo interessante e compreensível para o público, a biodiversidade de seres vivos presentes nos diferentes produtos existentes num hipermercado.
Nos diferentes episódios do programa, o carrinho, sozinho ou acompanhado por algumas das personagens, percorre os corredores do hipermercado à procura de determinados produtos que estão relacionados entre si de acordo com o tema abordado.

  • Um Mar de Peixes 
    À entrada do hipermercado, para uma ida às compras com a mãe, a filha conta-lhe que precisa fazer um trabalho sobre peixes para a escola e pede a sua ajuda, já que ela sabe tanto sobre animais. A mãe diz-lhe então, que ali mesmo no hipermercado, pode encontrar muitos peixes diferentes. A ideia agrada a filha, que só não gosta muito é do cheiro da peixaria, mas que fazer, é preciso para aprender...
  • Um Doce Aniversário 
    Aproxima-se uma data especial, o aniversário do neto. Numa ida ao hipermercado com a avó para comprar tudo o que é preciso para a festa, não podem faltar as coisas doces e os ingredientes para o bolo de chocolate que ele tanto gosta. Mas de onde vem o chocolate? Será que o cacau é doce ou amargo? E o açúcar que adoça as guloseimas? Gelatina, fruta, rebuçados, chocolate e muito mais são o recheio deste doce aniversário.
  • Porco Puzzle 
    O carrinho do hipermercado não gosta de estar parado e quando os clientes não o estão a utilizar entretém-se e diverte-se nas suas investigações pelo hipermercado. Desta vez o carrinho lembrou-se que gostava de saber um pouco mais sobre os diferentes produtos alimentares que são produzidos a partir do porco. Acompanhe o carrinho nas suas deambulações pelo talho, pelas conservas e outros corredores onde podemos encontrar derivados do porco.
  • Em busca dos animais selvagens 
    Numa visita ao centro comercial para fazer compras no hipermercado, pai e filho passam junto às salas de cinema. O filho fica curioso ao ver o cartaz de um filme sobre Animais Selvagens e pede ao pai para irem ver. O pai desafia-o, no entanto, a procurar animais selvagens no hipermercado, enquanto fazem as compras. Haverá mesmo animais selvagens no hipermercado? Este é o mote para mais um episódio da “Biodiversidade no Hipermercado”.
  • Cereais: os melhores amigos do Homem 
    A avó está com vontade de fazer pão e comenta com a neta  que, para isso, precisam de farinha. Mas, de que é feita a farinha? Cereais, que são o melhor amigo do homem!! Em mais uma visita ao hipermercado e com a ajuda do carrinho, avó e neta descobrem tudo sobre as primeiras plantas a serem cultivadas pelo Homem desde as civilizações mais antigas... e que hoje encontramos em tantos produtos tão diferentes!
  • Da galinha ao ovo 
    O hipermercado está mesmo a fechar, mas o carrinho atento, ouve a pergunta da neta “Oh avó, com tantos ovos aqui no hipermercado, como é que não nascem pintos?” Curioso, o carrinho não perde a oportunidade para ir investigar e, neste episódio, dá-lhe a resposta a esta e muitas outras perguntas sobre ovos, óvulos, fecundação e também sobre as espécies que produzem os que mais consumimos na nossa alimentação.
  • Anda na água e não é peixe 
    Em mais uma incursão às compras no hipermercado a filha admira os peixes nos aquários. Entusiasmada confessa ao pai que gostava de ter um aquário em casa.  Mas será que os aquários só têm peixes? Neste episódio vamos descobrir uma grande variedade de seres vivos que andam na água...e nenhum deles é peixe!
  • Salada de Frutos 
    A mãe e a avó estão hoje sozinhas e decidem fazer um almoço saudável e diferente. Que comprar então para uma ementa especial? A mãe sugere uma salada, só de frutos. Mas salada de frutos não é sobremesa? A avó vai assim descobrir em mais uma visita ao hipermercado, que há legumes que afinal também são frutos e que nem todos os frutos secos são na realidade frutos!
  • Um ramo de flores original 
    O carrinho recebe uma encomenda online de um ramo de flores o mais variadas possível. Mas será que há assim tantas flores diferentes num hipermercado? Parece que sim!... Além das flores que se encontram na secção de jardinagem, o carrinho descobre nos vários corredores do hipermercado muitos outros produtos com flores. Mas afinal o que é uma flor? E já alguma vez comeu flores? Venha descobrir as repostas a estas e muitas outras perguntas em mais um episódio da “Biodiversidade no hipermercado”.
  • Em tempo de vacas magras 
    Mãe e filho estão no hipermercado e vão comprar leite. Ao deparar-se com diferentes tipos de leite o filho pergunta qual a diferença entre leite magro e leite gordo? Será que o leite magro vem das vacas magras? E em que produtos podemos encontrar leite? Só precisamos de leite para fazer queijo? A mãe, com a ajuda do carrinho, vai respondendo a estas e outras perguntas em mais um episódio da “Biodiversidade no hipermercado”.
  • Fungos para que vos quero 
    O pai e a mãe vão ao supermercado comprar cogumelos para o jantar e acabam por descobrir que comem muito mais fungos do que alguma vez imaginaram!... O pão, a cerveja, o vinho e o vinagre são todos produzidos com a preciosa ajuda de fungos, mas não são os únicos. Venha descobrir, com o pai, a mãe e o carrinho, que vivemos rodeados de fungos e de onde vem a expressão “nascem como cogumelos”!
  • Inspeção periódica obrigatória 
    O carrinho está empenado e não consegue dar curvas. Começa a ficar preocupado pois será que assim  consegue passar na inspeção? O problema parece ser falta de óleo, só que no hipermercado são tantos os tipos de óleos: óleo de soja, óleo de cedro, óleo de bacalhau... Será que podemos encontrar no hipermercado o óleo certo para o carrinho?
  • Uma viagem à volta do mundo 
    A família assiste na sala a um documentário sobre embarcações de pesca. O filho, atento, acha que seria giro se pudessem ir aos mares onde aquele barco já andou. A mãe tem então uma ideia para um jantar invulgar, com alimentos vindos dos quatros cantos do mundo, e apressa-se a fazer a encomenda online. Em família fazem um jantar diferente enquanto dão a volta ao mundo e descobrem que é imensa a biodiversidade no planeta!


5. Emissão dos Episódios

Os 13 episódios elaborados no âmbito deste projeto estão a ser emitidos no canal SIC Notícias. Com base nos guiões e nos testes de animação apresentados ao Diretor de Programas da SIC Notícias foi definida a grelha de emissão dos episódios.

Cada um dos 13 episódios é emitido 5 vezes durante a semana, em diferentes horários e diferentes dias da semana de acordo com o plano que se segue.

Estreia semanal
Um novo episódio estreia todas as semanas nos seguinte horário:
-  sábados às 20h50 

Repetições durante a semana
A emissão de todos os episódios é repetida semanalmente nos seguintes horários:
- domingo entre as 8h50
  - segunda-feira às 2h45
- terça-feira às 15h50
- quinta-feira às 20h45 

O primeiro episódio da série estreou dia 1 de Março de 2014, às 20h50, tendo tido uma audiência média de 20 150 espectadores no prime time do canal Sic Notícias. Está ainda em análise a possibilidade de transmissão do programa em outros canais SIC.

5. O Portal

De forma a que o público possa acompanhar e encontrar mais informações sobre o programa "Biodiversidade no Hipermercado" foi criado um portal que se encontra disponível no endereço: http://biodhiper.pt/index.php/pt/.

Embora não estivesse contemplado no projeto inicial, foi considerado importante a criação de um portal onde foram incluídas não só as informações relativas ao programa de televisão, mas também muitas das informações recolhidas durante a pesquisa e preparação dos guiões sobre os seres vivos referidos nos diferentes episódios.

A estrutura do portal foi pensada de forma a simplificar a sua utilização pelo público, servindo como um complemento ao programa, nomeadamente no que se refere a informações sobre o projeto e os personagens. Definiram-se, assim, as seguintes rubricas: Entrada, Canal Biod, Quem é Quem, SOS Cientista, Carrinho Cheio, Balcão de Informações e Pesquisa. 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Programa “Ciência por miúdos” vai para o ar em março

21.01.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

O Instituto Politécnico do Porto tem um projeto de divulgação de ciência para o grande público tendo já iniciado a produção de 26 episódios televisivos versando diversos temas de ciência, que vão ser devidamente explicados e trocados por miúdos pelos jovens apresentadores.

Projeto "Ciência por Miúdos"
Projeto "Ciência por Miúdos"

Projeto "Ciência por Miúdos"

Apoio do COMPETE

O projeto “Ciência por Miúdos” do Instituto Politécnico do Porto foi financiado por fundos nacionais através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), no domínio das tecnologias da informação e telecomunicações, o projeto envolve um investimento elegível de, aproximadamente, 170 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 144 mil euros.

Síntese 

O projeto “Ciência por Miúdos”, coordenado pelo Instituto Politécnico do Porto (IPP) tem como objetivo a promoção e divulgação científica, junto do grande público.

O projeto “Ciência por Miúdos” divulgará os atuais temas da ciência e tecnologia, traduzindo-os numa linguagem acessível ao grande público, procurando fomentar a cultura científica e despertar o interesse dos mais jovens com uma série de 26 episódios para televisão.

Ao longo de 26 episódios televisivos, com a duração aproximada de 1 minuto cada, o espectador terá contacto com 26 temas científicos, selecionados de acordo com o impacto e presença no nosso quotidiano. 

Cada tema é explicado por uma ou duas crianças que, utilizando uma linguagem atual e familiar, procurará “desmistificar” alguns conceitos complexos relacionados com a ciência e tecnologia.

Os vídeos são apresentados de forma organizada e concisa, contemplando a história e enquadramento da área científica em questão, a importância e a sua aplicação no quotidiano, tendências para futuro, entre outros aspetos relevantes relativos à área em análise.

Complementarmente será disponibilizada informação mais completa no website, que juntamente com as redes sociais, constituirá os canais de divulgação previstos. Atendendo à grande diversidade das áreas científicas abordadas a comunidade docente do Instituto Politécnico do Porto (IPP) foi envolvida, tendo sido convidados vários professores e especialistas desta instituição que deram o seu contributo, escrevendo os textos científicos que estiveram na base dos guiões utilizados nas filmagens. Durante todo este processo o IPP contou com a colaboração do Science Office, Lda, uma empresa de comunicação de ciência para o público em geral, com larga experiência no mercado.

A SIC Kids também participa nesta iniciativa, uma vez que foi a estação escolhida para passar os episódios, algo que está previsto para o mês de Março.

Temas

Os temas abordados são:  

  • Acelerador de partículas
  • Acústica
  • Ambientes Inteligentes
  • Arco-íris
  • Biomateriais
  • Carro Elétrico
  • Células Estaminais
  • Ciências Forenses
  • Clonagem
  • Computação Gráfica
  • Modelos Económicos
  • Energias renováveis
  • Genoma
  • Inteligência Artificial
  • Internet
  • Matéria Escura
  • Micro organismos
  • Nanotecnologia
  • Prototipagem
  • Realidade Aumentada
  • Reciclagem
  • Redes Sociais
  • Robótica
  • Tradução Automática
  • Transgénicos
  • Tsunamis


Enquadramento

Vivemos numa era de progresso científico sem precedentes. O crescente avanço e impacto da tecnologia faz com que a ciência faça cada vez mais parte do nosso quotidiano. No entanto, sem conhecimentos sobre ciência ou pelo menos sem uma consciência geral do progresso científico, o público ficaria sujeito, por um lado à ignorância e por outro à influência de crenças místicas e cientificamente infundadas.

O papel da comunicação de ciência tem como objetivo colmatar esta falta de informação e informar o público sobre os avanços e descobertas científicas, permitindo aos cidadãos conhecer os excitantes desenvolvimentos que afetam a vida de todos nós. Este conhecimento é necessário na tomada de decisões conscientes num mundo cada vez mais dominado pela inovação e progresso tecnológico.

O aumento da perceção pública da ciência beneficia tanto a própria ciência - as instituições científicas e os cientistas - como os cidadãos e as Nações, que têm na educação da sua população umas das suas maiores riquezas e forças. Sem uma contínua divulgação e informação sobre ciência ao público e aos decisores, tornar-se-á difícil atrair novos cientistas e mesmo conseguir e justificar financiamento para novas pesquisas.

É com base neste enquadramento que o projeto “Ciência por Miúdos” é concebido, tendo como objetivo principal a promoção e divulgação dos mais atuais temas da ciência e tecnologia, traduzindo-os numa linguagem mais acessível ao grande público. 

Descrição

O programa “Ciência por Miúdos” é dirigido ao público em geral, com maior destaque para o segmento jovem levando-os a considerar uma carreira científica no futuro, através de uma combinação e utilização estratégica e integrada do conjunto de meios e plataformas de comunicação (TV, Circuito Fechado TV, Palestras na FNAC, Internet, Website, Redes Sociais, YouTube, Gadgtes como iPad e iPhone, Aplicação/Jogo interativo), consideradas hoje em dia com elevado potencial e impacto na chegada ao público-alvo. 

O projeto personifica os valores do Instituto Politécnico do Porto (IPP) na medida em que foram selecionados temas científicos e tecnológicos nos quais o Instituto detém competências específicas e tem vindo a desenvolver trabalho de investigação. Por vezes, o público em geral não tem presente, numa primeira análise, que a ciência e a tecnologia abrangem um leque de temas do dia-a-dia e que está recorrentemente a utilizar produtos, aplicações ou serviços com alto cariz científico e tecnológico, sem se aperceberem.  

No entanto a nossa sociedade está cada vez mais permeável e dependente do avanço da ciência e da utilização da tecnologia, nas mais diversas formas e campos de aplicação. Tendo isso presente, o IPP selecionou 6 principais temas de interesse divididos, respetivamente, em áreas de conhecimento científico e tecnológico, nas quais serão produzidos os 26 episódios, tal como se apresenta de seguida: 

  • A) Corpo Humano
  1. Genoma Humano
  2. Células estaminais
  3. Biomateriais
  4. Clonagem
  5. Ciências Forenses
  • B) Astronomia/Cosmologia
  1. Matéria Escura
  • C) Natureza
  1. Tsunamis
  2. Energias Renováveis
  3. Transgénicos
  4. Arco-íris
  5. Reciclagem
  6. Micro-organismos
  • D) Tecnologia
  1. Robótica
  2. Inteligência Artificial
  3. Computação Gráfica
  4. Nanotecnologia
  5. Acelerador de Partículas
  6. Internet
  7. Redes Sociais
  8. Acústica e suas aplicações 
  9. Realidade Aumentada
  10. Tradução Automática
  11. Ambientes Inteligentes
  12. Prototipagem
  13. Carro Eléctrico
  • E) Ciências Sociais
  1. Modelos Económicos

Procurou-se seguir um fio condutor por forma a cativar o público-alvo para conceitos atuais e familiares, evitando assim posições de resistência enraizadas e baseadas no senso comum à complexidade da ciência e tecnologia. Nesse sentido, procurar-se-á apresentar nos vídeos, de forma sucinta e encadeada, a história e enquadramento da área científica em questão, os problemas resolvidos, a importância e a sua aplicação no quotidiano, tendências para futuro, entre outros aspetos a discutir e a definir com os investigadores responsáveis por cada área. 

A inovação e diferenciação do projeto “Ciência por Miúdos”, reside não só na componente de divulgação, assente na produção de 26 episódios para televisão, no qual crianças e jovens irão assumir o papel de atores e explicar, num minuto, as 26 áreas selecionadas pelo IPP, mas também na combinação de diferentes meios e plataformas de comunicação tradicionais (Canal de TV, TV circuito fechado, Tertúlias, entre outras) e mais modernos incidindo-se para tal na internet (Website, Redes Sociais, YouTube, ) e gadgtes lançados recentemente tais como o iPhone e iPad).

Complementarmente, o projeto diferencia-se também pelo carácter experimental proporcionado aos utilizadores, uma vez que está prevista a conceção de um livro digital relativo às 6 áreas consideradas e a criação uma aplicação/jogo interativo, no qual os utilizadores poderão aceder via Web e/ou iPad para superar desafios estratégicos pré-desenhados (níveis) com base nos conteúdos divulgados nos vídeos e informação extra de suporte a inserir na aplicação. 

Atividades

 1 – Série de 26 episódios para televisão, com a duração de 1 minuto cada. 
Resultados: 

- Série de 26 episódios para televisão relativos às 6 áreas de interesse selecionadas, com a duração de 1 minuto cada_

- Exibição na Sic Kids dos 26 episódios_

- Exibição em Circuito fechado de TV_

- Organização de 6 tertúlias   

 2 – Website “Ciência por Miúdos”
Resultados: Website “Ciência por Miúdos”, no qual além de poderem ser visionados os vídeos produzidos para televisão, terá disponível mais conteúdos científicos e explicações sobre os temas abordados nos episódios, fóruns de discussão, noticias, etc.

3- “Ciência por Miúdos” nas Redes Sociais e repositórios Web. 
Resultados: “Ciência por Miúdos” nas redes sociais tais como: Facebook, Youtube, Vimeo, Flickr e Twitter. 

 4 – _Ciência por Miúdos_ - aplicação iPad e iPhone
Resultados: Customização dos vídeos para iPad e iPhone_ 

5 – Execução de um relatório final
Resultados: Relatório Final e Manual de Boas Práticas.

Meios de comunicação social

A equipa de trabalho desde o inicio da conceção do projeto “Ciência por Miúdos” procurou idealizar as atividades e os resultados previstos para cada fase, em plena articulação com um Plano Integrado de Comunicação, tendo em vista a utilização sinérgica dos vários meios e plataformas no qual o projeto se irá suportar para atingir o seu público-alvo, ou seja, comunidade em geral e o público jovem e os internautas em especial.

A vantagem da existência deste plano de comunicação integrado bem estruturado, permite ajustar o alinhamento das mensagens dirigidas a cada público-alvo, com a garantia de entendimento e vinculação ao conceito e mensagem a ser transmitida.

O projeto  visa incentivar, instruir e clarificar o público-alvo nos temas da Ciência e Tecnologia, por meio de uma linguagem fácil, usual e percetível. Apesar deste projeto querer alcançar pessoas de todas as idades, a massa crítica deste público são as crianças e jovens que se encontram numa fase de aprendizagem e na descoberta da carreira profissional que pretendem seguir, tornando clara a razão do projeto se chamar “Ciência por Miúdos”.

A equipa do IPP, em estreita colaboração as empresas que participarão no ciclo do projeto , irão apostar num coletivo multidisciplinar de profissionais com excelentes aptidões para adereçar a comunicação no âmbito da ciência, pretendendo transmitir os 6 temas de interesse (Corpo Humano, Astronomia/Cosmologia, Natureza, Tecnologia e Ciências Sociais) a diferentes públicos, apostando na originalidade dos meios e em linguagens contemporâneas.

De forma sintética e coerente, o projeto assenta em 4 fases (numa sequência não temporal).

Estas fases estão marcadas pela componente da promoção e divulgação dos conteúdos científicos e tecnológicos, através de diversos meios de comunicação e atingindo os diversos segmentos do público-alvo.

Fases do projeto

FASE I: Programa de TV – Série de 26 episódios com a duração de 1 minuto, cadaEpisódios para televisão no qual crianças e jovens irão explicar, num minuto, as 26 áreas científicas selecionadas, pertences a 6 temas de interesse.

Público-alvo: Existe intenção de captar a atenção da maioria dos segmentos alvo do programa, provavelmente em horário nobre/ diversas vezes ao dia / a discutir, esperando-se grande interatividade entre pais e filhos, incitando à curiosidade e futurologias relacionadas com a temática do programa e da sua envolvente. 

FASE II: Produção do Website “Ciência por Miúdos”
O website oficial do projeto, no qual além de poderem ser visionados os vídeos produzidos para televisão, estão disponíveis mais conteúdos científicos e explicações sobre as áreas abordadas nos episódios.

Público-alvo: Os mais interessados e aqueles que perderam a oportunidade de ver o programa na televisão, terão oportunidade de ver o mesmo, via online. Trata-se de um público-alvo mais segmentado e associado aos que usam com frequência o acesso à Internet para consulta pessoal e/ou trabalho, ou seja, a maioria das crianças, jovens e alguns adultos familiarizados com as Tecnologias de Informação e Comunicação.

FASE III: Manutenção dos conteúdos nas Redes Sociais
Pretende-se estender o projeto a várias plataformas de forma a atingir o maior número possível de público, nomeadamente pela utilização de Redes Sociais como Facebook, Youtube, Vimeo, Flickr e Twitter.

Público-alvo: Todos aqueles que dedicam a grande maioria do seu tempo na Internet, nomeadamente os que partilham e consultam informação em diversas redes sociais, que são ainda um grupo mais segmentado que o anterior. 

FASE IV: Implementação das aplicações iPad e iPhone 
Os conteúdos produzidos para televisão e internet são desenvolvidos para as plataformas iPad e iPhone.

Público-alvo: Atinge-se o segmento alvo mais restrito, ou seja, todos os “early adopters” e amantes de “gadgets” com interesse nas tecnologias de ponta atuais. Este segmento tem um grande potencial de crescimento. 

Equipa

O IPP (O Instituto Politécnico do Porto) é uma instituição de referência plenamente comprometida com a sociedade, que através da transferência de conhecimento e tecnologia, face à procura de inovação e serviços especializados nos diferentes âmbitos da sociedade, do mundo empresarial e da administração pública, contribui decididamente para o progresso económico e social.

É socialmente reconhecido pelo prestígio do corpo docente, pela formação integral dos seus estudantes/diplomados e pelo profissionalismo do pessoal não docente, altamente qualificados, motivados, comprometidos e com um forte sentimento de pertença e orgulho à instituição.

A Science Office é especializada na produção de mensagens capazes de atingir tanto os públicos habituais para este tipo de produtos (cientistas, estudantes, professores e pessoas com um interesse geral em ciência), como também o chamado “público geral”, vincando a posição de parceiro ideal do IPP para este projeto. 

Desta forma, o grupo de trabalho reúne as diversas competências necessárias à execução de um projeto que prima pela importância, originalidade e qualidade.  O IPP por meio da exposição do seu conhecimento científico e tecnológico e a Science Office pela capacidade de adaptar os conteúdos científicos à linguagem mais facilmente percetível pelo público-alvo.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu "Áreas/Os Projetos que Apoiamos".

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

"5 minutos com um cientista"

21.01.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Trata-se de uma série apoiada pelo COMPETE, onde 26 cientistas portugueses falam do que os inspirou e despertou para a ciência, da sua motivação para a investigação que realizam e das perguntas que os inquietam e fazem continuar a investigar. São 26 perspetivas pessoais do interesse e motivação pela ciência.

Apoio do COMPETE

Segundo o coordenador, Paulo Gama Mota, “este projeto COMPETE permitiu-nos trabalhar, pela primeira vez, na criação de um produto televisivo, de grande qualidade, destinada a uma grande difusão junto de públicos diversos”.

O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, com um investimento elegível de 54 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 46 mil euros.

Síntese

“5 Minutos com um cientista” é um projeto que compreendeu a realização de 26 curtas entrevistas, de 5 minutos, com cientistas portugueses, incidindo sobre a sua vocação pela ciência e interesse pela área científica em que trabalham, procurando motivar o interesse por carreiras científicas junto dos mais jovens e dar a conhecer a ciência de qualidade que se faz em Portugal.

O projeto pretende motivar o interesse dos jovens por carreiras científicas, dar a conhecer alguns dos nossos melhores cientistas e contribuir para melhorar a imagem pública do cientista.

Projeto “5 minutos com um cientista”

Enquadramento

O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra mantém desde a sua criação uma muito intensa actividade de divulgação científica, que tem uma expressão nacional e internacional. A sua missão é a de difundir a ciência junto da sociedade, apoiando-se nos cientistas, e preservar as coleções científicas da Universidade de Coimbra para memória e investigação futura.

Descrição

Realizaram-se entrevistas com cientistas portugueses das mais diversas áreas, da astronomia à arquitectura, e de diferentes idades, procurando sublinhar a qualidade científica de uma carreira, a originalidade e o valor da sua investigação, envolvendo simultaneamente cientistas seniores e jovens cientistas promissores. Pretendeu-se um registo mais pessoal que enfatizasse aspectos de experiencias marcantes, motivações e interesses, que estiveram na base das escolhas de cada um para as escolhas que mais tarde vieram a fazer de serem cientistas.

Guião

Cada cientista respondeu a questões como:

  • O que o(a) motivou e levou a escolher a carreira científica que seguiu?
  • O que o(a) fascina mais no que faz?
  • Qual considera ser o maior desafio que se coloca atualmente à ciência?
  • Que objeto escolheria para caracterizar a sua atividade?

Objetivos

O programa pretende:

  1. Motivar o interesse dos jovens por carreiras científicas.
  2. Dar a conhecer alguns dos nossos melhores cientistas.
  3. Contribuir para melhorar a imagem pública do cientista.

Este projeto contribui para um maior e melhor conhecimento dos atores da atividade científica nacional, divulgando 26 representantes do que de melhor se faz por cientistas portugueses.

Equipa

A qualidade do projeto ficou a dever-se aos cientistas certamente, mas também à produtora, aos designers e a todos os membros da equipa do Museu que estiveram envolvidos no projecto.

Meios de comunicação

- Televisão

O programa foi emitido na RTP 2, estando prevista a sua emissão em canais internacionais da RTP.

- Rádio

O formato para Rádio consiste numa entrevista mais longa adaptada a este meio de comunicação social.

- Internet

Na Internet foi criada uma página do projeto “5 minutos com um cientista” no sítio do Museu da Ciência (http://www.museudaciencia.org/index.php?module=events&option=calendar&id=442) e no canal youtube, onde foram disponibilizados os vídeos.

O canal youtube teve, à data 14 de Janeiro de 2014, 10 515 visualizações, provenientes de 55 países.

Os episódios também constam no site da RTP em: http://www.rtp.pt/programa/tv/p30555.

- Emissão

A RTP 2 apresenta os 26 episódios desde 9 de Dezembro, de segunda a sexta-feira com uma emissão à tarde e repetição à noite.

A última emissão ocorreu no dia 13 de janeiro de 2014.

Está prevista a sua emissão em canais internacionais da RTP.

- Programas & Entrevistados

Os filmes poderão ser visionados aqui: http://www.youtube.com/playlist?list=PLWb0hzwQYWV-pYZWAnHoWfoxRabx2i0kz.

  • Alexandre Quintanilha (9.12.2013)
    António Bandeirinha (10.12.2013)
    Catarina Resende de Oliveira (11.12.2013)
    Claúdia Cavadas (12.12.2013)
    Elvira Fortunato (13.12.2013)
    Ernesto Costa (16.12.2013)
    Eugénia Cunha (17.12.2013)
    Gabriela Queiroz (18.12.2013)
    Hélder Araújo (19.12.2013)
    João Rocha (20.12.2013)
    José António Paixão (23.12.2013)
    José Carlos Brito (24.12.2013)
    José Feijó (25.12.2013)
    José Francisco Rodrigues (26.12.2013)
    Lino Ferreira (27.12.2013)
    Manuel Graça (30.12.2013)
    Maria de Sousa (31.12.2013)
    Maria Manuel Mota (01.01.2014)
    Miguel Castelo Branco (02.01.2014)
    Miguel Prazeres (03.01.2014)
    Mónica Bettencourt Dias (13.01.2014)
    Octávio Mateus (06.01.2014)
    Ricardo Serrão Santos (07.01.2014)
    Rui Costa (08.01.2014)
    Sebastião Formosinho (09.01.2014)
    Teresa Lago (10.01.2014)

- Ficha técnica

Direção Geral
Paulo Gama Mota
Carlota Simões
Pedro Casaleiro

Assessora de Produção
Catarina Ferreira

Produção
Panavideo

Realização
Pedro Clérigo

Jornalista
João Paulo Sacadura

Direcção de Fotografia/Câmara
Jorge Afonso

Pós-Produção Audio
Samuel Rebelo

Pós-Produção HD/Colorista
Pedro Clérigo

Edição de Imagem
Bruno Pesqueira

Assistente de Imagem
Miguel Flores

Produção
Maria de Jesus Carvalho

Direcção Geral - Panavídeo
Telma Teixeira da Silva

Equipa administrativa
Catarina Fernandes
Ana Luísa Gouveia

Design Gráfico
FBA

Música
Vasco Bicker

_______________________________________________________________________________________________

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu "Áreas/Os Projetos que Apoiamos".

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Brincar com os filhos faz bem à saúde

20.05.2013
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Estudo financiado pelo COMPETE e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia relaciona brincadeiras entre pais e filhos com diminuição de problemas comportamentais.

Síntese

Um estudo da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra comprovou que brincar 10 minutos diários com os filhos em idade pré-escolar, sem direito a fazer mais nada em simultâneo, e de forma cooperativa, contribui para reduzir distúrbios de comportamento nas crianças.

O projeto, financiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), explica que estas brincadeiras, se feitas em exclusivo, contribuem para a redução de Perturbações Disruptivas de Comportamento tais como:

- hiperatividade;

- défice de atenção;

- oposição (a criança opõe-se a qualquer ordem do adulto);

- agressividade.

O estudo teve como objetivo testar, em Portugal, o impacto e eficácia do programa americano 'Anos Incríveis' (http://www.incredibleyears.com), em figuras parentais de crianças dos três aos seis anos de idade, com problemas de comportamento externalizante diagnosticados e envolveu 125 mães e pais e outros cuidadores (avós), de Coimbra e do Porto, indicados por pediatras, psicólogos e jardins-de-infância.     

Enquadramento no COMPETE

O supracitado estudo da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e cofinanciado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), através do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, com um investimento elegível de 158 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 135 mil euros.

Descrição

O programa "Anos Incríveis", desenvolvido há várias décadas nos Estados Unidos e aplicado em vários países do mundo - no Reino Unido, na grande maioria dos países nórdicos e até na China, na Palestina e na Nova Zelândia - não tem "fórmulas mágicas para uma família feliz, mas ajuda muito".

   

"É um guia que oferece aos pais um conjunto alargado de competências para cuidar melhor das crianças com características que se podem tornar desadaptativas", diz Maria Filomena Gaspar, uma das coordenadoras do estudo iniciado em 2010, na sequência de outros estudos desenvolvidos entre 2003 e 2009, que abrangeu a tradução e adaptação do programa americano à realidade portuguesa e aplicações voluntárias na comunidade, incluindo a grupos em vulnerabilidade social.

Apostando numa técnica bem conhecida do jornalismo, a pirâmide invertida, ao invés de dar ordens e impor castigos às crianças que se portam mal, os pais adotam estratégias positivas.

Figura: Pirâmide parental do programa Incredible Years (Webster-Stratton)

 

Pirâmide parental


"Colocam óculos cor-de-rosa e assumem-se como 'detetives  do bom comportamento', treinando competências como elogiar os filhos, brincar  alguns minutos com eles, recompensar a criança, estabelecer regras e limites  com calma e mesmo ignorar alguns dos comportamentos negativos porque uma  birra não faz mal a ninguém", explica ainda a especialista em Psicologia  da Educação.

Resultados

Os primeiros resultados do estudo, que incluiu 14 semanas de trabalho  intensivo com cada um dos grupos de pais, revelaram que o programa é eficaz  em Portugal, tendo-se registado a redução de sintomatologias de hiperatividade,  défice de atenção e oposição e desafio, agressividade e impulsividade, assim  como um aumento das competências parentais.

Estima-se que seis a 15% das crianças apresentem sintomas clínicos de perturbações de comportamento, mas em contexto de risco  social a percentagem aumenta, podendo atingir os 35%.

Embora o estudo se tenha focado na intervenção em famílias de crianças com diagnóstico clínico, as investigadoras defendem que o programa também é essencial para atuar ao nível da prevenção de futuros comportamentos desviantes.

Todos os pais deveriam ter acesso ao programa nos centros de saúde, tal como têm acessos a vacinas, ou em outros locais na comunidade, como por exemplo as crehes, jardins de infãncia e escolas.

Ao contrário de outros países que apostam na prevenção e intervenção baseada na evidência, Portugal investe na remediação e na medicação, seguindo uma política de resolução a curto prazo.

Conclusão

Considerando a filosofia “piramidal” do programa “Os anos incríveis”, centrada na promoção de relações positivas entre figuras parentais e crianças, tendo na base uma estratégia de “brincar cooperativo”, pode-se afirmar que brincar 10 minutos de forma cooperativa, seguindo o ritmo da criança, juntando comentários descritivos e elogios, num contexto familiar caracterizado pela previsibilidade (regras claras e limites bem estabelecidos) em que a criança é coresponsabilizada pela resolução de problemas e objeto de consequências quando a sua escolha é não cumprir as ordens ou não respeitar os limites, faz bem à saúde das crianças, da sua família e da sociedade em geral.

Desafio

Qual o efeito adicional de envolver os educadores de infância, ao mesmo tempo que são envolvidas as figuras parentais, numa versão do mesmo programa?

Esta questão está, ainda, por responder. Mas é por pouco já que a divulgação destes resultados está para breve.

Por Cátia Silva Pinto | Núcleo de imagem e Comunicação

Ciência@Bragança

22.04.2013
  • Ciência e Conhecimento

É este o nome que foi dado a uma iniciativa regional pioneira de divulgação científica. Fruto de uma colaboração do Centro Ciência Viva de Bragança e do Instituto Politécnico de Bragança e de parcerias com vários media regionais, este projeto destina-se a divulgar ciência pela comunidade.

Banner do site Ciência@Bragança
Banner do site Ciência@Bragança

Conheça o projeto que leva o conhecimento científico até si e permite, num certo grau, a interação com os cientistas.

Projeto Ciência@Bragança

Enquadramento no COMPETE

O Ciência@Bragança é financiado pela Associação Centro Ciência Viva de Bragança e cofinanciado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), através do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, com um investimento elegível de 156 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 132 mil euros.

Âmbito

Os objetivos e condições definidos no aviso de abertura do concurso dirigem-se ao desenvolvimento de uma cidadania ativa, contribuindo para uma sociedade mais qualificada e com maior reconhecimento social da Ciência e da Tecnologia como motores de inovação e competitividade.

Para tal, são desenvolvidos e difundidos, através dos media, um conjunto de conteúdos que promovam a cultura científica e tecnológica.

Assim, o projeto, de âmbito regional, contempla a produção de um conjunto integrado de conteúdos de divulgação científica em formatos variados. A conceção e produção é da responsabilidade do Centro Ciência Viva de Bragança e do Instituto Politécnico de Bragança, envolvendo várias dezenas de docentes e investigadores.

Objetivos

O objetivo central do projeto é incrementar o interesse da população pela ciência e demostrar o impacto que a ciência tem na sociedade.

Assim, o “Ciência@Bragança” assume duas vertentes:

1. Divulgar conceitos inovadores da Ciência e da Tecnologia;
2. Esclarecer, de forma simples e intuitiva, a Ciência que todos usamos no quotidiano.

Conteúdos

Os conteúdos têm quatro formatos básicos: artigos de divulgação científica, rubricas áudio para rádio, rubricas e documentários vídeo e, ainda, cartazes do tipo pergunta-resposta. Estes cartazes são disseminados pela cidade de Bragança através do Mobiliário Urbano para Informação (MUPI).
São coproduzidos e/ou difundidos pelos parceiros da comunicação social, através do espaço público (MUPI), imprensa escrita, rádios locais e Locavisão TV. A Locavisão TV era, no início do projeto, uma TV de base exclusivamente web, tendo-se transformado num canal de cabo, presente nos seguintes operadores nacionais de distribuição: Cabovisão, MEO, Zon, Clix, Vodafone.

São abordados vários temas e questões onde a ciência intervém, numa grande variedade de formas. Eis as áreas temáticas que são exploradas nos conteúdos:

  • Fileiras de produção/Ciências Agrárias;
  • Ambiente: Biodiversidade e conservação da natureza, poluição e alergias, reciclagem;
  • Energias renováveis e eficiência energética;
  • Biologia, Química e Bioquímica;
  • Geologia, Solos;
  • Astronomia;
  • Sociedade;
  • Tecnologia;
  • Saúde.

Meios

  • Programas de rádio;
  • Imprensa escrita;
  • Televisão;
  • Sítio web.

Difusão

No que respeita à difusão através da imprensa escrita são produzidos, para divulgação, com periodicidade semanal, artigos de divulgação científica de uma página.

No que respeita à difusão radiofónica, são difundidos pequenos apontamentos de curta duração (cerca de 2 a 3 minutos) com curiosidades científicas, com periodicidade semanal. Estão previstos alguns programas temáticos de debate com investigadores e personalidades do meio empresarial.

Relativamente à difusão televisiva, são produzidos programas com três formatos diferentes:

  1. Rubricas de TV curtas, com duração média de 3 a 5 minutos, abordando pequenas experiências científicas,
  2. Programas de média duração, do tipo minidocumentário, com 8 a 12 minutos de duração
  3. Documentários que exploram em profundidade temas ligados a produtos ou recursos regionais em que a região é particularmente forte.
    A difusão é feita através da internet e através do canal de cabo da TV.

Parceiros na comunicação social

São parceiros do Ciência@Bragança, o Município de Bragança e os principais órgãos de comunicação social regional (semanários regionais, rádios regionais e um canal TV de âmbito nacional, designadamente:

  • Localvisão TV – era inicialmente um projeto de televisão local baseado na web, com uma dimensão nacional, apostando numa programação que chega a todos os concelhos do país. Transformou-se num canal de cabo, com presença nos principais operadores nacionais de distribuição de TV por cabo.
  • RBA - o grupo RBA é constituído por duas rádios regionais com três frequências estrategicamente posicionadas no interior norte de Portugal, abrangendo, com especial incidência, os Distritos de Bragança e Vila Real ainda parte dos Distritos da Guarda, Viseu e Braga. A cobertura estende-se também a algumas regiões fronteiriças nas províncias de Castela e León e da Galiza.
  • Radio Brigantia - radio regional abrangendo o distrito de Bragança.
  • Jornal Nordeste - semanário regional de informação generalista com mais vendas no distrito de Bragança; com uma tiragem de 5.000 exemplares.
  • Jornal Mensageiro de Bragança - semanário mais antigo de Trás-os-Montes e Alto Douro, de cariz cristão; com uma tiragem de cerca de 5.000 exemplares.

No site estão arquivados, em permanente atualização, todos os conteúdos produzidos no âmbito deste projeto. São estes, artigos para a imprensa regional, programas de rádio, programas de televisão de diversos graus de profundidade. Nas ruas da cidade de Bragança, os mobiliários urbanos para informação (MUPI) divulgarão cartazes com perguntas e curiosidades científicas.

Ponto de situação

A data de finalização prevista do projeto é 30 de Setembro de 2013.
Está prevista a publicação e/ou difusão de:

  • 144 artigos de imprensa
  • 144 rubricas de radio
  • 48 rubricas curtas de TV(3 a 5 minutos)
  • 24 minidocumentários  (8 a 12 minutos)
  • 4 documentários (30 a 40 minutos)
  • 288 cartazes para MUPI

Estão à data difundidos mais de 60% dos produtos previstos para a imprensa e para a radio, embora a quase totalidade destes produtos já esteja concluída, aguardando apenas o momento da difusão.

Os produtos televisivos, em particular os de formato documentário ou minidocumentário, requerendo recolha de imagens em locais diversificados e disponibilidade de várias equipas, têm uma produção mais complexa.

No caso dos produtos de curta duração, mais de 50% já foram difundidos, enquanto a maioria existe já em forma de guião, aguardando recolha de imagens e edição. Os restantes formatos estão a entrar na fase final de produção.


Site

Todos os conteúdos publicados nos meios de comunicação social são arquivados num sítio da internet, com domínio próprio, concebido e desenhado de raiz para a organização de toda a informação concebida. Este repositório integra também um espaço participativo que consiste num consultório científico onde os cibernautas podem colocar questões, em diferido, a professores e investigadores que trabalham em ciência, diariamente, na sua atividade profissional. Em alguns casos, a informação do sítio contém extensões do que é difundido nos media.

Semanalmente, os conteúdos da homepage são integralmente renovados, pretendendo-se, desta forma, promover o dinamismo do espaço e convidar à visita assídua dos cibernautas. Foi também criada uma newsletter, enviada semanalmente por correio eletrónico aos subscritores.

Finalmente, porque há muito mais para conhecer e entender, neste espaço é possível visitar um consultório científico. Nele o visitante pode obter resposta às suas perguntas, em diferido, junto de profissionais e especialistas da ciência.

Aqui fica o convite de explorar demoradamente o site, pesquisar conteúdos e entrar no mundo fascinante da ciência.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos

13.01.2015
  • Ciência e Conhecimento

Apoiado pelo COMPETE e dirigido ao público em geral o projeto visa, através de várias plataformas media, informar e sensibilizar sobre as interações que ocorrem aquando da administração conjunta entre os medicamentos e os extratos de plantas.

1. Síntese

O projeto “Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos” destina-se à produção de conteúdos para difusão através da comunicação social e da imprensa de modo a sensibilizar a população para as interações que ocorrem aquando da administração conjunta entre os medicamentos e os extratos de plantas, quer sob a forma de chás, quer outro tipo de extratos adquiridos muitas vezes sem qualquer tipo de controlo de qualidade.

Os acidentes que ocorrem muitas vezes destas misturas e que levam as pessoas a ser socorridas nas urgências para além de as colocarem muitas vezes em risco de vida, em especial as que estão a fazer terapêutica oncológica, consomem uma fatia do orçamento destinado à saúde que seria eliminado acaso houvesse informação às populações para o consumo racional deste tipo de associações.

Com os spots televisivos acompanhados com pequenos textos informativos na imprensa diária pretende-se criar, nas populações, uma cultura de sobre a saúde que lhes permita uma análise objetiva e simples do que podem e do que não podem tomar em conjunto, para além de desmistificar a ideia de que "o que é natural não faz mal", uma vez que os maiores venenos são de origem natural.

Foi editado um livro de histórias científicas de descobertas de medicamentos em que a sua origem é de produtos naturais e de outros que ainda hoje se produzem da mesma forma. Interligada está informação sobre os riscos do que se adquire na internet relativamente a todos estes produtos, para além das potenciais interações “planta-medicamento”.

Dirigido ao público em geral e de natureza não comercial, visa a cultura das populações para a saúde e a proteção do que lhes pode ser vendido sem informação suficiente que os proteja dos riscos que daí podem advir.

Alvo populacional

1º - Geriatria

2º - Adolescentes

3º - Adultos

Meios

Do projeto resultaram conteúdos para:

a) Difusão televisiva, incluindo, preferencialmente, capacidade de transmissão através de plataformas móveis e na Internet;

b) Radiodifusão;

c) Imprensa escrita, diária ou periódica, incluindo meios online, dirigida ao público em geral.

 

 

2. Apoio do COMPETE

> SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional

O projeto “Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional), que envolveu um investimento elegível de cerca de 136.608 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 116.116 euros.

> Testemunho de Maria da Graça Campos | Professora da Faculdade de Farmácia - Universidade de Coimbra - Diretora do OIPM/FFUC

“Este projeto foi para nós muito importante porque nos permitiu fazer o que achámos de crucial importância que é divulgar a ciência que construímos e revertê-la cada vez mais para o bem-estar da nossa sociedade, muito em especial a comunidade do nosso país. É evidente que há relevância na publicação científica aceite pelos nossos pares em outros países, mas para nós o que melhor serve é que tanto a população como os profissionais de saúde fiquem a saber de que maneira podem salvaguardar a saúde nesta área das interações entre as plantas (medicinais ou alimentos) e os medicamentos.

A população, os profissionais de saúde e os Media aderiram muito bem ao projeto e foi fantástica a convivência entre todos, o que ainda se mantêm. Foi realmente gratificante perceber que podíamos, de um a forma simples, ajudar a perceber e a racionalizar o consumo de vários produtos naturais e medicamentos que podiam contribuir para complicar vários estados de doença.

O projeto "Aprender saúde entre as Plantas e Medicamentos" esteve muito para além do que podíamos prever no que diz respeito a todos os intervenientes. Obrigada por isso, e também por toda a disponibilidade da equipa "Ciência Viva".”

 

3. Descrição do Projeto: “Aprender saúde: entre as plantas e os medicamentos”

Para dar luz ao projeto foi criada uma marca (Observatório de Interações Planta - Medicamento- OIPM) que pudesse funcionar como âncora centralizadora de todas as atividades. À marca foi associado um logotipo e uma mascote de modo a criar urna imagem única, facilmente reconhecível como entidade idónea da divulgação científica que pretendíamos transmitir aos cidadãos.

Os conhecimentos científicos e técnicos foram triados por uma jornalista, de modo a serem entendíveis pelo população em geral, sempre com o objetivo de capacitar cada pessoa para o tema e essencialmente permitir-lhes uma opção consciente quando faziam esse tipo de misturas.

Criou-se o website www.oipm.uc.pt para veicular toda a informação possível e também para alojar as reportagens e atividades que foram desenvolvidas durante o projeto. Em paralelo, foi criado o facebook/oipm de modo a interagir com a população. Criou-se tambérn o email oipm@ff.uc.pt.

A divulgação dos conteúdos gerados foi feita pelos Media Partners Nacionais já previstos no projeto e outros que a ele se associaram. Destaque para a Agência LUSA, RTP, SIC, TVl, RDP, TSF, Jornais Nacionais (Expresso, Diário de Noticias, Jornal de Noticias, Publico, etc) e Locais (Diário de Coimbra, Diário de Viseu, Portimão, etc), Imprensa Regional e várias reportagens com ou sem fórum de discussão, em vários jornais on-line.

Nessas deslocações foram distribuídos posters, panfletos e marcadores de livros, tal como previsto no projeto aquando da sua submissão.

Os diferentes tipos de Media foram selecionados consoante os conteúdos a ser divulgados. Foram feitos vídeos (tipo publicidade) que foram passados na RTP e na SIC como publicidade institucional, em simultâneo com as várias reportagens que fizeram e a que se associou a TVI e a UCV.

A calendarização das divulgações teve que ser reajustada par inerência das exigências de ter um calendário que pudesse ser simultâneo em todos os Media e só foi possível entre Maio e Julho de 2013 e depois em Setembro.

• A primeira fase teve como objetivo iniciar o debate sabre a temática e os conteúdos eram essencialmente generalistas.

• Na segunda fase foram selecionadas pelos Media 5 semanas consecutivas em que todas as semanas foram abordadas interações planta-medicamento dirigidas à população alva escolhida, com a nuance que a primeira noticia saia sempre a segunda-feira na LUSA para que se desse o "mote da Semana":

  • 1.ª Semana (13 a 19 de maio 2013) - Explicação do programa que se ia seguir e dos objetivos que se propuseram a alcançar com este género de sensibilização e de transmissão de conhecimentos científicos importantes para o racional consumo de plantas e de medicamentos.
  • 2.ª Semana (20 a 26 de maio 2013) - teve como população alvo as pessoas mais idosas. As informações mais relevantes foram em programas da manha e em jornais e rádios locais. Os medicamentos usados como exemplo foram determinados no levantamento que foi feito junto da população polimedicada e que também recorre com frequência a remédios caseiros, como chás e outros produtos acessíveis em hipermercados, ervanárias, na internet e mesmo em vendas pela TV.
  • 3.ª Semana (27 de maio a 2 de junho 2013) - foram abrangidos os adolescentes. Esta semana, bem próxima das "Queimas das Fitas", teve um enfoque maior em medicamentos, tais como, anticoncetivos, ansiolíticos e antidepressivos. Para além dos riscos de interações planta - medicamento foram ainda abordados conteúdos relacionados com o consumo de álcool, anfetaminas e outros estimulantes, incluindo ainda as "smartdrugs". Sendo que muitos deles são de origem direta nas plantas era fundamental concentrar a informação na mesma altura.
  • 4.ª Semana (3 a 9 de junho 2013) - nesta semana foram focadas situações de consumo pontual de medicamentos como e o caso de antibióticos, anti-inflamatórios, etc. Também houve um enfoque nas interações com vários produtos para emagrecer uma vez que o consumo mais alargado e intensivo ocorre nesta época do ano.
  • 5.ª Semana (10 a 16 de junho 2013)- grupo alvo foram, o grupo mais problemático de todos, os doentes oncológicos, onde os riscos são maiores e onde o desespero os leva a consumir tudo o que encontram na tentativa de conseguirem a cura. Programas de informação: TV e Jornais Nacionais de grande tiragem com conteúdos mais elaborados aderiram ainda mais à divulgação. Apesar de ter sido guardado para o fim este tema, o grupo alvo a que se dirigia foi o primeiro a entrar em contacto desde a primeira noticia da divulgação do projeto. Além de extremamente carentes de informação credível foi possível abrir uma porta entre eles e os médicos que os seguiam para beneficia de todos. Uma das reportagens foi realizada no Instituto Português de Oncologia com os médicos com quem temos um projeto de Investigação Houve contacto direto com o público em que nos davam o feedback dos conteúdos que iam sendo divulgados e que inclua pedidos de esclarecimento, ou de ajuda em casas clínicos específicos. Também fomos contactados por mais profissionais de saúde (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) incluindo pessoas ligadas a medicinas complementares, do que até aí ocorria. O que demonstrou claramente o interesse do tema para todos os atores envolvidos doentes e cuidadores.

Foi feita uma base de dados com a informação recolhida durante o projeto e que está disponível no sítio do OIPM com vários níveis de acesso consoante se trata de população em geral ou profissionais de saúde. Para o grupo do OIPM ainda existe um outro nível de acesso onde constam os .pdf dos artigos que foram consultados e que por quest6es legais de direitos de autor não podem estar abertos ao público.

Foi ainda acrescida mais uma 6.ª semana (1 a 7 de Setembro2013) de modo a divulgar a legislação que saiu no dia 1 de Setembro de 2013 sabre a exigência de que os profissionais de medicina alternativa e complementar devem "obrigatoriamente" pedir a lista de medicamentos que os seus doentes estão a tomar e determinar as interações com qualquer produto natural que pretendam prescrever-lhes.

 

4. Conclusão

A equipa do projeto está certa de que com o projeto "Aprender saúde entre as Plantas e os medicamentos" conseguiu-se colocar o país a falar sobre o tema e a interessar-se por estas questões, adquirindo simultaneamente conhecimento sobre as mesmas para poder usá-lo no seu dia-a-dia lhe permitiu falar com os profissionais de saúde a um nível que facilita o bom funcionamento dos vários canais de saúde e certamente ajuda a prevenir situação de acidentes que daí pudessem vir a ocorrer.

O feedback obtido nas linhas telefónicas de atendimento público para esclarecimento foi muito positivo mesmo quando, em alguns casos, telefonavam "aborrecidos" porque "estávamos contra as plantas". Depois de ser explicado que claramente não era esse o objetivo mas sim a aprendizagem do consumo em conjunto, ficavam gratos pelo trabalho desenvolvido.

Todos os jornalistas que trabalharam no projeto, além de terem "apreendido" muito bem o conceito e o objetivo, foram de uma competência extrema. capacidade de concentrar em pouco tempo, ou espaço, tudo o que se pretendia foi louvável, para além da precisão com que o fizeram.

A ajuda neste projeto, integrado com outros que foi possível desenvolver em paralelo, visou ainda a segurança no consumo de Medicamentos alopáticos e de Plantas Medicinais, permitindo no futuro contribuir para a Sustentabilidade do Sistema de Saúde em benefício de todos os cidadãos.

 

5. Links

> Site: www.oipm.uc.pt

> Facebook: https://www.facebook.com/oipm.ffuc

 

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito da Ciência e Conhecimento (SAESCTN), consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

ICAAM e Universidade de Évora desenvolvem controlador de rega “inteligente”

09.12.2014
  • Ciência e Conhecimento

Pesquisar uma metodologia fiável para a estimativa da evapotranspiração e desenvolver o equipamento para a gestão automatizada da rega com base nas necessidades diárias das plantas, são os objetivos do projeto apoiado pelo COMPETE.

1. Síntese

A escassez do recurso água exige a gestão racional da rega, quer em espaços verdes, quer na agricultura. Por esse facto têm sido desenvolvidos controladores de rega «inteligentes» que ajustam a dotação da rega à evapotranspiração calculada através de um ou mais parâmetros climáticos.

A invenção resultante do projeto apoiado pelo COMPETE consiste num sistema que calcula diariamente a evapotranspiração com base na equação de “hargreaves”, adaptando automaticamente a dotação a aplicar à cultura existente, ao seu estádio de desenvolvimento, fase de crescimento e percentagem de cobertura do solo. Adicionalmente, o sistema pode gerir as regas de forma a maximizar a produção, podendo também alterar os intervalos entre as regas de forma a minimizar as perdas por escorrimento e evaporação.

De salientar que todos os parâmetros são calculados de forma autónoma, assim como a própria rega também não exige nenhuma intervenção.

 

2. Apoio do COMPETE

> SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional

O projeto “Desenvolvimento dum controlador de rega adaptativo, autónomo e automático” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional), que envolveu um investimento elegível de cerca de 35.829 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 30.455 euros.

> Testemunho | Responsável pelo projeto

Segundo Shakib Shahidian, investigadora responsável pelo projeto, “o desenvolvimento de produtos inovadores exige um grande esforço das empresas, tanto em termos financeiros como humanos. As Universidades também necessitam de dedicar uma boa parte dos seus recursos (humanos e financeiros) para estar à frente do desenvolvimento tecnológico e contribuir para o progresso do país.

O apoio do COMPETE vem aliviar muitas das necessidades financeiras das instituições e permitir ir mais longe com os recursos humanos e materiais existentes. Efetivamente, o equipamento e os incentivos disponibilizados no âmbito do Programa COMPETE foram fundamentais para transpor de uma ideia para um produto viável".

 

3. Descrição do Projeto: Desenvolvimento dum controlador de rega adaptativo, autónomo e automático
  • A ideia

As boas ideias são muitas vezes muito simples, e basta um pouco de apoio e persistência para se concretizarem. A ideia de um controlador de rega inteligente que pudesse proporcionar uma grande economia de água a um baixo custo surgiu em 2006.

A ideia ganhou forma através de um projeto submetido à FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), e a sua aprovação permitiu à equipa da Universidade de Évora pôr mãos à obra e trabalhar no desenvolvimento do conceito.

Ao longo de três anos, foram desenvolvidos diversos protótipos e foram realizados ensaios de campo em várias locais, por forma a validar o sistema proposto.

Os fundos comunitários – e o apoio do COMPETE - permitiram adquirir o material eletrónico e custear o desenvolvimento do controlador que, de outra forma estaria fora do alcance dos investigadores.

Os resultados não se fizeram esperar, e os ensaios de campo provaram a viabilidade do conceito e a passibilidade da sua produção a baixo custo em Portugal.

  • A inovação

Existem muitos controladores de rega fabricados por grandes multinacionais. No entanto, esses controladores têm um programa semanal estático, que resulta em grande desperdício da água, especialmente no Outono e Primavera, que tanto podem ser dias quentes, como dias frios e chuvosos.

O sistema “Ecorega” desenvolvido no âmbito deste projeto alia a simplicidade de um controlador de rega normal com a precisão de um controlo baseado no cálculo da evapotranspiração, a um preço reduzido.

O ponto forte do sistema é a facilidade de utilização, visto fazer uma gestão completa e inteligente da rega, de uma forma totalmente autónoma.

  • O mercado

O mercado potencial é enorme: agricultura de regadio, nomeadamente, pivots, pomares, vinhas, olivais, as Câmaras Municipais, campos de golfe, os clubes de futebol, as Juntas de Freguesia, sedes de empresas e casas particulares com jardins.

 

4. Links
> Site da Universidade de Évora: http://www.uevora.pt/
> Site do ICAAM: http://www.icaam.uevora.pt/

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito da Ciência e Conhecimento (SAESCTN), consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

“Dispositivos de onda superficial em filmes de diamante: um sistema inverso de fabrico”

23.09.2014
  • Ciência e Conhecimento

Conheça o projeto apoiado pelo COMPETE onde investigadores da Universidade de Aveiro e do Instituto de Telecomunicações descobriram como ampliar o leque de cenários onde os sensores podem ser usados.

Dispositivos de onda superficial em filmes de diamante
Dispositivos de onda superficial em filmes de diamante

1. Enquadramento

Os dispositivos de onda superficial (Surface Acoustic Wave – SAW) são componentes críticos em sistemas de comunicação sem fios. Além de serem responsáveis, por exemplo, pela miniaturização que os telemóveis sofreram nestes últimos anos, estes dispositivos estão a encontrar uma nova aplicação: como sensores. Grandezas como temperatura, pressão, torque, corrente e mesmo a presença de espécies químicas podem ser monitorizadas por estes dispositivos que, por não necessitarem de qualquer tipo de alimentação (baterias ou pilhas) e poderem ser interrogados remotamente, podem ser colocados em locais de difícil acesso ou peças em movimento.

Os investigadores da Universidade de Aveiro e do Instituto de Telecomunicações pretendem ampliar o leque de cenários onde estes sensores podem ser usados: o revestimento da superfície dos dispositivos com filmes de diamante torna-os quimicamente inertes e capazes de sobreviver em ambientes ácidos ou básicos, onde os componentes disponíveis comercialmente falham. Este revestimento poderá possibilitar a utilização destes sensores em ambientes hostis, como refinarias, ou mesmo no interior de câmaras de combustão de motores.

 

2. Ficha Resumo

> Designação: Dispositivos de onda superficial em filmes de diamante - um sistema inverso de fabrico

> Apoio: SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional| COMPETE

> Parceiros: Universidade de Aveiro e Instituto de Telecomunicações

> Unidade de Investigação Principal: Centro de Tecnologia Mecânica e Automação, Universidade de Aveiro (TEMA/UA)

> Pessoa de contacto: Doutora Joana Catarina Martins Mendes, investigadora | joanacatarina.mendes@av.it.pt

3. Apoio do COMPETE

O projeto “Dispositivos de onda superficial em filmes de diamante: um sistema inverso de fabrico” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolve um investimento elegível de cerca de 41.160 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 34.986 euros.

> Testemunho | Responsável pelo projeto


Segundo Joana Mendes, investigadora responsável pelo projeto, “o apoio COMPETE foi essencial no decurso da investigação. Para além de nos permitir contratar uma bolseira que foi responsável pelo trabalho de laboratório, pudemos ainda adquirir os materiais necessários à investigação, bem como divulgar os resultados em conferências da especialidade”.

 

4. Descrição

Os dispositivos de onda superficial (SAW) são componentes críticos em sistemas de comunicação sem fios, onde desempenham funções tão variadas como linhas refletoras com atraso, ressoadores, etiquetas de identificação com código fixo.

Mais recentemente assistiu-se à sua utilização como sensores de diferentes grandezas (temperatura, pressão, torque, corrente, presença de espécies químicos). Isto é possível devido ao seu princípio de funcionamento: quando um SAW é interrogado por um sinal de radio-frequência, é gerada uma onda acústica; esta onda “viaja” através da superfície do material piezoelétrico que constitui o dispositivo e é novamente convertida num sinal RF. O tempo que a onda acústica demora a percorrer a superfície do dispositivo pode depender de fatores como massa, densidade, tensão, stress ou temperatura.

Por outro lado, os sinais RF são emitidos/captados por uma unidade eletrónica dotada de processamento adequado e que extrai a informação relevante. O princípio de funcionamento do conjunto unidade de leitura/dispositivo SAW é semelhante ao princípio de funcionamento dos radares; por outro lado, os dispositivos SAW são inerentemente passivos (isto é, não necessitam de alimentação externa de nenhum tipo, como baterias ou pilhas) e podem ser interrogados através de um feixe RF (o que evita a necessidade de utilizar fios ou ligações físicas).

Deste modo, são extremamente versáteis, podendo ser colocados em locais de difícil acesso, peças em movimento ou em ambientes hostis, uma vez que não precisam de qualquer tipo de manutenção.

Conscientes do potencial dos dispositivos SAW, os investigadores da Unversidade de Aveiro (UA) e do  Instituto de Telecomunicações – pólo de Aveiro (IT) têm vindo a levar a cabo investigação nesta área há cerca de quatro anos. Para tal, estão a tentar aliar as propriedades únicas dos filmes de diamante (tais como elevada condutividade térmica, baixa condutividade elétrica e elevada inércia química) à versatilidade dos dispositivos SAW.

Ao contrário do diamante natural, que existe sobre a forma de cristais tridimensionais, os filmes de diamante podem ser depositados a partir da fase vapor (uma mistura gasosa de hidrogénio e metano) em diferentes materiais, neste caso o substrato piezoelétrico que é a base dos dispositivos SAW.

No entanto, nem tudo é simples. Em condições normais, o substrato piezoelétrico degrada-se quando é exposto às condições em que os filmes de diamante são depositados. Os investigadores do projeto têm concentrado a sua atenção na utilização de camadas extremamente finas (da ordem dos nanómetros – 1/1000000000 do metro) de materiais para protegerem a superfície do dispositivo aquando da deposição do diamante, bem como na utilização de diferentes misturas gasosas.

 

5. Indicadores de Realização

> Artigos em revistas internacionais: 4
> Comunicações em encontros científicos internacionais: 3
> Relatórios: 3
> Teses de Doutoramento: um doutoramento em curso
> Protótipos laboratoriais: em desenvolvimento

 

6. Links

Site do projeto (em inglês): http://www.av.it.pt/jisis/

 

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Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Investigadores da Universidade de Coimbra criam novo website dedicado às Plantas Invasoras em Portugal

23.09.2014
  • Ciência e Conhecimento

O invasoras.uc.pt pretende sensibilizar o público para os impactos destas plantas exóticas nas espécies e habitats nativos, educando-o sobre como contribuir para a resolução do problema e incentivando-o à ação.


1.    Síntese


Elizabete Marchante, do Centro de Ecologia Funcional e Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra refere que se trata de um “projeto multiplataforma – página web, com informação técnico-científica, vídeos demonstrativos e com entrevistas e plataforma editorial;  plataforma de ciência cidadã para mapeamento de plantas invasoras; peças jornalísticas num jornal nacional; páginas em redes sociais e guia impresso - com vista à divulgação das plantas invasoras e problemas associados.

O objetivo é alertar para o problema das invasões biológicas, dar a conhecer as plantas invasoras a nível nacional e estimular a participação ativa do público quer no mapeamento destas espécies quer em atividades de controlo e divulgação.

O financiamento deste projeto foi uma importante mais-valia para a divulgação sobre plantas invasoras em Portugal, contribuindo para colmatar a falta de conhecimento da população portuguesa em relação a este tema. Além de desenvolver novos conteúdos e produtos, o projeto permitiu atualizar e melhorar outputs de projetos anteriores, desenvolvidos pela equipa de investigação, garantindo uma maior rentabilização, valorização e eficácia dos investimentos públicos anteriores”.

2.    Enquadramento no COMPETE

O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área da divulgação científica e tecnológica, com um investimento elegível de 76.040,97 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 64.634,82 euros.
    
3.    Descrição

Este projecto visou aprofundar o conhecimento e sensibilizar a população portuguesa sobre invasões biológicas, dar a conhecer as principais plantas invasoras de Portugal e estimular a participação activa do público no mapeamento destas plantas.

Resumidamente, foram desenvolvidas: a página web invasoras.pt (e páginas em redes sociais associadas a esta), uma plataforma de ciência cidadã para mapeamento de plantas invasoras (na web e uma app para dispositivos Android), 12 matérias semanais e um suplemento no Jornal de Notícias e o Guia prático para a identificação de Plantas Invasoras em Portugal.

4.    Resultados

Foram produzidos e disponibilizados diferentes conteúdos e outputs, nomeadamente:

1) página web sobre plantas invasoras em Portugal: invasoras.pt. Além dos conteúdos permanentes, onde se incluem, por exemplo, fichas de espécies (http://invasoras.pt/fichas/) e informação sobre metodologias de controlo (http://invasoras.pt/controlo/), a página foi desenvolvida como uma plataforma editorial, havendo produção de novos posts regularmente. 

Estatísticas gerais da página, de 28 de Fevereiro (data em que ficou online) a 30 de Junho de 2014: nº de páginas visitadas: 256544; nº de visitantes: 75792, dos quais 52699 foram visitantes únicos; nº médio de páginas visitadas: 3.38; tempo médio de duração das visitas: 3:25 min.

2) na página web está inserida uma plataforma de ciência cidadã para mapeamento de plantas invasoras em Portugal, incluindo:

- 2.1) aplicação  web (http://invasoras.pt/mapa-de-avistamentos/) e

- 2.2) aplicação para dispositivos Android (https://play.google.com/store/apps/details?id=pt.uc.invasoras).

Esta plataforma permite o registo de utilizadores (qualquer pessoa interessada pode participar) que contribuem para o mapa de distribuição das plantas invasoras em Portugal (continente e ilhas). Cada utilizador tem acesso à sua área de utilizador onde pode gerir os seus avistamentos. Depois de validados, os avistamentos submetidos são visíveis no mapa da página (últimos 500 avistamentos, http://invasoras.pt/mapa-de-avistamentos/) e num mapa do GoogleFusion (https://www.google.com/fusiontables/data?docid=1Uox2xXHpWPCGYScwJJUxcLuzKCJwn97DIHSk1HY#map:id=3).     

Tal como a página, esta plataforma ficou disponível a 28 de Fevereiro de 2013. Até finais de Junho de 2014, o número de avistamentos validados foi superior a 3600, registaram-se mais de 450 utilizadores e destes 112 são utilizadores activos. Tendo em conta a pouca “cultura” de ciência participativa existente na população portuguesa, estes números surpreenderam-nos pela positiva. A app foi descarregada mais de 500 vezes.

3) 14 peças jornalísticas no Jornal de Notícias (parceiro media do projecto), incluindo uma matéria inicial sobre plantas invasoras, 12 fichas de plantas invasoras e um suplemento final de 8 páginas (http://www.slideshare.net/PlantasInvasoras/suplemento-jornal-de-notcias-palntas-invasoras-em-portugal). Estas matérias tiveram uma frequência semanal, durante 13 semanas, ao domingo.
Tiragem média do JN ao domingo 115500 exemplares x 13, com distribuição nacional.
4) Guia para a identificação de plantas invasoras em Portugal. Neste guia, são dadas a conhecer as plantas invasoras em Portugal e alerta-se para os graves problemas que elas causam. Foram também incluídas outras espécies com potencial invasor, mas que ainda não estão muito dispersas no território nacional. 

O guia foi apresentado publicamente a 19 de Julho de 2014 e estão distribuídos, até ao momento, mais de 800 exemplares.

5) Páginas em redes sociais, nomeadamente:

> Facebook (https://pt-pt.facebook.com/InvasorasPt). Esta página partilha regularmente conteúdos e posts da página web, além de partilha de informação e posts de outras páginas. Em 15 meses atingiu mais de 3300 fans. > Twitter (https://twitter.com/Invasoraspt). Tal como a página de Facebbok, partilha conteúdos da página web. Tem no momento 75 seguidores.
> Youtube (https://www.youtube.com/user/InvasorasPT). Foram produzidos 16 vídeos, nomeadamente vídeos demonstrativos de metodologias de controlo, entrevistas e sobre alguns eventos realizados (por ex. Campos de Tabalho Científicos sobre controlo de plantas invasoras), que foram visualizados mais de 5400 vezes. Os vídeos estão também disponíveis na página web.
> Slideshare (http://www.slideshare.net/PlantasInvasoras) do projecto. Foram carregadas 4 apresentações e um documento.

6) Newslettter associada ao projecto (http://goo.gl/5nTpTa), actualmente com perto de 200 subscritores

O foco principal do projecto é a plataforma de ciência cidadã, sendo os outros conteúdos produzidos para servir de apoio a esta plataforma. No entanto, os vários outputs do projecto funcionam independentemente e ultrapassam facilmente o âmbito da plataforma.

 

5. Comunicação/Divulgação

Considerando que este foi um projecto em que os principais outputs foram uma página de internet (e páginas associadas nas redes sociais), artigos de jornal, e uma plataforma de ciência cidadã, todos os resultados/outputs do projecto funcionaram e continuam a funcionar como divulgação do mesmo. Depois do término do projecto, os conteúdos continuaram disponíveis e a ser divulgados, principalmente através das redes sociais (página do Facebook, etc.), Newsletter, workshops e actividades diversas.

6. Ponto de situação

O período de execução do projecto terminou em Dezembro de 2013, tendo os objectivos sido amplamente alcançados e suplantados em várias vertentes do projecto. Os materiais/conteúdos produzidos continuam disponíveis e a ser actualizados e dinamizados.

7. Links

 

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Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

"Máquina do Tempo - História de Detetives" é uma série de documentários sobre Ciência aplicada ao Património

16.09.2014
  • Ciência e Conhecimento

Com o apoio do COMPETE, o projeto “Olhar de Perto o Património” pretendeu desenvolver um conjunto de conteúdos de divulgação científica de aplicação da ciência ao estudo de bens patrimoniais e obras de arte.

projeto “Olhar de Perto o Património”
projeto “Olhar de Perto o Património”

1. Enquadramento 

O Património Cultural é hoje em dia considerado um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável das regiões. Consciente do valioso legado patrimonial do Alentejo e do seu papel enquanto polo científico e cultural da região, o Laboratório HERCULES desenvolveu competências técnicas e científicas e uma vasta experiência na área da salvaguarda, estudo e divulgação do património. Em paralelo com a forte componente de investigação, o programa de ação do Laboratório HERCULES compreende um diversificado conjunto de atividades de divulgação junto da comunidade envolvente e, em particular, das camadas mais jovens. Desde a sua criação em 2009, têm sido desenvolvidos no Laboratório vários projetos de divulgação que envolvem palestras em escolas, workshops, visitas de alunos ao laboratório, campos de férias científicas para jovens, entre outros.

 

2. Síntese

O projeto “Olhar de Perto o Património”, promovido pelo Laboratório HERCULES da Universidade de Évora e pela Direção Geral do Património Cultural em parceria com diversos centros do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, pretendeu desenvolver um conjunto de conteúdos de divulgação científica de aplicação da ciência ao estudo de bens patrimoniais e obras de arte.

Desta forma, o projeto enquadrou-se nesta vertente de divulgação do Laboratório e teve como objetivo principal divulgar, para um público mais vasto, os projetos de investigação a decorrer em parceria com várias Universidades e Institutos de Investigação nacionais. 

2.1 Objetivos

Os objetivos do projeto foram os seguintes:

1. Produção de quinze programas de televisão de divulgação ciência aplicada ao património.

2. Produção de uma Newsletter sobre Ciência e Património de parceria entre o Laboratório HERCULES e o Museu de Évora com divulgação de casos e metodologias de estudo em curso nas instituições proponentes e instituições parceiras.

3. Produção de um Website para visualização em tempo real de projetos e atividades de investigação, divulgação e de conservação e restauro em curso no Laboratório HERCULES. 

2.2 Meios

Sendo os media o veículo de excelência para a divulgação de conteúdos para o público em geral, o projeto envolveu duas vertentes principais de divulgação: televisão e internet. 

> Televisão

Durante o período de execução do projeto foram produzidos dezanove episódios de uma série de programas intitulada “Máquina do Tempo- História de Detetives”. Em cada episódio foi abordado um tema diferente de investigação aplicada ao património. Os programas foram transmitidos no canal de informação TVI24 durante o ano de 2013, semanalmente, aos sábados em dois horários (15h e 21.30h), com várias repetições durante a semana. Cada programa teve a duração de 22-28 minutos, tendo-se obtido audiências muito expressivas para um programa de divulgação científica num canal cabo de informação. Durante o verão de 2013 houve ainda uma reposição de toda a série. 

> Internet

 > Newsletter

O projeto envolveu ainda a produção de newsletters onde se apresentaram vários casos de estudo e de intervenção de conservação e restauro que foram executados no Laboratório HERCULES da Universidade de Évora e no Museu de Évora, em parceria com outras instituições, ao longo do período de execução do projeto Olhar de perto o património. Os casos apresentados foram divididos pelas áreas de escultura, arqueologia e pintura. Para cada peça estudada foi apresentada uma pequena descrição da peça, dos problemas de degradação identificados e do tipo de intervenção de conservação e restauro realizado.

> Site

O projeto culminou com a criação do website do Laboratório HERCULES (www.hercules.uevora.pt).

Neste website é hoje possível conhecer a estrutura e funcionamento do laboratório, os projetos em curso e as atividades de investigação, conservação, restauro e divulgação realizadas pelos membros do Laboratório. Estão também alojados no site, os episódios do programa Máquina do Tempo bem como outros vídeos realizados no Laboratório Hercules.

É também possível aceder a workshops e outras atividades experimentais para utilização em contexto escolar, e às newsletters sobre Ciência e Património e a outras atividades de divulgação realizadas no Laboratório.

3.Enquadramento no COMPETE

3.1 Apoio

"Olhar de Perto o Património" é um projeto apresentado no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, para candidaturas a Projetos de Promoção da Cultura Científica e Tecnológica – Produção de Conteúdos para Divulgação Científica e Tecnológica nos Média.


Este projeto foi apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.


O projeto " Olhar de Perto o Património", com um investimento elegível de 222.400 euros correspondendo a um incentivo FEDER de 189.040 euros, reúne uma equipa de investigadores.

3.2 Testemunho | Responsável pelo projeto

Segundo Dora Teixeira “este projeto constituiu uma experiência muito gratificante e enriquecedora para todos os investigadores que nele participaram durante os três anos em que decorreu”.

4.Links

Site: http://www.hercules.uevora.pt/

Episódios: http://www.hercules.uevora.pt/maquina-do-tempo.php

 

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Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Ciência em Sintonia

16.09.2014
  • Ciência e Conhecimento

Programa de rádio dedicado à investigação que se faz em Portugal. São 50 minutos de viagem pelas universidades, institutos, laboratórios, escolas e empresas nacionais onde se produz conhecimento científico.

Projeto | Ciência em Sintonia
Projeto | Ciência em Sintonia

“Promovido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e pela Universidade FM, e com o apoio do COMPETE e da Ciência Viva, o projeto elegeu como prioridade ampliar o papel da Universidade na promoção da cultura científica e tecnológica dos jovens e da população em geral, recorrendo ao uso dos media e de novas tecnologias de informação, oferecendo novas competências à sociedade, relacionadas com o empreendedorismo, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável”, revela Carla Maria do Amaral, coordenadora do projeto.

O apoio do COMPETE “revelou-se fundamental, pois permitiu que a produção pudesse contactar universidades de todo o país, divulgando a ciência que é feita não só na UTAD, promotor, tendo contribuído para criar uma imagem real do conhecimento e investigação feita no ensino superior”, acrescentou ainda a coordenadora do projeto.

O projeto promoveu a realização de 75 programas de rádio, com a duração de 50 minutos, a serem difundidos a nível nacional, mas cujos conteúdos podem também ser obtidos via internet.

1. Enquadramento no COMPETE
O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área da divulgação científica e tecnológica, com um investimento elegível de 157.700 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 134.045 euros.

 

2. Síntese
O “Ciência em Sintonia” é um programa de rádio promovido pela UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e UFM que visa a divulgação e um conhecimento mais próximo da ciência que se faz em Portugal e dos seus protagonistas, pretendendo responder a questões simples como sejam:

> Que ciência se faz em Portugal?
> Quem são os nossos jovens cientistas?
> Como trabalham, em que condições e principais motivações?
> O que investigam?
> Que resultados obtêm?

Os programas produzidos foram organizados por temáticas, versando as áreas mais diversas, para fornecer uma imgem realista da ciência que se faz em Portugal.
 
 

3. Descrição

Os programas realizados, estão divididos em momentos com rubricas distintas. O programa inicia-se com uma rubrica de Notícias, onde se apresenta um noticiário científico que englobe os mais recentes avanços científicos; Na rubrica Jovens investigadores, promove-se a divulgação dos novos rostos da ciência em Portugal, apresentando uma síntese dos jovens investigadores com relevância e o seu trabalho desenvolvido; Englobando uma componente de empreendedorismo vocacionada para demonstrar o papel da inovação e do conhecimento para a criação de novas empresas e no fomento do auto-emprego criou-se a rubrica Emprendedorismo e Ciência; Na rubrica História da Ciência, pretende-se dar a conhecer a evolução do conhecimento científico, a génese das diferentes ciências e os momentos relevantes para a sua evolução; Quase a terminar surge o Tema da semana, que incluirá entrevistas e reportagens sobre temas de actualidade científica, sendo o momento mais significativo e com mais tempo do programa; Finalmente, na rubrica Momentos de ciência, foca-se a divulgação de temas científicos com importância no quotidiano, de uma forma simples e acessível, dando a conhecer de que forma pequenas experiências sustentam os grandes avanços científicos.

As emissões do programa já iniciaram de forma regular em muitas rádios dispersas por toda a área do continente. Inicialmente, a difusão seria efetuada apenas pela UFM, mas durante a vigência do projeto, e dado o interesse suscitado, estabeleceu-se uma cooperação com estações de rádio regionais, e com a ARIC (Associação de Rádios de Inspiração Cristã), para que os programas fossem difundidos a um público mais numeroso. Neste momento, a UFM, difunde o programa aos domingos das 12 às 13h, e repete o mesmo programa às terças-feiras das 19h às 20h. A produção dos programas esteve a cargo da empresa Carlos Raleiras – PGM Projetos Globais Média Unipessoal, Ltd. Na página web da empresa produtora, poderão ser consultados e ouvidos os programas (http://www.pgm.pt/radio.php ).

4. Resultados atingidos


A difusão dos programas produzidos vai permitir alcançar os objetivos iniciais que guiaram a criação e concepção desta ideia. A equipa do projeto (constituída por investigadores, docentes, técnicos, funcionários não docentes) considera que os programas permitiram, e permitirão:

- Desenvolver a cultura científica e tecnológica das populações, como condição estratégica para o desenvolvimento de uma cidadania activa;

- Reconhecer socialmente a ciência e a tecnologia como motores de inovação e competitividade;

- Melhorar cientificamente os conhecimentos da sociedade em geral, utilizando formas de comunicação de elevada difusão na sociedade;

- Reconhecer e promover a importância dos media na promoção da cultura cientifica e tecnológica;

A emissão dos programas continua em UniversidadeFM (104.3 Hz/FM em Vila Real - http://www.universidade.fm/)

5. Links


•    UniversidadeFM: http://www.universidade.fm/

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito da Ciência e Conhecimento (SAESCTN), consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

COMPETE apoia projeto na área da Engenharia de Infraestruturas de Transporte

16.09.2014
  • Ciência e Conhecimento

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveu um sistema que faz o diagnóstico do estado de redes rodoviárias - o iRoad (“inspection of ROADS). O sistema encontra-se em fase de protótipo.

Projeto MODAT - Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo para Gestão de Infraestruturas Rodoviárias
Projeto MODAT - Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo para Gestão de Infraestruturas Rodoviárias

Projeto MODAT - Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo para Gestão de Infraestruturas Rodoviárias

1. Síntese

Uma tecnologia para Tablet com sistema operativo Android, que rapidamente faz o diagnóstico das patologias dos pavimentos das redes rodoviárias, designada por iRoad (inspection of ROADS), foi idealizada por uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra.

O iROAD faz parte de um projeto mais abrangente designado por MODAT (Multi-objective Decision-Aid Tool for Highway Asset Management) e começou a ser idealizado em fevereiro de 2013», revela Adelino Ferreira, coordenador científico do iROAD.

O sistema é constituído por quatro módulos. Cada módulo engloba várias ferramentas. A configuração do sistema pelo utilizador vai depender das características da estrada, dos elementos que se pretende avaliar, das secções onde se realizam os levantamentos e da interação com outras ferramentas.

«É um sistema inovador para tablet com sistema operativo Android, de custo reduzido, com teclados virtuais configuráveis em função do que se pretende inspecionar e com possibilidade de anexar imagens, vídeos, comentários escritos ou falados. Para a referenciação dos dados é utilizado o GPS do tablet», explica Adelino Ferreira.

O iROAD, também conhecido por “Dr. Road”, permite fazer o diagnóstico das patologias dos pavimentos (fendilhamento, pele de crocodilo, covas, peladas, etc.) ou de outras componentes da rede rodoviária (sinalização, passagens para peões, drenagem, etc.). Trata-se de uma ferramenta portátil de custo reduzido, com teclados virtuais configuráveis em função do que se pretende inspeccionar/auscultar, com possibilidade de anexar imagens, vídeos, comentários escritos ou falados», afirma o coordenador científico do projeto, Adelino Ferreira.

De fácil utilização, o iROAD é constituído por vários módulos divididos por (1) Elementos - características da estrada que se pretendem inspecionar/auscultar; (2) Teclados - configuráveis em função dos elementos que se pretendem inspecionar/auscultar; (3) Secções e Levantamentos – onde se definem as secções e, posteriormente, se faz o levantamento; (4) Importação e Exportação – para interagir com outras ferramentas, tais como o SIGPAV, um Sistema Informático de Gestão da Conservação de Pavimentos para computador.


2. Enquadramento no COMPETE

> Apoio

O projeto “MODAT - Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo para Gestão de Infraestruturas Rodoviárias” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.
Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolve um investimento elegível de 141.471 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 120.250 mil euros.
> Testemunho de Adelino Ferreira | Director of the Road Pavements Laboratory

Segundo o coordenador do projeto MODAT, Adelino Ferreira “este projeto foi uma excelente oportunidade para desenvolver novas ferramentas de gestão da conservação de redes rodoviárias, de dimensionamento otimizado de pavimentos rodoviários e, também, desenvolvimento de sistemas de geração de energia elétrica nos pavimentos, seja pela passagem de pessoas, seja pela passagem de veículos. Para além disso, foi possível divulgar a área de investigação correspondente à Engenharia de Infraestruturas de Transporte junto da comunidade interessada neste assunto, como sejam os Engenheiros que trabalham nas Câmaras Municipais, nas concessionárias de autoestradas, na administração rodoviária nacional, bem como nas empresas de construção e reabilitação de infraestruturas de transporte”.
> MODAT | Ficha Resumo

Responsável: Professor Doutor Adelino Ferreira.

Parceiros Internacionais:

•    Prof. Andrew Collop - Nottingham Transportation Engineering Centre - University of Nottingham (UK).

•    Prof. Gerardo Flintsch - Center for Sustainable Transportation Infrastructure - Virginia Tech University (USA).

Principais Resultados: Sistema inovador para Tablet com sistema operativo Android designado por iROAD (inspection of ROADS), também conhecido por “Doctor Road”, que permite fazer a inspeção/auscultação de redes rodoviárias. Trata-se de uma ferramenta portátil de custo reduzido, com teclados virtuais configuráveis em função do que se pretende inspecionar/auscultar, com possibilidade de anexar imagens, vídeos, comentários escritos ou falados. Para a referenciação dos dados é utilizado o GPS (Global Positioning System) do Tablet.


3. Descrição do Projeto

Um Sistema de Gestão de Infraestruturas Rodoviárias eficaz é aquele que permite manter a rede rodoviária em boas condições de segurança e conforto dos utentes, com recurso a um razoável orçamento anual, sem criar impactes negativos significativos no ambiente, na circulação do tráfego e nas atividades sociais e comunitárias. Infelizmente, muitos destes objetivos são conflituosos.
Por exemplo, para que os pavimentos sejam mantidos num nível mais elevado de qualidade é necessário um orçamento maior a disponibilizar para a sua conservação; por outro lado, um programa de conservação com muitas intervenções nos pavimentos origina maiores atrasos no tráfego, aumenta a poluição ambiental, causa maiores roturas nas atividades sociais e mais inconvenientes à comunidade.

Consequentemente, o processo de decisão envolvido na programação das atividades de conservação da rede rodoviária assume um carácter multiobjectivo, que deve ter em consideração os requisitos para atingir diferentes objetivos.

Este projeto é a continuação e melhoramento de um Sistema de Apoio à Decisão para Gestão de Infraestruturas Rodoviárias, implementado na empresa Estradas de Portugal, S.A. em 2007. Este tipo de sistemas utiliza dados de tráfego, dados sobre a fundação dos pavimentos e dados resultantes da auscultação dos pavimentos, nomeadamente, irregularidade longitudinal, atrito transversal, cova e peladas.

O principal objetivo deste projeto é criar um Instrumento de Apoio à Decisão Multiobjectivo para Gestão de Infraestruturas Rodoviárias de última geração para gerir eficientemente a conservação e a reabilitação dos pavimentos utilizando os mais recentes conhecimentos em termos de modelos de comportamento dos pavimentos e de ferramentas de apoio à decisão. Isto envolverá um novo modelo de otimização determinístico e com decisão ao nível do trecho rodoviário que permitirá a repartição ótima dos fundos públicos pelas diversas secções rodoviárias mantendo a rede de estradas em níveis satisfatórios de qualidade. Para atingir aquele objetivo é necessário concretizar as seguintes tarefas:


- Avaliar o estado-da-arte em termos de modelos de comportamento dos pavimentos rodoviários e modelos de previsão dos acidentes rodoviários;

- Avaliar o estado-da-arte em termos de modelos de otimização e de ferramentas de apoio à decisão;

- Desenvolver um Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo, incorporando no mesmo modelo de otimização vários objetivos ou critérios (minimização de custos de conservação garantindo um determinado nível de qualidade da rede; maximização da qualidade da rede na presença de um orçamento anual, minimização do número de intervenções na rede rodoviária; maximização do valor residual dos pavimentos; minimização de custos para os utentes; etc.);

- Desenvolvimento de um método heurístico para resolver o novo modelo do otimização que é a base do Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo;

- Integração do Sistema de Apoio à Decisão Multiobjectivo com Sistemas de Informação Geográfica (SIG);

- Aplicação das novas ferramentas de gestão de pavimentos a redes rodoviárias nacionais e municipais, incluindo a calibração e validação dos modelos de comportamento dos pavimentos e dos modelos de previsão dos acidentes rodoviários;

- Discussão, com as administrações rodoviárias, sobre as metodologias e os resultados obtidos utilizando as novas ferramentas de gestão de pavimentos com o objetivo de melhorar alguns aspetos que as podem tornar mais práticas e eficientes.

Um Sistema de Gestão de Pavimentos de última geração, incorporando um Sistema de Apoio à Decisão validado e inovador, será sempre de grande importância na otimização dos recursos financeiros disponíveis, tanto a nível da rede rodoviária nacional como a nível de qualquer rede rodoviária municipal.

 

4. Links

Site da universidade de Coimbra: http://www.uc.pt/

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito da Ciência e Conhecimento (SAESCTN), consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Há Vida em Serralves: uma série documental de 6 episódios sobre a biodiversidade que existe no Parque, e que nos mostra que há mais vida na cidade, além de nós

19.08.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete
Há Vida em Serralves:
Há Vida em Serralves:

Estes documentários dão a conhecer o património do Parque de Serralves, em particular nos domínios da Biodiversidade e Energia, através de programas televisivos didáticos destinados à comunidade escolar e às famílias.

 

Há Vida em Serralves: uma série documental de 6 episódios sobre a biodiversidade que existe no Parque, e que nos mostra que há mais vida na cidade, além de nós.
Estes documentários dão a conhecer o património do Parque de Serralves, em particular nos domínios da Biodiversidade e Energia, através de programas televisivos didáticos destinados à comunidade escolar e às famílias. 
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Há Vida em Serralves: episódio especial sobre o Parque
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1. Síntese
Segundo João Almeida, Diretor do Parque de Serralves, “ocupando uma área de 18 hectares, o Parque de Serralves constitui-se como uma das maiores parcelas da Estrutura Ecológica da cidade do Porto, revelando-se como um sistema vivo, complexo e dinâmico. Fruto do seu desenho, que de uma forma surpreendente se adapta às condições do local, o Parque encerra uma multiplicidade de habitats, potenciadores da biodiversidade urbana aí presente. Atualmente, são cerca de 230 as espécies de plantas lenhosas que o habitam e que servem, por sua vez, de abrigo e sustento às muitas espécies animais, vertebrados e invertebrados, que as procuram. 
A série de documentários “Há Vida em Serralves” procurou mostrar que existem nas nossas cidades ilhas ou redutos de biodiversidade, de que o Parque de Serralves é um bom exemplo, proporcionando um contacto mais próximo com a natureza, mas também reforçando a importância da sua preservação. Procurou ainda mostrar o trabalho desenvolvido desde 1988 pelo Serviço Educativo/Ambiente da Fundação de Serralves, através dos seus programas educativos para escolas e públicos adultos, à volta dos temas da biodiversidade e das energias renováveis bem como no mais recente desafio que foi para a Fundação a obtenção da sua certificação EMAS. 
O apoio do COMPETE/CIÊNCIA VIVA na produção desta série documental foi fundamental, uma vez que permitiu, e permite, à Fundação de Serralves dispor de meios para a divulgação do seu património natural e das suas políticas ambientais a públicos mais vastos, através de canais como a televisão, a internet e as redes sociais.”
2. Enquadramento no COMPETE
O projeto “Habitats de Serralves” é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área da divulgação científica e tecnológica, com um investimento elegível de 
73.573,77 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 62.537,70 euros.
3. Descrição
O projeto “Habitats de Serralves” pretendeu dar a conhecer o património natural do Parque de Serralves, nomeadamente nos domínios da Biodiversidade e Energia, através da criação de programas televisivos didáticos – “Há Vida em Serralves”, considerando como potenciais públicos-alvo a comunidade escolar e famílias.
Esta iniciativa permitiu a prossecução de um conjunto de objetivos estratégicos que concretizam a vertente ambiental da Missão da Fundação de Serralves:
- Apoiar uma Educação que tenha como finalidade a formação de cidadãos ambientalmente conhecedores, intervenientes e preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano, o que de resto reúne um largo consenso, tanto a nível internacional, como no nosso País; 
- Contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade e das capacidades de ver, refletir, sentir, promovendo a construção de uma atitude crítica por parte de crianças, jovens e famílias face à temática da conservação do meio ambiente; 
- Promover o aumento da literacia científica; 
- Comunicar o progresso do conhecimento científico-tecnológico em questões energéticas, ao longo do tempo; 
- Fomentar o ensino prático e experimental das Ciências nas escolas, como forma de motivar os alunos para uma cultura científica.
4. Fases de Implementação 
Distribuição, transmissão e divulgação dos conteúdos
Todos os documentários foram exibidos, mais de uma vez, na RTP Informação e na RTP Madeira, tendo sido primeiramente exibidos a:
Documentário Morcegos - sábado, 6 de Abril, 15h30
Documentário Aves - sábado, 13 de Abril, 15h30
Documentário Anfíbios & Répteis - sábado, 20 de Abril, 15h30
Documentário Insetos & Borboletas - sábado, 27 de Abril, 15h30
Documentário Energia - sábado, 4 de Maio, 15h30
Documentário Serralves - sábado, 11 de Maio, 15h30
Foram transmitidos também, via Youtube no canal da Fundação de Serralves, teasers por altura da sua exibição na RTP, estando desde então disponíveis nesse mesmo canal as versões integrais.
www.serralves.pt/pt/parque/biodiversidade-do-parque 
5. Publico abrangido pelos Documentários científico-pedagógicos 
Os Documentários já foram visualizados cerca de 485.000 vezes. Estes valores compreendem as audiências em Televisão e as visualizações no Youtube.
6. Links
Site: www.serralves.pt
 

 

1. Síntese

Segundo João Almeida, Diretor do Parque de Serralves, “ocupando uma área de 18 hectares, o Parque de Serralves constitui-se como uma das maiores parcelas da Estrutura Ecológica da cidade do Porto, revelando-se como um sistema vivo, complexo e dinâmico. Fruto do seu desenho, que de uma forma surpreendente se adapta às condições do local, o Parque encerra uma multiplicidade de habitats, potenciadores da biodiversidade urbana aí presente. Atualmente, são cerca de 230 as espécies de plantas lenhosas que o habitam e que servem, por sua vez, de abrigo e sustento às muitas espécies animais, vertebrados e invertebrados, que as procuram. 

A série de documentários “Há Vida em Serralves” procurou mostrar que existem nas nossas cidades ilhas ou redutos de biodiversidade, de que o Parque de Serralves é um bom exemplo, proporcionando um contacto mais próximo com a natureza, mas também reforçando a importância da sua preservação. Procurou ainda mostrar o trabalho desenvolvido desde 1988 pelo Serviço Educativo/Ambiente da Fundação de Serralves, através dos seus programas educativos para escolas e públicos adultos, à volta dos temas da biodiversidade e das energias renováveis bem como no mais recente desafio que foi para a Fundação a obtenção da sua certificação EMAS. 

O apoio do COMPETE/CIÊNCIA VIVA na produção desta série documental foi fundamental, uma vez que permitiu, e permite, à Fundação de Serralves dispor de meios para a divulgação do seu património natural e das suas políticas ambientais a públicos mais vastos, através de canais como a televisão, a internet e as redes sociais.”

2. Enquadramento no COMPETE

O projeto “Habitats de Serralves” é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área da divulgação científica e tecnológica, com um investimento final, em sede de encerramento, de 70.806,65 euros.

3. Descrição

O projeto “Habitats de Serralves” pretendeu dar a conhecer o património natural do Parque de Serralves, nomeadamente nos domínios da Biodiversidade e Energia, através da criação de programas televisivos didáticos – “Há Vida em Serralves”, considerando como potenciais públicos-alvo a comunidade escolar e famílias.

Esta iniciativa permitiu a prossecução de um conjunto de objetivos estratégicos que concretizam a vertente ambiental da Missão da Fundação de Serralves:


- Apoiar uma Educação que tenha como finalidade a formação de cidadãos ambientalmente conhecedores, intervenientes e preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano, o que de resto reúne um largo consenso, tanto a nível internacional, como no nosso País; 

- Contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade e das capacidades de ver, refletir, sentir, promovendo a construção de uma atitude crítica por parte de crianças, jovens e famílias face à temática da conservação do meio ambiente; - Promover o aumento da literacia científica;

- Comunicar o progresso do conhecimento científico-tecnológico em questões energéticas, ao longo do tempo; 

- Fomentar o ensino prático e experimental das Ciências nas escolas, como forma de motivar os alunos para uma cultura científica.

4. Fases de Implementação 

> Distribuição, transmissão e divulgação dos conteúdos

Todos os documentários foram exibidos, mais de uma vez, na RTP Informação e na RTP Madeira, tendo sido primeiramente exibidos a:

Documentário Morcegos - sábado, 6 de Abril, 15h30

Documentário Aves - sábado, 13 de Abril, 15h30

Documentário Anfíbios & Répteis - sábado, 20 de Abril, 15h30

Documentário Insetos & Borboletas - sábado, 27 de Abril, 15h30

5. Links 

Site: www.serralves.pt

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Projeto 3dBCT: o sistema informático de avaliação de intervenções de cancro da mama

12.08.2014
  • Ciência e Conhecimento , Incentivos às Empresas
  • I&DT

INESC Porto, com o apoio do COMPETE, aposta na criação de um sistema de referência na comparação de resultados estéticos do tratamento conservador do cancro da mama.

Projeto  3D BCT - Modelos 3D para Avaliação e previsão do resultado estético em intervenções por cancro da mama
Projeto 3D BCT - Modelos 3D para Avaliação e previsão do resultado estético em intervenções por cancro da mama

Projeto 3D BCT - Modelos 3D para Avaliação e previsão do resultado estético em intervenções por cancro da mama

1. Síntese


O projeto 3D BCT surge da necessidade de ultrapassar as limitações encontradas no trabalho precedente ao tratamento conservador do cancro da mama e também nas expectativas atuais relacionadas com a diversidade de intervenções mamárias atualmente disponíveis.

O desenvolvimento de novas técnicas para tratamento de cancro da mama levantou, além do problema da avaliação do resultado estético, o da seleção da técnica mais adequada à doente a tratar.

Dado que uma fotografia só da doente não serve para o efeito referido e que apesar das imagens 3D terem um forte potencial, existem vários fatores que limitam o seu uso em larga escala, como o custo elevado do equipamento e a necessidade de pessoal para executar os varrimentos, fundir as imagens e realizar análise volumétrica, o 3D BCT foca-se no desenvolvimento de reconstruções 3D a partir de uma ou mais imagens não calibradas das doentes.

Outro objetivo deste projeto é a investigação de um método de ajuste automático de um modelo deformável e paramétrico aos dados tridimensionais da mama da doente, usando uma abordagem de ajuste inspirada em modelos físicos. Este modelo vai poder ser usado na avaliação quantitativa do resultado estético das várias intervenções cirúrgicas possíveis.


2. Enquadramento no COMPETE

> Apoio

O projeto “3D BCT – Modelos 3D para Avaliação e previsão do resultado estético em intervenções por cancro da mama” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade.
Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolve um investimento elegível de cerca de 68 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 58 mil euros.


> Testemunho do Promotor | Jaime dos Santos Cardoso


Os principais promotores do projeto são Jaime Cardoso, Professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e Maria João Cardoso, Cirurgiã-Chefe na Unidade de Cancro da Mama da Fundação Champalimaud em Lisboa.

O financiamento concedido permitiu complementar a equipa de investigação e adquirir o equipamento necessário à realização do trabalho de investigação.

Aos principais promotores do projeto, Jaime Cardoso e Maria João Cardoso, juntaram-se investigadores focados em desafios científicos específicos. O trabalho em conjunto e a complementaridade de competências permitiu a conclusão com sucesso do projeto.

O investimento concedido foi ainda fundamental na promoção e divulgação do trabalho realizado em diversos encontros científicos.


3. Âmbito


O cancro da mama é aquele com maior incidência na população feminina europeia, afetando uma em cada nove mulheres. Apesar de, na maioria dos casos, ter tratamento, muitas mulheres têm de viver para o resto da vida com as consequências da cirurgia. São dois os tipos de cirurgia disponíveis: cirurgia conservadora (também conhecida como lumpectomia) ou mastectomia (cirurgia de remoção completa da mama).

No entanto, mesmo a cirurgia conservadora afeta por vezes a aparência da mama, o que pode condicionar a recuperação emocional e psicológica de uma mulher, gerando também um grande nível de ansiedade para a paciente. Por isso, um bom resultado estético é um aspeto importante a ter em conta no tratamento do cancro, uma vez que está fortemente ligado à recuperação psicológica da paciente e à sua autoimagem após o tratamento. Estima-se que para 30% das mulheres submetidas a uma cirurgia conservadora, o resultado estético não é o desejado.

Existe por isso a necessidade da criação de um método capaz de simular os desfechos das possíveis opções cirúrgicas em termos de alterações de forma e volume, conseguindo assim uma seleção mais adequada das técnicas para cada caso e o envolvimento da paciente no planeamento.

O projeto 3dBCT teve por objetivo desenvolver um modelo 3D da superfície mamária utilizando equipamento de baixo custo e de fácil utilização. Um modelo virtual da mama ajuda prever a forma de substituição ideal em reconstrução mamária baseada nas características antropomórficas individuais resultando num aspeto final mais natural e adaptado. Um modelo de simulação poderá ser ainda muito educativo ao permitir a visualização do resultado de diferentes opções cirúrgicas.


4. Resultados

Foi construído um protótipo que recebe como entrada várias fotografias da mama da doente, tiradas em posições ligeiramente diferentes em relação à câmara, e reconstrói um modelo tridimensional da mama. O sistema modela a forma mamária usando um modelo paramétrico que permite ao cirurgião ajustar interactivamente a forma da mama variando algumas variáveis-parâmetros que reproduzem o que habitualmente já se faz durante uma ablação e reconstrução mamária. O protótipo tem uma série de deformações com um conjunto de parâmetros intuitivos que o clínico pode aplicar a uma forma geométrica primitiva da mama para modelar a mama de uma doente para fins de planeamento pré-operatório e ainda para demonstração do plano à sua paciente.

Em termos científicos, as contribuições do projeto resultaram em:


•    12 artigos científicos em revistas internacionais;
•    11 artigos em conferências internacionais.



O trabalho realizado no 3dBCT e o impacto do mesmo na comunidade científica permitiu estabelecer várias colaborações com grupos com interesses comuns. Essas parcerias conduziram à candidatura, com sucesso, de um projeto europeu – PICTURE – que constrói em cima do trabalho realizado no 3dBCT.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Projeto: As árvores do Jardim contam histórias sem fim

22.07.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete
  • I&DT

Financiado pelo COMPETE e Ciência Viva, uma equipa de biólogos, botânicos, jornalistas, comunicadores de ciência e ilustradores cativou os leitores do Diário de Coimbra para a descoberta do mundo vegetal. São 52 histórias sobre 52 árvores do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.

Projeto | As árvores do Jardim contam histórias sem fim
Projeto | As árvores do Jardim contam histórias sem fim

1. Síntese

“As árvores do Jardim contam histórias sem fim” é um projeto do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e financiado pela Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica no âmbito de uma candidatura para projetos com vista à Produção de Conteúdos para Divulgação Científica e Tecnológica nos Média. A imprensa escrita foi o meio de comunicação social escolhido pelo Jardim Botânico, tendo como entidade parceira o Diário de Coimbra. Uma equipa multidisciplinar de biólogos, botânicos, jornalistas, comunicadores de ciência e ilustradores integra este projeto, reunindo todos os requisitos para levar semanalmente ao público as histórias das árvores e do Jardim. 

São 52 as histórias contadas sobre o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Ao longo de um ano, as árvores, os mapas, os muros, as plantas, as fontes, as estufas ou as estátuas foram os protagonistas destas histórias únicas e curiosas.

Porque as árvores e plantas do Jardim, para além da história que é comum a todas as árvores e plantas da sua espécie, escondem também a sua própria história, muitas delas com mais de uma centena de anos. Porque os muros, estátuas, fontes e estufas guardam histórias únicas e curiosas que aconteceram há muito. Porque em cada recanto do Jardim há uma história que vale a pena dar a conhecer.

 

2. Enquadramento no COMPETE

> Apoio

"As árvores do Jardim contam histórias sem fim" é um projeto apresentado no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, para candidaturas a Projetos de Promoção da Cultura Científica e Tecnológica – Produção de Conteúdos para Divulgação Científica e Tecnológica nos Média.

Este projeto foi apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

O projeto "As árvores do Jardim contam histórias sem fim", com um investimento elegível de 78.481 euros correspondendo a um incentivo FEDER de 66.709 euros, reúne uma equipa de investigadores de diversas áreas da botânica, jornalismo e comunicação de ciência e é coordenado pela investigadora de pós-doutoramento Catarina Schreck Reis.

> Testemunho da coordenadora do projeto | Catarina Reis, bióloga, bolseira de pós-doutoramento em Comunicação de Ciência, Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

Catarina reis

“O concurso Media Ciência, através do financiamento a projetos de comunicação e divulgação de ciência, veio promover a cultura científica junto do público geral em diversos meios de comunicação social. 

O apoio financeiro concedido pelo COMPETE constituiu uma mais-valia no desenvolvimento do projeto "As árvores do Jardim contam histórias sem fim", promovido pelo Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Foi assim possível criar uma equipa de trabalho que reuniu especialistas em botânica, jornalismo, ilustração e comunicação de ciência. Apenas assim foi possível produzir 52 artigos para a imprensa escrita que foram publicados durante 52 semanas, sendo as árvores do Jardim as suas protagonistas. 

A qualidade do trabalho desenvolvido nos projetos financiados neste concurso, e o impacto que tiveram junto de diversos públicos, são um incentivo à continuidade de programas de apoio financeiro na promoção e divulgação de ciência.”

 

3. Descrição do Projeto

> Âmbito

"As árvores do Jardim contam histórias sem fim" é um projeto do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, apresentado no âmbito do SAESCTN, que reúne uma equipa de investigadores de diversas áreas da botânica, jornalismo e comunicação de ciência e é coordenado pela investigadora de pós-doutoramento Catarina Schreck Reis.

O projeto visa a produção de artigos de divulgação de cultura científica para o jornal Diário de Coimbra, líder na região centro de Portugal. Com início em Maio de 2013 e no decorrer de um ano, foram publicados 52 artigos, com periodicidade semanal. As árvores existentes no Jardim, assim como os portões, os muros, as estufas, as estátuas e ainda alguns dos diretores e jardineiros que fizeram parte dos 242 anos de história do Jardim, são os protagonistas dos artigos publicados. 

Com o intuito de cativar os leitores para a (re)descoberta do mundo da botânica, as histórias das árvores do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra são apenas o ponto de partida para novas explorações. Dar a conhecer os nomes das árvores com que nos cruzamos quando passeamos pelo Jardim, mas também de onde vieram, quem as plantou, porque estão naquele local ou ainda qual a melhor altura do ano para as visitar, são algumas das curiosidades contadas. Porque cada árvore tem a sua própria história, para além daquela que partilha com todas as outras da sua espécie, que podem estar fora dos portões do Jardim, noutros locais da cidade, do país, ou do mundo.  

> A Pesquisa

O projeto envolveu uma intensa pesquisa tanto botânica como histórica, através de um vasto trabalho de consultas realizadas em diversas bibliotecas e plataformas online. Foram ainda efetuadas visitas ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, com o intuito de efetuar o levantamento e seleção de espécies a abordar nos artigos. Tendo em conta a sazonalidade das plantas, as visitas decorreram várias vezes durante o ano, em diferentes estações. 

Para além da caracterização morfológica de cada espécie botânica, foram feitas pesquisas no sentido de descobrir algumas curiosidades sobre cada uma das espécies escolhidas, os nomes vulgares pelo qual são conhecidas, a existência de exemplares notáveis noutros locais ou estórias particulares que permitissem suscitar a curiosidade dos leitores.   

As maiores dificuldades prenderam-se com a dispersão da informação e a inexistência de uma listagem bibliográfica sobre o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que no decorrer deste projeto foi criada, iniciada e desenvolvida, contando neste momento com mais de 400 referências devidamente organizadas.

> Os Artigos

A seleção dos temas de cada um dos artigos publicados semanalmente foi criteriosamente escolhida, tendo em conta diferentes aspectos como: a sazonalidade das espécies vegetais em destaque, a comemoração de um evento significativo relacionado com a história do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, ou ainda a celebração de alguma efeméride local ou nacional relacionada com a temática da botânica. Deste modo, foi feita uma calendarização anual para os 52 artigos, que sempre que necessário sofreu alguns reajustes mais perto da data de publicação. 

Estes critérios foram escolhidos tendo em conta o ponto de vista do leitor/visitante, tentado despertar o interesse, o conhecimento pela botânica e também a curiosidade em visitar o Jardim. De forma a promover e facilitar a procura e descoberta das árvores, recantos e edificações referidas em cada um os artigos, foram, sempre que possível, incluídas informações sobre as suas localizações. 

Os temas abordados ao longo de um ano foram tão distintos como a história das plantas mais antigas do Quadrado Central, os efeitos nefastos dos dois ciclones que atingiram o Jardim, a razão da escolha de plantar alternadamente Jacarandás e Tipuanas em Coimbra, os caminhos da água que rega o Jardim, as espécies autóctones espontâneas existentes na Mata, poesias e textos literários escritos sobre o Jardim ou ainda a carta escrita por Brotero sobre as necessidades de um Jardim Botânico no séc. XVIII. 

> Os Textos

A escrita dos artigos foi realizada pela equipa do projeto, maioritariamente por uma das bolseiras contratadas para o projeto, com formação superior em jornalismo e comunicação. As pesquisas botânicas foram essencialmente realizadas por outra das bolseiras contratadas, que possui formação superior em botânica. A revisão final dos artigos antes de publicação foi feita em conjunto pelos bolseiros e coordenadores do projeto. Sempre que um tema requeria uma supervisão científica mais específica foi solicitada a colaboração dos investigadores da área em questão, nomeadamente plantas venenosas, plantas carnívoras, plantas invasoras ou flora africana. 

Após alguns ensaios iniciais optou-se por um modelo de texto dos artigos, que inclui um título apelativo, um lide ou parágrafo inicial que apresenta o tema do artigo em questão, seguindo do corpo do texto, geralmente dividido em três ou quatro blocos com diferentes subtítulos. Foram ainda incluídas caixas de textos que abordam sucintamente assuntos complementares ao tema do artigo. No final de cada artigo foi colocada uma pequena frase, sob o título "Na próxima semana...", de forma a revelar o tema do artigo seguinte, relembrando assim aos leitores a periodicidade da publicação.  

> As Ilustrações

Tendo em vista a criação de uma imagem que identificasse o projeto, que prendesse a atenção dos leitores e os motivasse a tornarem-se assíduos seguidores das histórias do Jardim, foi contratado um designer profissional que desenvolveu para a página do artigo um layout que se manteve em todas as 52 publicações, e que incluía igualmente uma ilustração original alusiva a cada um dos temas específicos dos artigos. 

Foi assim necessário desenvolver uma organização planeada com bastante antecedência, de forma a que as pesquisas fossem feitas atempadamente de forma a permitir a redação dos textos do artigo, que passava em seguida para o ilustrador que criava a ilustração, voltando novamente à equipa para revisão final. Semanalmente o texto e a ilustração eram enviados para o jornal Diário de Coimbra que efetuava a paginação que uma vez mais voltava para a equipa do projeto de forma a ser revista antes de publicada. Embora a página do artigo no jornal fosse publicada a preto e branco, todas as ilustrações foram igualmente desenvolvidas a cores para a posterior publicação em livro.   

> A Publicação

Desde a fase de candidatura, o projeto "As árvores do Jardim contam histórias sem fim" teve o apoio do Diário de Coimbra. Previamente ao início de publicação dos artigos foram realizadas reuniões entre a equipa coordenadora do projeto e o diretor adjunto do jornal, no sentido de planificar a publicação dos 52 artigos com periodicidade semanal. 

O Diário de Coimbra apresentou total liberdade de escolha por parte da equipa do projeto na seleção do espaço necessário para a publicação dos artigos, tendo-se em conjunto optado por uma página inteira. Foi igualmente aceite a criação de um design específico para a página, que se enquadrasse no formato habitual do jornal, mas que identificasse visualmente os artigos sobre as árvores do Jardim. Foi assim criado um cabeçalho que incluía uma ilustração e o nome da rubrica, bem como um rodapé com os logótipos.  Uma vez que o título do projeto era extenso, foi sugerido criar um nome mais reduzido, passando assim a designar-se "No Jardim há histórias sem fim".    

> A Divulgação

No portal do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (http://www.uc.pt/jardimbotanico) foi criada uma página de acesso direto a partir da página de entrada, intitulada "No Jardim há histórias sem fim". A página está identificada com a ilustração feita para o primeiro artigo, que representa o portão principal de entrada no Jardim. Nesta página pode encontrar-se uma breve descrição sobre o projeto e consultar os artigos já publicados. 

Na página de facebook (http://www.facebook.com/JardimBotanicoUC) do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que conta já com mais de 14.000 fãs, foi publicada semanalmente, todas as sextas feiras, a notícia divulgando a publicação nesse dia no Diário de Coimbra do artigo "No Jardim há histórias sem fim". 

A divulgação do projeto "As árvores do Jardim contam histórias sem fim" foi também promovida em congressos e encontros científicos sobre Comunicação de Ciência e sobre Jardins Botânicos. Desde o início do projeto foram feitas duas comunicações orais e duas publicações escritas. A equipa do projeto esteve ainda presente no dia 16 de abril de 2014 no Encontro Ciência nos Media, que decorreu em Lisboa no Pavilhão do Conhecimento. No mês de junho foram feitas mais duas apresentações do projeto em dois encontros distintos: Sci Com PT 2014 - Congresso de Comunicação de Ciência e 4º Encontro Nacional de História das Ciências e da Tecnologia.    

> O Livro

Com a aproximação do final de publicação dos 52 artigos, foi dado início ao trabalho de preparação de um livro que reúne todos os artigos, conjuntamente com as ilustrações impressas a cores. O livro incluiu ainda outras informações complementares à história das árvores do Jardim Botânico, como uma cronologia histórica do Jardim e a listagem indexada das diversas espécies que foram abordadas nos vários artigos.  

> Links

Portal do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra: http://www.uc.pt/jardimbotanico 

Facebook: http://www.facebook.com/JardimBotanicoUC   

 

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoaimos.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

B2G - Business Intelligence para o Mercado Alemão

 

Com o apoio do COMPETE, AIDA promove projeto de incentivo ao mercado alemão.

 

Síntese

A internacionalização das empresas da região de Aveiro é um elemento decisivo para reforçar a competitividade regional. Nesse sentido, importa promover nesta região ações que promovam o aumento da orientação das suas empresas para o exterior e o reforço das exportações e da presença internacional, procurando desta forma alargar a base de empresas internacionalizadas e inseridas em cadeias de valor internacionais.

É conhecida a debilidade do tecido empresarial nacional sobretudo das PME atinente ao acesso e colocação dos seus produtos em mercados externos. Trata-se de um fator essencial na reestruturação económica e um desafio decisivo para o crescimento e competitividade das empresas.

Verifica-se que a principal dificuldade parece estar na reduzida capacidade estratégica para realizar iniciativas de internacionalização que, para além do primeiro passo que constitui a exportação, possam conduzir a uma menor dependência de variações de mercado, através da presença nos mercados destino que permita obter conhecimento e algum controlo das cadeias de valor.

Existe portanto um duplo défice: de informação classificada e sistematizada sobre dinâmicas de mercado e concorrência internacional, ou seja, um défice em international business intelligence.

E um outro, há muito diagnosticado, de colaboração empresarial que impede a concretização de iniciativas de internacionalização que a serem realizadas em muito poderiam aumentar a abrangência e as possibilidades de oferta e contribuir para minorar a falta de conhecimento e controlo das cadeias de valor.

Nesse sentido a AIDA iniciou, em 2013, o projeto B2G - Business Intelligence para o Mercado Alemão, apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade no âmbito do Sistema de Apoio às Acções Colectivas (SIAC). Este projeto propõe uma solução para esses dois problemas, ao criar condições para que se possa transferir intelligence sobre mercados e conhecimento sobre modelos de colaboração e internacionalização coletiva, para os sectores do Habitat Sustentável e dos Componentes para o Sector Automóvel.

 

Objetivos

O projeto B2G tem como principais objetivos operacionais:

§  Identificar as principais oportunidades de comércio internacional entre Portugal e Alemanha nos sectores Habitat Sustentável e Componentes Automóvel.

§  Identificar e estudar as melhores práticas internacionais relativamente a ações de internacionalização conjuntas em cooperação incluindo redes, consórcios, plataformas ou centros de business intelligence para a internacionalização.

§  Preparar e disseminar um manual de práticas e culturas de negociação e tomada de decisão no mercado alemão.

§  Estudar e concretizar oportunidades de fazer parcerias, exportação e/ou investimentos em internacionalização.

§  Definir metodologias para dinamização de Plataformas de International Business Intelligence.

Eixos estratégicos

Em termos estratégicos, o projeto B2G tem os seguintes propósitos, a saber:

§  Promover a exportação, a inovação estratégica e a internacionalização nas empresas como forma de vencer no mercado global.

§  Promover a competitividade internacional das empresas.

§  Compreender novos modelos de negócio e identificar oportunidades de crescimento e internacionalização.

§  Alavancar ritmos de crescimento das empresas da região de Aveiro através de acesso a novos mercados.

§  Contribuir para a sustentabilidade dos negócios empresariais.  

§  Contribuir para complementar a atual oferta de serviços públicos de apoio.

 

Atividades

O projeto estrutura-se em torno dos seguintes eixos estratégicos e atividades:

Eixo 1 - Oportunidades e apoios à internacionalização

1.1  Estudo do potencial de desenvolvimento de comércio bilateral Portugal Alemanha nos sectores Habitat Sustentável e Componentes Automóvel.

O estudo tem como principal objetivo a caracterização das atividades de comércio bilateral entre Portugal e Alemanha nos sectores Habitat Sustentável e Componentes Automóvel, procurando identificar áreas onde os produtos portugueses possam disfrutar de vantagens comparativas.

O estudo irá também alimentar o Workshop: Capacitação de Plataformas International Business Intelligence - IBI, identificando não só oportunidades de exportação/internacionalização das empresas portuguesas para a Alemanha, como também apresentando tendências de mercado na Alemanha para os dois sectores. Este último objetivo será alcançado através de entrevistas a especialistas do setor, consulta de revistas da especialidade e participação em feiras e exposições.

 

1.2 Benchmarking Internacional de práticas de redes, consórcios, plataformas e centros para a internacionalização.

Esta atividade constitui a base do processo de definição de uma metodologia para a estruturação de plataformas para internacionalização, orientadas por sector e por região, tendo como principal propósito identificar práticas comprovadamente bem-sucedidas que possam servir de inspiração para a definição de um modelo eficaz de funcionamento de plataformas de business intelligence para apoio à internacionalização.

 

Eixo 2 - Metodologias de Atuação

2.1 Metodologias e Manual de internacionalização - cultura de negócios, política e segurança negocial.

Esta atividade visa a realização de um Manual sobre Práticas de Negociação comparadas entre Portugal e Alemanha, bem como culturas de negociação e de tomada de decisão em investimentos internacionais.

O objetivo desta atividade é fazer uma síntese da informação já disponível, concebendo um documento que possa ser útil aos sectores, ajudando os empresários a modelar a sua atuação de acordo com as práticas culturais específicas do mercado alvo.

 

2.2 Formulação de Metodologia para dinamização de Plataformas e de International Business Intelligence

Nesta atividade irão ser definidas propostas de aplicação de metodologias de apoio à internacionalização com base em business intelligence que resultem no aumento da competitividade e crescimento das iniciativas apoiadas.

Todas as fases anteriores são instrumentais, contribuindo para a realização de metodologias de apoio e desenvolvimento de esquemas coletivos de business intelligence.

Será efetuada uma análise dos constrangimentos encontrados no nosso país, a verificação da eficiência dos instrumentos de apoio desenvolvidos e serão apresentadas propostas concretas de um modelo, ou modelos a aplicar nos dois sectores alvo em análise.

 

2.3 Workshop - Capacitação de plataformas para International Business Intelligence - IBI

Pretende-se realizar um evento dirigido aos departamentos de Inovação, Marketing e Exportação das empresas do sectores Habitat Sustentável e Componentes Automóvel objetivando captar o seu interesse para a temática da internacionalização coletiva e ao mesmo tempo apresentar as maiores tendências dos sectores para 2013-2015, bem como as oportunidades de exportação para os mercados internacionais.

O workshop utilizará a informação gerada na atividade 1.1. complementada pela informação organizada até à altura pelos parceiros do projeto na Alemanha.

 

Eixo 3 - Promoção e Divulgação

3.1 Seminário de Apresentação do Projeto

Com este seminário deu-se a conhecer as ações e objetivos estratégicos e operacionais do projeto, sensibilizando o tecido empresarial para a importância da inovação nos produtos, serviços, práticas e processos a implementar ou desenvolver, enquanto fator de competitividade nos mercados internacionais.

Deu-se, igualmente, a conhecer o mercado alemão suas potencialidades e fragilidades, sensibilizando os empresários, em particular dos sectores habitat e componentes automóvel, para a pertinência em iniciar/desenvolver contactos/relações comerciais com este mercado, considerado um dos mais relevantes ao nível europeu.

 

3.2 Seminário de Divulgação de Dados e Resultados

Será realizado um seminário de divulgação de dados e resultados obtidos até ao momento, resultantes quer do estudo efetuado sobre o potencial de desenvolvimento do comércio bilateral Portugal-Alemanha nos sectores Habitat Sustentável e Componente Automóvel, quer dos resultados conseguidos no benchmarking realizado sobre práticas de redes, consórcios, plataformas e centros para a internacionalização.

Neste seminário pretende-se, também, promover a inovação enquanto estratégia para a internacionalização das empresas e como fator diferenciador, incentivar o tecido empresarial para a possibilidade de incrementar o ranking de exportações para um mercado altamente exigente, bem como para a importância da criação de sinergias e fusão de competências entre empresas de ambos os mercados e intersectoriais.

 

3.3 Análise de Resultados

3.4 Seminário de Encerramento do Projeto

Com esta ação pretende-se promover e disseminar os resultados do projeto ao tecido empresarial, dando a conhecer não só os objetivos que levaram à sua concretização e os resultados alcançados, mas também, e sobretudo dotar o tecido empresarial de valências que possibilite uma melhor preparação, visando a concretização de negócios com o mercado alemão, quer através da inovação dos seus produtos quer dos serviços prestados.

A realização desta iniciativa tem ainda como propósito garantir o acesso à informação estratégica sobre o mercado alemão ao tecido empresarial e incentivar a partilha de boas práticas e aposta na criação de projetos dinamizadores devidamente estruturados, com enfoque para a área de Investigação & Desenvolvimento.

 

3.5 Criação da imagem institucional

 

Eixo 4 - Gestão do projeto

4.1 Gestão e Coordenação

 

Resultados e impacto do projeto

O impacto gerado pelo presente projeto, no contexto da atividade associativa empresarial, mede-se pelo reconhecimento da sua utilidade para os sectores alvo e para a região e pela avaliação das externalidades positivas geradas.

A dimensão da Associação AIDA, e o seu papel de parceiro social regional é garantia do número de empresas, pessoas e instituições como Universidades, Organismos da Administração Pública Regional e Nacional que irão certamente ser beneficiadas, direta ou indiretamente, dos outputs do projeto.

As políticas de apoio ao desenvolvimento económico e à internacionalização em Portugal têm estado focadas nos sistemas de incentivos orientados a projetos isolados, existindo uma lacuna por preencher no que se refere a estratégias de internacionalização coletiva, ou em cooperação, que contribuam para o aumento do conhecimento e capacidade de controlo do processo de penetração nos mercados internacionais.

Pretende-se criar condições para o aumento da eficácia das atuais políticas de apoio à internacionalização, atuando a nível regional/sectorial em complemento dos atuais instrumentos, através da criação de serviços coletivos de internacional business intelligence, dedicados em função das necessidades de cada sector alvo e através do estímulo à cooperação empresarial.

Com base em modelos inspirados em plataformas de apoio à internacionalização existentes em outros países, mas devidamente estudados e adaptados às condições da região para que possam ser corretamente apropriados e implementados, o projeto pretende contribuir para o aumento da competitividade da economia da região de Aveiro.

Salientam-se portanto os impactos do projeto para a atividade de apoio à internacionalização, quer por parte de organismos da Administração Pública Central ou Regional, quer quando realizada por organizações associativas na medida em que a existência das plataformas que o projeto pretende lançar, deverá alavancar a eficácia dos atuais apoios públicos de suporte à internacionalização.

 

Enquadramento no COMPETE

Financiamento

Tendo em vista a execução do projeto B2G - Business Intelligence para o Mercado Alemão, a AIDA candidatou-se ao COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade para obter financiamento.

Apoiado pelo supracitado Programa no âmbito do SIAC (Sistema de Apoio a Acções Colectivas), o projeto envolveu um investimento elegível de cerca de 229 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de cerca de 183 mil euros.

 

Testemunho do promotor

 

“A economia portuguesa está cada vez mais integrada no mercado global. A aposta na inovação e na internacionalização por parte do tecido empresarial português tem vindo a ser ganha, afirmando assim a qualidade dos nossos produtos e serviços por todo o mundo.

Contudo, existe ainda um longo caminho a percorrer, assumindo aqui os projetos financiados um papel fundamental enquanto suporte e ferramenta adicional para que as empresas iniciem ou reforcem a sua atividade ao nível da cooperação empresarial, incrementem o seu networking e know-how sobre os inúmeros mercados e suas oportunidades de negócio.

Ciente dessa necessidade, a AIDA tem procurado reforçar a prestação de informações e promoção de iniciativas de dinamização e incentivo à internacionalização (nomeadamente, sessões de esclarecimento, missões empresariais, elaboração de estudos de mercado, prospeção de mercados emergentes) das empresas para mercados tão exigentes como por exemplo o Alemão, longínquos como a China e os países árabes e mais próximos culturalmente como os PALOP e a Europa.

Entende-se, assim, que o projeto B2G - Business Intelligence para o Mercado Alemão, aprovado pelo COMPETE e apoiado pelo FEDER, é um importante instrumento para fomentar a cooperação com as empresas do mercado da Alemanha, aumentando a quota de internacionalização das empresas portuguesas e da região de Aveiro.

O COMPETE tem, assim, sido decisivo no apoio à revitalização da economia portuguesa através, nomeadamente, da atenção dada à importância de fomentar uma gestão assente na cooperação entre agentes económicos, fator que não está ainda devidamente enraizado na cultura empresarial portuguesa.

Por parte da equipa que gere o programa de destacar o excelente trabalho desenvolvido e interação com as entidades que operacionalizam os diferentes projetos.”

Elisabete Rita | Vice-presidente Executiva da AIDA – Associação Industrial do Distrito de Aveiro

 

 

Links

www.aida.pt 

 

Para mais informações sobre o projeto B2G - Business Intelligence para o Mercado Alemão contacte o Gabinete de Comunicação e Imagem – Celeste Claro – c.claro@aida.pt 

Investigação portuguesa desenvolve embalagem inovadora

01.07.2014
  • Ciência e Conhecimento , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Com o apoio do programa COMPETE, o projeto “Rose4Pack” cria embalagem biodegradável ativa com extrato de alecrim para incrementar a vida útil dos alimentos.

Projeto | Rose4Pack
Projeto | Rose4Pack

Síntese

Este projeto de investigação aborda questões pendentes sobre a nova geração de embalagens alimentares, tais como:

> As embalagens podem interagir positivamente com os alimentos embalados?

> Uma embalagem ativa pode ser eficaz e segura simultaneamente?

> Uma embalagem ativa pode ajudar a promover a qualidade dos alimentos e indiretamente a saúde do consumidor?

O projeto “Rose4Pack” visa desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorpora extrato de uma planta com propriedades antioxidantes. Aliás, o fator crítico de sucesso deste projeto é o uso de extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), o qual foi muito recentemente aprovado como aditivo alimentar (Diretivas 2010/67/EU e 2010/69/EU). 

Assim, tenciona-se que a nova embalagem tenha uma atividade antioxidante que permita conservar a qualidade dos alimentos e aumentar o seu prazo de validade, garantindo simultaneamente a sua segurança alimentar. A nova embalagem ativa com propriedades antioxidantes será também usada para minimizar o uso direto deste aditivo alimentar, uma vez que esta será usada para libertar o aditivo da embalagem para o alimento durante o armazenamento.

É neste contexto que surge, no âmbito do projeto “Rose4Pack”, a descoberta de uma embalagem biodegradável alimentar ativa com etracto de alecrim pois contém propriedades antioxidantes.

 

 

Desafio do projeto “Rose4Pack”:

Desenvolver e avaliar a eficácia de uma nova embalagem alimentar ativa que incorpora extrato de alecrim com propriedades antioxidantes.

Alecrim 


Enquadramento no COMPETE


> Apoio

O projeto “Rose4Pack” foi apoiado pelo COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade. Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolve um investimento elegível de cerca de 165 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 140 mil euros. 


> Testemunho

 “O apoio COMPETE é imprescindível no Projeto Rose4Pack, possibilitando a criação de uma nova embalagem que se prevê vantajosa na preservação da qualidade dos alimentos sem detrimento da segurança dos mesmos.” Ana Sanches Silva, investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e responsável pelo projeto Rose4Pack.


> Fases

O projeto “Rose4Pack” está organizado da seguinte forma:

1 - Coordenação e Progressão do Projeto.

2 - Caracterização de extratos de alecrim


- Determinação da atividade antioxidante de extratos naturais de alecrim e dos compostos antioxidantes puros isolados.

- Otimização e validação de um método de Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência para determinar a composição em compostos antioxidantes dos extratos de alecrim de diferentes origens.

3 - Produção da nova embalagem ativa e caracterização da mesma


- Incorporação do extrato de alecrim no polímero biodegradável.

- Avaliação e caracterização do protótipo da nova embalagem alimentar.

4 - A avaliação da eficácia e segurança da nova embalagem ativa


- Estudos de migração dos antioxidantes naturais da embalagem para os produtos alimentares.

- Avaliação do estado de oxidação dos alimentos embalados com a nova embalagem ativa.


> Parceiros

O Rose4Pack é um projeto de colaboração entre 5 instituições: 

1. Centro de Estudos de Ciência Animal (CECA), Universidade do Porto, Porto; 

2. Unidade de Investigação e Desenvolvimento, Departamento de Alimentação e Nutrição, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P., Lisboa; 

3. Centro de Estudos Farmacêuticos, Campus das Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), Coimbra, Portugal; 

4. IPC - Instituto de Polímeros e Compósitos/I3N, Departamento de Engenharia de Polímeros, Universidade do Minho (UM), Guimarães, Portugal; 

5. PlastEuropa Embalagens, S.A..


> Duração do projeto

O projeto Rose4Pack teve início em Abril de 2013 e tem a duração de 24 meses.

> Equipa

Investigador responsável pelo projeto: Doutora Ana Sanches Silva 

- Doutora Helena Soares Costa (INSA)
- Prof. Doutor Fernando Ramos (UC)
- Prof. Doutora Maria Conceição Castilho (UC)
- Prof. Doutora Ana Vera Machado (UM)
- Prof. Doutor João Miguel Nóbrega (UM)
- Prof. Doutora Olga de Sousa Carneiro (UM)
- Mestre Tânia G. Albuquerque (INSA)
- Dra. Ermelinda Cunha (PlastEuropa Emb., SA)


> Resultados Esperados

Desenvolver o protótipo de uma nova embalagem ativa com eficiência comprovada contra fenómenos de oxidação lipídica e segura para os consumidores.

A eficiência da nova embalagem vai ser avaliada através de ensaios de avaliação do grau de oxidação dos alimentos embalados submetidos a diferentes condições de tempo e temperatura de armazenamento.
A segurança será avaliada por meio de ensaios de migração.
Trazer grandes vantagens para a indústria alimentar e das embalagens, tais como prolongamento da vida útil (prazo de validade) dos alimentos e consequentemente, melhoria da qualidade dos mesmos e possibilidade de promover indiretamente a saúde dos consumidores.

Verificar que algumas plantas aromáticas tradicionalmente utilizadas na alimentação, como o alecrim, contêm compostos antioxidantes que lhes atribuem um valor acrescentado, que pode beneficiar consideravelmente a indústria alimentar e das embalagens.

Ter impacto a nível territorial, uma vez que o uso do extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) estimula o uso de solos com baixa aptidão agrícola porque é uma planta rústica, da família das Lamiáceas bem distribuída por todo o território nacional e pouco exigente sob o ponto de vista de cultivo. Portanto, a sua utilização como alimento ou pela indústria de embalagens pode incentivar o uso de solos empobrecidos ou desertificados, os quais são inadequados para as culturas tradicionais.

Ter um impacto social e a nível das populações uma vez que o uso de solos pobres para cultivar plantas de valor acrescentado poderia permitir a fixação de população, invertendo a desertificação.


> Links

Viste o site do INSA, em www.insa.pt, para aceder a mais informação.

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Programa “Ciência pelos mais novos” explica fenómenos da vida quotidiana

20.05.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete , Incentivos às Empresas
  • I&DT

Apoiado pelo COMPETE, o Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra concebeu uma série de 13 programas de ciência para crianças dos 8 aos 11 anos. Trata-se de uma série educativa apresentada por crianças, onde são exibidos fenómenos da vida quotidiana e sugeridas experiências para fazer em casa.

 

Incorporar Vídeo | Uma questão de corrente 
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Programa “Ciência pelos mais novos” explica fenómenos da vida quotidiana 
Apoiado pelo COMPETE, o Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra concebeu uma série de 13 programas de ciência para crianças dos 6 aos 10 anos. Trata-se de uma série educativa apresentada por crianças, onde são exibidos fenómenos da vida quotidiana e sugeridas experiências para fazer em casa.
Projeto | Os miúdos na ribalta da ciência
1. Síntese
Não há ciência sem experiência. Também não há ciência sem comunicação: comunicação interpares, para que a ciência se afirme e cresça; comunicação entre ramos científicos, para que seja eficaz na abordagem dos problemas; comunicação com a tecnologia, para que se desenvolva e seja útil em termos práticos; comunicação com as escolas, para que seja sustentável e útil do ponto de vista cultural e intelectual; com a sociedade civil, para que seja social e eticamente aceitável; com os agentes financiadores, para que seja possível.  
Foi neste contexto que o Exploratório, Centro Ciência Viva de Coimbra, se candidatou ao Programa COMPETE/Media Ciência com um projeto de comunicação de ciência, neste caso tendo como protagonistas alunos do 1º e do 2º ciclo de escolas portuguesas. Com a convicção, por um lado, de que é comunicando que melhor se compreende, mas, também, apostando na capacidade dos mais pequenos em fazer e mostrar ciência, não só para os da mesma geração mas, também, para os mais graúdos.
Tratou-se de selecionar 12 alunos, através de “casting” a nível nacional (com a colaboração de escolas e Centros Ciência Viva), prepará-los para a apresentação de “mini-shows” de ciência (segundo um guião previamente criado), gravar essas apresentações e produzir uma série para a RTP2. 
2. Apoio do COMPETE
“Os miúdos na ribalta da ciência” é um projeto apresentado no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, para candidaturas a Projetos de Promoção da Cultura Científica e Tecnológica – Produção de Conteúdos para Divulgação Científica e Tecnológica nos Média.
Este projeto foi apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
O projeto " Os miúdos na ribalta da ciência ", com um investimento elegível de 157.700 euros correspondendo a um incentivo FEDER de 134.045 euros, foi promovido pelo Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra, tendo sido coordenado pelo Professor Victor Manuel Simões Gil.
Testemunho do coordenador do projeto | Victor Manuel Simões Gil (Professor Catedrático Jubilado da UC)
“Quando surgiu o programa "Ciência nos Media", logo considerámos ter as crianças como protagonistas da comunicação de ciência, em vez de um programa apresentado por adultos. Desde logo, porque acreditamos que é comunicando que melhor se aprende. Depois, porque é a melhor forma de se chegar a outras crianças, jovens e adultos. Nesta 1ª edição (espero que venham outras), optou-se por algumas demonstrações experimentais de ciência básica, muitas vezes com resultados contraintuitivos, e sempre deixando campo para novas interrogações ("perguntas no ar"). E como a ciência é só uma das manifestações da cultura, cada episódio terminava com uma atividade ponte entre ciência e música. O último episódio (13º) reuniu todas as 12 crianças numa atividade coletiva, com várias experiências encadeadas, numa dupla alusão à importância do trabalho de grupo em ciência e ao caráter cumulativo do conhecimento.
A qualidade do projeto acabou por ser reconhecida pela seleção para a final do European Science TV and New Media Awards, edição 2013. De facto, foi a única participação na short-list desta final, proveniente da Europa Meridional.
O apoio financeiro do COMPETE revelou-se ajustado ao programa estabelecido e ao desenrolar de todo o projeto. Tratando-se de um projeto à escala nacional, foi também determinante o envolvimento de alguns Centros Ciência Viva na seleção dos candidatos - escolas e crianças - a nível regional.
Como Presidente da Direção do Exploratório, Centro Ciência Viva de Coimbra, responsável pelo projeto, louvo a iniciativa da Agência Ciência Viva e o apoio do COMPETE, e faço votos para que uma nova edição seja possível a curto prazo. Voltaremos a concorrer com o mesmo entusiasmo, na expetativa de um novo sucesso”.
3. Âmbito 
A primeira exibição dos episódios decorreu nas férias do Natal de 2012 e estendeu-se aos primeiros dias de 2013. Foi assim que, misturando curiosidade, gosto pelas experiências e uso de materiais correntes com observação atenta, reflexão e formulação de perguntas, uma dúzia de pequenos heróis explorou e comunicou alguns fundamentos da ciência na RTP2, desmistificando-os, relacionando-os com o dia-a-dia e tornando-os acessíveis e cativantes, sempre com respeito pelo rigor. De “truques mate-mágicos” a “aventuras de química em casa”, passando por movimentos, ar, água, efeitos à distância, energia elétrica, astronomia e clima, luz e cor, respiração, correspondendo aos desafios mais variados, por exemplo:
1. Sem fazer a conta, quantas equipas de futebol se podem fazer com 176 jogadores? 
2. Deixados cair da mesma altura, qual cai mais depressa: um berlinde de ferro ou um de plástico? 
3. Será que o hélio dos balões de festa tem peso para cima? 
4. Como é que a água, com o seu peso (para baixo, é claro), também empurra para cima? 
5. Porque é que dois balões de festa esfregados com um pano de lã se repelem?
6. Porque é que a água oxigenada sobre um golpe ou uma rodela de batata produz oxigénio? 
7. Que tem a química a ver com a pintura de van Gogh?  
E, como a ciência é só uma das maneiras de nos relacionarmos com a realidade, todos os episódios culminaram com referência a pontes entre a história da música e a história da ciência, através da exploração de um dos novos módulos do Exploratório designado “A batuta é tua”.
Finalmente, para ilustrar que a Ciência é resultado, não só de trabalho individual como de esforço coletivo, e se apoia sempre em estudos anteriores, incluiu-se um 13º episódio que reuniu os 12 finalistas no Exploratório, todos envolvidos na realização de várias experiências encadeadas umas nas outras – “Ciência em dominó”.  
4. Objetivos
Desenvolver uma experiência de exploração e comunicação de ciência pelos mais pequenos, ao encontro não só da natural curiosidade das crianças como do seu gosto em atividades de “mãos-na-massa”;
Promover o desenvolvimento de competências de comunicação pública de alguns fundamentos da ciência, pelos mais pequenos;
Fomentar nas crianças a capacidade de questionamento disciplinado;
Reconhecer que há ciência em exemplos e materiais da vida corrente;
Reconhecer que a ciência e a sua divulgação exigem, por um lado esforço individual, mas também trabalho de equipa;
Potenciar o impacto da iniciativa através de uma minissérie de episódios pela televisão, baseada em gravações vídeo profissionais.   
5. Fases  
A execução do projeto passou pelas fases seguintes: •
Elaboração do regulamento e envio para todas as escolas de 1º e 2º ciclos do País, para obtenção de inscrições
Elaboração do Guião “Crianças na Ribalta da Ciência”
Impressão do Guião e envio para as escolas inscritas e para todos os Centros Ciência Viva (CCV) do País
Obtenção da colaboração dos CCV para apoio na seleção regional
Realização das provas a nível regional em 5 Centros Ciência Viva: Sintra; Aveiro; Vila do Conde; Santa Maria da Feira e Coimbra, no mesmo dia (22 de dezembro de 2011), onde foram selecionados 12 alunos em cada escalão (1º escalão – 3º e 4º anos de escolaridade; 2º escalão – 5º e 6º anos de escolaridade) 
Aquisição de material e equipamento para as diferentes atividades
Realização da prova a nível Nacional no CCV Coimbra a 23 de março de 2012
Construção do módulo interativo “A batuta é tua!”
Seleção de empresa para gravação dos mini-shows
Ensaio e gravações (junho e julho de 2012)
Obtenção da concordância dos pais para as gravações vídeo dos seus filhos 
Impressão de um marcador de livros
Criação de banda sonora pelo compositor, João Pedro Oliveira, Professor da Universidade de Aveiro
Conceção, realização e produção do DVD/betacam, em Outubro e novembro de 2012, para a RTP2
Apresentação na RTP2 dos episódios a partir de 20 de dezembro de 2012 (duas séries de emissão)
Estabelecimento de parceria com o jornal Público para publicidade e distribuição gratuitas de um DVD com todos os episódios. 
Produção de DVD para oferta a escolas de 1º e 2º ciclo do país e aos Centros Ciência Viva e para distribuição com o Jornal Público a 29 de dezembro.
6. Episódios
Segue lista dos episódios:
1. Truques Matemágicos  
2. Em queda livre  
3. Força Aérea I  
4. Força Aérea II  
5. Bom mergulho  
6. Efeitos à distância  
7. Uma questão de corrente  
8. Luz & Cor  
9. Sol e Terra, Noite e Dia, Quente e Frio  
10. O BI químico  
11. Uma questão de oxigénio  
12. Truques de Química  
13. Uma dúzia de pequenos heróis com Ciência
7. Conclusão
Na sequência de uma experiência piloto realizada com alunos de 1º e 2º ciclos de escolas de Coimbra, concebeu-se o projeto e cujos produtos finais foram:
Um guião “Crianças na ribalta da Ciência”.
Um spot para passar na RTP2.
Um marcador de livros.
13 episódios apresentados na RTP2, à volta do Natal de 2012.
Um DVD com os 13 episódios. 
Houve uma aposta clara na divulgação massiva do projeto. Assim, para além da divulgação em comunicados de imprensa, criou-se um marcador de livros alusivo ao projeto, que foi amplamente distribuído, designadamente no Encontro Anual de Física da Sociedade Portuguesa de Física, em Aveiro.
Mas houve ainda muita divulgação do concurso em diversos meios, nomeadamente: 
Portal das Escolas:
http://www.portaldasescolas.pt/portal/server.pt/community/not%C3%ADcias/241/Ver%20Not%C3%ADcia?dDocName=022005627&dID=22007  
Páginas das escolas participantes: Por exemplo, Colégio Bissaya Barreto:
http://www.cbbonline.pt/index.php/jornal-escolar-qo-coretoq/497   
Para que o projeto ficasse completo produziu-se um DVD com os 13 episódios que foi distribuído gratuitamente com o jornal Público, no dia 29 de Dezembro. Esta distribuição permitiu que durante uma semana o jornal divulgasse o projeto e, por essa via, ao próprio Exploratório.
8. Links
Site | Exploratório Centro Ciência Viva - www.exploratorio.pt
Youtube | https://www.youtube.com/channel/UC1zqH4qBHs94zR2-9_nLZeg/videos
Vídeos - http://www.exploratorio.pt/index.php?page=rec_cienciapelosmaisnovos&section=46

Projeto | Os miúdos na ribalta da ciência

1. Síntese

Não há ciência sem experiência. Também não há ciência sem comunicação: comunicação interpares, para que a ciência se afirme e cresça; comunicação entre ramos científicos, para que seja eficaz na abordagem dos problemas; comunicação com a tecnologia, para que se desenvolva e seja útil em termos práticos; comunicação com as escolas, para que seja sustentável e útil do ponto de vista cultural e intelectual; com a sociedade civil, para que seja social e eticamente aceitável; com os agentes financiadores, para que seja possível.  

Foi neste contexto que o Exploratório, Centro Ciência Viva de Coimbra, se candidatou ao Programa COMPETE/Media Ciência com um projeto de comunicação de ciência, neste caso tendo como protagonistas alunos do 1º e do 2º ciclo de escolas portuguesas. Com a convicção, por um lado, de que é comunicando que melhor se compreende, mas, também, apostando na capacidade dos mais pequenos em fazer e mostrar ciência, não só para os da mesma geração mas, também, para os mais graúdos.

Tratou-se de selecionar 12 alunos, através de “casting” a nível nacional (com a colaboração de escolas e Centros Ciência Viva), prepará-los para a apresentação de “mini-shows” de ciência (segundo um guião previamente criado), gravar essas apresentações e produzir uma série para a RTP2.  

 Ciência pelos mais novos

 

 

2. Enquadramento no COMPETE

Apoio 

Ciência pelos mais novos

“Os miúdos na ribalta da ciência” é um projeto apresentado no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, para candidaturas a Projetos de Promoção da Cultura Científica e Tecnológica – Produção de Conteúdos para Divulgação Científica e Tecnológica nos Média.

Este projeto foi apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

 

O projeto " Os miúdos na ribalta da ciência ", com um investimento elegível de 157.700 euros correspondendo a um incentivo FEDER de 134.045 euros, foi promovido pelo Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra, tendo sido coordenado pelo Professor Victor Manuel Simões Gil.

Testemunho do coordenador do projeto | Victor Manuel Simões Gil, Professor Catedrático Jubilado da Universidade de Coimbra

Quando surgiu o programa "Ciência nos Media", logo considerámos ter as crianças como protagonistas da comunicação de ciência, em vez de um programa apresentado por adultos. Desde logo, porque acreditamos que é comunicando que melhor se aprende. Depois, porque é a melhor forma de se chegar a outras crianças, jovens e adultos. Nesta 1ª edição (espero que venham outras), optou-se por algumas demonstrações experimentais de ciência básica, muitas vezes com resultados contraintuitivos, e sempre deixando campo para novas interrogações ("perguntas no ar"). E como a ciência é só uma das manifestações da cultura, cada episódio terminava com uma atividade ponte entre ciência e música. O último episódio (13º) reuniu todas as 12 crianças numa atividade coletiva, com várias experiências encadeadas, numa dupla alusão à importância do trabalho de grupo em ciência e ao caráter cumulativo do conhecimento.

A qualidade do projeto acabou por ser reconhecida pela seleção para a final do European Science TV and New Media Awards, edição 2013. De facto, foi a única participação na short-list desta final, proveniente da Europa Meridional.

O apoio financeiro do COMPETE revelou-se ajustado ao programa estabelecido e ao desenrolar de todo o projeto. Tratando-se de um projeto à escala nacional, foi também determinante o envolvimento de alguns Centros Ciência Viva na seleção dos candidatos - escolas e crianças - a nível regional.

Como Presidente da Direção do Exploratório, Centro Ciência Viva de Coimbra, responsável pelo projeto, louvo a iniciativa da Agência Ciência Viva e o apoio do COMPETE, e faço votos para que uma nova edição seja possível a curto prazo. Voltaremos a concorrer com o mesmo entusiasmo, na expetativa de um novo sucesso”.

 

3. Âmbito 

A primeira exibição dos episódios decorreu nas férias do Natal de 2012 e estendeu-se aos primeiros dias de 2013. Foi assim que, misturando curiosidade, gosto pelas experiências e uso de materiais correntes com observação atenta, reflexão e formulação de perguntas, uma dúzia de pequenos heróis explorou e comunicou alguns fundamentos da ciência na RTP2, desmitificando-os, relacionando-os com o dia-a-dia e tornando-os acessíveis e cativantes, sempre com respeito pelo rigor.

De “truques mate-mágicos” a “aventuras de química em casa”, passando por movimentos, ar, água, efeitos à distância, energia elétrica, astronomia e clima, luz e cor, respiração, correspondendo aos desafios mais variados, por exemplo:

  • Sem fazer a conta, quantas equipas de futebol se podem fazer com 176 jogadores? 
  • Deixados cair da mesma altura, qual cai mais depressa: um berlinde de ferro ou um de plástico? 
  • Será que o hélio dos balões de festa tem peso para cima? 
  • Como é que a água, com o seu peso (para baixo, é claro), também empurra para cima? 
  • Porque é que dois balões de festa esfregados com um pano de lã se repelem?
  • Porque é que a água oxigenada sobre um golpe ou uma rodela de batata produz oxigénio?
  • Que tem a química a ver com a pintura de van Gogh?  

 

E, como a ciência é só uma das maneiras de nos relacionarmos com a realidade, todos os episódios culminaram com referência a pontes entre a história da música e a história da ciência, através da exploração de um dos novos módulos do Exploratório designado “A batuta é tua”.

Finalmente, para ilustrar que a Ciência é resultado, não só de trabalho individual como de esforço coletivo, e se apoia sempre em estudos anteriores, incluiu-se um 13º episódio que reuniu os 12 finalistas no Exploratório, todos envolvidos na realização de várias experiências encadeadas umas nas outras – “Ciência em dominó”.  


4. Objetivos

 

  • Desenvolver uma experiência de exploração e comunicação de ciência pelos mais pequenos, ao encontro não só da natural curiosidade das crianças como do seu gosto em atividades de “mãos-na-massa”;
  • Promover o desenvolvimento de competências de comunicação pública de alguns fundamentos da ciência, pelos mais pequenos;
  • Fomentar nas crianças a capacidade de questionamento disciplinado;
  • Reconhecer que há ciência em exemplos e materiais da vida corrente;
  • Reconhecer que a ciência e a sua divulgação exigem, por um lado esforço individual, mas também trabalho de equipa;
  • Potenciar o impacto da iniciativa através de uma minissérie de episódios pela televisão, baseada em gravações vídeo profissionais.   

5. Fases  

A execução do projeto passou pelas fases seguintes:

 

  1. Elaboração do regulamento e envio para todas as escolas de 1º e 2º ciclos do País, para obtenção de inscrições
  2. Elaboração do Guião “Crianças na Ribalta da Ciência”
  3. Impressão do Guião e envio para as escolas inscritas e para todos os Centros Ciência Viva (CCV) do País
  4. Obtenção da colaboração dos CCV para apoio na seleção regional
  5. Realização das provas a nível regional em 5 Centros Ciência Viva: Sintra; Aveiro; Vila do Conde; Santa Maria da Feira e Coimbra, no mesmo dia (22 de dezembro de 2011), onde foram selecionados 12 alunos em cada escalão (1º escalão – 3º e 4º anos de escolaridade; 2º escalão – 5º e 6º anos de escolaridade) 
  6. Aquisição de material e equipamento para as diferentes atividades
  7. Realização da prova a nível Nacional no CCV Coimbra a 23 de março de 2012
  8. Construção do módulo interativo “A batuta é tua!”
  9. Seleção de empresa para gravação dos mini-shows
  10. Ensaio e gravações (junho e julho de 2012)
  11. Obtenção da concordância dos pais para as gravações vídeo dos seus filhos 
  12. Impressão de um marcador de livros
  13. Criação de banda sonora pelo compositor João Pedro Oliveira, Professor da Universidade de Aveiro
  14. Conceção, realização e produção do DVD/betacam em outubro e novembro de 2012, para a RTP2
  15. Apresentação na RTP2 dos episódios a partir de 20 de dezembro de 2012 (duas séries de emissão)
  16. Estabelecimento de parceria com o jornal Público para publicidade e distribuição gratuitas de um DVD com todos os episódios
  17. Produção de DVD para oferta a escolas de 1º e 2º ciclo do país e aos Centros Ciência Viva e para distribuição com o Jornal Público a 29 de dezembro

 

6. Episódios

Segue lista dos episódios:

1. Truques Matemágicos  

2. Em queda livre  

3. Força Aérea I  

4. Força Aérea II  

5. Bom mergulho  

6. Efeitos à distância  

7. Uma questão de corrente  

8. Luz & Cor  

9. Sol e Terra, Noite e Dia, Quente e Frio  

10. O BI químico  

11. Uma questão de oxigénio  

12. Truques de Química  

13. Uma dúzia de pequenos heróis com Ciência

 

7. Conclusão

Na sequência de uma experiência piloto realizada com alunos de 1º e 2º ciclos de escolas de Coimbra, concebeu-se o projeto e cujos produtos finais foram:

  • Um guião “Crianças na ribalta da Ciência”.
  • Um spot para passar na RTP2.
  • Um marcador de livros.
  • 13 episódios apresentados na RTP2, à volta do Natal de 2012.
  • Um DVD com os 13 episódios. 

Houve uma aposta clara na divulgação massiva do projeto. Assim, para além da divulgação em comunicados de imprensa, criou-se um marcador de livros alusivo ao projeto, que foi amplamente distribuído, designadamente no Encontro Anual de Física da Sociedade Portuguesa de Física, em Aveiro.

Mas houve ainda muita divulgação do concurso em diversos meios, nomeadamente: 

 

 


Para que o projeto ficasse completo produziu-se um DVD com os 13 episódios que foi distribuído gratuitamente com o jornal Público, no dia 29 de dezembro. Esta distribuição permitiu que durante uma semana o jornal divulgasse o projeto e, por essa via, o próprio Exploratório.

 

8. Links

 

 

  • Site | Exploratório Centro Ciência Viva - www.exploratorio.pt
  • Youtube | https://www.youtube.com/channel/UC1zqH4qBHs94zR2-9_nLZeg/videos
  • Vídeos - http://www.exploratorio.pt/index.php?page=rec_cienciapelosmaisnovos&section=46

 

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

COMPETE apoia projeto focado na divulgação da investigação de células estaminais

22.04.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Este é um projeto de divulgação científica que, através dos meios de comunicação social, transmitiu conhecimento científico e esclareceu a opinião pública sobre um tema onde tem ocorrido grandes avanços científicos e tecnológicos.

Título do projeto: Quero mais e melhores células! | Células estaminais: o que são? onde estão? para que servem?


1. Síntese

O tema escolhido para este projeto é bastante importante na atualidade e exige uma divulgação científica séria e de qualidade. O potencial das células estaminais em termos de investigação básica e medicina regenerativa é muito atrativo e aparentemente fácil de explicar. No entanto, essa simplicidade é ilusória pois existem vários tipos de células estaminais com diferentes potencialidades, características e aplicações que estão muitas vezes distantes do que se ouve e lê na comunicação social.

Desta forma, o projeto "Quero mais e melhores células!", financiado pelo COMPETE, e desenvolvido por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra resultou na produção de materiais de divulgação de ciência na área das células estaminais com o objetivo principal de contribuir para uma população mais informada.


O projeto implicou uma narrativa coerente e sistematizada começando por definir os diferentes tipos de células estaminais e aquilo que se pode aprender com cada uma, focando de seguida os diferentes tipos de aplicações e estratégias de utilização, incluindo vantagens e limitações de cada uma.

Estes assuntos foram abordados de modo distinto, consoante o público a que se dirigiam, mantendo sempre o mesmo contexto mas variando o conteúdo técnico e o modo de apresentação.
O projeto, contribuiu para uma população mais informada que emitirá opiniões e tomará decisões mais conscientes sobre a aplicação das células estaminais. Além disso, pretendeu-se que a opinião pública ganhasse consciência que a investigação científica em células estaminais está a evoluir rapidamente e que, por vezes, esses estudos estão até a desenrolar-se muito perto das suas casas - nos laboratórios portugueses.

2. Apoio do COMPETE

Segundo a coordenadora, Cláudia Cavadas “a realização deste projeto foi uma excelente oportunidade para elaborar materiais de elevada qualidade para divulgação e esclarecimento do público em geral sobre o tema científico: Células estaminais. Para além disso, foi possível divulgar a área de interesse de cada um dos investigadores junto da população em geral e criar materiais de extrema utilidade nas atividades de divulgação de ciência, e permitiu divulgar informação a um número elevado de público diversificado.
De uma forma mais pessoal, para mim este projeto foi uma oportunidade privilegiada para divulgar um tema científico atual e que está relacionado com a minha atividade científica e de professora na Universidade de Coimbra. Além disso, este projeto deu-me muito prazer em coordenar, proporcionou-nos uns momentos divertidos e tem permitido chegar a um número elevado de público diversificado
”.

O projeto “Quero mais e melhores células!” foi apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, com um investimento elegível de 83.040 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 70.584 euros.

3. Descrição

3.1 Âmbito

Neste projeto foi concebido material de divulgação científica em vários formatos audiovisuais e multimédia - vídeo, animações 2D e 3D, BD – sobre as células estaminais, dando resposta às questões:

  • o que são?
  • onde estão?
  • para que servem?

3.2 Equipa

- Investigadores

A equipa é composta pelos seguintes investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC):

  • Cláudia Cavadas (coordenadora)
  • João Ramalho Santos
  • Inês Araújo
  • Lino Ferreira 
  • Luís Pereira de Almeida
  • Teresa Girão

- Comunicação Social

As seguintes entidades do sector da comunicação social participaram no projeto:
• o jornal “Público”
• o “Diário de Coimbra”
• a Rádio “Universidade de Coimbra”
• O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.


3.3 População-Alvo

  • População geral
  • População escolar (ensino não superior)
  • População Escolar (ensino universitário)

4. Conteúdos produzidos

4.1-Registos em formato vídeo

Foram produzidos 6 registos vídeo pela Televisão Web da Universidade de Coimbra (UCV)  UCV em que se inclui a explicação do tema por um cientista da área, acompanhada por imagens recolhidas no laboratório e por animações 2D e 3D ilustrativas.

Os vídeos têm os seguintes temas:

1. “O que são células estaminais. Mitos e verdades”, entrevista a João Ramalho-Santos

2. “Células estaminais no Sistema Nervoso”, entrevista a Inês Araújo

3. “Reprogramação de Células Diferenciadas em Células Estaminais Pluripotentes Induzidas”, entrevista a Luís Pereira de Almeida

4. “Células Estaminais e Doenças Cardíacas”, entrevista a Lino Ferreira

5. “Células Estaminais Hematopoiéticas do Sangue do Cordão Umbilical”,  entrevista a Lino Ferreira

6. “Células Estaminais na Descoberta de Novos Medicamentos”, entrevista a Cláudia Cavadas

Os vídeos estão disponíveis online em:

http://www.cnbc.pt/outreach/videos.asp?lg=1

4.2. Material radiofónico – Entrevistas

Com o apoio da Rádio Universidade de Coimbra (RUC) foram realizadas entrevistas aos investigadores sobre diversos assuntos relativos a células estaminais.

As entrevistas produzidas pela Rádio Universidade de Coimbra, conduzidas pela jornalista Catarina Ribeiro, foram transmitidas semanalmente no programa Alvorada nas seguintes datas:

  • Rubrica 1) “Introdução e Vox Pop” (18/10/2011);
  • Rubrica 2) “O que são células estaminais. Mitos e verdades”, entrevista a João Ramalho-Santos (25/10/2011);
  • Rubrica 3) “As células estaminais no cérebro. Facto ou mito”, entrevista a Inês Araújo (01/11/2011);
  • Rubrica 4) “As células estaminais pluripotentes. Esperança para o tratamento de doenças neurodegenerativas”, entrevista a Luís Pereira de Almeida (08/11/2011);
  • Rubrica 5) “As células estaminais. Esperança para o tratamento de doenças cardíacas”, entrevista a Lino Ferreira (15/11/2011);
  • Rubrica 6) “As células estaminais hematopoiéticas do cordão umbilical. Esperança ou realidade”, entrevista a Lino Ferreira (22/11/2011);
  • Rubrica 7) “Como é que as células estaminais podem ser úteis para o desenvolvimento de novos medicamentos”, entrevista a Cláudia Cavadas (29/11/2011);
  • Rubrica 8) Debate (em direto, no programa 1111, a 01/12/2011).

Além da sua transmissão na rádio, as entrevistas foram igualmente disponibilizadas online:

4.3. Material para imprensa escrita

4.3.1. Crónicas ilustradas publicadas no jornal diário “Diário de Coimbra”

Foram publicadas seis crónicas ilustradas com um “cartoon”, elaborado pelo ilustrador científico Fernando Correia, no jornal “Diário de Coimbra”:

  • Crónica 1) “Células estaminais: 7 mitos e verdades”, texto de João Ramalho-Santos, ilustração de Fernando Correia (29/12/2011);
  • Crónica 2) “Mente sã em corpo são: células estaminais no cérebro”, texto de Inês Araújo, ilustração de Fernando Correia (19/01/2012);
  • Crónica 3) “Uma nova alquimia: de células da pele em células estaminais e neurónios”, texto de Luís Pereira de Almeida, ilustração de Fernando Correia (23/02/2012);
  • Crónica 4) “Células estaminais e doenças cardíacas”, texto de Lino Ferreira, ilustração de Fernando Correia (22/03/2012);
  • Crónica 5) “Células estaminais hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical”, texto de Lino Ferreira, ilustração de Fernando Correia (26/04/2012);
  • Crónica 6) “Células estaminais na descoberta de novos medicamentos”, texto de Cláudia Cavadas, ilustração de Fernando Correia (01/06/2012).

As crónicas estão disponíveis em:
http://www.cnbc.pt/outreach/cronicas.asp

4.3.2. Livro de Banda Desenhada + Livro de Crónicos

De modo a utilizar uma abordagem mais inovadora e chegar a um público diferente, produziu-se uma banda desenhada sobre estes tópicos, consistindo em histórias curtas sobre os mitos e as potencialidades das células estaminais, abordadas por diferentes pontos de vista.  O autor da Banda Desenhada foi João Ramalho Santos e o desenhador André Caetano.

No mesmo livro, numa versão “costas com costas”, incluiu a banda desenhada e o conjunto de crónicas ilustradas, de modo a aumentar também visibilidade destas últimas.

O trabalho de pré-impressão e edição do livro foi levado a cabo pela Imprensa da Universidade de Coimbra. Foram produzidos 35.000 exemplares e distribuídos, de forma gratuita, com o jornal Público no dia 5 de Dezembro de 2013.

5. Links

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Universidade de Coimbra retrata expedições botânicas iniciadas no século XVIII

22.04.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Foi este o mote do projeto "No trilho dos naturalistas", que originou a produção de quatro documentários sobre as expedições realizadas em Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe que partiram da Universidade de Coimbra.

Teaser do documentário “No trilho dos naturalistas | São Tomé e Príncipe"


Projeto "No trilho dos naturalistas"

1. Apoio do COMPETE

Segundo o investigador responsável, António Gouveia, biólogo do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e coordenador científico “o apoio do COMPETE foi essencial para a realização dos quatro documentários sobre a diversidade e a ecologia das plantas em Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, porque permitiu viabilizar um plano de produção ambicioso, logisticamente complexo e dispendioso, que incluiu viagens aos países retratados, para filmagens no terreno, e a deslocação de equipas multidisciplinares. A nível pessoal, esta aposta do COMPETE e da Ciência Viva deu-me a oportunidade de ganhar experiência e consolidar os meus conhecimentos em comunicação de ciência, num projeto que espero que cause um impacto importante na divulgação da biodiversidade tropical e contribua para a transferência de conhecimento quer em Portugal, quer nos países africanos de língua portuguesa.”

O projeto “No trilho dos naturalistas” – que envolveu a produção de uma série de documentários sobre a diversidade e a ecologia das plantas tropicais, tendo como ponto de partida as explorações botânicas da Universidade de Coimbra a África, do século XVIII ao século XX - foi apoiado pelo COMPETE (Programa Operacional Fatores de Competitividade) na sua componente FEDER e pelo orçamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, na sua componente orçamento de estado.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolveu um investimento elegível de cerca de 546 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 464 mil euros.


2. Síntese

Uma parte da história à volta destas viagens científicas estava, de certa forma, escondida do grande público, em gabinetes e armários do antigo Departamento de Botânica. Existia uma riqueza documental enorme e desde 2005 que a documentação tem vindo a ser organizada e disponibilizada através de uma biblioteca digital.

A partir daí surgiu a ideia de mostrar, numa série de documentários, as expedições dos naturalistas da Universidade de Coimbra.

O botânico Jorge Paiva, professor e investigador reformado da Universidade de Coimbra, serviu de guia nos quatro documentários que foram produzidos até 2013, sobre as missões botânicas da universidade em África. Teve a oportunidade de conduzir as histórias, percorrendo parte dos trajetos que outros naturalistas fizeram em 1885, em São Tomé, e nos anos 1920-30, em Angola.

Pretendeu-se que não fosse algo académico, mas alargado ao grande público, segundo explica António Gouveia, o coordenador do projeto.

No Trilho dos Naturalistas

Os documentários ficaram a cargo da produtora Terratreme, sendo que estiveram à frente dos filmes não um mas cinco realizadores; o que acrescentou uma maior riqueza ao projeto.

Os documentários - realizados por Susana Nobre (“CViagens Filosóficas”); Luísa Homem e Tiago Hespanha (São Tomé e Príncipe); João Nicolau (Moçambique); e André Godinho (Angola) - permitiram à Universidade de Coimbra realçar o que de importante resultou para o conhecimento da diversidade das plantas das expedições botânicas às ex-colónias, do século XVIII ao século XX, e que importa difundir.


3. Objetivos

  • Valorizar e produzir conteúdos científicos sobre a botânica portuguesa, principalmente na sua vertente aplicada aos estudos nas antigas colónias portuguesas
  • Analisar as missões botânicas e os seus principais impulsionadores - a Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe - e a sua atualidade para o conhecimento e estudo da biodiversidade e impacto na economia destes países africanos
  • Mostrar a biodiversidade e riqueza natural de ecossistemas africanos utilizando um género documental com pouca tradição em Portugal: viagens no terreno guiado por um cicerone/naturalista, dirigido ao público em geral
  • Estabelecer as bases para o desenvolvimento de uma plataforma de transferência de conhecimento entre o Centro de Ecologia Funcional e os estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, alicerçada na difusão e interesse suscitados pelos produtos do projeto.

4. Tarefas

As principais tarefas desempenhadas durante o projeto foram:

  • Tratamento e análise de documentos históricos de natureza diversa (textos, monografias, missivas, cartografia, fotografias e registos fílmicos)
  • Síntese de informação para elaboração dos conteúdos científicos dos documentários
  • Redação de argumentos/guiões para a produção de quatro documentários
  • Produção e realização de quatro documentários
  • Produção de conteúdos para a publicação no blogue informativo de acompanhamento do projeto
  • Divulgação dos produtos do projeto na comunicação social, bem como no circuito de festivais e mostras de cinema documental  

5. Conteúdos científicos

A série documental abrange quatro documentários que contam a história da botânica em Portugal, principalmente na sua ligação às antigas colónias em África.

Os conteúdos científicos comuns aos documentários são os seguintes:

  • Abordagem cronológica e enquadramento histórico das explorações botânicas às ex-colónias e os seus principais atores – conhecimento científico e interesse económico na exploração dos recursos naturais;
  • Retraçar parte dos percursos das mais importantes missões científicas tendo como cicerone o investigador e naturalista Jorge Paiva, com ênfase no conhecimento e conservação da enorme biodiversidade de cada um dos países visitados;
  • Retratar os ecossistemas naturais tropicais, e realçar a diversidade e ecologia de espécies vegetais;
  • Avaliar a importância do que resultou destas expedições para o conhecimento científico e, em particular, da botânica, nos países africanos e em Portugal, passado e presente e impulsionar a transferência deste conhecimento.

6. Documentários

Em seguida apresenta-se um resumo dos conteúdos de cada documentário.

1. No Trilho Dos Naturalistas – Viagens Philosophicas

Neste primeiro documentário é dado o enquadramento histórico do desenvolvimento da ciência botânica em Portugal e na Universidade de Coimbra, cruzando a história dos espaços, coleções e pessoas da própria universidade e de conceitos fundamentais do ciclo de vida das plantas, da semente ao fruto.

As viagens filosóficas dão o mote para o arranque da série. Realizadas em finais do século XVIII, tinham como objetivo realizar o estudo organizado e sistemático da história natural das então possessões ultramarinas. Com o apoio da coroa portuguesa, diversos discípulos de Domingos Vandelli, participaram nas ditas explorações: Alexandre Rodrigues Ferreira no Brasil, Manuel Galvão da Silva, em Angola; Joaquim José da Silva, em Goa e Moçambique; e João da Silva Feijó em Cabo Verde.

 

2. No Trilho Dos Naturalistas – São Tomé e Príncipe
Seguindo a viagem de Adolfo Frederico Möller a São Tomé, em 1885, este documentário mostra a enorme diversidade vegetal e os ecossistemas naturais da ilha de São Tomé.

Em 1866, Júlio Henriques tornou-se professor da Universidade de Coimbra e retomou o empenho desta universidade no conhecimento e exploração das antigas colónias africanas. Foi um cientista com múltiplos interesses e grande dinamizador da botânica em Portugal, incluindo na sua vertente aplicada. Por exemplo, trabalhou na seleção das espécies produtoras de quina, utilizada na prevenção da malária. Estabeleceu uma extensa rede de contactos, nacionais e internacionais, e transformou o Jardim Botânico de Coimbra num importante centro de aclimatação de plantas. Em 1885, enviou o seu jardineiro chefe a São Tomé, para realizar a exploração botânica da ilha, na altura, praticamente desconhecida do ponto de vista científico.

A ilha de S. Tomé é extremamente montanhosa, o que cria interessantes gradientes da vegetação em altitude. Subimos ao ponto mais alto da ilha, o Pico de São Tomé, com 2024m. Em cima da linha imaginária do Equador, entrámos na floresta tropical de chuva, com a sua flora vascular rica em endemismos, isto é, plantas que só ocorrem num determinado local, e exploramos a sua dinâmica ecológica.

 

3. No Trilho Dos Naturalistas – Angola 
Retraçando parte do percurso das missões científicas de Luís Carrisso a Angola, efetuou-se uma exploração da grande diversidade vegetal e dos ecossistemas naturais, desde a floresta tropical húmida, no Golungo Alto, ao deserto de Namibe. Aqui, num dos mais antigos desertos do mundo, explorou-se a ecologia da vegetação semidesértica, incluído a peculiar Welwitschia mirabilis.

Nas 3 missões que realizou a Angola (1927, 1929 e 1937), Carrisso percorreu mais de 30.000 km, explorações que resultaram num importante contributo para o Herbário da Universidade de Coimbra e para a publicação da obra Conspectus Flora Angolensis. Nestas expedições, Luís Carrisso produziu ainda um importante espólio fotográfico e fílmico. 

 

 4. No Trilho Dos Naturalistas – Moçambique
Este documentário revisita a primeira investida científica no terreno de Jorge Paiva, que esteve em Moçambique em 1963, no âmbito da elaboração da Flora Zambesiaca.

Na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, explorámos as florestas de mangal, as adaptações das suas plantas e o seu funcionamento. Na província de Nampula, atravessámos o arquipélago de inselbergs (montes-ilha), formações geológicas muito antigas que albergam um elevado número de espécies endémicas. Explorámos ainda o funcionamento ecológico das grandes extensões de miombo, uma floresta aberta das regiões tropicais africanas.

O filme destaca ainda um número considerável de cientistas e exploradores botânicos que estudaram Moçambique, desde o século XVIII. 



7. A equipa

• Científica

  • António Carmo Gouveia [coordenação do projeto]
  • Helena Freitas
  • Jorge Paiva
  • Maria Teresa Gonçalves
  • Fátima Sales
  • Estrela Figueiredo
  • António Xavier Pereira Coutinho
  • Rita Alcaire

• Produtora

  • Terratreme Filmes

• Realizadores

  • Susana Nobre
  • João Nicolau
  • André Godinho
  • Luísa Homem
  • Tiago Hespanha

• Direção de Fotografia

  • Pedro Pinho

• Direção de Produção

  • Marta Lança
  • João Matos


8. Parceria com os Media

- Televisão

Os documentários têm uma duração individual aproximada de 55 minutos e serão transmitidos na:

  • RTP2,
  • RTP África,
  • e RTP Internacional.

A emissão da série documental está agendada para a nova grelha da RTP2, a partir de Setembro.

- Imprensa Escrita

A série de quatro documentários tem sido objeto de conteúdo noticioso no jornal público, quer na edição impressa, quer na edição digital.

Uma equipa constituída por um jornalista e um fotógrafo acompanhou, no terreno, as filmagens do documentário de São Tomé e Príncipe, que resultou numa série de reportagens de fundo na edição impressa.

Ao todo foram publicados 6 artigos, mas está ainda prevista a publicação de outras peças.

- Plataformas Online

Foi elaborado um blogue informativo, alojado e com referenciação no portal do Público na internet. Nele constam conteúdos científicos sobre a história da botânica, biodiversidade e conservação, recursos naturais e ciência colonial, entre outros. Os materiais incluídos são na forma de texto, imagem, fotografia e vídeo.

9. Conclusão

A história da Botânica na Universidade de Coimbra integra alguns dos maiores vultos desta ciência em Portugal, os quais cultivaram importantes e vastas relações nacionais e internacionais. O desenvolvimento desta disciplina científica permite-nos também acompanhar a história do nosso país do século XVIII ao século XX, no que se refere ao estudo das ciências naturais nas ex-colónias portuguesas.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra tem procurado promover a valorização deste património científico e cultural, organizando e tratando parte dos documentos.
A divulgação e estudo deste importante espólio é uma tarefa que se quer permanente, uma vez que, para além de se pretender continuar a digitalizar e organizar o espólio documental, interessa acrescentar uma dimensão de análise e integração da informação existente e promover a sua valorização e divulgação em iniciativas de âmbito nacional e internacional.

É neste contexto que o projeto se inseriu, alcançando um público mais alargado e diversificado, com a produção de quatro documentários que explicitam e evidenciam uma faceta pouco estudada e ainda menos difundida: as expedições empreendidas por cientistas portugueses para estudar a história natural de alguns países africanos de língua portuguesa.

Apesar destes tipo de expedições e empreendimentos científicos terem terminado, na sua maioria, nos anos 60 do século XX, a ligação da botânica portuguesa ao estudo e conhecimento da flora africana continua a ser uma realidade importante e essencial no desenvolvimento desta disciplina científica.

Nesse sentido, a faculdade conta ainda com um importante património humano e do conhecimento da flora africana, Jorge Paiva, investigador desde o final dos anos 50 e ainda hoje com uma intensa atividade de divulgador da ciência e de intervenção cívica.

A junção destas duas dimensões históricas, documental e oral, afigurou-se a oportunidade ideal para repensar, quer o desenvolvimento da Botânica em Portugal, quer a faceta “colonial” desta ciência e o papel que desempenhou para o conhecimento científico e desenvolvimento económico das ex-colónias portuguesas em África.

Desta forma, o projeto “No trilho dos naturalistas” pretendeu dar a conhecer a diversidade e a ecologia das plantas tropicais, retraçando o desenvolvimento da Botânica em Portugal e o percurso de algumas das expedições botânicas mais significativas em Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com ligações à Universidade de Coimbra.

A escolha destes três países prende-se com a dimensão científica que este tipo de viagens tomou nestas regiões, bem como à qualidade da documentação disponível sobre a sua história, que integra textos, monografias, missivas, cartografia, fotografias e registos fílmicos.

10. Links

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu Áreas/Os Projetos que Apoiamos.

Conheça o projeto “DVINE – As vinhas do Douro, Património Mundial da Humanidade”

25.02.2014
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Avaliar os efeitos que a viticultura intensiva tem na composição dos sedimentos do rio Douro, na qualidade da água e na comunidade microbial dos solos e sedimentos é o principal objetivo deste projeto apoiado pelo COMPETE.

Projeto Dvine
Projeto Dvine

1. Apoio do COMPETE

O projeto é apoiado pelo COMPETE (Programa Operacional Fatores de Competitividade) na sua componente FEDER e pelo orçamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, na sua componente orçamento de estado.  

Segundo a investigadora responsável, Carla Patinha, “este projeto COMPETE permitir-nos-á obter dados que serão uma fonte de informação muito importante para a reconstrução histórica das práticas agrícolas na manutenção da vinha; para a determinação dos fluxos de sedimentos e prováveis fontes dos mesmos; assim como identificar possíveis alterações microclimáticas posteriores à construção da barragem.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN (Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico), que envolve um investimento elegível de cerca de 37 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 31 mil euros.

Parceria  

  • Instituição Proponente: Universidade de Aveiro
  • Instituições Participantes: Fundação da Faculdade de Ciências (FFC/FC/UL) e Instituto Superior Técnico (IST)


2. Síntese  

As vinhas do Vinho do Porto, localizadas ao longo das margens do rio Douro, são importantes em termos socioculturais pois nelas se produz um produto vinícola de classe mundial. A tradição da vindima e os benefícios económicos são sem dúvida aspetos notáveis, mas a utilização de fungicidas e pesticidas para controlo de pragas e doenças das vinhas estão atualmente a causar uma preocupação ambiental junto do público.  

Nesta região têm sido desenvolvidos métodos de cultivo muito intensivo desde há mais de dois séculos. Este facto resultou numa grande acumulação de pesticidas e fertilizantes (bem como de metais pesados e nutrientes associados) nas camadas superficiais dos solos de plantação das vinhas, sendo as comunidades microbiais do solo afetadas desfavoravelmente, refletindo-se na qualidade do solo e na produtividade agrícola.  

Para além do valor intrínseco deste projeto na região do vinho do Porto e na indústria, todo o estudo tem sido desenvolvido, em termos de abordagem e estratégia, para ser de interesse geral noutras regiões da Europa (e do mundo), onde a agricultura intensiva gera pressões ambientais.
A estratégia tem dois estágios principais.  

O primeiro diz respeito:  

a) Colheita da informação e dados disponíveis através de pesquisa bibliográfica, análise de mapas topográficos e geológicos, pesquisa de informação sobre a idade das vinhas, inventariação dos pesticidas usados.

b) Produção de mapas de risco de erosão de modo a avaliar o input de material terrígeno nos cursos de água. Os resultados obtidos serão utilizados para definir as áreas de estudo.

O segundo envolve os objetivos principais do estudo, consistindo em caracterizar, geoquimicamente, o solo das vinhas de modo a avaliar qual a sua contribuição no input de poluentes no sistema de drenagem.

3. Descrição  

O projeto DVINE iniciou-se em Abril de 2011 e tem como objetivo principal avaliar os efeitos da viticultura intensiva na composição dos sedimentos da barragem do Varosa (Lamego), localizada no Rio Varosa, tributário do Rio Douro, como também na qualidade da água.  

Objetivos  

Pretende-se:

  1.  Estabelecer padrões de poluição orgânica e inorgânica.
  2. Investigar a relação entre os solos das vinhas e as concentrações de elementos nos sedimentos.
  3. Estudar a especiação dos metais nos sedimentos.
  4. Avaliar o impacto da contaminação na qualidade da água e avaliar, igualmente, o risco existente para os biota proveniente destas matrizes naturais.

A evolução temporal verificada em cores de sedimentos permitirá avaliar o impacto na barragem da utilização histórica dos solos, sendo, por isso, importante no desenvolvimento de futuras estratégias ambientais para a área em estudo. Estudar-se-á em particular o registo deixado pela cultura de vinhas ao longo do tempo.

Fases

A primeira fase do projeto consistiu na colheita da informação sobre a área:  

  • Pesquisa bibliográfica.
  • Análise de mapas topográficos e geológicos.
  • Informação sobre a idade das vinhas, inventariação dos pesticidas usados, etc.

Na segunda fase pretende-se:  

  • Caracterizar geoquimicamente os solos das vinhas selecionadas em função da idade (vinhas com menos de 15 anos, com mais de 15 anos e menos de 50 e vinhas com mais de 50 anos), de modo a avaliar qual a sua contribuição no input de poluentes no sistema de drenagem.
  • Avaliar a qualidade da componente particulada e dissolvida das águas superficiais e águas intersticiais.
  • Determinar a mobilização, dispersão e destino final dos metais.
  • Estudar a magnitude e variação histórica da deposição dos metais, nutrientes e pesticidas, com o objetivo de quantificar a contribuição do cultivo intensivo das vinhas nos sedimentos.

5. Resultados  

Pretende-se contribuir para um melhor conhecimento do impacto do cultivo das vinhas no ecossistema e permitir o desenvolvimento de futuras estratégias ambientais sustentáveis.
Ambiciona-se, ainda, contribuir para a sensibilização dos viticultores da importância de práticas de viticultura sustentáveis, as quais apresentam potenciais benefícios, nomeadamente económicos (viabilidade a longo prazo do solo ou minimizar a poluição ambiental), ambientais (conservação dos recursos ambientais) e equidade social (evidenciar relações entre os consumidores e turistas).

Para conhecer outros projetos apoiados pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, consulte o menu "Áreas/Os Projetos que Apoiamos".

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação  

 

 

 

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico. 

Visiokids | Série televisiva em animação 3D

06.01.2014
  • Ciência e Conhecimento

Atómico, Bit, Cósmico, Cassiopeia e Vita são as cinco personagens da série televisiva VISIOKIDS que vão ajudar os mais jovens a descomplicar a ciência e a tecnologia, no sentido de tornar estas temáticas acessíveis e apetecíveis.

Descomplicar Ciência e Tecnologia é o nome do projeto que conta com o apoio do COMPETE no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SAESCTN). Envolve um investimento elegível de 134 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 114 mil euros.

 

Projeto
Este projeto tem como principal desafio alterar o panorama nacional no que concerne à divulgação da Ciência nos média. A originalidade do formato e o interesse dos conteúdos, a que se somam a abrangência de temáticas, a acessibilidade da linguagem, a interatividade e a experimentação, fazem deste projeto uma forma inovadora e cativante de disseminação de conteúdos científicos junto de um público muito diversificado.

Suscitar o gosto pelas diversas áreas da ciência e em particular pela matemática é um dos objetivos deste projeto e um dos propósitos do Visionarium cuja oferta experimental incide grandemente na apetência por estas temáticas.

Este projeto é encarado como uma oportunidade única de desenvolver um produto dinâmico, inovador e de inegável qualidade, que rume no sentido da cativação do gosto e do interesse pelas áreas científicas.

Na conceção e desenvolvimento do projeto foi tido em linha de conta, para além de objetivos de promoção da cultura científica e tecnológica, o estabelecimento de parcerias com Entidades/Instituições nas áreas da Ciência e da Tecnologia. A Universidade do Porto, através das suas diversas faculdades e departamentos e, muito em especial, da Faculdade de Psicologia e Educação veio conferir a este projeto outras valências e competências ao nível da produção de conteúdos.

Execução
VISIOKIDS o nome assumido pela série televisiva que o Visionarium desenvolveu no âmbito deste projeto. Trata-se de uma série televisiva em animação 3D, constituída por um total de 65 episódios, com cerca de dois minutos de duração, exibida no programa Zig Zag da RTP2, entre Setembro e Dezembro de 2013. 

As cinco personagens que integram a série representam cinco diferentes áreas da ciência que fazem correspondência com as cinco grandes áreas de exposição permanente do Visionarium. Ao longo de 13 semanas, e em regime diário, as hostes infantis, e os mais velhos, aprendem e divertem-se com estes protagonistas, já que se pretende que os mesmos contagiam com o seu bom humor e espontaneidade e sejam portadores de experiências divertidas.

Para além desta vertente, há a mais-valia de pendor pedagógico em que se adiciona o conhecimento à dimensão lúdica: inúmeras curiosidades e questões associadas à Ciência vão fazer parte da abordagem de conteúdos.

Paralelamente à série vai ser possível aceder a uma publicação em formato de banda desenhada, para que o público-alvo dos VISIOKIDS possa seguir de forma ainda mais próxima e atenta, em casa e na escola, todas as experiências realizadas por estes pequenos cientistas.

Importância do COMPETE no Projeto
Segundo Carla Barros, responsável de Marketing e Comunicação o “Projeto VISIOKIDS é com certeza um projeto de enorme relevância quer pelos conteúdos disponibilizados quer pela forma original e inovadora como são tratados.

Desmistificar a ciência e torná-la acessível e do interesse do grande público é o grande propósito deste projeto. Despertar o gosto, desde cedo, por estas temáticas é com certeza também um dos grandes objetivos do Visionarium na sua atuação diária.

Este projeto permitiu ao Visionarium um canal privilegiado de comunicação de ciência, que sem o apoio do COMPETE muito dificilmente uma entidade de cariz privado o conseguiria, com um alcance tão vasto e imediato.

Projetos como este são com certeza uma valia muito importante para a divulgação do conhecimento científico no nosso país e para o aumento da literacia científica junto da população em geral. Contribuindo, igualmente, para que se abram portas para outras abordagens e outras formas de comunicar assuntos do foro científico e tecnológico e para o despertar de vocações nesta área”.

Gentour | Gender in Tourism

16.12.2013
  • Ciência e Conhecimento
  • I&DT

"Poderá a igualdade de género impulsionar a criação de formas inovadoras de crescimento económico? Relançar a economia através de redes e da internacionalização no setor do turismo".

Logo \ GenTour

O projeto pretende, de uma forma geral, fazer o diagnóstico da igualdade de género nas empresas e organizações do setor do turismo, analisando a interação entre o género do gestor/administrador e as estratégias de crescimento económico adotadas, nomeadamente ao nível do empreendedorismo, inovação, redes e internacionalização.

Coordenação e apoio
O projeto encontra-se em desenvolvimento na Universidade de Aveiro, na Unidade de Investigação Governança, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOPP), sob a coordenação científica do Prof. Doutor Carlos Costa, o qual reconhece a importância dos apoios concedidos pelo COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade - e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), para a concretização do trabalho desenvolvido, que tem vindo a ser continuamente reconhecido a uma escala mundial. Trata-se de um projeto no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SAESCTN), que conta com um investimento elegível de 134 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 114 mil euros.

Foto do Seminário | nov 2013 

Contexto
Apesar do setor do turismo ser predominantemente feminino, é fortemente segregado verticalmente: as mulheres ocupam posições hierarquicamente inferiores, estando os homens mais representados em cargos de chefia e gestão. Sendo as mulheres mais qualificadas, uma vez que constituem a maioria dos/as diplomados/as ao nível do ensino superior em turismo, esta situação levanta questões de natureza ética, mas também de natureza económica, já que estes recursos humanos, fundamentais para a renovação da economia, estão subaproveitados.

De facto, alguns estudos comprovam que as empresas que têm mais mulheres em posições de topo têm melhor desempenho do que as empresas estritamente dominadas por homens. Mas estarão as empresas mais competitivas empenhadas em promover a igualdade de oportunidades? Será que o crescimento económico e a igualdade de género se reforçam ou se excluem mutuamente? Como é que o potencial do capital humano e o potencial do próprio setor do turismo podem impulsionar novas formas de crescimento económico?

Este projeto veio dar continuidade ao projeto Gentour I, intitulado “Aproveitamento do quadro de formação das mulheres para o setor do turismo, estudando a mobilidade vertical por razões de natureza ética e económica”, realizado pela mesma equipa de investigação e que incidia sobre esta mesma área temática. Este primeiro projeto versou sobre a situação do potencial das mulheres no setor do turismo à luz do seu quadro de formação e sobre os fatores que impedem a sua mobilidade vertical por razões de natureza ética e económica. Deste estudo resultaram importantes contributos para a análise da persistência de tendências que inibem a ascensão das mulheres a funções de liderança, fornecendo pistas e soluções para este problema.

Tendo por base os resultados do projeto Gentour I, o projeto Gentour II centra-se, por sua vez, e de forma geral, no diagnóstico da igualdade de género nas empresas e organizações do setor do turismo, analisando a interação entre o género do gestor/administrador e as estratégias de crescimento económico adotadas, nomeadamente ao nível do empreendedorismo, inovação, redes e internacionalização.

Estes projetos foram submetidos a uma avaliação crítica de um painel de especialistas em áreas tão diversas como género, cidadania, sociologia, economia e gestão. Ambos foram aprovados e receberam comentários muito positivos sobre o seu potencial e valioso contributo, quer teórico, quer prático, para a criação de conhecimento.

São entidades parceiras destes projetos, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e a Confederação do Turismo Português (CTP).


Objetivos
Especificamente, este projeto tem como objetivos:

  • Identificar as razões que impedem as mulheres de atingir cargos de gestão em empresas e organizações do sector do turismo;
  • Analisar o potencial das estratégias de inovação, internacionalização e de redes para impulsionar a igualdade de género dentro das empresas, bem como o empreendedorismo das mulheres;
  • Analisar como as mulheres podem impulsionar novas formas de crescimento económico;
  • Avaliar e comparar os constrangimentos que afetam o crescimento de empresas geridas por homens e por mulheres;
  • Diagnosticar a igualdade de género em empresas e organizações do turismo;
  • Estudar a relação entre crescimento económico, igualdade de género e estratégias de internacionalização, redes e inovação.

A investigação sobre a igualdade de género aplicada ao sector do turismo é ainda escassa e, apesar de a investigação sobre redes de turismo e internacionalização ter crescido ao longo das últimas duas décadas, não existem estudos que analisem de forma consistente a relação entre género e a adoção destas estratégias.


Metodologia
Este projeto assenta em padrões de pesquisa sólidos e no rigor metodológico, contando com a colaboração de uma equipa multidisciplinar de especialistas, pelo que irá ser criada uma plataforma de conhecimento ampliada que abrange entidades governamentais, a entidade nacional de turismo, associações empresariais e quatro centros de investigação, com experiência na área:

  • Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas, da Universidade de Aveiro;
  • Centro de Estudos Anglísticos, da Universidade de Lisboa;
  • Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico, da Universidade dos Açores;
  • Centro de Investigação em Ciências Sociais, da Universidade do Minho.

O projeto reúne, ainda, conceituados investigadores/consultores de renome em Portugal, Inglaterra, Austrália, Brasil e Suécia, alguns deles já envolvidos no projeto anterior.

Sendo o turismo um setor diversificado, o estudo empírico será estratificado nas sete regiões portuguesas (NUT II Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, bem como Madeira e Açores), o que explica o envolvimento das universidades e institutos politécnicos participantes, que abrangem todo o território do país. O estudo será também estendido ao Brasil, o que possibilitará a realização de uma análise comparativa entre países.

Serão usadas fontes secundárias (dados estatísticos, projetos anteriores), mas a maioria dos dados advirá de um vasto trabalho de campo junto de empresas e organizações de turismo em Portugal. Recorrendo a abordagens complementares, de foro quantitativo e qualitativo, serão ainda recolhidos dados primários através de três instrumentos diferenciados: inquéritos por questionário (dirigido especificamente a indivíduos que ocupam posições de chefia e de decisão em empresas e organizações, públicas e privadas, do setor do turismo); entrevistas semiestruturadas (com o objetivo de aprofundar e contextualizar as respostas obtidas através do questionário, facilitando o processo de interpretação dos dados) e workshops regionais (sessões de brainstorming com key stakeholders do setor que têm como objetivos compreender as diferentes dimensões que as questões de género assumem de acordo com a estrutura da indústria do turismo em cada região).

Investigadores portugueses desenvolvem interface para a infância e recebem prémio internacional

26.11.2013
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Apoiada pelo Programa COMPETE, uma investigação da Universidade do Minho foi distinguida nos "World Technology Awards", na categoria de Entretenimento pelo projeto educativo 't-words' que permite às crianças explorarem de forma lúdica sons, palavras e frases, podendo ajudar a combater a iliteracia.

Projeto T-words
Projeto T-words

Projeto 't-words'

Síntese

Pelo nome “t-words”, consiste num interface educativo constituído por blocos físicos, que permitem desenhar na superfície, gravar sons, e reproduzir sequências sonoras juntando sequências de blocos, possibilitando às crianças  criar pequenas narrativas visuais e sonoras.

Para Pedro Branco, um dos investigadores envolvidos no projeto, o objetivo é criar materiais pedagógicos que complementem as atividades tradicionais de ensino com os aspetos apelativos das tecnologias digitais.

O 't-words' foi concebido pelos investigadores Cristina Sylla, Sérgio Gonçalves, Pedro Branco e Clara Coutinho no engageLab, um laboratório incorporado no centro Algoritmi, com participação de investigadores do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade e do centro em Estudos da Criança da Universidade do Minho. 

t-words é uma interface para as crianças explorarem de forma lúdica sons, palavras e frases. A interface é constituída por blocos físicos que podem ser gravados e recombinados de forma a reproduzir diferentes combinações sonoras.

O t-words permite que as crianças se envolvam em diferentes atividades como a construção de rimas, exploração da sonoridade de palavras e frases, enquanto desenham na superfície dos blocos criando pequenas narrativas visuais e sonoras.

Dada a ênfase do t-words na exploração sonora, pensa-se que poderá incentivar de forma lúdica o desenvolvimento e sensibilidade fonológica, ajudando na aquisição de aptidões da literacia.

Enquadramento no COMPETE

Este projeto resultou de uma colaboração entre o Centro de Investigação em Estudos da Criança e o Centro Algoritmi.

O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia. Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área das ciências e políticas da educação, com um investimento elegível de 139 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 118 mil euros.

Segundo Cristina Sylla, uma das investigadoras, "este projecto só foi possível com o apoio do COMPETE, possibilitando a criação de uma equipa de investigadores multi-disciplinar, cujo trabalho tem vindo a ser continuamente reconhecido a uma escala mundial, sendo este prémio sem dúvida um enorme reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver no engageLab".

Âmbito

O conceito subjacente é a criação de materiais pedagógicos inovadores que promovem um envolvimento experimental, participativo e ativo desde muito cedo (4-5 anos), reunindo os jogos e as atividades lúdicas tradicionalmente usadas no jardim-de-infância com as novas soluções tecnológicas interativas.

Este projeto visa desenvolver e avaliar uma próxima geração de materiais de aprendizagem híbridos - uma caixa interativa de manipulativos digitais, também designados interfaces tangíveis, constituída por materiais de baixo custo, habitualmente utilizados no ensino pré-escolar, como sejam papel e cartão. Os materiais terão sensores integrados, possibilitando às crianças (4-6 anos) a construção das suas próprias interfaces tangíveis. Um processo que lhes permitirá explorar, simular e criar conhecimento de uma maneira ativa, colocando-as no centro do próprio processo da aprendizagem.

Há necessidade de preparar as crianças para a "sociedade criativa", onde o conhecimento não é já suficiente, sendo continuamente necessário procurar e descobrir novas soluções para resolver problemas inesperados.

Disponibilizar as ferramentas tecnológicas adequadas a esta faixa etária reforça a aprendizagem, proporcionando às crianças a oportunidade de desenvolverem as suas capacidades criativas.
Ao criar as suas próprias interfaces e atividades, as crianças tornam-se os designers da sua própria construção de conhecimentos; o que é sem dúvida, mais eficiente do que simplesmente receberem uma coleção de atividades pré-definidas. A flexibilidade dos materiais, permite conceber e realizar diferentes tipos de atividades pedagógicas, permitindo uma exploração individual, em pequenos grupos ou envolvendo toda a classe num projeto comum.

Método de avaliação

A equipa que integra o projeto tem trabalhado num método de avaliação inovador que se baseia na análise dos desenhos infantis para avaliar a interação das crianças com a tecnologia. O método revelou-se credível e promissor para trabalhar com crianças desta faixa etária. Nesta idade, os desenhos representam o modo como as crianças entendem o mundo que as rodeia, sendo o resultado de uma estreita ligação entre a emoção e a realidade. A avaliação através do desenho parece ser um método adequado para avaliar a interação das crianças com as interfaces, fornecendo informações importantes sobre a sua experiência.

Durante o terceiro ano do projeto a integração escolar das crianças que trabalharam com a caixa interativa durante os dois anos anteriores foi acompanhada de perto. O desempenho escolar destas crianças, o seu desenvolvimento cognitivo e motor será comparado com o das outras crianças que nunca trabalharam com a caixa interativa. A equipa irá trabalhar em estreita colaboração com as professoras, desenvolvendo indicadores e grelhas de avaliação utilizando diferentes abordagens metodológicas, aferindo assim o potencial de tais materiais pedagógicos na aprendizagem.
O contributo deste projeto é a criação de um conjunto de manipulativos digitais capazes de desenvolver competências cognitivas e motoras promovendo a aprendizagem, assim como a validação de um método inovador de avaliação de software para crianças em idade pré-escolar.

Equipa

Dado o carácter multidisciplinar do projeto, a equipa é composta por especialistas de diferentes áreas científicas: Sistemas de Informação, Currículo e Tecnologia Educativa, Estudos da Criança, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, assim como dois estudantes de doutoramento e um mestrando.

A equipa trabalha regularmente com o grupo Child Computer Interaction Group da Universidade de Lancashire (http://www.chici.org/), com experiência em design de interação e avaliação de interfaces para crianças.

Prémios

Depois de, em Setembro, ser nomeado um dos grandes finalistas do concurso, o projeto português acabou mesmo por vencer numa das categorias dos World Technology Awards, cuja cerimónia decorreu a 15 de novembro, no Time Life Building, em Nova Iorque, nos EUA.

Esta distinção é, segundo um comunicado da Universidade do Minho, uma "iniciativa mundial que distingue os trabalhos que estão a criar o século XXI e que serão provavelmente os mais importantes a longo prazo nas suas áreas".

Em 2012, o 't-words' tinha já conquistado o primeiro prémio da Internacional Conference of Advances in Computer Entertainment, que decorreu no Nepal.

Com a conquista nos World Technology Awards, o "t-words" torna-se no primeiro projeto português a ser distinguido na categoria de entretenimento desta competição internacional que todos os anos distingue as tecnologias mais inovadoras do século XXI.

O prémio coloca agora o 't-words' entre um grupo distinto de galardoados deste prémio, das quais se destacam instituições como a Sony Computer Entertainment, a Napster e a ECCO Design, vencedoras de edições anteriores.

De momento o grupo de investigadores encontra-se a estudar a viabilidade de produção industrial do protótipo.

 

Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Programa português "Isto é Matemática" premiado no Brasil

21.10.2013
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Promovido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e com o apoio do COMPETE e da Ciência Viva, o projeto pretende mostrar como a matemática está presente em diversos aspetos do dia-a-dia.

Projeto “5 Minutos de Matemática”
Projeto “5 Minutos de Matemática”

Trata-se de um programa televisivo com vista à divulgação da matemática, demonstrando como está presente em diversos aspetos do dia-a-dia e como é imprescindível mesmo nas tarefas mais simples.

Projeto “5 Minutos de Matemática”

1. Enquadramento no COMPETE

O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área da divulgação científica e tecnológica, com um investimento elegível de 399 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 339 mil euros.

2. Síntese

O “Isto é Matemática” é um programa televisivo promovido pela Sociedade Portuguesa de Matemática com vista à divulgação da matemática. O programa mostra como a matemática está presente em diversos aspetos do dia-a-dia, em episódios de curta duração, exibidos na SIC Notícias.

Os programas até agora difundidos abordaram assuntos muito específicos da matemática. Por exemplo, no episódio dedicado às elipses o tema é explicado recorrendo a uma sala de teatro, a uma cadeira de dentista e a uma mesa de bilhar, como poderá ver no vídeo infra.

3. Distinção no Brasil

O programa português Isto é Matemática, transmitido aos sábados na SIC Notícias, foi premiado pela Mostra Internacional de Ciência na TV VerCiência2013, que decorrerá no Brasil a partir de segunda-feira.

A distinção será entregue nesse dia na cerimónia de abertura do certame, que decorre no Rio de Janeiro até dia 3 de Novembro, de acordo com a informação divulgada pela Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), que há um ano procura ajudar os portugueses “a encontrar matemática em tudo o que os rodeia, de uma forma clara e divertida”.

O prémio Homenagem Especial VerCiência 2013 é atribuído “pela excelência dos programas produzidos, apresentando tópicos da matemática de forma atraente e divertida”.
O programa, que conta com a apresentação do professor de Matemática Rogério Martins, é promovido pela SPM, com produção da Sigma 3, e apoio do COMPETE, da Agência Ciência Viva e do QREN/FEDER.

Para o professor, citado numa nota, esta distinção “é uma prova de que vale a pena arriscar em televisão numa área aparentemente tão árida e mal-amada como é a matemática, e ainda por cima apresentá-la de uma forma inovadora”.

A VerCiência 2013 é uma mostra que promove a divulgação de programas televisivos sobre ciência produzidos em todo o mundo e a discussão de estratégias de divulgação científica junto do grande público, através da televisão e de outros meios audiovisuais.

ForeStake

16.09.2013
  • Ciência e Conhecimento

Projeto de Investigação cujo objetivo central é a análise das representações sociais sobre a floresta e política florestal e a avaliação do papel dos agentes locais na gestão florestal sustentável, em particular na prevenção dos incêndios e na recuperação das áreas ardidas.

O ForeStake surgiu como uma oportunidade de conhecimento das visões técnico-institucionais e sociais sobre a floresta e a política florestal em Portugal, pretendendo promover uma melhor integração deste conhecimento nos processos de tomada de decisão. O objetivo central do projeto é a análise destas representações sociais e a avaliação do papel dos agentes locais na gestão florestal, em particular na prevenção dos incêndios e na recuperação das áreas ardidas.

Os objectivos específicos passam pela análise de:

  • o políticas e práticas de gestão florestal;
  • o análise das percepções sociais dos agentes, organizações e comunidades locais face ao sector florestal;
  • o análise do impacto socioeconómico e ambiental das medidas usadas na prevenção dos incêndios e na recuperação de áreas ardidas;
  • o avaliação económica, social e ambiental dos efeitos das dinâmicas silvo-pastoris na gestão da floresta;
  • o identificação de obstáculos e oportunidades face ao envolvimento dos agentes locais na gestão florestal;
  • o proposta de soluções para o aumento da participação pública no sector florestal.

A Gestão para uma Floresta Sustentável, tema emergente nas prioridades políticas a nível internacional e nacional, assenta no desenho de estratégias e instrumentos eficazes e adequados à sua concretização. Neste sentido, coloca-se um enorme desafio integrar na política florestal nacional tanto as novas funções atribuídas à floresta como os respetivos benefícios e promover a articulação do Estado e da Sociedade, designadamente através do envolvimento dos agentes e das comunidades locais na definição, implementação e avaliação da política pública.

A floresta é um dos recursos nacionais por excelência, central na reestruturação económica do país, na melhoria das condições sociais e na conservação dos recursos naturais. Todavia, às oportunidades que a floresta apresenta contrapõem-se diversos desafios e constrangimentos, que se têm mantido ao longo de gerações. A fragmentação da propriedade, a ausência de cadastro rústico, a estagnação do investimento, a inadequação das políticas e dos mecanismos financeiros e o rol de ameaças à floresta, onde os incêndios adquirem especial relevância, são apenas exemplos dos bloqueios à Gestão para uma Floresta Sustentável em Portugal.

Tendo presente a meta de cuidar bem da floresta para que seja sustentável, recorre-se cada vez mais e em muitos países a abordagens e metodologias de participação pública nos processos de tomada de decisão. São igualmente patentes e reconhecidos os seus benefícios, quer no estímulo da interação entre diversas disciplinas, quer na cooperação entre decisores políticos, cientistas, agentes locais e sociedade civil.

Trata-se de um projeto apoiado pelo COMPETE e pela FCT no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SAESCTN) que envolveu um investimento um investimento elegível de 176 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 150 mil euros.

ForeStake é um projeto de investigação iniciado em Abril de 2010 que apresenta este mês os resultados do projeto numa Conferência Nacional sob o tema: ‘Participar no rumo e no cuidar da floresta portuguesa: um repto para todos?’

Entidades participantes no projeto
O ForeStake é coordenado pela Prof.ª Doutora Celeste Coelho do CESAM / Universidade de Aveiro e conta com a participação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC/IPC).

Conferência | ‘Participar no rumo e no cuidar da floresta portuguesa: um repto para todos?’
A Conferência Nacional ‘Participar no rumo e no cuidar da floresta portuguesa: um repto para todos?’ pretende ser um espaço de reflexão sobre os resultados do projeto de investigação ForeStake (2010-2013), integrando os contributos e as experiências de agentes e entidades políticas nacionais, regionais e locais para uma gestão florestal mais participativa, mais responsável e mais sustentável.

A Conferência terá lugar na Universidade de Aveiro nos dias 20 e 21 de Setembro.

Este evento integra ainda as comemorações dos 40 anos da Universidade de Aveiro e os 35 anos do Departamento de Ambiente e Ordenamento.

Bridging Book | Tocar, Ler e Brincar

10.05.2013
  • Ciência e Conhecimento

Projeto inovador que funde o livro eletrónico com o livro físico, oferecendo conteúdos dinâmicos e interativos que estendem o carácter estático da página do livro em papel gerando o interesse em simultâneo pelo ebook e pelo livro físico.

Bridging Book é a designação de um projeto inovador que funde o livro eletrónico com o
livro físico criado pelo Laboratório engageLab da Universidade do Minho. Trata-se de um projeto apoiado pelo COMPETE e pela FCT no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SAESCTN) que envolveu um investimento um investimento elegível de 79 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 67 mil euros.

Contexto

A imaginação, a curiosidade e a criatividade estão escondidas atrás de um virar de página. Um bom livro tem a imensa capacidade de estimular a curiosidade infantil, alimentar a sua imaginação e promover a sua criatividade. Desde tenra idade as crianças, se acompanhadas, crescem para os prazeres da leitura, o que lhes proporciona uma base consistente para a sua educação. Existem, no entanto, outras atividades que são mais imediatas e gratificantes a curto prazo, nomeadamente, a televisão, a internet e os jogos de computador. Os livros tendem a perder terreno quando comparados com os meios anteriores, no que diz respeito à atenção da criança. Este projeto visa dar ao livro argumentos que se possam igualar aos dos jogos, sem alterar a sua essência.

Nos últimos anos, os livros comerciais dedicados ao público infantil têm crescido em interatividade. O transporte de centenas de livros num dispositivo que cabe num espaço físico diminuto; a desmaterialização de interfaces físicos; e a facilidade de acesso e troca de informação em contextos informais, através de redes sem fios, são realidades da experiência humana contemporânea.

Projeto

O laboratório engageLab da Universidade do Minho criou um projeto inovador que funde o livro eletrónico com o livro físico, chamado Bridging Book. Trata-se de um livro híbrido, dirigido a crianças entre os 6 e 8 anos.

O sistema foi desenhado para permitir que um livro colocado junto a um dispositivo tablet ou smartphone despolete conteúdos sincronizados com o folhear das páginas do livro, através de uma aplicação desenvolvida para o efeito. Desta forma, torna-se possível oferecer conteúdos dinâmicos e interativos que estendem o carácter estático da página do livro em papel. Ou seja, gera-se o interesse em simultâneo pelo ebook e pelo livro físico. O livro não necessita de ligação física ao dispositivo nem de algum tipo de eletrónica, sendo por isso uma solução acessível em termos de produção.

Como funciona

O objetivo principal do Bridging Book é de fato o desenvolvimento abrangente do conceito de livro aumentado que permita uma experiência mais envolvente através da exploração do seu potencial narrativo e lúdico.

Este livro híbrido é constituído por páginas de papel físicas e um tablet. Manuseia-se como um livro tradicional, onde as páginas com sensores incorporados permitem a interação da criança com as personagens e textos que são destacáveis das páginas. Os personagens interagem com outros personagens, em determinadas áreas do livro, havendo um papel pré-definido que pode ser alterado pelas crianças, permitindo criar múltiplas variações sobre a narrativa inicial.

As ações que se realizam com as figuras refletem-se sobre a animação e a interação que terá lugar no tablet ao qual o livro está conectado. O hardware é constituído por um sistema eletrónico que conecta as páginas do livro ao tablet e por um software que comunica os valores dos sensores das páginas físicas ao tablet, permitindo visualizar a animação que a criança realiza ao manusear os livros e ao brincar com os personagens.

Investigação

Esta nova aproximação ao livro tradicional envolve os investigadores Ana Lúcia Pinto, Ana Carina Figueiredo, Pedro Branco, Eduarda Coquet, Ido Iurgel e Nelson Zagalo. O engageLab é um laboratório que cruza artes e tecnologia, servindo o Centro Algoritmi e o Centro de Estudos em Ciências da Comunicação (CECS) da UMinho.

A investigação foi selecionada para ser exibida na maior conferência internacional na área da interação Homem-computador, a CHI 2013, que decorre em Paris.

SEPP- Sustainable Electricity Power Planning

13.04.2013
  • Ciência e Conhecimento

Desenvolvimento de modelos de Planeamento elétrico sustentáveis, que apoiem tomadas de decisão estratégicas na área da eletricidade.

SEPP

O SEPP- Sustainable Electricity Power Planning foi desenvolvido pela Universidade do Minho, em co-promoção com outras entidades.

Trata-se de um projeto apoiado pelo COMPETE e pela FCT no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SAESCTN) que envolveu um investimento um investimento elegível de 200 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 170 mil euros.

O SAESCTN -Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional visa o crescimento e reforço do sistema científico e tecnológico nacional, tornando-o mais competitivo e agilizando a articulação entre os centros de saber e as empresas.

Projeto
O principal objetivo do projeto é o desenvolvimento de modelos de planeamento elétrico sustentáveis, que apoiem tomadas de decisão estratégicas na área da eletricidade.
O SEPP. Assenta em 3 dimensões de sustentabilidade:

1. Económica

2. Ambiental

3. E Social

A metodologia utilizada pretende integrar:
• o custo e os objetivos de minimização de emissões
• os desafios técnicos trazidos pela integração de energias renováveis no sistema elétrico;
• a avaliação social de tecnologias, projetos e cenários.

Objetivos

  1. Desenvolver um novo modelo de otimização para planeamento elétrico de longo prazo, baseado numa abordagem multi-periódica que combine modelos de otimização para expansão de capacidade a longo prazo com modelos de alocação de geradores, baseados na otimização de curto prazo dos recursos disponíveis.
  2. Aplicar o modelo proposto ao planeamento elétrico em Portugal, avaliando os impactos esperados o nível de custo, emissões e dependência energética externa.
  3. Propor metodologias participativas para a inclusão da dimensão social no problema de planeamento elétrico.
  4. Aplicar a metodologia proposta à avaliação da aceitação social das diferentes formas de geração de eletricidade em Portugal, identificando impactos relevantes e padrões geográficos. A avaliação social deverá centrar-se na avaliação de tecnologias, projetos e cenários.
  5. Avaliar projetos de geração de eletricidade em Portugal usando técnicas multicritério e análise de opções reais. O objetivo final será contribuir para a aceitação industrial e cientifica destas técnicas para a avaliação de projetos de geração de eletricidade, demonstrando a sua aplicação prática.

Apesar de existirem já diversos modelos de otimização para o planeamento elétrico, grande parte destes modelos revela-se pouco flexível e de difícil aplicação prática por utilizadores menos experientes. Também, os modelos propostos pretendem chegar mais longe do que os modelos tradicionais, ao reconhecer a necessidade de integrar decisões de curto e longo prazo nos modelos de planeamento, sobretudo se os sistemas elétricos possuírem elevados níveis de recursos renováveis de produção variável, como é o caso da energia eólica.

A questão da aceitação pública de algumas tecnologias de geração de eletricidade assim como a identificação dos seus impactos é um tema com informação escassa no nosso país por isso há uma evidente necessidade de avaliar a forma como a população reage e aceita diferentes tecnologias, projetos ou cenários. Esta será informação valiosa para os decisores na área da energia e também para as empresas investidoras.

Também a análise proposta para a avaliação de projetos de geração de eletricidade deverá ser baseada nos resultados da caracterização ambiental e financeira das tecnologias em conjunto com os resultados da análise da dimensão social. Serão considerados casos de estudo de acordo com os cenários traçados, demonstrando a aplicação de modelos apoiados em técnicas multicritério e análise de opções reais.

O projeto é conduzido por uma equipa multidisciplinar proveniente de diferentes instituições e centros de investigação, com experiência na área dos mercados energéticos, tomada de decisão, economia, análise estatística e modelos de otimização.

Engenharia num Minuto

25.03.2013
  • Ciência e Conhecimento

Promovido pela FEUP, com o apoio do COMPETE e da Ciência Viva, o projeto mostra como a engenharia está presente no dia-a-dia das pessoas.

Take_Programa_Engenharia_Minuto
Take_Programa_Engenharia_Minuto

Promovido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e com o apoio do COMPETE e da Ciência Viva, o projeto pretende mostrar como a engenharia está presente no dia-a-dia das pessoas.

Trata-se de um programa televisivo com vista à divulgação do conhecimento científico junto de públicos mais vastos e não especializados. Desmistifica a complexidade da Ciência e da Tecnologia, simplifica o conceito de engenharia, mostrando que está em todo o lado, ao longo da vida do ser humano e promove a cultura científica alargada, bem como a interação entre a sociedade e os especialistas.

Num total de 250 programas, a rubrica, de um minuto, passou diariamente na grelha da RTP Informação, na Rádio Nova e no Público Online. O “Engenharia num minuto” surge, assim, como um projeto de criação de conteúdos de ciência e tecnologia, dirigido ao público em geral e de natureza não comercial, para difusão através da comunicação social.

O desafio dos investigadores da FEUP que colaboraram no programa passou por conseguir “trocar por miúdos” algumas questões da atualidade (ex.: porque é que há umas casas que resistem aos sismos e outras não?), e ao mesmo tempo, dar a conhecer as últimas novidades e curiosidades tecnológicas. Sempre com o requisito de nunca ultrapassar um minuto.

Projeto “Engenharia num Minuto”

1. Enquadramento no COMPETE

O projeto “Engenharia num Minuto” da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto foi financiado por fundos nacionais através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (ANCCT) e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN e inserido da estratégia Ciência Viva, o projeto envolve um investimento elegível de 188 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 160 mil euros.

2. Síntese

O “Engenharia num Minuto” é um programa televisivo promovido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto com vista à divulgação da engenharia. O programa mostra como a ciência, nomeadamente a engenharia, está presente no dia a dia do mundo que nos rodeia, em episódios de curta duração, divulgados na RTP Informação, no jornal Público Online e na Rádio Nova.

Os programas abordaram questões ligadas à engenharia, mas não só, já que foram também consideradas as áreas que de alguma forma se relacionam com esta ciência. Por exemplo, no episódio dedicado aos implantes dentários pode perceber-se a engenharia envolvida no processo de criação destas próteses, mas também a sua importância para a medicina.

3. Descrição

O “Engenharia num Minuto” é um programa de divulgação científica centrado no tratamento de questões ligadas à engenharia, mas não só. Foram também consideradas as áreas que de alguma forma se relacionam com esta ciência. Ao longo de cerca de um ano de emissão diária, contam-se 250 programas de um minuto, aos quais se juntam 50 compactos semanais de aproximadamente 5 minutos. 

Os temas escolhidos foram sujeitos a critérios de seleção relacionados essencialmente com questões da atualidade e da história, inovações e curiosidades tecnológicas, bem como campos considerados de interesse para o público geral.

O uso de uma linguagem simplificada, apoiada por imagens e grafismos elucidativos permitiu alcançar públicos mais vastos que manifestem interesse pelas áreas abordadas. Assim, é possível visualizar uma rubrica de comunicação de ciência coerente, fluída e ao mesmo tempo bastante diversificada, contribuindo deste modo para desmistificar a complexidade da ciência e da tecnologia, promovendo a cultura científica alargada.

“Simplificar o dia-a-dia”, “trocar por miúdos” ou “revelar e desmistificar a ciência oculta” podem ser consideradas máximas seguidas de perto durante o trabalho de produção. É nesta fase que o trabalho dos especialistas envolvidos no “Engenharia num Minuto” se torna fundamental. Ninguém melhor do que os especialistas na matéria para darem a cara e o conhecimento por conteúdos com o devido rigor técnico e científico.

O lançamento dos temas ficou a cargo de uma jornalista com a missão de fazer uma abordagem introdutória apelativa para o público geral. Desta forma, pretendia-se que todos sentissem interesse em saber mais sobre os temas e percebessem, logo num primeiro contacto, qual o assunto que iria ser tratado.

Os 300 programas (250 individuais e 50 compactos) foram exibidos diariamente (com repetições), durante cerca de um ano (de 7 de novembro de 2011 a 23 de novembro de 2012), estando presentes na RTP Informação, na Rádio Nova e no Público Online.

4. Comunicação

A estreia do programa foi divulgada junto dos órgãos de comunicação social, em redes sociais e ainda no site dedicado ao projeto. O programa foi disponibilizado todos os dias na página oficial do “Engenharia num Minuto”, no youtube e todas as semanas na página do facebook da faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Além disso era também divulgado nas newsletters e publicações internas da faculdade.

5. Ponto de situação

O projeto levou a cabo a produção e a difusão de 300 programas (incluído diários e compactos semanais), para um total de 250 temas diferentes com o cunho da engenharia. A emissão terminou no final de 2012 e agora é o momento de avaliar e ponderar o futuro do projeto.

6. Resultados

No decorrer da rubrica notou-se um manifesto interesse tanto da parte dos participantes como de quem via os programas. No site dedicado ao projeto durante o ano 2012 registaram-se 28 978 visitas, das quais 14 351 foram visitantes únicos, com uma percentagem de novas visitas de 48,27%. Já no youtube, até ao momento, registou-se um total de 87 308 visualizações, 472 “gostos” e 42 comentários.

Estabeleceu-se ainda uma parceria com a STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) e com o portal Zappiens, factos que revem o sucesso do projeto junto da sociedade.

Por: Cátia SIlva Pinto 

Isto é Matemática | Já viu o programa?

09.01.2013
  • Ciência e Conhecimento , Compete

Promovido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e com o apoio do COMPETE e da Ciência Viva, o projeto pretende mostrar como a matemática está presente em diversos aspetos do dia-a-dia.

Trata-se de um programa televisivo com vista à divulgação da matemática, demonstrando como está presente em diversos aspetos do dia-a-dia e como é imprescindível mesmo nas tarefas mais simples.

Projeto “5 Minutos de Matemática”

1. Enquadramento no COMPETE

O projeto é apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, na área da divulgação científica e tecnológica, com um investimento elegível de 399 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 339 mil euros.

2. Síntese

O “Isto é Matemática” é um programa televisivo promovido pela Sociedade Portuguesa de Matemática com vista à divulgação da matemática. O programa mostra como a matemática está presente em diversos aspetos do dia-a-dia, em episódios de curta duração, exibidos na SIC Notícias.

Os programas até agora difundidos abordaram assuntos muito específicos da matemática. Por exemplo, no episódio dedicado às elipses o tema é explicado recorrendo a uma sala de teatro, a uma cadeira de dentista e a uma mesa de bilhar, como poderá ver no vídeo infra.

3. Descrição

O projeto “5 Minutos de Matemática” pretende mostrar como a matemática está presente no dia-a-dia de todos, e como é imprescindível mesmo nas tarefas mais simples. O "Isto é Matemática" é um programa inovador, conduzido por um professor universitário, Rogério Martins, num registo informal e dinâmico, que mostra de forma clara como a matemática faz parte de tudo aquilo que nos rodeia.

Os programas até agora difundidos abordaram assuntos muito específicos da matemática (como o número Pi, os paradoxos, as elipses, as probabilidades, entre outros) adaptados a situações particulares do quotidiano. Na maioria dos episódios são lançados, inicialmente, um "teaser" (em muitos casos não chega a ser propriamente uma charada) que acaba por ser descortinado no final do programa.

O programa é gravado essencialmente no exterior, onde Rogério Martins apresenta exemplos práticos com a ajuda de cenários reais e de grafismos, evitando-se as gravações em estúdio de modo a conferir um maior dinamismo aos programas.

Com este projeto, através de 5 minutos semanais, será possível captar a atenção do público de um canal noticioso de televisão para a matemática, demonstrando a importância desta ciência no quotidiano.

O programa será repetido diversas vezes em horários variados, na SIC Notícias, o que permitirá atingir um público bastante amplo. Cada série será composta por 13 programas, e em função do sucesso da primeira série haverá outras até um máximo de 7. O programa é transmitido todos os sábados, às 20h50, com várias repetições ao longo da semana (domingos, às 08h50, Terças-feiras, às 15h50, quartas-feiras, às 04h30 e sextas-feiras, às 09h50). A produção é assegurada pela produtora Sigma 3.

4. Comunicação

A estreia do programa foi divulgada junto dos órgãos de comunicação social, mas a principal aposta da comunicação têm sido as redes sociais. Além da página no facebook do Isto é Matemática, em que há uma interacção bastante expressiva por parte dos utilizadores, o programa é disponibilizado todas as semanas na página oficial da SPM, na página do facebook da SPM, no canal do YouTube e é também divulgado nas suas newsletters e publicações.

5. Ponto de situação

O projeto tem como objetivo a conceção, preparação e difusão de até 7 séries de 13 programas cada, para um total de cerca de 455 minutos de produção televisiva. Presentemente está a decorrer a difusão da primeira série, e a segunda encontra-se em fase de produção. Simultaneamente, as redes sociais estão a ser usadas como repositórios para consumo de conteúdos pós-difusão.

6. Resultados

Tem-se observado um interesse crescente pelo programa por parte dos espectadores televisivos, o que resultou num pedido da SIC para alargar a difusão aos canais SIC Kids e SIC Internacional. A SIC Notícias regista em média 11.500 espectadores por programa, sendo que semanalmente o programa é visto por 78.700 espectadores, superando largamente as expectativas iniciais.

Por: Cátia Silva Pinto

Feliz Mente: Um portal para jovens sobre saúde mental

16.10.2012
  • Ciência e Conhecimento

Investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra criaram um site que se destina à educação e sensibilização de adolescentes e jovens sobre as perturbações de saúde mental mais comuns.

Contexto

As políticas de educação, pelo papel que a escola ocupa na sociedade, são essenciais para o crescimento, desenvolvimento e maturação dos indivíduos, constituindo-se como a chave para uma participação responsável e de sucesso conducente ao bem-estar dos cidadãos na vida social. O sistema educativo promove a transmissão de saberes organizados, mas privilegia simultaneamente a educação para os valores, promovendo a saúde, a formação e participação cívica dos indivíduos, num processo que sustentam a aquisição de competências, as aprendizagens ao longo da vida e promovem a autonomia.

Neste sentido o Plano Nacional de Saúde Escolar procura dar resposta aos desafios, tendo como finalidade a promoção e proteção da saúde e a prevenção da(s) doença(s) na comunidade educativa.

Este pressuposto contrasta com os desafios que se colocam à promoção da saúde mental de adolescentes e jovens na atualidade e que alertam para o facto da adolescência e juventude (15-24 anos) serem períodos críticos, caracterizados por transições e mudanças significativas no contexto de vida dos indivíduos e em que os problemas relacionados com o bem-estar têm profundo impacto na vida adulta.

Urge uma intervenção e este projeto pretende contribuir através de um portal que permita educar e sensibilizar para a saúde mental.

Enquadramento no COMPETE

O portal Feliz Mente é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e cofinanciado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), através do COMPETE – Programa operacional Factores de Competitividade.

Trata-se de um projeto no âmbito do SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico, com um investimento elegível de 162 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 138 mil euros.

Descrição do projeto

Uma equipa de investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) criou uma página com informação sobre perturbações de saúde mental e bem-estar. O site tem o nome Feliz Mente e foi apresentado publicamente no passado dia 9 de outubro.

O objetivo é sensibilizar adolescentes e jovens para os problemas mais comuns do foro psicológico. Para isso, disponibilizam informação rigorosa, baseada na evidência científica e com atualizações regulares.

Depressão, esquizofrenia, abuso de álcool, stress e ansiedade e perturbações alimentares são alguns dos problemas sobre os quais o Feliz Mente oferece informação credível, não querendo, no entanto, substituir uma consulta com o médico ou outro profissional de saúde. Aliás, a página Web "Feliz Mente" fornece informação sobre como procurar a ajuda de um profissional, localizar e ligar-se aos recursos de saúde disponíveis na zona centro de Portugal Continental.

O conteúdo do site Feliz Mente além de incluir informação sobre o modo como promover a saúde mental e o bem-estar, também fornece estratégias úteis para ajudar um amigo que esteja a desenvolver um problema relacionado com a saúde mental.

- Tirar dúvidas mantendo o anonimato

O portal fornece informação sobre como procurar a ajuda de um profissional, localizar e ligar-se aos recursos de saúde disponíveis na zona centro do país, assim como responde às dúvidas, mantendo o anonimato e a confidencialidade.
Aliás, o estudo prévio realizado pelos investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em cerca de 50 escolas da zona centro onde foram administrados 6000 questionários de avaliação da literacia em saúde mental evidencia que muitos adolescentes e jovens não procuram informação nem ajuda, porque não se sentem à vontade para falar dos seus problemas de forma aberta.

Assim, através do portal Feliz Mente os adolescentes e jovens já podem tirar dúvidas mantendo o anonimato e a confidencialidade.

- Educação e sensibilização para a Saúde Mental

Apesar de não existirem estudos epidemiológicos realizados em Portugal, pensa-se que a realidade portuguesa estará próxima daquela que se observa noutros países da Europa e mesmo de outros continentes (América e Oceânia), estimando-se que a prevalência de perturbações como a depressão, abuso de substâncias, distúrbios de ansiedade, distúrbios do comportamento alimentar, e ainda perturbações psicóticas, como é o caso da esquizofrenia, se situem entre os 15 e 20%.

Os dados revelam que a adolescência é a idade pico para o aparecimento de perturbações mentais, com metade das pessoas que virão a sofrer de uma perturbação mental a ter o seu primeiro episódio antes dos 18 anos de idade, ao que acresce o facto de aproximadamente 70% das pessoas com perturbações mentais não procurarem ajuda profissional.

Resultados

Este projeto tornou-se uma ferramenta poderosa de transmissão de conteúdos pelo facto de englobar, simultaneamente, todas as perturbações recorrentes nestes grupos e de oferecer uma rede de recursos e conteúdos abrangentes no eixo da promoção da saúde - prevenção das doenças e de combate ao estigma e discriminação. Além disso, está disponível para agentes de educação, saúde e famílias.

Os objetivos deste projeto centram-se na avaliação dos níveis de literacia, e a partir da avaliação de resultados, desenvolver o programa, sendo validado por grupos foco de adolescentes e jovens e peritos na área da educação e saúde mental.

Estes objetivos são coerentes com os do programa, nomeadamente:

  • aumentar a capacidade de reconhecer os diferentes tipos de perturbações;
  • conhecer as crenças acerca dos fatores de risco e mecanismos de proteção e causas associadas às doenças;
  • desenvolver atitudes que facilitem o reconhecimento das perturbações e a procura de ajuda;
  • disponibilizar uma rede consistente de conteúdos e recursos disponíveis;
  • combater o estigma e discriminação associados às doenças mentais.

Cátia Silva Pinto

COMPETE apoia lançamento de site dedicado à ciência

31.08.2012
  • Ciência e Conhecimento , Compete

O “Ciência 2.0” é um projeto de comunicação de ciência multiplataforma, dirigido ao público jovem, que tem como objetivo promover um maior diálogo entre ciência e sociedade.

Cartaz | Ciência 2.0
Cartaz | Ciência 2.0

Enquadramento

Na ciência existe um potencial enorme de histórias interessantes que podem e devem ser contadas, para benefício de toda a comunidade científica e do público em geral. Mas apesar de existir capacidade para produzir conteúdos sobre ciência do tipo jornalístico – notícias, reportagens, entrevistas – ainda não existia oferta de produtos com estruturas narrativas mais complexas e cuja apresentação fosse capaz de captar a atenção de audiências significativas.

É neste contexto que surge este projecto, sendo a comunicação da ciência em diferentes formatos e suportes e o envolvimento da comunidade na divulgação científica os objetivos fundamentais do “Ciência 2.0”.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN e inserido na estratégia Ciência Viva, o projecto envolve um investimento total de 970 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 824 mil euros.

É um projeto de comunicação de ciência multiplataforma, desenvolvido na Universidade do Porto, que tem como objetivo fundamental promover um maior diálogo entre ciência e sociedade, abrindo ao público a possibilidade de participar com conteúdos de divulgação científica.

Comunicar a ciência em diferentes formatos e suportes é uma das vertentes do Ciência 2.0, que, para tal, estabeleceu um conjunto de parcerias com órgãos de informação nacionais, para alcançar públicos mais vastos e diversificados. Esta sinergia entre diferentes "media" permite trabalhar os conteúdos com níveis variados de profundidade e de forma complementar. Pretende-se com esta estratégia multimeios, tornar a ciência próxima do público e aumentar a continuidade dos conteúdos que são produzidos.

Conteúdos

Os conteúdos são desenvolvidos por uma equipa técnica dedicada em exclusivo à actividade de produção de conteúdos temáticos de comunicação de ciência, em formato multi-plataforma, envolvendo as unidades científicas e investigadores necessários em cada caso.

Os conteúdos estão estruturados em três grandes áreas interligadas:

  • conteúdos audiovisuais para televisão e rádio;
  • conteúdos para imprensa;
  • conteúdos online. 

De acordo com a estratégia definida de trabalhar os mesmos conteúdos para diferentes formatos, o online será utilizado para atingir quer um público mais jovem quer públicos que requeiram informação mais detalhada sobre os conteúdos apresentados nas outras plataformas.

Uma segunda estratégia é a sua articulação com o público escolar. Na verdade, de forma a potenciar quer o acesso à informação disponibilizada quer a produção de novos conteúdos pela comunidade é fundamental criar uma rede de utilizadores.
O contacto do projecto com os agentes educativos (professores e alunos) é feito através do envio de newsletters personalizadas para professores e alunos do ensino secundário, que manifestem o interesse na sua recepção. Pretende-se divulgar conferências, palestras e outras actividades sobre ciência a realizar em diferentes espaços em Portugal.

Participação da comunidade

Todos são convidados a participar, submetendo trabalhos de divulgação científica, sugerindo temas e ideias, colocando questões e discutindo conteúdos. O objetivo é fomentar o espírito colaborativo do público e promover um verdadeiro "conhecimento em rede". Esta filosofia torna o projeto único e inovador ao fomentar o espírito colaborativo do público e promover um verdadeiro "Conhecimento em rede".

O Ciência 2.0 assinala o seu primeiro aparecimento em público na 10.ª Mostra da Universidade do Porto, em Março de 2012, onde divulgou o projeto junto dos estudantes pré-universitários, e estimulou o seu interesse pelos conteúdos audiovisuais da área científica.

Temas

Temas variados, como a biologia, química, física, astronomia, ciência forense e arte nas ciências são tratados, para que qualquer leitor possa entender as principais questões científicas e ganhar o gosto por esta área.

Parcerias

Para não se restringir ao seio da Universidade e chegar a mais pessoas, o projeto estabeleceu um conjunto de parcerias com órgãos de informação nacionais, nomeadamente:

  • RTP (Rádio e Televisão de Portugal)
  • ZON Multimédia
  • Lusa
  • jornal Público

Resutados

A estratégia consiste em fazer com que os mesmos conteúdos possam aparecer, com adaptações, em várias plataformas em simultâneo, contribuindo assim para o aumento dos públicos em cada um dos meios. Exemplificando: se ao realizarmos um documentário, o fizermos preceder da distribuição online de algumas gravações obtidas no processo e estimularmos a discussão por forma a influenciar e construir o próprio conteúdo do documentário e se, uma vez o documentário exibido, ele permanecer de alguma forma online, aberto à discussão pela comunidade, estamos não só a aumentar o impacto temporal da actividade como ainda a cativar audiências ao longo do tempo que poderão ser superiores àquelas tipicamente associadas à televisão generalista.

Existem resultados do projecto que vão muito para além dos conteúdos produzidos e que permanecerão para a realização de iniciativas futuras, incluindo:

  • Aquisição de conhecimentos sobre a produção de conteúdos de comunicação de ciência em formatos atractivos;
  • Conhecimento sobre as melhores práticas de realizar a sua distribuição aproveitando as potencialidades e complementaridades das diferentes plataformas actualmente disponíveis;
  • Aprofundar-se-á a ligação da universidade a quatro órgãos de comunicação social de grande relevância nacional;
  • Testar-se-á o interesse dos mercados internacionais dos países de língua oficial portuguesa para este tipo de produção.

Links

O site do projeto pode ser acedido em http://www.ciencia20.up.pt/. A página do Facebook já está disponível em http://www.facebook.com/ciencia20.

COMPETE apoia programa televisivo intitulado "República do Saber"

30.08.2012
  • Ciência e Conhecimento

O enorme fluxo de trabalho científico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra originou um programa de televisão semanal que pretende divulgar a investigação científica e tecnológica em Portugal.

O programa irá abordar as áreas de investigação da Faculdade e a sua ligação à sociedade e à economia, através dos centros de investigação associados, do Instituto Pedro Nunes e da sua incubadora de empresas.

Âmbito

O projeto é o resultado de uma candidatura ao COMPETE - Programa Operacional Fatores de Competitividade na área da Promoção da Cultura Científica e Tecnológica, na categoria Media Ciência - Apoio à Produção de conteúdos para divulgação científica e tecnológica na comunicação social.

Pretende ser um projeto inovador e criativo, ajustando-se aos objetivos e condições definidas no Aviso N.º2/SAESCTN/2010, salientando a importância da divulgação da ciência junto da sociedade por forma a cativar novos públicos e a explicar a importância da ciência e tecnologia no dia-a-dia das populações.

A candidatura é apoiada, em 70 por cento, pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no âmbito do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade e por fundos nacionais, em 30 por cento, através da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. Apoiado pelo COMPETE o projeto envolve um investimento elegível de 459 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 321 mil euros.

Descrição

Trata-se de um programa de televisão que visa divulgar a atividade científica desenvolvida na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), abordando as diversas áreas de investigação da FCTUC e a sua ligação à sociedade, através dos seus centros de investigação e laboratórios associados, do Instituto Pedro Nunes e da sua incubadora de empresas.
O programa estreia no próximo dia 7 de maio, na RTP2, numa periocidade semanal e será posteriormente exibido na RTP África e na RTP Internacional.

Dirigido ao público em geral, o programa, com a duração de 15 minutos, deverá divulgar o trabalho científico e tecnológico, nomeadamente os trabalhos de I&D (Investigação e Desenvolvimento) mais emblemáticos, desenvolvidos nos 11 departamentos e 16 centros de investigação da Faculdade.
O programa televisivo aborda a componente prática, empresarial e económica da investigação, a partir da experiência dos laboratórios, centros e associações de investigação associados à FCTUC, e das suas empresas spin-off.

Numa vertente mais didática, o programa vai ter uma rubrica dedicada aos mais jovens, numa perspectiva do “sabias que...?”, “já imaginaste o que seria se...”, “como a matemática pode interpretar as imagens do cérebro”, “já imaginaste produzir energia com limões...?”, “vamos conhecer um camaleão químico?”. Trata-se de uma rubrica que tem por objetivo «estimular o interesse para as áreas da ciência e tecnologia», com a FCTUC a pretender envolver os estudantes universitários.

Paralelamente à difusão televisiva, o programa será alvo de promoção junto de outros diversos meios de comunicação social, incluindo os meios online.

A imagem do “República do Saber” será apelativa e dinâmica com uma forte componente gráfica em 3D. Pretende-se um projeto inovador e criativo a fazer jus à imagem e à temática da própria Investigação Científica e Tecnológica em destaque.

O Programa será apresentado pelo ator António Durães, elo de ligação com as peças jornalísticas recolhidas e elaboradas semanalmente, e que apresentarão as mais recentes novidades na área da investigação científica e tecnológica, com recurso a um trabalho jornalístico e de entrevista, rigoroso, criativo e exemplar.

Enquadramento

Na denominada “Era da Informação”, a FCTUC considera imperativo promover a presença regular nos Media, essencialmente nos Media de âmbito nacional. Consciente da indiscutível importância que a televisão assume na sociedade, a FCTUC empenhou-se, com sucesso, na realização de uma parceria com a RTP, um canal televisivo com créditos firmados na realização de programas de promoção de ciência, entre os quais “Ciência 2010”, “Geração Cientista” e “4x Ciência”.

Partindo do envolvimento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra em projetos de investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação, o programa irá divulgar resultados de atividades científicas e tecnológicas nacionais e internacionais em diversas áreas do conhecimento.

Constituída por 11 Departamentos e 16 centros de investigação, a FCTUC tem em execução 152 projetos de investigação, 26 dos quais europeus, que reúnem equipas multidisciplinares – envolvendo outras faculdades da Universidade de Coimbra, parcerias com diversas instituições nacionais (BIOCANT, Universidade do Minho, FEUP, etc.) e estrangeiras, como por exemplo, MIT, CMU, Instituto Pasteur, Rutherford Appleton Laboratory, Roswell Park Cancer Institute (EUA), e Universidades de Virgínia e Minnesota (EUA) e Agência Espacial Europeia, entre muitas outras.

A FCTUC tem ainda parcerias estratégicas com o mundo empresarial, fornecendo soluções tecnológicas inovadoras para empresas de topo (EDP, BRISA, GALP, PT Inovação, etc.) e, por isso, o programa pretende também abordar a componente prática, empresarial e económica da investigação, a partir da experiência dos laboratórios, centros e associações de investigação associados à FCTUC, e das suas empresas spin-off. Destaca-se, desde já, a colaboração do Instituto Pedro Nunes (conforme carta de apoio anexa à candidatura) e da sua incubadora de empresas (considerada, em 2008, a segunda melhor incubadora de empresas do mundo), ambos nascidos na FCTUC e onde surgiram as mais conceituadas empresas na área das tecnologias inovadoras do panorama nacional e internacional, como são os casos da Wit Software, da Critical Software e da ISA, entre tantas outras.

Resultados

O principal resultado do projeto são 60 edições do programa República do Saber, sendo que em cada edição serão realizadas três peças jornalísticas de diferentes temáticas, correspondendo a um total de 90 peças jornalísticas difundidas em televisão.

Paralelamente, o programa será promovido nos mais diversos órgãos de comunicação social de âmbito local, regional e nacional (televisão, imprensa escrita e rádio) bem como nos websites institucionais da FCTUC e centros/departamentos envolvidos e redes sociais. Estima-se a produção de 30 textos de promoção e divulgação do programa.

Em suma, e indo ao encontro dos objetivos propostos no âmbito do presente concurso, o projeto “República do Saber” pretende fortalecer a ligação entre a Ciência e a Sociedade, apostando na promoção e divulgação do conhecimento científico dos cidadãos.

Considerando que o presente projeto visa a produção de conteúdos para difusão televisiva em canal público de televisão, tendo como público-alvo a população em geral, ainda que com maior enfoque na população entre os 15 e os 35 anos de idade, é necessário assegurar que os conteúdos são divulgados de forma clara e facilmente percetível.

Para garantir uma mensagem clara, rigorosa e assertiva, o projeto “República do Saber” reúne cientistas e jornalistas para, em conjunto, encontrarem a melhor fórmula para uma comunicação eficaz. Todos elementos da equipa da FCTUC têm experiência em comunicação e divulgação de ciência e tecnologia.

O tema “migração de sistemas de informação” desperta-lhe interesse?

31.07.2012
  • Ciência e Conhecimento

Então conheça o projeto ReD - Resilient Database Clusters que trata da migração para uma infraestrutura-como-um-serviço na nuvem.

O projeto ReD - Resilient Database Clusters teve como objetivo aumentar a eficiência e a robustez de sistemas de gestão de bases de dados relacionais compostos por grupos de servidores numerosos. O cenário de aplicação previsto é a migração de sistemas de informação empresariais para infraestrutura-como-um-serviço na nuvem (IaaS/cloud computing).

Ao contrário das abordagens concorrentes, que optaram por reinventar por completo o sistema de gestão de bases de dados de forma incompatível com as aplicações existentes e dificultando a migração para a nuvem (i.e., NoSQL), a abordagem ReD distinguiu-se por utilizar software de bases dados SQL standard em conjunto com vários componentes de middleware no hypervisor numa arquitetura inovadora, bem como pela ênfase na segurança e robustez.

O projeto concretizou esta visão com contribuições ao nível da replicação de bases de dados, coordenação de sistemas distribuídos tolerante a faltas e gestão de armazenamento na nuvem, tendo produzido um sistema integrado que foi avaliado experimentalmente. Estas contribuições materializam-se em publicações científicas e desenvolvimento de software "open source".

Apoio

Trata-se de um projeto com o apoio do COMPETE, com um investimento elegível de 86 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 60 mil euros.

O projeto enquadra-se no SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico | Projetos em Co Promoção.

Enquadramento

O estado da arte em sistemas de gestão de bases de dados em grande escala continua dividido, apesar de um longo debate, entre a partilha ou não do disco entre grupos de servidores. Por um lado, um sistema com partilha permite uma grande eficiência na alocação de recursos: O número de servidores necessários é determinado apenas pela carga e disponibilidade desejada, enquanto os discos depem estritamente da redundância desejada e da largura de banda necessária. Infelizmente, esta arquitetura traduz-se num conjunto de problemas que encarecem o seu desenvolvimento pois o software servidor precisa de ser profundamente reestruturado para lidar com os mecanismos distribuídos e as falhas parciais. Como consequência, nenhum dos servidores de bases da dados “open source” suporta esta opção, bem como quase nenhum dos produtos comerciais. Além disso, a partilha de disco abre a possibilidade de corrupção dos dados em caso faltas de software ou hardware e é uma vulnerabilidade adicional em caso de intrusões.

Por outro lado, existe um conjunto de propostas para servidores sem qualquer partilha de disco baseadas em replicação coerente, que são abundantemente usadas pelos grandes serviços Web. Todas elas partem do mesmo princípio básico: As atualizações são ordenadas e propagadas para todas as réplicas antes da resposta ser enviada ao cliente, garantindo que não surgem conflitos depois de confirmadas as transações. O desempenho resultante desta técnica revela-se muito bom, especialmente com as cargas atualmente mais comuns que contêm essencialmente operações de leitura. Ao mesmo tempo, a independência lógica das réplicas aumenta a robustez e reduz a possibilidade de corrupção, seja ela maliciosa ou não. Além disso, esta técnica está disponível para todos os sistemas, pois não são necessárias alterações ao próprio servidor. Infelizmente, mesmo que sejam necessárias apenas algumas cópias para assegurar a confiabilidade desejada, um sistema com centenas de servidores precisa também de centenas de cópias dos dados, o que se traduz num custo adicional relevante, esbatendo assim a sua vantagem.

Âmbito

Seria pois interessante tentar combinar as vantagens de ambas, ou seja, a eficiência dos servidores com disco partilhado com a robustez e escala dos servidores replicados.

Curiosamente, à primeira vista parece simples combinar ambas as abordagens: Se todas as réplicas efetuam exatamente as mesmas operações de escrita, então os seus dados serão idênticos e poderão ser partilhados. Porém, a falta de determinismo interno ao SGBD faz com que a dados logicamente idênticos correspondam dados fisicamente distintos, resultando a sua partilha em corrupção. Esta abordagem simples, mesmo que funcionasse, não preservaria a independência das réplicas e portanto seria de pouca utilidade para tolerar faltas arbitrárias.

Objetivos

O objetivo deste projeto é ultrapassar este desafio e obter um sistema que combine as vantagens destas duas abordagens, num sistema genérico, robusto e barato que permita a partilha de disco entre servidores de SGBDR (Sistemas de Gestão de Bases de Dados Relacionais). A técnica a explorar consiste na combinação do protocolo de replicação com uma camada de gestão de volumes especializada, que efetue implicitamente a cópia de blocos quando estes são modificados, escondendo assim o não-determinismo das réplicas.

Resultados

Em pormenor, o projeto produzirá os seguintes resultados:

  • Uma arquitetura genérica e uma especificação da técnica proposta;
  • Uma exploração dos compromissos entre desempenho, escala e confiabilidade permitidos por esta abordagem, identificando os mais interessantes;
  • Uma avaliação experimental detalhada usando um protótipo e testes normalizados de processamento de transações.

O projeto ReD deu também ênfase à divulgação ampla e valorização dos resultados científicos. Para o efeito procurou divulgar os resultados obtidos junto da indústria a nível internacional, para o que contribuiu também a utilização e desenvolvimento de software "open source".

A continuação desta linha de investigação e a valorização dos resultados estão a ser feitas através do lançamento de um projeto de I&D em colaboração com a indústria no âmbito também do QREN, de um novo projeto de investigação já financiado através de um prémio Google Research Award (http://www.minha.pt), da integração numa proposta de uma linha de excelência já apresentada a concurso à FCT, e na preparação de uma candidatura ao 7.º Programa Quadro da União Europeia, também em colaboração com a indústria.

Dificuldades

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo projeto foi a escala a que foi necessário realizar experiências de forma a obter resultados convincentes a nível internacional, em face do enorme crescimento dos sistemas em uso corrente que entretanto elevaram a fasquia. A título de comparação, desde 2008 quando o projeto foi concebido até aos dias de hoje o Facebook cresceu de 100 milhões para perto de 1 bilião de utilizadores. Esta dificuldade foi ultrapassada em parte por algumas alterações ao projeto mas também pelo desenvolvimento de técnicas de avaliação que se revelaram elas próprias inovadoras (sistema "Minha").

Conclusão

Os sistemas de gestão de bases de dados relacionais (SGBDR) são desde há muito um componente fundamental para a indústria das tecnologias da informação (TI). Apesar das mudanças significativas que ocorreram na arquitetura das aplicações desde que as bases de dados relacionais foram criadas na década de 1970 e de um recente apelo a que sejam "completamente reinventadas", os SGBDR (Sistemas de Gestão de Bases de Dados Relacionais) mantêm-se como a pedra basilar dos sistemas de informação. De facto a inovação nesta área mantém-se na ordem do dia, tanto na investigação como na indústria, pois sendo responsáveis pela manipulação e persistência de todo o estado, são também a chave para a disponibilidade e desempenho.

A brincar se explica como a quimica influencia a nossa vida

29.03.2012
  • Ciência e Conhecimento

O programa "A química das coisas" pretende desmascarar a química escondida no nosso dia-a-dia e mostrar como os desenvolvimentos recentes desta ciência contribuem para o bem-estar da Sociedade.

O Departamento de Química da Universidade de Aveiro, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Química, está a desenvolver projeto de divulgação da Química para o grande público, sob a designação geral “A Química das Coisas”.

“A Química das Coisas” pretende desmascarar a química escondida no nosso dia-a-dia e mostrar como os desenvolvimentos recentes desta Ciência contribuem para o bem-estar da Sociedade.

Apoiado pelo COMPETE no âmbito do SAESCTN e inserido na estratégia Ciência Viva, o projecto envolve um investimento total de 366 mil euros correspondendo a um incentivo FEDER de 256 mil euros.

A aposta neste projecto tem vindo a permitir mostrar como a química se cruza com o nosso quotidiano e desta forma familiarizar o público com conceitos e favorecer a aprendizagem.

É usual a confusão entre substância química e substância tóxica, irritante, cancerígena. Uma confusão que veicula a ideia de que a Química contribui para todos os males do mundo moderno, de que tudo o que é químico é artificial ou é anti-natural, como se na Natureza não houvesse substâncias ou compostos químicos. Mas tudo à nossa volta, na Natureza e fora dela, é constituído por “químicos”. A água é uma substância química, o ar que respiramos é uma mistura de substâncias químicas, o sal é uma substância química, o nosso estômago digere os alimentos com auxílio de várias substâncias químicas, a digestão decompõe os alimentos nos seus vários constituintes químicos e estes depois entram no sangue, onde já existem inúmeras outras substâncias químicas.

Mas se a química faz parte da Natureza e da Vida, ela também faz parte integrante da Sociedade moderna. Hoje em dia, já ninguém imagina viver sem a segurança dos compostos químicos “antibióticos”, sem o prazer das cores das substâncias químicas “corantes”, sem a higiene proporcionada pelas substâncias químicas “detergentes”, sem a comodidade dos polímeros “plásticos”, sem o conforto das modernas “fibras têxteis”. A verdade é que a Química está à nossa volta e faz parte das nossas vidas.

“A Química das Coisas” mostra ao público como os desenvolvimentos recentes da Química estão presentes em quase todos os momentos e objetos que nos são familiares: nos equipamentos desportivos, no café que bebemos, no computador portátil, nos cereais do pequeno-almoço, na pasta dos dentes que usamos, etc.

Os temas que abordados neste projeto são quase infindáveis, dado o papel desempenhado pelos processos químicos nas atividades do dia-a-dia. Café descafeinado; computador portátil, equipamento desportivo, detergentes, cereais para o pequeno-almoço, sal, amor, são temas interessantes e apelativos para o público com tanto de diferente e com tanto de comum quimicamente falando.

Tudo à nossa volta é constituído por compostos químicos. A Química está na base da Vida e faz parte integrante da Sociedade moderna, por vezes de forma surpreendente, e em “coisas” inesperadas. "Coisas" que pode ver neste programa.

NanoPackSafer | Um novo sistema de embalagem de alimentos

19.02.2012
  • Ciência e Conhecimento

Investigadores portugueses em colaboração com Universidades espanholas desenvolveram nano películas para embalagens de alimentos mais seguras e comestíveis.

Uma película comestível, invisível e que permite embalar os alimentos, preservando a sua conservação, promete revolucionar a indústria alimentar. Esta recente inovação do Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia (IBB) da Universidade do Minho(UM), foi um projecto apoiado pelo COMPETE através do Sistema de Apoio às Entidades do SCT, envolveu um investimento total elegível de 106 mil euros, correspondendo a incentivo FEDER de 74 mil euros.

Desenvolvido em estreita colaboração entre as universidades do Minho (IBB/CEB e Centro de Física), de Aveiro, de Vigo, do País Basco, a Universidade Complutense de Madrid e Centro de Investigação Valenciano IATA-CSIC, o projecto resultou na criação de embalagens alimentares com melhores propriedades antimicrobianas, mecânicas e térmicas, através de nano-revestimentos edíveis (protecção comestível), filmes não-edíveis e nano-partículas.

Neste projecto a nanotecnologia revolucionou  os métodos de controlo de qualidade desde o campo até à mesa ao criar uma uma solução líquida que cobre os alimentos. A película contém uma nanopartícula que, depois de seca, cria um revestimento protetor, impedindo que microrganismos contaminem os alimentos.

Pelicula protetora

A principal matéria-prima que está na origem da película tem base biológica, sendo extraída da biomassa: polissacarídeos, tais como galactomananos extraídos de sementes de leguminosas (ex: semente de alfarroba), carragenanas, agaranas extraídas de algas, e também quitosano obtido da carapaça dos crustáceos.

De acordo com o investigador responsável pelo projecto José Teixeira estas embalagens inteligentes funcionais aumentam a protecção da comida e prolongam seu ciclo de vida. Será ainda possível adicionar moléculas (nanoaditivos bioactivos) com actividade antimicrobiana, antioxidante ou de captura de oxigénio, bem como o uso de nano-hidrogeis poliméricos que libertam determinados ingredientes em resposta às condições ambientais.

Ainda de acordo com José Teixeira esta inovação, que aplica a nanotecnologia às embalagens chegará ao mercado a médio prazo através das empresas interessadas.

José Teixeira foi distinguido com o “Seeds of Science 2012", atribuídos pelo jornal Ciência Hoje, que venceu na categoria Engenharias e Tecnologias, por desenvolver embalagens alimentares inteligentes.

Identificação de castas através do ADN do vinho

04.02.2012
  • Ciência e Conhecimento

Um projeto inovador desenvolvido por Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, recorre à extração de ADN do vinho de uma garrafa, do mosto de um lagar, permite detetar falsificações.

A aplicação do ADN para as modernas técnicas de traceabilidade parece uma primeira opção, uma vez que o ADN é o código de barras da natureza.

A investigação baseou-se na Legislação comunitária (178/2002) sobre traceabilidade alimentar, em vigor desde Janeiro de 2005, que pretende aumentar a qualidade e segurança alimentares, proteger os consumidores contra falsificação ou informação enganosa e também promover um comércio justo

Este processo, já patenteado teve como investigador responsável a Professora Paula Lopes, do departamento de Genética e Biotecnologia, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), foi apoiado no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (COMPETE), e envolveu um investimento elegível de 96.416€, correspondendo a um incentivo FEDER de 67.491€.

O grupo de investigadores do Centro Genómica e Biotecnologia conseguiu entre outros, processos como: a otimização das metodologias de extração de ADN de mosto e do vinho dele produzido; identificação de marcadores de ADN de videira específicos de 12 castas (brancas e tintas); a tipificação dos perfis bioquímicos do vinho dessas 12 castas, entre outros.

Uma análise integrada com os marcadores de DNA e de perfis bioquímicos permite identificar a casta ou castas envolvidas no fabrico de determinado vinho e deste modo controlar a qualidade do vinho produzido, detectar falsificações no vinho, aumentar a segurança alimentar e rejeitar vinho importado vendido como produto nacional ou produzido com uvas de diferentes castas introduzidas em outras regiões de vinhos DOC. O projeto envolveu também o estudo do efeito da vinificação (fermentação alcoolica) e da idade (tempo) dos vinhos na estabilidade dos marcadores moleculares escolhidos, começando pelo mosto, vinho novo e vinho com 1,5 anos de idade.

Segundo a investigadora Paula Lopes o projeto já revelou interesse de grandes produtores e até de outros países, como a China, que em visita à UTAD, consideram que era importante controlar as suas importações de vinho.

Este projeto lançou a necessidade de um segundo “Wine Biocode”, e com uma verba 178.000€, tem como objetivo quantificar quanto de cada casta foi utilizado em determinado vinho.

IntellWheels | Um projeto onde a inteligência artificial e a robótica se associam para aumentar a qualidade de vida

30.01.2012
  • Ciência e Conhecimento
  • I&DT

O IntellWheels é um projeto inovador na área da inteligência artificial e da robótica que permitirá dar uma maior autonomia e qualidade de vida aos cidadãos de mobilidade reduzida, através do desenvolvimento de uma plataforma que permite transformar qualquer cadeira de rodas numa Cadeira de Rodas Inteligente (CRI) de custos reduzidos e com poucas alterações do ponto de vista ergonómico.

O projeto IntellWheels é um projeto inovador na área da inteligência artificial e da robótica que permitirá dar uma maior autonomia e qualidade de vida aos cidadãos de mobilidade muito reduzida. Este projeto de investigação coordenado pelo Professor Luís Reis da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores - LIACC - e INESC-Porto), deverá estar concluído no final de 2012 e é apoiado no âmbito do Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (COMPETE), envolve um investimento elegível de 94.360€, correspondendo a um incentivo FEDER de 66.052€.

Arquitetura

O projeto envolve a criação de uma plataforma que permite transformar qualquer cadeira de rodas elétrica numa cadeira de rodas inteligente (CRI) capaz de ser comandada por voz e por outros sensores, que se desvia sozinha dos obstáculos, planeia tarefas, comunica com outros dispositivos e permite ao paciente selecionar o seu modo preferido de comando da cadeira de rodas.

Numa sociedade que se pretende inclusiva este projeto pretende dar maior autonomia a um conjunto de cidadãos com deficiências ou com limitações motoras.

As Cadeiras de Rodas são um importante meio de deslocação para pessoas com deficiências físicas nos membros inferiores e para os cidadãos seniores. Com o aumento da esperança de vida, mesmo para cidadãos portadores de deficiências e com o envelhecimento de parte importante da população, criou-se o ambiente propício para a introdução de um novo conceito de Cadeira de Rodas Inteligente (CRI). Pretende-se que tais equipamentos tenham capacidade de navegação segura evitando obstáculos, interface inteligente e fácil com o(s) utilizador(es), capacidade de comunicar e negociar com outros dispositivos inteligentes (tais como por exemplo portas e outras CRIs). As CRI anteriormente desenvolvidas em laboratórios de investigação têm arquiteturas de hardware e de software excessivamente específicas para os modelos de cadeira utilizados e são tipicamente difíceis de configurar sofrendo ainda de falta de flexibilidade de configuração. Nestas circunstâncias é muito difícil que o utilizador final comece rapidamente a utilizar, de modo satisfatório as CRI atualmente existentes.

O protótipo de CRI do projeto IntellWheels incluirá todas as capacidades normais deste tipo de sistemas tal como reconhecimento facial, comando por voz, comando por sensores, capacidades sensoriais avançadas, utilização de visão por computador para ajuda à navegação, desvio de obstáculos, capacidade de planeamento inteligente de tarefas a alto nível e ainda capacidades de comunicação com outros dispositivos.

Do projeto resultou até ao momento a construção de 2 protótipos e a publicação de 20 artigos científicos em revistas e conferências internacionais. Os próximos passos consistem na construção de um protótipo final e na realização de um vasto conjunto de experiências com pacientes reais. No final do projeto os 2 protótipos IntellWheels construídos serão testados na Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (Porto) e na Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto para avaliação dos resultados finais conseguidos no projeto. A validação do sistema permitirá, a médio prazo, transformar as CRI Intellwheels, em produtos comerciais, com elevadas capacidades no auxílio a idosos e indivíduos com graves deficiências motoras.

O projeto IntellWheels foi distinguido pela Associação Salvador, na Freebots Competition e na Gala do Congresso Nacional de Inclusão.

ACQUASAFE - Segurança Química em Sistemas de Abastecimento de Água

MEDIDA DE APOIO: SISTEMA DE APOIO A ENTIDADES DO SISTEMA CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO NACIONAL (SAESCTN)
ÁREA DE INTERVENÇÃO: Projectos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (IC&DT)
N.º DE PROJECTO: 8547

PROMOTOR: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FE/UP)

LOCALIZAÇÃO: Norte

INVESTIMENTO APROVADO: 148.536,00 euros  

INCENTIVO APROVADO: 103.975,20 euros

DESCRIÇÃO DO PROJECTO:

Nos sistemas de distribuição de água estão identificados diversos pontos de vulnerabilidade, como por exemplo, a água para consumo pode ser contaminada na sua fonte original, durante o tratamento, nos reservatórios de água tratada e nas tubagens da rede de distribuição. Nos últimos anos, as medidas contra a contaminação deliberada têm sido intensificadas, principalmente através de procedimentos de vigilância e protecção. As principais falhas existentes dizem respeito à praticabilidade dos métodos de detecção e remediação e à detecção rápida da contaminação, especialmente a que tem origem em substâncias químicas emergentes. Para além deste facto, o acesso a uma enorme variedade de produtos químicos está globalizado. Consequentemente, é real o risco de obtenção de produtos químicos, com efeitos tóxicos devastadores e em doses extremamente reduzidas. Além disso, os procedimentos operacionais para restaurar a qualidade da água após a detecção de uma contaminação, necessitam de considerar a dificuldade da limpeza das paredes das tubagens, onde os depósitos e/ou biofilmes podem representar uma “vulnerabilidade” adicional. Mesmo depois da desinfecção da água, a sorção de contaminantes nos depósitos/biofilmes tem de ser considerada, devido à libertação inesperada destes materiais das paredes dos tubos que pode reactivar em alguma extensão a contaminação.

No presente projecto pretende-se estudar dois tipos diferentes de compostos químicos: (a) tóxicos “antigos” que podem ser facilmente adquiridos e manipulados (um fungicida organofosfato – o clorfenvinfos, um insecticida carbamato – o carbofurão, um herbicida – o paraquato) e (b) substâncias “emergentes” com efeitos letais em doses extremamente reduzidas (um retardador de chama polibromado – BDE100).

O principal objectivo desta proposta é prevenir os efeitos negativos resultantes da contaminação propositada das redes de distribuição de água, promovendo uma resposta adequada para a detecção e identificação rápida do problema, bem como para a descontaminação do sistema

RESULTADOS ESPERADOS:

Os impactos associados aos resultados previstos são dirigidos à segurança humana e incluem: (i) a implementação de equipamentos, como por exemplo sensores online para detectar contaminantes, ou dispositivos (coupons) para a análise das paredes dos tubos; (ii) a adaptação dos métodos analíticos existentes para a análise vestigial, para detectar contaminantes relevantes em matrizes complexas, como os biofilmes e as paredes dos tubos; (iii) desenvolvimento de técnicas de limpeza/neutralização capazes de remover eficientemente e permanentemente a ameaça, tratando não só a água mas também prevenindo o desprendimento inesperado de biofilmes/depósitos contaminados das paredes das tubagens.

Desenvolvimento de um fluxómetro laser Doppler para a análise de fluxo microcirculatório em humanos: discriminação entre fluxo capilar e fluxo nos "shunts" vasculares

MEDIDA DE APOIO: SISTEMA DE APOIO A ENTIDADES DO SISTEMA CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO NACIONAL (SAESCTN)
ÁREA DE INTERVENÇÃO: Projectos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (IC&DT)
N.º DE PROJECTO: 10917

PROMOTOR: Associação para o Desenvolvimento do Departamento de Física da Universidade de Coimbra (ADDFUC/FCT/UC)

LOCALIZAÇÃO: Centro

INVESTIMENTO APROVADO: 100.00,00 euros  

INCENTIVO APROVADO: 70.000,00 euros

DESCRIÇÃO DO PROJECTO:

Há muitas dificuldades na interpretação detalhada, em qualquer medição de fluxo laser Doppler na pele humana, para estimar a profundidade que está a ser amostrada, assim como incertezas na interpretação da fracção de fotões que sofre desvio Doppler da que não sofre desvio. Estas incertezas levam a ambiguidades na interpretação da fracção da luz dispersada pelas camadas superficiais (circulação nutricional) e profundas (circulação termoregulatória) da pele.
De acordo com a fisiologia da pele humana, 10% do fluxo sanguíneo está presente na microcirculação nutricional e 90% nos vasos maiores e mais profundos da camada termoregulatória e das áreas com fluxo de maiores velocidades. A profundidade de penetração da luz laser nos tecidos depende do comprimento de onda da luz, visto que diferentes comprimentos de onda têm diferentes profundidades de penetração nos tecidos, da largura de banda com que o sinal é filtrado, do design da sonda e das propriedades ópticas dos tecidos.

A aplicação da componente teórica para construir um novo fluxómetro laser Doppler irá permitir a diferenciação entre os compartimentos microcirculatórios, permitindo a discriminação do fluxo sanguíneo capilar e do fluxo sanguíneo nos “shunts” vasculares. Quando aplicado em pacientes com diabetes, ou pacientes com úlceras nas pernas, o novo fluxómetro laser Doppler dará aos clínicos um conhecimento mais aprofundado sobre a localização das complicações trazidas pelas patologias. Um tratamento mais apropriado poderá ser aplicado para reduzir a patologia ou aumentar o conforto do paciente. Os resultados do estudo também podem conduzir à avaliação da profundidade de tecido queimado.

O projecto centra-se na construção de um novo monitor da perfusão sanguínea laser Doppler com capacidade para discriminar em profundidade o fluxo capilar sanguíneo e o fluxo nos “shunts” vasculares (interconexões entre vénulas e arteríolas que podem ser encontradas em áreas periféricas como dedos, nariz, etc.).

RESULTADOS ESPERADOS:

Construção de um novo monitor da perfusão sanguínea laser Doppler com capacidade para discriminar em profundidade o fluxo capilar sanguíneo e o fluxo nos “shunts” vasculares (interconexões entre vénulas e arteríolas que podem ser encontradas em áreas periféricas como dedos, nariz, etc.).